sexta-feira, 5 de maio de 2017

O que é RPG?

O que é um jogo de RPG?
Talvez seja a pergunta mais feita por uma pessoa que não conheça esse hobby, ou não se interessa por ele. Mas qual seria a resposta mais apropriada? Bem, nas próximas linhas tentarei explicar quais suas funções, suas aplicações - tanto de diversão como acadêmicas - e alguns conceitos.

1 - O que é exatamente um jogo de RPG?
RPG é a abreviação de Role Playing Game, e sua tradução mais conhecida e aceita seria "Jogo de Interpretação de Papéis ou Personagens". Se deve ao fato que cada participante possui um personagm que interpreta, como em uma peça de teatro ou cenas de um filme.
Basicamente é um jogo de contar histórias. Usando um exemplo grosseiro, podemos chamar de um "jogo de faz de contas mais elaborado", já que possui regras.
Muitas pessoas observam e acreditam que por tratar de um jogo, existe uma meta de ganhar. Não existe vencer ou perder quando se vê uma obra de Shakespeare, ou se lê uma obra de J.R.R. Tolkien ou C.S. Lewis (autores de O Senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia, respectivamente), só a vontade de se entreter a simples satisfação. É por pura diversão que se joga.

2 - Como é o funcionamento de um jogo?
O jogo transcorre da seguinte maneira: um grupo de amigos, conhecidos ou até mesmo desconhecidos, que se uniram por um gosto em comum, se reunem em determinado lugar. Um deles, quase sempre o com maior disposição e vontade de ler, é denominado como narrador ou mestre. Ele é um jogador, que cria e elabora o "mundo" do jogo, assim como um roteirista ou escritor faria com seu trabalho. Ele pode controlar outros personagens como aliados, inimigos, heróis e amigos. O narrador não é melhor que os outros, só necessário como um arbitro de futebol. Mas ele também se diverte a seu modo.
Pensando que o narrador é um arbitro ou diretor, os outros jogadores são o foco dessas histórias, seus personagens principais.
Existem dois termos no RPG que chamamos de aventuras e campanhas.
Em uma aventura, os jogadores atuam como os protagonistas, tentando alcançar uma meta estipulada peo mestre ou por si mesmo, seja fazendo isso em grupo ou sozinho. De certa maneira funciona como um episódio de seriado americano em que uma história acaba nele, podendo ter consequências nos próximos. Já em uma campanha, podemos citar ela como uma sucessão de aventuras, envolvendo os mesmos jogadores. Voltando ao exemplo de um seriado, é só imaginar que os vários episódios formam uma tram única que conduz os personagens a um "grande confronto" ou uma "grande revelação", como um temporada.
Os jogadores reunidos criam fichas de personagens. Servem para anotar as características, equipamentos defeitos, qualidade e outros defeitos. Lembrando que os jogos possuem regras a serem seguidas. Normalmente, uma ficha é criada em comum acordo entre o narrador e os jogadores, usando especificações de um livro de RPG.
Para simular a aleatoriedade de alguns acontecimentos, ou simplesmente o sucesso ou falha de uma ação, são jogados dados.
Normalmente, um jogo de RPG usa dados de seis lados, e regras que dizem quais suas chance de sucesso. O termo que usamos normalmente é D6. Alguns jogos tem sistemas diferentes e usam dados especiais de 4, 8, 10, 12 e 20 lados (ou faces). Esses dados são vendidos em lojas especializadas. E como antes, RPG não tem haver com jogos de azar, portanto não envolvem apostas de qualquer tipo

3 - Como funciona um livro de RPG?
Para jogar, se lê um livro com todo o conteúdo de jogo. Ele possui regras de construção de personagens, as rolagens dos dados e a parte ficcional, o que traz todos elementos desse hobby. Muitas vezes, essas obras são chamadas como módulos básicos, e só um deles é necessário para uma partida.
Além do módulo básico, que é necessário para os jogos, também é possível comprar livros com material extra chamados suplementos. Tanto que eles não são exigidos para começar uma partida do jogo.

