sexta-feira, 31 de maio de 2024

First Quest: as primeiras missões de RPG nunca se esquecem... Ou melhor, esquecem sim...


First Quest, também conhecido como “A Primeira Missão”, é um RPG criado para iniciantes, com regras simplificadas do Advanced Dungeons & Dragons. Foi publicado em 1995 pela TSR, Inc. e no Brasil, pela Abril Jovem. O conjunto incluía um livro de regras com os fundamentos do RPG, um Livro de Aventuras com quatro cenários prontos e diversos acessórios, como fichas ilustradas de magias, planilhas de personagens prontos, miniaturas plásticas e um CD de áudio explicando o funcionamento do jogo. É uma ótima introdução para quem quer começar a explorar o mundo do RPG.
D&D é um jogo com diversos tipos de regras (apesar de simples), que podem confundir os novatos para o hobby. A tentativa de First Quest é trazer um pequeno aperitivo dos mundos de D&D para jogadores iniciantes. O livro vem com todos os dados de RPG tradicionais (d20, d12, d10, d8, d6, d4), um CD com áudio para ser usado (opcional), miniaturas, dois encartes (Magias Arcanas e Magias Divinas), dois mapas, fichas de Personagens prontas e mais três livros (que falaremos logo abaixo).
Livro de Regras: Um pequeno livreto que ensina as regras gerais do sistema de AD&D. É o menor livro do Kit, com apenas 16 páginas. O livro ensina regras que o Mestre precisará aprender para conduzir suas aventuras prontas (visto no Livro de Aventuras, que veremos a seguir).
O Livro de Monstros e Tesouros: Um pequeno bestiário (conteúdo retirado do Livro dos Monstros AD&D), com muitos monstros totalmente esquecidos até nas edições mais avançadas de D&D, como o Zumbi Vudu, os Vultos, Giff entre outros. Além dos monstros (existem fichas de 48 monstros diferentes), o livro também tem a lista de Itens Mágicos e Tesouros que podem ser coletados em campanha.
O Livro de Aventuras: Este é o livro mais grosso do Kit introdutório. Ele tem a descrição de uma mini campanha, com quatro aventuras prontas (essas aventuras devem ser usadas em conjunto com todo o Kit). As aventuras seriam:
1. A Tumba de Demara: Os jogadores são contratados por um Mago para buscarem seu aprendiz dentro dessas catacumbas.
2. Espírito do Morro do Tormento: Os jogadores ficam presos dentro de uma casa fantasma, e devem procurar uma maneira de sair
3. Atravessando o Espaço Selvagem: Os jogadores são contratados para recuperar uma antiga tripulação espacial.
4. Sob a Montanha do Medo: aventura clássica de exploração de masmorra.
Apesar da qualidade do produto, porque AD&D First Quest - A Primeira Missão, não rendeu?
Na mini campanha, os jogadores poderão alcançar até o 3º Nível. No máximo. Além do mais, o maior defeito em Firts Quest - A Primeira Missão é não ter regras para a criação de novos personagens. Aqui no Brasil ele também não empolgou, e virou item raro na mesa de muitos RPGistas.
O que se pode falar é: até dá para se divertir bastante. Mas as mesmas aventuras, mesmos personagens e mesmos mapas?
Se for para usar o produto para ensinar novatos ao RPG, aí sim.

terça-feira, 28 de maio de 2024

Babymetal: a banda mais fofa do metal... Isso é sério!

Baymteal é um fenômeno estranho. Pois ao mesmo tempo em que elas são kawaiis, elas são extremamente sinistras em outras partes. Coisa que até fã de Mayhem poderia ter medo.
Bem, ela, por mais incrível que pareça, é uma banda de metal japonesa. Formada em 2011, é uma miscelânea perfeita entre as famosas idols e o mais puro som do metal. Parecendo até algo de otaku, mas por incrível que pareça, não é!
A banda se destaca por ter três garotas fofas, kawaiis, que tem vozes muito boas, com vozes até delicadas em alguns pontos. Com uma poderosa guitarra de fundo tocando o mais pesado e truculento heavymetal. Ao ponto de ter caras troncudos e cabeludos, pulando ao seu som!
Muita gente acreditava que a Babymetal era uma espécie de piada. Alguma sátira otaku. Mas é sim uma banda séria e comprometida. Com um público, realmente formado por metaleiros. Eu não falo nada: quando mostrei BandMaid a um conhecido, ele amou, apesar de odiar a cultura pop japonesa. E até o Metallica, sim a banda de metal mais conhecida, gosta de Babymetal. 
Em seu visual, elas usam roupas muito obscuras. E suas letras falam de sua vida como metaleiras, de como isso é bom, e por ai vai.

sábado, 25 de maio de 2024

Evangélicos sendo chatos... De novo!

