sábado, 15 de junho de 2024

Cultura woke é uma mentira!

Muito se fala até hoje de "agenda woke" e como ela "castraria os homens hetéros cis". Ou que ela quer "lacrar em cima de franquias/personagens já consolidados" ou até que "ela vai contra os bons costumes", então me desculpa, mas tu é idiota pra caralho.
Vamos por parte, o primeiro e mais necessário ser comentado aqui é que isso sempre foi uma mentira. A ideia de uma cultura woke vem de um discurso político vindo exatamente de políticos (como Donald Trump) e personalidades (como Elon Musk) de direita. Para gerar alguma espécie de conflito cultural, para atiçar o seu lado do espectro político. Tentando combater diversidade em grandes produções. Que isso seria um totalitarismo, que obriga a ter esses valores de diversidade, mesmo que de maneira artificial. Um "macarthismo reverso", que como sabemos, assim como o "racismo reverso".
Existe sim um aumento nas mídias de grandes produções com diversidade nos filmes, séries, histórias em quadrinhos, desenhos animados, video games e outras mídias. Mas isso se deve ao próprio capitalismo. Pois atingindo mais grupos (de um modo ruim ou bom) ele ganha mais e expande seu leque de modos diferentes de ganhos. 
Afinal, sempre houve uma demanda, onde esses grupos queriam histórias e obras em que eles estariam representados de forma adequada. O blaxploitation é uma prova disso. E como no capitalismo, tudo se torna mercadoria, com esses setores, isso não seria diferente.
Obviamente, isso se torna mais difícil de encontrar, uma obra que não esteja visando apenas lucro. Mas isso é mais difícil de encontrar quando vemos que grandes empresas entendem que podem lucrar mais com esses temas (como é o caso de Walt Disney, Ubisoft e Mattel ultimamente). 
Isso não é culpa dos artistas envolvidos nessas obras. Os filmes Elementos e Wish tem sim suas qualidades, mas que perderam a força, a pouca criatividade dos próprios produtores e marketing da Disney. Mas acontece que por vivermos no capitalismo, as produções são condicionadas a trabalhar assim. A prova é como essas empresas tratam seus funcionários, especialmente se forem pessoas que "pensam fora da caixinha" (como o caso de Hideo Kojima, na Konami). Sendo que essas empresas COM CERTEZA não são de esquerda. 
Mas se ainda precisa de um exemplo que essa "agenda woke" ou "cultura woke" é falsa, veja a ideia de que os feminismo quer "botar a masculinidade". As pessoas falam que o último filme com relação aos alienígenas Predadores, não faz sentido por uma garota de 50 quilos vencer um ser daqueles. Mas o problema é que eles não devem entender que o primeiro filme mostra que nem sempre se resolve nas armas pesadas e musculatura excessiva. Pô, o protagonista é o Arnold Schwzenneger, com um músculo maior que a cabeça de um urso! E ele não faz um arranhão direito no monstro. 
Já nas franquias Alien e Exterminador do Futuro, temos Ripley e Sarah Connor, respectivamente. E ninguém nunca falou nada. A verdade, é que isso se demonstra como um oportunismo político contra obras que podem ou não ser bem elaboradas. Mas para gerar polêmicas mesmo.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Carta de Robert E. Howard sobre Conan

"Pode parecer fantástico ligar o termo realismo a Conan, mas,  em verdade - deixando de lado as aventuras sobrenaturais - ele é o personagem mais realista que desenvolvi. É uma combinação de diversos homens que conheci, e acho que é por isso que ele pareceu ter entrado totalmente maduro em minha consciência conforme eu escrevia a primeira história da série. Algum mecanismo de meu subconsciente apanhou as características dominantes de vários lutadores condecorados, guerrilheiros, contrabandistas, valentões em campos de petróleo, jogadores e trabalhadores honestos com quem já tive contato e combinou tudo, gerando o amálgama que chamo de Conan , o Cimério."