4 - A história do RPG
Os primeiros jogos não vieram de uma area tão interpretativa. Surgiram com os wargames (assim como as damas que vieram do xadrez, e este é inspirado em batalhas).
Um grupo de colega que se entretinha com esses jogos de tabuleiro e estratégas, quase sempre os mudava e melhorava as regras. Com isso eles criaram um jogo inspirado especialmente nas obras de fantasia de O Senhor dos Anéis e Conan. Esses foram os primórdios do primeiro RPG que seria conhecido como Dungeons & Dragons (Masmorras e Dragões)
Em 1974, a diversão se tornou algo mais comercial e criou um sucesso de tal magnitude, que o grupo de amigos entre eles Gary Gygax e Dave Arneson) tornaram-se uma editora, a TSR, Tactical Studies Rules. O D&D se tornou símbolo de cultura nerd, com referências em filmes como E.T. de Spielberg, em desenhos como Os Simpsons e Futurama, de Matt Groening, animações como Shrek 3 e até seriados como The Big Bang Theory.

-Curiosidades:
*No brasil um dos desenhos mais reprisados na TV tem seu titulo original como Dungeons & Dragons. Isso ocorre pois realmente é baseado no jogo de RPG: heróis enfrentando mistérios e combatendo o mal, enquanto tentam voltar para casa. A maioria o conhece por Caverna do Dragão. Tanto que tinha até o dedo de Gary Gigax nele.
*Até mesmo os quadrinhos e animações japonesas se renderam ao RPG. Uma das obras mais famosas é Record of Lodoss War. Criada por Ryo Mizuno, produzida em 1991, é assumidamente baseada e produzida em D&D.

5 - Gêneros dos jogos de RPG
Assim como peças de teatros, filmes, livros e jogos esportivos, existem vários temas, gêneros e gostos no RPG.
Os livros usam sistemas e temas próprios. Variando desde os mais clássicos até os mais modernos:
-Fantasia medieval
-Ficção científica
-Super-heróis
-Cyberpunk
-Terror
-Histórico
-Animes
-Steampunk
entre outros
Existem alguns mais conhecidos:
*Dungeons & Dragons é o mais conhecido e antigo dos RPGs. Envolve heróis medievais contra dragões, monstros e vilões. Histórias clássicas de combates de bem contra o mal.
*GURPS, Generic Universal Role Play System. É um jogo, literalmente, genêrico. O que faz com que consiga abranger vários temas.
*O Senhor dos Anéis RPG é um jogo oficial baseado na obra máxima de J.R.R. Tolkien, que inspirou o conceito de aventura em D&D e várias obras de fantasia medieval. 
*3D&T e Mini GURPS são aqueles que possuem as regras mais simples e preço mais acessível, excelente para iniciantes. O primeiro é mais apropriado para os fãs de animes, mangás, videogames e quadrinhos americanos.

6 - O RPG como modo de aprendizado
Professores, psicólogos e pedagogos já descobriram o potencial educativo do RPG para os mais jovens. É possível através desses jogos, que jovens possam aprender história, sociologia, geografia e outros temas.
Muitos livros são baseados em fatos, lugares e pessoas reais, como GURPS Descobrimento do Brasil. Outros, baseados em ficção científica, apesar de ser fantasioso, possuem um teor fundamentado em algumas teorias reais.
Muitas vezes jogadores começam a ler incentivados pelas partidas de RPG. Algumas vezes, se deve ao fato de se interessar pelas regras do jogo, como rolagem de dados e caracteríticas de alguns personagens. Outras vezes, é a fantasia que atrai os jogadores.
Entre os livros e obras que normalmente os jogadores leem estão obras escritas ou inspiradas em Tolkie e Robert E. Howard (escritor de Conan, Rei Kull e Solomon Kane). Mas os próprios jogadores de RPG criam sua literatura fantástica. Veja alguns exemplos:
*O Inimigo do Mundo, baseado no universo dos livros de jogos Tormenta.
*Dragões do Crepúsculo de Outono, Dragões da Noite de Inverno e Dragões da Alvorada da Primavera, baseado no universo dos livros de jogo Dragonlance
*A Estilha de Cristal e Rios de Prata, baseado no universo dos livros de jogo de Forgotte Realms