Eu coloco aqui, evangélicos chatos, pois sinceramente, não creio que qualquer grupo religioso seja chato de verdade. Mas isso que vi e li beira a loucura fanática que ignora o bom senso. Em especial nesse caso aqui.
Explicarei: eu estava mexendo na minha linha de vídeos do TikTok, na aleatoriedade. Entretanto, eu encontrei essas imagens e textos, no perfil @cosmic.triz . Resumindo a ópera, uma garota estava elaborando um cosplay, uma fantasia, com base em um personagem de Helluva Boss. O Alastor, um personagem poderoso dentro da trama.
A mãe dessa menina (que creio eu, seja evangélica, mas que pode ser católica) descobriu o que era esse personagem e a proibiu te fazer o cosplay dele! E pior, ela permitiu que a garota fizesse outro, mas seria de um assassino.
Cara, por onde eu começo a explicar o quão errado é isso? Pois acredite, isso jamais será esquecido pela moça.
Bem, começa que se vestir como algo NÃO O TORNA ALGO. É a mesma coisa que eu me vestir de Homem de Ferro ou Batman e ser super rico, playboy, filantropo. Ou me vestir de Elon Musk e me tornar herdeiro incompetente que as pessoas pagam pau por ser bilionário, não por ser inteligente. E esse lance de inteligência dele é questionável... De qualquer modo, beira a imbecilidade fanática, ir contra os desejos de uma pessoa por conta de religião. Pior seria se ela soubesse que o mesmo Alastor é um demônio bissexual.
Agora, na segunda parte, quer então me explicar que a pessoa é contra um demônio, um ser mitológico que não existe (não me vem falando que existe que isso, "no existe", já diria o Padre Quevedo), mas não contra um assassino influenciado. Aliás o que seria um "assassino influenciado"? Eu tô tentando imaginar isso, desde que li esse texto. De qualquer forma, eu digo que isso é bem mais comum que imaginam.
Quando fiz um cosplay de Edward Elric, do filme Conqueror of Shambala, de Full Metal Alchemist, minha mãe achou que eu era gay. Então, quando digo que entendo essa garota, não é da boca pra fora, mas por experiência na pele.

quinta-feira, 23 de maio de 2024

Apocalipse: o primeiro mutante e que acredita na filosofia do mais forte

En Saba Nur, também conhecido como Apocalipse, é um dos vilões mais antigos (em relação a seu tempo de vida, não de criação nos quadrinhos) e poderosos do universo dos X-Men. Sua história é marcada por uma incessante busca por poder e dominação. Agora, vamos explorar a sua origem, habilidades e impacto no universo dos mutantes.
Pra começo de conversa, o vilão Apocalipse foi criado por Walt e Louise Simonson nas primeiras edições de X-Factor, lá nos idos de 1986. Já mencionamos aqui, o casal Simonson explorou uma lacuna importante na “historiografia” dos X-Men.
En Saba Nur nasceu no Antigo Egito, cerca de 3.000 anos antes de Cristo. Seu nome, significa, literalmente, "O Primeiro" e ele é considerado o primeiro mutante da história. Abandonado devido a sua aparência incomum, ele foi encontrado e criado por uma tribo nômade.
Apocalipse possuí uma vasta gama de poderes, incluindo superforça, invulnerabilidade, telepatia, telecinese e a capacidade de alterar sua forma e tamanho. Ele também pode absorver a energia de outros mutantes, tornando-se ainda mais poderoso.
Após ser traído e quase morto pelo faraó Rama-Tut (uma das encarnações de Kang, o Conquistador), foi resgatado por seres alienígenas conhecidos como Celestiais. Eles o transformaram em Apocalipse, aumentando seus poderes e lhe dando tecnologia muito avançada.
Apocalipser acredita na evolução através do conflito e da destruição dos fracos. Ele frequentemente manipula guerras e desastres para testar e fortalecer a humanidade e os mutantes.
Um dos aspectos mais conhecidos de Apocalipse é a formação dos seus quatro Cavaleiros do Apocalipse: Morte, Fome, Peste e Guerra. Ele escolhe mutantes poderosos como seus cavaleiro, concedendo-lhes ainda mais poder.
Uma das primeiras formações foi.
Peste = Plague: Uma ex-integrante dos Morlocks, com a habilidade de espalhar doenças, transformado por Apocalipse.
Fome = Abraham Kieros: Um veterano de guerra que Apocalipser resgatou e deu poderes para absorver a energia vital de outros, transformando-se em Fome.
Guerra = Autumn Rolfson: Uma jovem com problemas de raiva que Apocalipse transformou em Guerra.
Morte = Anjo ou Arcanjo, Warren Worthington III: Depois de perder suas asas, Warren foi transformado por Apocalipse em Morte, ganhando asas metálicas afiadas.
Há ainda outros mutantes que já viraram Cavaleiro do Apocalipse: tanto Logan (Wolverine) e Remy LeBeau (Gambit), já foram o Cavaleiro da Morte.
Apocalipse é um inimigo recorrente dos X-Men, desafiando-os tanto fisica quanto filosoficamente. Ele vê os X-Men e Charles Xavier como obstáculos para sua visão de um mundo onde apenas os mais fortes sobrevivem. Seus confrontos têm levado a algumas das histórias mais épicas e emocionantes dos quadrinhos dos X-Men.