Robert E Howard em carta para o amigo e escritor Clark Ashton Smith, em julho de 1935.




segunda-feira, 10 de junho de 2024

A hipocrisia machista que Power Puffy Girls combateu

Craig McCracken revelou que a Cartoon Network realizou uma pesquisa com um grupo de meninos quando as Meninas Super Poderosas (no original, Power Puffy Girls), quando a animação estava no auge.
Ela perguntou se todos assistiam o desenho animado, mas apenas um levantou a mão. Quando pediu que fechassem os olhos, todos levantaram a mão.
Isso vem de uma geração, onde demonstrar sentimentos mais complexos como afeto, ou demonstrar o mínimo de "não masculinidade" era visto com preconceito.
Desenhos feitos para serem voltados a um público feminino, como PPGs, andaram, para Steven Universo correrem. Sendo que há muitas pessoas, homens cisgênero, hoje em dia que amam desenhos como Winx, Barbie e outras animações desse gênero. Eu, como professor de história, já vi alunos surgindo com o caderno da She-ra, muitas vezes, nem conhecendo qualquer versão do personagem. 
E isso vai para o mangá o anime: homens adultos que curtem Sailor Moon, Sakura Card Captor e Fushigi Yuugi. 
Pois, nos anos 80 e 90 (e até antes) muitos grupos heteros diziam que você tinha a obrigação de compactuar com animações másculas. Como He-man, por exemplo. Tá, sei... Se uma pessoa falasse que preferia Sakura Card Captor, no lugar de Rurouni Kenshin, seria rechaçado pelos garotos da época. Que curtia Sailor Moon no lugar de Cavaleiros do Zodíaco? Rechaçado também. Que curtia mais de Winx do que GIJOE? Rechaçado.
E há sim exceções, mas do mesmo modo que existem aqueles que falam que "antes não existia homossexualismo" (o que é uma falsa afirmação histórica), essas exceções não era para todos. Mas é bom saber que tem garotos que foram bem influenciados por essa animação.

sábado, 8 de junho de 2024

O lendário e verdadeiro Lawrence da Arábia

Qual personagem é famoso por ser um arqueológo aventureiro, um estrategista militar, um diplomata poliglota, um escritor intelectual, um espião investigador, enfim um herói de guerra, e que para completar também é um ser humano sensível, generoso, humilde e amável? Não, não estou falando do personagem fictício Indiana Jones, mas sim do personagem histórico chamado Thomas Edward Lawrence, o Indiana Jones da vida real!
Lawrence foi um brilhante militar inglês que devido ao sucesso de suas missões na Arábia ficou conhecido como Lawrence da Arábia. É difícil dimensionar a grandeza de certas pessoas, mas Lawrence da Arábia, participou da primeira guerra mundial, quando a Inglaterra e as tribos árabes eram aliadas e lutavam contra a Alemanha que tinha como aliado os turcos. Assim Lawrence ajudou os Árabes a se revoltar e se libertar da dominação imperialista dos turcos. A jornada heróica de Lawrence, bem como sua posterior queda para a arrogância, a impiedade e a frieza, enfim, a perda da humanidade causada pelos traumas de guerra foi perfeitamente retratada no filme biográfico de 1966, dirigido pelo grande David Lean, que por sua vez inspirou o fã de carteirinha Steven Spielberg, a fazer sua famosa trilogia do caçador de aventuras com chapéu e chicote Indiana Jones.
Já o filme Lawrence da Arábia (1966) tem uma grandeza que faz jus ao biografado, é nada menos que maravilhoso, magnífico, estupendo, estarrecedor! Não dá para saber o que chama mais atenção no filme, se é a grandeza da personalidade de Lawrence da Arábia ou se é a beleza panorâmica do deserto árabe, ou seria ambos igualmente, afinal um é reflexo do outro; ou ainda com o passar do tempo, ambos, Lawrence e o deserto se tornam um só! Lawrence e o deserto tem ao mesmo tempo as mesmas características e por isso se identificam: são belos e grandiosos, sensíveis e áridos, fervorosos e congelantes, solitários e generosos, simplices e complexos! Assim como o homem Lawrence da Arábia é um dos maiores personagens do século XX, a obra Lawrence da Arábia também é um dos maiores filmes do século XX! Um épico por excelência sobre a vida de um herói por excelência! O ator britânico Peter O Toole interpretou de forma simplesmente brilhante o personagem, aliás por alguns momentos ele praticamente incorporou o espírito de T. E. Lawrence! 