7 - Live-action: Um modo diferente de RPG 
Um live-action, ou só live, é um modo diferente de jogar RPG. É algo que mistura jogo, festa a fantasia e teatro. Em vez de usar dados sobre a mesa, os jogadores se vestem, agem e falam como seus personagens.
Quase sempre fazem certos sinais de mão para simular as regras de jogo. E com isso, quase sempre participam de grandes eventos onde existem confraternizações entre pessoas de diferentes estilos, mas que gostam desse hobby. Alguns desses jogos criam muita curiosidade e atraem outros RPGistas.
O live-action é um jogo tremendamente criativo, que exige muito da interpretação de seus participantes. E é isso que torna essa atividade um pouco mais dificil
Os live-actions também inspiraram as batalhas campais. Elas consistem em grupos de conhecidos ou amigos, que entram em competições e duelos inspirados nas histórias medieviais de cavalaria. Se vestem com roupas baseadas na Idade Média e usam armas feitas de espuma para os combates.

8 - MMORPG: Jogos online
Os MMOs (Massive Multiplayer Online) são um tipo de jogo eletrônico que mais cresce nos últimos anos. Talvez sejam mais famoso que os RPGs de mesa, e algumas vezes, são os primeiros passos para os fãs desse gênero.
Todos os MMOs são diferentes mas sempre possuem uma mesma base que consiste em criar personagens, explorar o mundo do jogo virtual, enfrentar criatras, fazer quests, (missões) entre outras coisas
Entre alguns jogos que existem na Internet estam:

*Everquest
*World of Warcraft*Star Wars - Knights of Old Republic
*D&D Online
*Lineage
*Ragnarok*MU Online*Lineage II
*DC Universe*Final Fantasy XIII
*Cabal

Com isso termino essas linhas esperando que tenha sanado suas dúvidas com relação a esse jogos que já alcançou tantas pessoas em diversos países.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Pacific Rim: um filme que faz homenagem aos mangás e animes


Em Pacific Rim temos um filme que usa muito de uma temática parecida com animes e mangás. Isso pois temos o competente (e que também foge muito de dirigir algumas obras...) Guillermo del Toro. Que quando esta no controle consegue fazer muita coisa boa, fazendo referências clara ao universo que ele se propõe a mexer. Como foi o caso de Hellboy e Hellboy Golden Army. 
A história se passa na década de 2020, onde surgem monstros enormes chamados kaijus (palavra japonesa para monstro gigante). Eles surgem de um portal interdimensional no Oceano Pacífico. Depois de muitas dificuldades com mecanismos de armas extremamente perigosas, eles criaram os jaegers, mechas gigantes e poderosos para combater esse mal. Esses itens bélicos e perigosos são na verdade pilotados por duas ou mais pessoas, através de um implante neural poderosíssimo. Raleigh Becket é um ex-piloto de jaeger que volta a ativa de forma meio forçada, e que precisa sincronizar com Mako Mori. Ela é uma nova piloto. Só que as taxas de assimilação desse robô são maiores com pessoas com ligação sanguínea. Como pai e filho, e irmãos e irmãos por exemplo. 
Raleigh é conhecido pois em determinada batalha, seu irmão morreu, deixando o jaeger que pilotava só na forma bruta: sozinho!
O que causa certa repulsa do piloto em participar de um novo projeto com jaegers e sua nova colega. 
Entres os atores do filme estão queridinho de del Toro, Ron Perlman. Algo parecido com o relacionamento de Tim Burton e Johnny Depp. 
O filme foi um grande sucesso, sendo que uma sequência surgirá, talvez em 2018. Ele que usa bastante referências (não explícitas) aos animes e mangás de mechas gigantes. Entre os atores, além de Ron Perlman, temos Charlie Hunman (Raleigh) e Rinko Kinkuchi (Mako). 
Cara esse filme é bom! Usando e abusando de coisas como referências de filmes clássicos, animes e mangás conhecidos. Desde os combates mais simples, até o grand finale, com um "bastão de trem" e uma espada mecânica do robo com asas. Um otaku pira com tudo isso! Pois é lindo demais. Bem feito e bem construído.
Um único problema é que o filme em português se chama O Círculo de Fogo.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Homem-Aranha: o Amigão da Vizinhança