sábado, 18 de maio de 2024

A polêmica da charge de Jean Galvão, sobre o Rio Grande do Sul

Antes de tudo, devo explicar uma coisa: eu não quero defender o jornal em que a charge aparece, mas sim o autor da charge ao qual trata de um assunto sobre o Sul do Brasil. Então vamos por partes. 
Primeiro eu vou tratar de assuntos que muitas pessoas entendem de forma errada nos dias de hoje, depois o contexto em que a charge foi criada e por último a minha defesa sobre o autor dela que foi tão atacada. Então começando sobre o que é comédia, auto e charge. As duas primeiras palavras vem de expressões teatrais específicas, enquanto a terceira é algo que surge com as histórias em quadrinhos.
Do latim comoedĭa, uma comédia é uma peça de teatro que apresenta cenas e situações maioritariamente humorísticas ou, no mínimo, divertidas. As comédias procuram entreter e divertir o público, dando-lhe vontade de rir, e em que os finais costumam ser felizes. A comédia é também o gênero que agrupa todas as obras com essas características. Por mais contraditório que possa parecer, é um gênero dramático, tendo em conta que se trata de um gênero literário ou artístico que apresenta vários episódios da vida através do diálogo dos personagens.
Esse ponto demonstra como a comédia não significa apenas algo engraçado, mas que pode simbolizar algo, significar alguma coisa mais profunda. Exemplos temos na literatura onde podemos encontrar uma visão do Inferno, Purgatório e Paraíso, na pena de Dante Alighieri, com a Divina Comédia. Podemos notar algo assim em alguns filmes de comédia do ator Adam Sandler como Click (que trata sobre o tempo que temos com nossas famílias) e Como Se Fosse A Primeira Vez (que trata de modo bem humorado sobre pessoas com perda de memória recente, ou até mais, com Alzheimer, caso do pai de Sandler). Então, a comédia é mais do que apenas algo engraçado de se ouvir ou falar. 
Uma das formas mais populares do teatro medieval, o Auto é uma composição teatral que surgiu na Espanha em meados do século XII. Composto por um único ato que transita entre o religioso e o profano, suas personagens alegóricas simbolizam as virtudes, os pecados, anjos e demônios. Podemos nos lembrar, também de um escritor europeu que usa disso que é Gil Vicente com sua peça Auto da Barca do Inferno, que critica os modos feudais de sua época. Já no Brasil, assim como a obra de Vicente critica as maneiras dos membros da sociedade medieval, o Auto da Compadecida fala sobre como eram hipócritas as cidades nordestinas com seus grupos representados nos personagens: o padeiro, sua esposa, o padre, o bispo, o cangaceiro e os personagens principais, como Chicó e João Grilo. Tudo amarrado magistralmente por Ariano Suassuna.
Por último, temos a charge. E como vimos, esse tipo de história em quadrinhos, tem sua própria mecânica que deve ser bem analisada. Ela é um gênero jornalístico que se utiliza da imagem para expressar à coletividade o posicionamento editorial do veículo (como jornais). É uma crítica carregada de ironia e que reflete situações do cotidiano. O termo charge é oriundo do francês charger e que significa carga, exagero e ataque violento. As charges retratam situações da atualidade.
Por meio da charge, o leitor tem a capacidade de compreender a dinâmica de acontecimentos ocorridos em todo o mundo. O chargista, como é chamado o profissional que desenha charges, precisa estar inteiramente familiarizado com os assuntos jornalísticos para conseguir retratar e transmitir a mensagem em um único quadro de elementos gráficos. Podemos falar de chargista no Brasil, caras como Laerte, Ziraldo (preste bem atenção nesse nome em especial), Glauco, Angeli, entre outros.
Dito isso, vejamos o caso da charge que está sendo defendida aqui nessa postagem. A charge de Jean Galvão é uma imagem, que mostra uma família composta por pai, mãe e duas crianças, um menino e uma menina. A garota, fala ao irmão, "Não chora, vai alagar ainda mais...". Ela foi colocada no jornal Folha de São Paulo. 
Então, vamos refletir sobre isso. Podemos tratar a charge de Jean como uma piada de mau gosto? Se a analisarmos corretamente, não. Charges, como mostrado antes não precisam ter comédia! Veja, é uma crítica com ironia e reflete o dia a dia. Comentários visuais, notícias transformadas em imagens mais simples de compreender. Ao menos, pela visão mais crítica. E por muitas vezes incomodar. 
E ai entra Ziraldo. Em uma de suas artes para O Pasquim, esse excelente artista só coloca em uma de suas charges, uma espada no corpo de um personagem. E escreve, só dói quando eu rio, enquanto aparece sorrindo. Com toda a certeza ele faz uma crítica ao regime totalitário de 64 a 85. De qualquer forma, ele sempre fez isso e sempre o fazia até sua morte. Seus trabalhos são cheios de uma referência única.
Dito isso, então podemos falar a charge não está errada. Talvez, apenas a interpretação esteja errada. Especialmente em um país onde a extrema-direita traz mentiras sobre paradas dos caminhões para o Rio Grande do Sul, por um coach ladrão e maníaco por mentiras. 