quarta-feira, 5 de junho de 2024

Priscila Alcântara e o gospel revoltado


Há uma galera que está endemonizando tudo: de show da cantora pop Madonna até as dançarinas do sertanejo Leonardo. Mesmo que o segundo fale muito sobre a primeira de modo a ser uma pessoa demoníaca, o que não é, ele cospe para o alto e acerta ele mesmo. Se fossemos pegar os erros dele, seguindo os Dez Mandamentos, ele cobiçou a mulher do próximo (sendo que é casado), não fez muito para o filho honrar a ele e usou o nome de Deus em vão (ao usar ele pela moral e bons costumes na campanha com Bolsonaro).
Entretanto, parece que essa mesma galera (que é formada por tais cristãos), não deixa as pessoas exercitarem o livre arbítrio.
A cantora e apresentadora, Priscila Alcântara está sendo acusada de crescer dentro da cena gospel, e sair dessa linha, por agir de forma que não é dos conformes das igrejas evangélicas, pois diriam que ela apenas usou o gospel para plataforma. Tudo por que ela agora teria uma pauta progressista.
A Priscila, assim como seus amigos e pessoas que a cercavam, cresceram em um ambiente gospel. Todo mundo que ela conhecia, através da família e da religião estava lá. O que há forçava a seguir um caminho de artes, que teria te passar pelo gospel. Não que ela se aproveitou e "largou" seu público, era a única chance dela de criar seu trabalho artístico. 
E como qualquer artista você quer mostrar sua arte para outras pessoas que não seguem seu padrão de pensamento igual, ou que não ficam na sua bolha de conforto. Pois a arte em si, além daquela que surge no mundo gospel é questionadora. Gera conflitos e dúvidas. Sem questionamentos e filosofias, as igrejas evangélicas tem uma liberdade maior de controlar seu rebanho. 
Então, enquanto membro desse universo gospel, tudo bem. Será tratado bem. Mas saiu desse grupo, será tratado como traidor. E ele suga, muitas vezes, até o tutano. Sabe o que é mais engraçado? Temos um exemplo disso com Andressa Urach! Que caso não saibam se converteu para a Universal, trabalhou para a Record, mas quando deve um problema de saúde foi abandonada!

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Quadrinhos adultos MESMO

A Filha do Homem, de Alcimar Frazão, João Azeitona e Paulo Santos:
A Mino lança em junho A Filha do Homem, obra nacional produzida pelos quadrinistas Alcimar Frazão, João Azeitona e Paulo Santos. “Deus, pai desses homens todos, nos condenou a viver no meio de seus filhos. E como são malignos, fazendo a sua obra. Teremos força para devolver essa maldição?”
Um pastor atormentado pelo passado começa a dar sinais visíveis de seus distúrbios. Uma criança milagrosa e anormal mexe com as estruturas de uma pequena comunidade. Uma paróquia construída sobre as chamas de uma tragédia repleta de segredos…
Os autores se juntam para narrar uma trama de terror psicológico e sobrenatural brutal e com contornos religiosos que reflete as agruras mais profundas da história do Brasil. Capa cartonada com 88 páginas.



Odisseias Iniciáticas – Graphic Novel Volume Único, por Milo Manara:
Toda grande jornada tem um início...
Um devaneio místico na trilha dos monges budistas do Nepal. Um faroeste turbulento com um sabor agridoce. Dos longínquos Himalaias ao vasto Oeste americano, Milo Manara dá asas à sua paixão por viagens, aventuras e exotismo, tornando-se um explorador de mitos para melhor retratar um ser humano dividido entre vaidade e transcendência.
Esta edição reúne as histórias O Homem das Neves e O Homem de Papel, duas obras de juventude do mestre italiano, nunca antes publicadas no Brasil.
A edição tem acabamento de luxo, com formato grande, capa dura, 112 páginas em cores, impressas em papel offset de alta gramatura.




O Papa Terrível – A história de Júlio II, de Alejandro Jodorowsky:
Vaticano, agosto de 1503. A morte repentina do Santo Padre Alexandre VI desencadeia uma corrida pelo trono papal. A disputa pelo poder da Santa Fé é muito mais que uma questão religiosa e envolve o próprio controle da Europa, e as maiores nações do continente enviam seus pretendentes. Nesse cenário, o cardeal Della Rovere é um mero azarão. Mas quem poderia enfrentar um homem santo capaz de vender sua alma ao Diabo?
Com ilustrações belíssimas de Theo,  a trama se passa logo após os acontecimentos de Bórgia (roteiro de Jodorowsky e ilustrações de Milo Manara).
O quadrinho em volume único compila a história integral e ainda traz extras exclusivos para a edição brasileira. Em capa dura com papel offset, inteiramente colorida, nas dimensões 21 x 28 cm e com 232 páginas, O Papa Terrível já pode ser garantido por R$ 139,90 em versão física e R$ 96,90 no digital. 

sábado, 1 de junho de 2024

Aventuras em Velure - A Condessa dos Montes Luzidios


O Conto sobre a misteriosa Condessa dos Montes Luzidios, uma senhora muito bela com olhos vermelhos cor de sangue que vive em uma adorável mansão e está em busca de novos empregados para ela e sua filha, a adoecida Cecília. Trata-se de um dos contos das séries semanais de R.W, autora oficial das Crônicas de Velure, publicadas pela editora Dialética.