"Com grande poderes, vem grandes responsabilidades"
Tio Ben
O Teioso é um dos personagens mais queridos da Casa das Idéias. O Homem-Aranha é tão querido, que tecnicamente é impossível falar sobre a editora Marvel sem citar Peter Parker. O sobrinho do tio Ben (não o Coisa, o outro tio Ben!) que fixou em nossa mente a frase, "com grande poderes vem grandes responsabilidades".
Esse personagem, que apesar de não parecer, tem mais de cinquenta anos, trouxe muita personalidade aos quadrinhos. Pois além de ser um rapaz muito bem humorado, ele começou a colocar problemas reais na vida de um herói. Coisa até então inédita nas histórias em quadrinhos.

"É o amigão da vizinhança!"
Homem-Aranha
Peter Parker é um jovem adolescente criado por seus tios Ben e May. Ele é um típico rapaz maltratado por seus colegas de escola, como Flash Thompson e Kong, por ser mais voltado aos estudos e dedicado a família. Seus pais morreram quando ele era muito jovem, o obrigando a ficar aos cuidados dos parentes mais próximo.
Certo dia, após uma excursão, Peter é picada por uma aranha radioativa e ganhou super-poderes. Entre eles super-força, agilidade proporcional a uma aranha, conseguiu a aderir em paredes, sem contar a um sexto sentido que o salva dos perigos iminentes. Só uma coisa que muitos confundem, é sobre as teias que o personagem solta. São um produto químico desenvolvido pelo próprio rapaz, e com ele consegue se pendurar em prédios e até mesmo criar defesas dependendo da situação. Detalhe: ela se dissolve em uma hora. Com isso, ele usa um equipamento para poder guardar capsulas desse produto e recarregar seu lançador de teia. Assim, isso também impede que o rastreiem.
Ele desenvolveu isso pois sempre foi um rapaz muito inteligente e especializado em química.
Ao invés de usar suas habilidades contra o crime, ele começou a participar de competições de luta livre. Assim, ele obteria um dinheiro para si e ajudava em casa. Como recebeu pouco, quando o dono do estádio foi roubado, ele deixou o ladrão fugir com toda a grana. Sendo que com seus poderes ele poderia muito bem impedir o crime. 
Quando o jovem volta para casa, ele descobre que seu tio Benjamin foi morto por um assaltante. Peter corre atrás do assassino, quando descobre ser ele o ladrão que deixou escapar anteriormente. Ai a frase dita por seu tio Ben, faz mais sentido. Com isso, ele começa a notar as responsabilidades que seus poderes tem. Para ajudar os mais necessitados.
Para ocupar o lugar de seu tio, como provedor de sua casa, ele tenta arrumar um modo de obter dinheiro. Para isso começa a vender fotos de Homem-Aranha, enquanto combate o crime, para o jornal Clarim Diário. Ele vende as fotografias para J. Jonah Jameson, o dono do jornal que odeia mascarados, portanto, odeia o Cabeça de Teia. Ainda assim, o cara é uma pessoa honesta, talvez um pouco intolerante aos vigilantes de Nova Iorque.
Mas com o surgimento de um herói, vilões começaram a surgir: Camaleão, Abutre, Doutor Octopus, Elektro, Lagarto, Kraven, Duende Macabro, Homem-Areia, entre tantos outros. Mas assim como o Batman da DC tem seu nêmese no Coringa, o Amigão da Vizinhaça na Marvel possui o Duende Verde. A identidade secreta desse vilão é a do empresário e industrial Norman Osborn, pai do colega de Peter, Harry. 
Ao entrar na faculdade, depois de muitos encontros e desencontros amorosos ele conhece seu grande amor, Gwen Stacy. Até hoje, ela é considerada o maior amor dele. Mesmo ele já conhecendo Mary Jane Watson. Stacy era filha de um policial que morreu no cumprimento do seu dever. Só que logo ela caminharia para o mesmo lado: Norman descobre a identidade do Homem-Aranha. Sabendo disso, ele sequestra Gwen e a joga de uma ponte. E criando umas das cenas mais tristes dos quadrinhos até os dias de hoje.