Sobre Ravengriim

Ravengriim, também conhecida como Raven Griim, é uma criadora multimídia que cria conteúdos únicos e envolvente há impressionantes mais de 13 anos em várias plataformas de mídia social. Aqui estão alguns detalhes sobre ela:

TikTok: No TikTok, Ravengriim tem 2,4 milhões de seguidores e 45 milhões de curtidas. Ela costuma compartilhar vídeos relacionados ao seus cosplays, estilo gótico e compras. Você pode encontrá-la em @ravengriim1.

Instagram: sua conta no Instagram tem um público de 2 milhões de seguidores. Ela ganhou 62,6 mil novos seguidores nos últimas tempos. O número médio de curtidas e comentários por postagem é de 10,8 mil e 113, respectivamente. Ela posta principalmente conteúdo relacionado a beleza e jogos.
Outras plataformas: Raven Griim também está ativo em plataformas como Twitter, YouTube e Twitch. Sua presença abrange os domínios da moda, beleza e jogos.

Embora o TikTok tenha sido sua plataforma de lançamento, a jornada de Ravengriim foi além da dança. Mergulhou no mundo de seus esforços criativos de cosplay, onde ela deu vida a personagens fictícios, mostrando suas proezas artísticas.
Ela ainda tem uma página oficial e ÚNICA do Onlyfans!
Obviamente para maiores de 18 anos, com conteúdo obsceno exclusivo (com deslizes de vez em quando) como a própria página fala.

Lá tem vídeos de twerking (dançar de modo a mexer sensualmente os quadris), conteúdo G/G, cosplay, poledance, kink friendly (atos de bondage, entre outros, de modo mais simples e menos agressivas), postagens 2 a 3x por semana. Pedidos personalizados abertos! Com direito a bate-papo exclusivo com ela! Além de mais.

Ela tem redes sociais no Onlyfans, Twitter, TikTok, Facebook, Twitch, Youtube, além de um site para compra de produtos dela. Que ainda não são muitos, devo dizer.

Em resumo, Ravengriim é um talentosa criadora de conteúdo com uma ampla gama de interesses e seguidores dedicados em vários canais de mídia social.

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Pablo Marçal, Allison Mack, NXIVM e o perigo de discursos inconsistentes, mas atrativos...