O Duende Verde morreu logo em seguida, mas isso ainda é um trauma muito grande na vida do personagem.
A Gwen Stacy voltaria nas histórias em quadrinhos, quando ela foi clonada. Isso ocorreu através das mãos de um vilão chamado Chacal. Que não satisfeito com essa duplicata, fez o mesmo com Peter Parker, várias vezes. Mas no caso, o Homem-Aranha e seu primeiro clone entram na pancadaria. E quando isso ocorre, o vencedor joga o perdedor em uma chaminé de uma fábrica. 
Nesse mesmo período ele começou a ter um caso/envolvimento/parceria com a Gata Negra. Ladra de jóias. Algo parecido com o envolvimento de Batman com a Mulher-Gato da DC.
Nesse meio tempo em que o Homem-Aranha lidava com vários criminosos, ele também tinha que lidar com o novo Duende Verde. Que nada mais era que Harry Osborn. Um legado do mal. Só que nesse meio tempo, Peter Parker e vários outros heróis deixaram a Terra. Isso por terem sido convocados por uma força poderosa nas primeiras Guerras Secretas. Por conta de uma máquina que ele mexe acidentalmente, seu uniforme tem uma coloração diferente em preto e branco. Com um tecido de origem alienígena.
Quando voltou a Terra, Peter começou a usar somente esse uniforme. Só que sem saber, na verdade é que esse uniforme não era um tecido alien: ELE ERA O PRÓPRIO ALIEN. Uma forma de vida simbionte, que necessita de outra para sobreviver. Só que notando como esse ser mudava seu comportamento de forma mais agressiva, até mesmo com Mary Jane com quem estava mantendo um relacionamento mais sério, ele se livra desse ser. Isso ocorreu em uma igreja, quando descobriu que aquele ser era afetado por ataques sônicos. 
Ele então incorpora em outra pessoa, um antigo repórter do Clarim Diário, Eddie Brock. Tanto ele quanto, o ser simbionte nutriam um ódio por Peter Parker (por questões profissionais no caso de Eddie) o que faz surgir um ser chamado Venom. E dele derivaram seres como Carnificina e o Anti-Venom. O maior problema quanto a Venom é que o sentido aranha não funciona com ele, ou seja, os poderes não consideram ele como um inimigo.
Nesse tempo, Peter já tinha se casado. Com a modelo Mary Jane Watson. Só que ele nem pode aproveitar muito tempo na companhia de sua mulher. Já que ele foi vencido, sequestrado e enterrado vivo (!!!) pelo caçador Kraven. Sem contar que o mesmo ficou no lugar do Homem-Aranha para poder provar seu valor em cima de sua "presa". Depois ele se mata.
Para não falar que desgraça pouca é bobagem, o clone do Homem-Aranha ressurge. Ele sobreviveu ao combate original, no qual assumiu o nome de Benjamin Reilly e um alter-ego como Aranha Escarlate. E essa parte da história que se torna confusa, pois começa a controversa Saga do Clone. Onde acredita-se que Peter é quem era o clone, e Ben Reilly o original. Para fechar com chave de ouro, o herói perde sua querida tia May. Em compensação, Mary Jane ficou grávida. Um turbilhão na vida de um herói, não é?
Peter Parker abandonou a vida como herói por conta de tudo isso, para deixar Ben Reilly como o novo Homem-Aranha. Já que acreditava-se que Ben era o verdadeiro por conta de tramas do geneticista Seward Trainer e de outras pessoas nas sombras. Para ser mais preciso, um plano para acabar com maior facilidade com o original e único Cabeça de Teia.