Recentemente, devido aos desastres naturais no Rio Grande do Sul e em toda aquela região do Brasil, várias fake news surgiram. E muitas delas foram perpetradas por bolsonaristas, incluindo influenciadores e "coachs". Um deles, dos mais  famosos, é Pablo Marçal, que é conhecido por ser um mentiroso tremendo. Só para ter uma ideia, ele quis diminuir o piloto Ayrton Senna (que já morreu faz anos!) falando que ele não sabia pilotar avião ou helicóptero. Que nem faz sentido, pois Senna, além de ser um campeão de F1, sabia sim manobrar esses instrumentos aéreos. Ou deixou, até mesmo, um de seus seguidores morrer em uma caminhada a uma montanha! No caso de RS, ele falou que as entregas estavam sendo paradas no meio da estrada, pois a polícia estava as impedindo. E que não conseguiria entregar sua ajuda, pois estava sendo impedido de pousar. O que na verdade, acontecia pois só tem UM aeroporto na região realmente funcionando!
Mas para dar uma ideia de quão perigoso está esse discurso mitomaníaco, falemos da seita NXIVM e o aliciamento de uma atriz famosa.
Já faz alguns anos a atriz Alisson Mack se declarou culpada pelo crime de tráfico sexual, por ser uma das líderes do culto ou seita, NXIVM. A seita de infiltrou em setores e círculos de Hollywood, inicialmente como uma empresa de marketing multinível, e até então, não tinha nada demais em comparação a qualquer outro tipo de picaretagem de sua época. 
Alisson era uma atriz que foi amada e querida, especialmente depois de sua personagem na série Smallville, ter ganho certa relevância. Chloe, prima de Lois Lane, é uma das melhores amigas de Clark Kent. Ao ponto de ela ficar até o final da série, depois de mais de dez temporadas. De qualquer modo, isso não poupou a atriz de ser presa.
O NXIVM era uma seita sexual, onde mulheres eram feitas de escravas e tinham um símbolo marcado em ferro quente na pele, como forma de identificar quem eram seus donos. 
Tudo teria começado no ano de 1998, quando Keith Reniere e Nancy Salzman, lançaram o NXIVM como uma organização de autoajuda e marketing multinível em Nova Iorque. Começaram a lançar diversos workshops sobre neolinguística, hipnose, mudança de vida e afins. Naquele começo da seita, eles tinham um método de controle que se chamava investigação racional. Seria uma hipnose tão forte que seria capaz de mudar os arredores de sua vida. E daí surgiam os primeiros problemas judiciais. Pois isso, claramente, beira a lavagem cerebral.
Em 2006 a atriz Kristen Krook, se juntou a NXIVM e conseguiu trazer a Alisson para o grupo. Lá dentro, ela descobriu que Keith Reniere tinha um harém, onde vinte mulheres eram suas escravas sexuais. Sendo que a mais nova tinha apenas quinze anos de idade. 
Ser uma escrava sexual significava ter um alto nível dentro do grupo. Pois estaria mais perto da ascensão, mais próximo do criador supremo. As moças tinham as iniciais de Keith marcadas em sua pele, sua alimentação controlada pela seita, eram também exploradas financeiramente e não poderiam ir embora, pois tinham assinado diversos contratos e entregado diversas fotos de si mesmas nuas, como garantia para o culto. Assim, não poderiam sair, devido a chantagens que poderiam sofrer. 
Segundo Keith, na sua justificativa, as mulheres teriam que ser submissas, pois então se libertariam das amarras sociais criadas pela sociedade. E então, serem as vítimas, que nasceram para ser. 
Cada mestre, após Keith, teria que recrutar seis escravas. Gerando uma pirâmide de submissão. Sendo que a própria Alisson era uma dessas mestres.
O ritual de iniciação, consistia em uma dieta de oitocentas calorias por dia, e 60 kms de corrida por semana. Para manter o corpo que seus mestres queriam. E necessitavam recrutar outras escravas. Com isso, a seita dominaria Hollywood, sendo Alisson, que comandaria essa parte da seita. 
As escravas que fossem pegas desobedecendo seriam torturadas com castigos físicos, isolamento do mundo e até coisas mais graves. Comer demais ou até demorar para responder o líder em uma mensagem de texto, já eram crimes graves dentro do grupo.
O plano deles caiu, quando em 2018, uma fonte denunciou Keith a polícia e aos poucos o esquema foi desbaratado. Inclusive Alisson, que em 2019, se declarou culpada. Ela foi sentenciada, apenas, a três anos de prisão, por ter delatado seus antigos companheiros. Mas o líder foi condenado a cento e vinte anos de prisão e uma multa de três milhões de dólares de indenização as vítimas.
Essa história nos faz pensar o quão cruel uma pessoa pode chegar apenas com um discurso manipulador. Passando pelos textos de autoajuda, até os coach da prosperidade, esse tipo de perigo está mais próximo da sociedade atual do que nunca.

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Por que o anime de One Piece, dublado, na Netflix, está repetindo suas músicas?

Por qual motivo as músicas de de One Piece estão repetindo na versãi dublada? Bem, eu vi um vídeo do próprio Glauco Marques, que explica bem sobre isso. Para quem não sabe, além de dublador de Roronoa Zoro, Glauco é o responsável pelas dublagens no anime. Então, ele sabe mais sobre o assunto.
Em Sabaody, no arco em questão, eles repetiram as músicas, e não deram sequências as animes songs correspondentes. Isso, ainda por cima, próximo da abertura de uma nova temporada pela Netflix. E isso pode se estender por mais tempo.
E a resposta dele é simples e faz muito sentido: direitos autorais. Na sequência das aberturas de One Piece, nota-se algumas bandas coreanas fazendo as músicas. Ou uma banda de outro ponto. Ou até uma banda japonesa que tinha um determinado contrato, que impede a veiculação para outros lugares. Ou até, simplesmente, uma música com tempo de uso determinado. 
A UniDub recebeu a informação do cliente e manteve a música adequada para não causar problemas maiores. E assim manter a obra intacta.
Só lembrando que, recentemente, o próprio TikTok deve parte de músicas retiradas de vídeos por conta disso.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Eventos de animes nem são tão comuns no Japão!

Por mais incrível que pareça, eventos como o Anime Friends não são tão comuns no Japão. Eles tem até a Comiket, mas é mais para pré-venda de material independente. A galera até vai de cosplay lá fora, desse evento, já que está cheio de fotógrafos na parte de fora. Lá, eles tem uma área específica apenas para isso. Como a área cosplay, apenas para isso, pois se é para cosplayers só tem essa serventia. 
Os próprios cosplayers só querem comprar seus mangás e mostrar seu trabalho com os costumes. Assim, não atrapalha o trânsito de quem vai trabalha com os produtos internos, sendo que a pessoa vai estar com uma credencial como profissional cosplay. Os eventos de animes lá fora não são tão simples. 
Ou seja, tem graças ao Brasil ser tão abrangente.

quarta-feira, 8 de maio de 2024

O Doutor Abobrinha é o Silvio Santos? Que ideia é essa?

Muitos não devem saber que as cenas dos episódios para a derrubada do Castelo Ra-Tim-Bum, na verdade eram inspirados na briga judicial entre Silvio Santos e Zé Celso. Tudo isso pelo terreno ao lado do Teatro Oficina. 
Em entrevista para a Globo News, o ator Pascoal da Conceição, contou que o personagem foi baseado nessa briga. E todo esse embrolho acontece desde os idos dos anos oitenta. 
É que o terreno, ao lado do Teatro Oficina pertence ao grupo Silvio Santos. Que quer construir três torres residenciais de, mais ou menos, 100 metros de altura. O que descaracterizaria o teatro, projetado por Lina Bo Bardi, e que tem toda sua lateral feita em vidro. Assim se torna uma abertura da cidade pras artes (e vice-versa). 
Além disso, o subsolo do terreno tem o Rio Bixiga, o que caracterizaria também um dano ambiental pra cidade. Caso as torres fossem construídas, obviamente. Desde 2021, a justiça proibiu o Grupo Silvio Santos de seguir com essa ideia de construção. 
Na sentença, há alegação que a construção das torres poderia causar danos ambientais e ao patrimônio histórico, cultural e arquitetônico da cidade. Diante de áreas tombadas, como o bairro da Bixiga, o Castelinho da Brigadeiro, o Teatro Oficina, o Teatro Brasileiro de Comédia, a Casa de Dona Yayá, a Escola de Primeiras Letras e os Arcos da Rua Jandaia. 
Mas falando sobre o Doutor Abobrinha, é que o seu nome verdadeiro lembra muito o do Silvio Santos. Pompeo Pompílio Pomposo. Até mesmo na história do filme de Castelo Ra-Tim-Bum, o Dr. Abobrinha se tornava prefeito da cidade de São Paulo, e desapropriava o terreno do castelo. Mas o plano, dava errado e o castelo permanecia intacto.
Muitos preferem que o terreno seja destinado - ao menos aqueles a favor do já falecido Zé Celso - para a construção do Parque do Bixiga. Um respiro necessário a cidade de São Paulo, que sempre foi e é engolida por prédios.