Norman Osborn, ainda vivo depois dos conflitos de anos atrás, tramou tudo isso. No final, Ben Reilly se sacrifica protegendo Peter Parker do Duende Verde. Esta vendo por que essa história é tão controversa entre os fãs? O que fez Peter voltar a assumir o manto do Aranha.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas. Pois a filha que Mary Jane iria ter, morreu. Na verdade, ela foi sequestrada por Norman Osborn e até hoje não se sabe seu paradeiro. Quando o Homem-Aranha vai atrás de sua filha... Ele encontra a tia May! Que não morreu! Acontece que a mulher que faleceu como a titia, seria uma atriz contratada por Osborn. Agora me responde PARA QUE ELE FEZ ISSO? Resposta: nem sei.
Mas a vida como vigilante cobrou um preço. Ele e Mary Jane se separaram por conta de todo esse turbilhão de problemas na vida do casal. E assim, a moça pode se dedicar em sua vida como atriz, já que era modelo antes.
E finalmente, depois de anos, a tia May descobre que Peter Parker é o Homem-Aranha. Por isso, ela o ajuda a reconquistar Mary Jane Watson. 
Agora o Homem-Aranha é membro dos Vingadores depois de vários conflitos dentro da equipe. Só que estoura a Guerra Civil. Esse conflito dividiu os heróis em dois lados: os a favor do registro de super-heróis e o contra. Inicialmente, Peter fica do lado do registro, junto com o Homem de Ferro, ganhando até mesmo um novo uniforme tecnológico. Só que ele comete um erro gravíssimo: ele revela AO MUNDO sua verdadeira identidade. A maior falha do cara, pois vários vilões foram atrás de sua família e dele. Sendo que a tia May foi baleada!
Novamente surge uma história controversa, devido a esse último acontecimento: o demônio Mefisto, surge para Peter Parker com uma proposta. Nela a tia May seria salva e ninguém mais lembraria que Peter é o Homem-Aranha. Isso se ele deixasse de lado seu casamento, apagando ele da existência. Ai esta algo que muitos não compreendem. Era óbvio que o rapaz amava sua tia, contudo nunca seria tão negligente para fazer algo tão imprudente. Pois ele aceita, assim ele nunca casou com MJ. Na verdade, eles nunca se conheceram!
Surge agora o Doutor Octopus, bem próximo de morrer. E ele conseguiu trocar a sua mente pela de Peter Parker. Assumindo a identidade de Homem-Aranha. Querendo provar que era um herói melhor que seu antecessor. Se tornando o Homem-Aranha Superior.
Contudo, Peter Parker emerge da consciência dentro de seu corpo e toma controle de seu corpo.
Muitas coisas a mais aconteceram. Só que muitos não são fatos canônicos.
Entre alguns fatos que podemos considerar como oficiais é que ele já tentou entrar no Quarteto Fantástico. Anos depois, ele realmente conseguiu isso, assim como já participou dos Vingadores. Isso ocorreu quando o Tocha Humana morreu. E o próprio Johnny Storm dizia que o único digno para substituir ele seria o Cabeça de Teia.
Os pais de Peter na verdade eram agentes secretos a serviço da SHIELD. Ou seja, Richard e Mary Parker trabalharam como membros da maior organização de espionagem no mundo! Em Untold Tales of Spider-Man, para se der uma ideia, Mary salvam a vida de um agente. Nada mais, nada menos que Wolverine! Lembrando que os dois teriam morrido em um acidente de avião. Até hoje nunca explicado direito.
É Reed Richards quem arruma a roupa do Teioso depois dos combates em que ele participa. Ou acha que aquilo se arruma sozinho? Mas ainda assim, como é que ele arruma isso? O Homem-Aranha entra em combates terríveis. Minha teoria é que ele tem uma máquina só para isso.
Ele é forte? Ouça cara ele tem sangue radioativo
Ele pode se balançar em um fio? Dê uma olhada para cima
Ei, ali! Lá vai o Homem-Aranha
Ramones - Spider-Man