domingo, 5 de maio de 2024

Uma lei pode causar problemas aos diversos mangákas do Japão

O Japão pode acabar com a indústria dos mangás. Pois eles estão criando uma lei que faz parte de uma nova meta da fatura qualificada: que vai exigir registros em agências para cobrança de impostos. E o que tem isso? Pois eles vão ter de usar seus nomes reais e proibindo o uso de pseudônimos.
O que fará com que mangákas que não querem suas identidades reveladas, não consigam se manter anônimos. E mesmo que nós como fãs queiramos saber quem são e como são esses autores, isso pode ser extremamente problemático e perigoso. 
A cultura japonesa, mesmo de pessoas a frente de seu tempo por lá, é formada por pessoas muito discretas. Um exemplo é a autora de Silver Spoon e Fullmetal Alchemist, Hiromu Arakawa, ao qual seu rosto nunca foi revelado. 
A verdade é que muitos pensam ter tirado foto da autora, mas são fotos de uma cantora que fez algumas aparições em nome de Arakawa. 
Há uma relação de separação da vida comum daqueles autores, para a de mangákas.

Além disso, quando uma obra é famosa (ou nem precisar ter fama) podem receber cartas de fãs que não concordam com algo dentro da trama. Vide que muitas pessoas ficaram revoltadas com o final de Bleach no mangá, ao qual, só agora, voltou a exibir no anime partes da luta contra os quincys (inimigos finais, até então). Tanto que queimaram o impresso. 
E isso tem também a relação de gêneros: shounen (meninos), shoujo (meninas) e tudo mais. E com isso, a maioria dos criadores de obras shounens serem obrigatoriamente homens e vice-versa. Pois se uma mulher quiser escrever shounen, ela será boicotada, o que não acontece no inverso.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Invisible Harvey em Os Simpsons e o alcoolismo

"Nesta cena dos Simpsons, onde o coelho diz a Barney "Beba, ou então eu morrerei", é uma referência ao filme, 'Invisible Harvey', de 1950, que é sobre um bêbado que tem um amigo coelho que o induz ao alcoolismo. Tudo isso é uma invenção de sua imaginação, que indica que ele é quem se destrói.
A produção é baseada em casos reais, inspirada em depoimentos de alcoólatras sem-teto que começam a perder a sanidade. A maioria deles alucina e cria seus próprios amigos imaginários, que geralmente são animais gigantes, que segundo suas histórias, o induzem a beber para não deixá-los sozinhos."

quarta-feira, 1 de maio de 2024

A hipocrisia nerd


No Twitter (também chamado de X, pelo "bilionário não filantropo e não gênio", Elon Musk), recentemente, a Beiçola do Privacy (nome real, Martina Oliveira) pediu ingressos para o CBLOL. Para quem não sabe, é um evento de League of Legend. A Pain Gaming concedeu isso a ela, mas isso fez as comunidades de nerdolas ficarem loucas com isso. Inicialmente, você pode imaginar que isso se deve mais pela questão de muitos deles, devem ser conservadores, que seriam contra alguém que flerta com assédio sexual, racismo ou outra coisa assim. Mas eles ficaram putos, pois tinha uma "puta" no espaço deles. E ai já entra a hipocrisia.
Os comentários vem desde, o quanto a moça era fã de LOL (me lembra, os tiozãos da Galeria do Rock, que queriam ver o quanto a pessoa entendia de banda, quando aparecia um jovem com camiseta de determinado grupo ou som), até desmoralização, fazendo uma relação entre o conteúdo da Beiçola e o ambiente de games. 
O que torna isso mais complexo, é o relato de ero cosplayers que tiveram suas credenciais revogadas, mesmo que elas trabalhem com COSPLAY. Independente do tipo de cosplay, deveriam ser permitidas, já que ninguém iria no evento apenas por gostar da Beiçola como pessoa, isso fica claro. Ainda mais, quando ao menos as cosplayers, não trabalham com sexo (que eu saiba).
Tanto a Beiçola, quanto a Pain, se dão mal por conta disso, mas é um impacto negativo que é premeditado.
Há um relatório do próprio site Pornhub, sobre o tráfego em 2023, na plataforma digital. Termos como hentai, cosplay e anime, podem subir de vez enquanto, mas se mantem em posição de destaque entre os preferidos. O termo cosplay em si, subiu 46%.
A cultura geek está muito relacionada ao pornográfico, devido a estrutura de conservadorismo, que se negam a admitir, ser problemática. Em pesquisas é demonstrado que buscas nas redes pornos, são enormes nos termos de games e personagens relacionados a isso. Com seus maiores consumidores da Geração Z (18 a 24 anos), e em seguida a Geração Y (25 a 35 anos). Sendo que a idade média de um jogador é de 24 anos.
Devemos compreender que aqui, o problema não é o que a Beiçola faz para sobreviver e trabalhar. Está na questão de hipocrisia do evento dela. E obviamente, a questão sexual nem é a pior parte dela.
Mas vamos entrar mais nesse problema aqui.
Também, não faz muito tempo, saiu o game Stellar Blade. Ele se tornou polêmico devido a sua protagonista, com pouco tecido, cortes de roupas mais provocantes, ângulos de câmera bem ousados e foco em suas área glúteas. Não é incomum isso em games, vemos isso de montes em obras como Resident Evil. E como é chamada de hipersensualização, isso causou uma divisão entre os fãs do gênero desse estilo de jogo. 

Stellar Blade é um jogo asiático, de origem específica, coreana. E isso é bem comum nesse gênero, como comentado antes. O que é engraçado: há gente criticando a sensualidade, mas não a violência. Isso deu tanto o que falar, foi por ter vindo por uma publisher grande, a Sony. Mesmo na parte da sensualidade, nem é tudo isso que falavam. 
Então ocorreu um patch, que colocaram, pela Sony para o game. Inicialmente, em determinado ponto do game, há uma palavra que seria ofensiva nos EUA. Por conta de uma palavra que lembra a escrita de "hard". E também ocorreu uma mudança nas roupas, com maiô cavado, e um decote maior.
Mas em vários pontos isso ocorreu: certos maiôs e roupas aumentaram, aréas descobertas ficaram cobertas com rendinhas, calçolas em certas partes da personagem. Algumas outras roupas tiveram uma meia calça, entre outros pontos. Até o gore, a violência, foi reduzida. Mas noto que isso se deve a hipersensualização, talvez por acreditar que o sangue em cima da personagem significaria outra coisa... Pois o sangue de monstros permanece, mas não caem mais na protagonista. É o que imaginei, para haver essa mudança nesse aspecto.
Observação: em um vídeo, o youtuber Velberan trata sobre cenas de sexo que aparecem pela Sony como The Last of Us - Part 2 e Baldur's Gate 3. Baldur's ele até falou algo com sentido, pois tem umas coisas que podem ir para fetiches, pelo que sei. Mas The Last of Us, é um conteúdo mais forte, em sua história, não apenas pela cena de sexo, mas também pela trama e violência. Ou seja, não é voltado para público mais novo, e na verdade, não é para qualquer um. Então, nesse ponto, acho que ele ficou meio "conservador" no seu comentário. Mas fazer o que...
Por último, nós devemos saber sobre algo que aconteceu recentemente. Devido ao sucesso da animação X-Men '97, um nome novo surgiu. Se trata de Beau DeMayo, um rapaz negro, latino e homossexual, que literalmente fez uma das melhores histórias para uma animação até então. Seja na Marvel ou DC, e sem apelar para a violência gratuita, se compararmos a Invencível (que apesar de bom, não se compara aos cuidados tomados por Beau nessa obra). Há amor pela obra, sendo atencioso ao roteiro original, assim como coisas que vemos apenas nas HQs. A prova é a colocação de Bastion, do arco Operação Tolerância Zero, dentro da animação.
Estranhamente, Beau foi despedido após seu trabalho primoroso na animação. O que é estranho: ele foi muito bem querido desde que apresentou o projeto, com episódios tão bons que quebraram muita gente. O desenho animado foi amado, tanto pelos nostálgicos, como pelas novidades colocadas na arte, então por que diabos a Disney+ e a Marvel despediram alguém assim?! Simples, a resposta mais provável é que foi por conta do OnlyFans.
Beau DeMayo usa uma conta do OnlyFans, que disponibiliza conteúdo adulto. 
De qualquer forma, isso demonstra algo que bato na tecla faz certo tempo: usando uma versão alterada da frase, pau que dá em Chico, não está dando em Francisco.