terça-feira, 2 de maio de 2017

Crise nas Infinitas Terras: a melhor crise da DC


Acho que já devo ter falado isso nas gravações do Sarjeta e aqui mesmo no blog, mas não curti muito as histórias que surgiram com o reboot da DC. Mas uma das poucas que realmente curti, ANTES disso, é Crise nas Infinitas Terras.
Crise nas Infinitas Terras, em minha opinião é a melhor saga da editora até então. Nos anos 80, seu universo de personagens estava claramente confuso cheio de realidades alternativas: mundos em que Lex Luthor é o único herói , outros  que foram comprados pela DC (como os da Charlton e da Fawcett Comics), outros que tem similaridades entres os personagens e outras, em que a Alemanha Nazista havia vencido a Segunda Guerra Mundial!
O editor Len Wein, o escritor Marv Wolfman, e o desenhista Geórge Perez decidiram fundir essa suruba de universos. Para isso criaram uma mega saga interligando todos eles, em que dois seres cósmicos travavam uma guerra milenar: o Monitor e o Anti-Monitor. Este segundo, soberano do único universo composto por anti-matéria. E o combate se desestabilizou quando o Anti descobriu que ficaria mais poderoso absorvendo os universos positivos. Imaginem como foi o combate?
A saga enviou heróis e vilões em diferentes partes do tempo e do espaço (a mando do monitor), para deter a onda destrutiva causada pelo Anti-Monitor. Universos inteiros foram aniquilados! Incontáveis vidas se perderam! Mas isso acabou com um pequeno grupo de heróis que conseguiu chegar até o ponto chave na criação do multiverso. O que fez os universos finalmente se fundirem!
Com Frank Miller, John Byrne, Geórge Perez e Mike Baron reconstruíram o universo DC como excelentes artistas que eram e já tinham feito tantas vezes (se não me engano, depois dessa época que Frank Miller teria criado o famoso Batman: Ano Um que reescreve o mito do Cavaleiro das Trevas).
As sagas de crossover nunca foram iguais depois daquilo. A Supermoça original faleceu em combate (uma das mais famosas capas da época e até hoje), a Mulher-Maravilha se ligou mais com a mitologia grega do que no seu começo (o que convenhamos, parecia mais uma exaltação aos valores americanos no começo dos quadrinhos da moça) e o Batman se tornou um personagem mais sombrio e menos sociável, fazendo raras participações na Liga da Justiça. Com a morte de Barry Allen, o Flash original, Wally West, seu sobrinho assumiu o manto (já que antes era o sidekick, Kid Flash).
Enfim, leiam Crise nas Infinitas Terras. Só pude ler uma vez na casa de um amigo e de relance... Mas foi extremamente instrutivo para compreender alguns dos verdadeiros motivos de uma editora criar crossovers.
O sub-título de "a melhor crise da DC" se deve pois foi uma das poucas vezes em que esses crossovers das editoras serviam para uma função tanto quanto nobre. Não só criar mais uma mega-saga qualquer.
P.S.1: Sobre Barry Allen ser o Flash original, cronologicamente isso é errado! E foi um erro meu, mas explico: o primeiro flash teria sido Jay Garrick, um estudante universitário que sofreu um acidente com uma forma experimental de água pesada. Aqui no Brasil ele é mais conhecido como Joel Ciclone. Mas a maioria dos fãs do Corredor Escarlate sabe isso.

P.S.2: Essa opinião sobre Crise nas Infinitas Terras me surgiu de uma longa pesquisa, mas talvez seja mais uma opinião própria. Mande sua opinião sobre qual saga você acha que é mais importante no universo DC.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

13 Reasons Why: uma boa série, mas péssima conselheira

"Se você recebeu essa fita, seu nome vai aparecer uma hora ou outra..."
Hannah
Talvez uma das séries mais comentadas em 2017, trazendo consigo um tema (até então) pouco abordado em mídias. 13 Reason Why (13 Porquês, em uma tradução mais literal), trata sobre o protagonista Clay um jovem estudante americano. Ele recebe uma caixa que contêm várias fitas cassetes, ao qual o remetente é Hannah. Uma jovem que se suicidou recentemente e era a paixão platônica do jovem. Nelas, a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida - além de instruções para elas serem passadas entre os demais envolvidos.
A série passou pela Netflix, e foi produzida por Selena Gomez, cantora e atriz extremamente conhecida pelo público adolescente.
Essa temática de suicídio mostra que o seriado é relativamente pesado. O que vai contra a ideia de ser uma série adolescente. É um tema muito maturo e perigoso em alguns pontos. Vejamos, você tem uma pessoa, a Hannah que cometeu esse ato contra a própria vida. Quantos jovens teriam o discernimento de falar sobre isso como algo a ser evitado? De modo saudável? Pouquíssimos. Sem contar que sua faixa etária é dos 16 anos em diante. Será mesmo? Um tema de suicídio sem os devidos cuidados realmente estaria nesse nível de idade? Logo explico o motivo de falar.
Existe sempre uma transição muito boa entre presente e passado de forma muito boa. Quando a fotografia retrata o passado, antes do suicídio, as imagens ficam com tons mais quentes, mais vibrantes. Já na hora em que se foca no presente, após o suicídio, eles perdem esse tom e se transformam em algo mais azulado, quase mórbido. Em relação a essa questão temporal é muito bem explorada a diferença dos fatos.
Ainda assim, uma dos grandes defeitos sobre a série talvez seja ter episódios tão longos. Para uma temática como essa, eles fazem "encheção de linguiça" em alguns episódios.
Talvez um dos maiores problemas dessa série seja a polemização de um problema. Querer um fato sério de forma um tanto sem cuidado. Um fato que é notado com a série são a assimilação da personagem. A maioria dos espectadores se identifica com Hannah, a personagem que se suicida, do que com um Why (Um dos Porquês). Contudo, usando um raciocínio de Gabriel Gaspar do canal no Youtube, Acabou de Acabar, esse entretenimento foi criado para os "culpados", não as "vítimas". E coloque muito aspas ali atrás.
Os Whys seriam pessoas que cometem bullying, o que faz com que essa série cometa um erro já. Pois ninguém pensa que pode causar mal a outra pessoa. Só que é mais uma "Hannah". Um conteúdo com essa temática tem que nos fazer refletir, em mais de um aspecto. Tecnicamente, é mais fácil lembrar de quando apanhamos do que quando batemos. E isso não causa uma mudança de atitude o que é uma falha.
Além disso, com a assimilação da Hannah como uma pessoa a ser admirada, é mais fácil você seguir seus passos do que evita-los. Não querendo disser que a série impele o suicídio, só que ela nem consegue mandar uma boa mensagem do contrário. Imagine uma pessoa que esta com a mente fragilizada. Compreende?
Para completar, a série viola vários dos termos ligados ao Manual de Prevenção ao Suicídio. Um documento criado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), para ajudar exatamente os profissionais da mídia a tratarem sobre esse tema. Justamente para não criar um incentivo a essas atitudes contra a própria vida. E isso faz sentido, já que muitas vezes as pessoas deturpam o que é dito em diversas mídias. Isso nem sempre significa que as pessoas estão sendo malignas com isso, só que muitas vezes não compreendem qual a moral de uma obra. E ela já quebra duas das regras desse manual que são: não publicar fotos nem cartas suicidas, muito menos atribuir culpa.
Hoje em dia, o modelo americano de estudo é algo pesado. Causa uma grande repercussão o modo de agir dos adolescentes por lá. E sem contar com novos métodos de bullying como o famoso "Desafio da Baleia Azul", que se popularizou. Até mesmo no Brasil.
De certa forma, essa série fez algo bom em sua temática: nos fez ficar mais sensíveis aos casos de depressão. Isso sim deveria ser muito mais abordado, do que o suicídio em si. Até faz isso, mas fica colocado de forma muito superficial. As vezes até em segundo plano.
Ai as pessoas dirão "mas Luis, você esta muito insensível". Engano seu. Eu sofro de um caso bem leve mesmo de depressão. E isso me atingiu com tudo no ano de 2014. Sem contar que anos antes, em duas oportunidades, eu pensei em suicídio. Acreditem, quando olho para os motivos noto como foram superficiais e tolos. 
Para sintetizar, é uma série boa. Contudo ela peca em diversos aspectos que poderia ter conseguido tratar de forma bem melhor. Mas sinceramente, eu não recomendo ela para adolescentes MESMO.