quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Os detalhes mais idiotas de Star Wars

As midchlorians: Desde que a Força foi apresentada no primeiro filme de Star Wars, ela sempre foi tratada como uma energia mística que permeia todo o universo. Ela seria uma força que une todas as pessoas, mesmo o lado negro da Força tem sua parcela no grande ciclo do universo que do nada vieram. Ao ponto, de quem os jedi são tratados como monges em uma filosofia com cunho religioso até. Tanto que podemos ver neles poderes místicos e palavras de sabedoria que podem ter cunho budista muitas vezes, ou até de outras filosofias, quase sempre orientais.
Ai vem Star Wars I - A Ameaça Fantasma, com Qui-Gon Jinn, Obi-Wan Kenobi, Padmé Amidala, Anakin Skywalker e Jar Jar Binks (já falo dele)... Mas também midchlorians. Eles poderiam falar que é uma medida de quão poderoso um jedi ou sith é na Força. Mas não, George Lucas tinha que complementar isso falando que coisas como organismos vivos dentro das pessoas concedem poderes aos usuários da força. Ou seja, algo como bactérias (o que mais se aproxima podendo ser benéfico como a Força) concedem poderes. Não é a toa que fazem a piada que lactobacilos vivos concedem habilidades na Força.
Jar Jar Binks: Quando conhecemos Star Wars, na trilogia clássica, conhecemos diversos personagens que são alívios cômicos ou até fazem piadas. C3PO e o R2D2 são exemplos disso. Os ewok e wookies que aparecem na série são uma espécie de piada pois nós, espectadores não sabemos o que eles falam. Ainda assim, rimos das conversas. Isso sem contar que até mesmo personagens principais como Luke Skywalker, Han Solo, Lando Calrissan e a Princesa Leia são engraçados ou fazem piadas em certas partes.
E George Lucas coloca mais uma vez no primeiro filme da nova trilogia Jar Jar Binks. E ele é inútil, com exceção de quando ele leva Obi-Wan e Qui-Gon para o reino da água da raça de Jar Jar. "Ah, mas ele cita que o povo dele é forte". Grande merda, pois é quase certo que a própria Amidala já tinha isso em mente. E para coroar a falha disso, o Jar Jar foi quase descartado no resto da cronologia (com exceção das animações) só serviu para ferrar de vez com a República. 
Não me venham com aquela história de que ele é um sith... Ok?
Legacy e Legends não são canônicos: Aqui deixamos as críticas a George Lucas e devemos realmente fazer críticas a Disney. E sinceramente, Jar Jar Binks e midchlorians não são nada comparado a isso.As histórias chamadas de Legends se passariam antes dos filmes feitos até então (Star Wars I, II, III, IV, V e VI, pois foram projetados desde o começo por George Lucas) tratando sobre a Velha República, o antigo Império dos Sith, a guerra contra mandalorianos e até mesmo como surgiu as ordens jedi e os sith. Enquanto Legacy seria algo que se passa depois dos filmes citados. Onde, por exemplo, Luke Skywalker já está morto e observamos a vida de Cade Skywalker, seu filho com Mara Jade. Todos esses personagens são amados por grande parte dos fãs, como Darth Kryatt. E conhecíamos eles por livros e HQs produzidas por anos. Tratados como canônicos.
Entretanto, quando a Disney comprou a Lucas Films desconsiderou esses anos de histórias, antes e depois. O que pode ser visto pela empresa como uma baita ideia, pois cria uma nova história, mas é vista com maus olhos pelos fãs mais ardorosos que sempre consumiam aquelas antigas histórias. Ok, afinal, se é dono pode mudar. Entretanto quando chegamos ao final dessa nova trilogia (VII, VIII e IX) os caras usam um plot do Legacy para explicar parte da história canônica deles... Sendo que eles poderiam ter deixado de lado e fazer algo melhor. O que deixa a história fraca e rasa. E é um baita desrespeito com quem sempre acompanhava a série. Desde sempre.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

As falhas da Disney

Existem coisas que a Disney faz com um primor. Boas demais, até os dias de hoje. Como Branca de Neve ou A Bela e a Fera. Mas a empresa já fez besteiras. Enormes. E aqui vamos relembrar algumas das besteiras maiores dela.
A Canção do Sul (1946): Apesar de ser um filme extremamente pretensioso, combinando animação com imagens em live-action, e até mesmo uma das canções ganhou um Oscar. Entretanto, quando chegamos em 1980, o pessoal deixou de exibir o filme e jamais o colocou em VHS, e portanto, em nenhuma nova mídia.
O filme que se baseia na série de contos Uncle Remus (de um autor branco, que usa o Tio Remus do título como locutor), parece ser baseado na Era da Reconstrução. Período em que os negros já estavam libertos, mas a economia norte-americana estava falida. Entre outras coisas, nota-se que os personagens estão submissos aos senhores de terras brancos, mas não é só isso. A trama em si se centraliza nas figuras brancas, sem possibilitar o desenvolvimento das figuras negras. No final, ele tem sim características racistas. Mesmo que "sem querer".
O Caldeirão Mágico (1985): O filme foi uma das maiores apostas da Disney, mas quase a faliu.
Nos anos 70, a empresa comprou os direitos sobre uma série de livros. The Prydain Chronicles de Lloyd Alexander, uma série de livros infanto-juvenis, onde um cuidador de porcos começa a entrar em diversas aventuras. Algo bem ao estilo de O Senhor dos Anéis e Crônicas de Nárnia. A série tem cinco livros. 
Queriam fazer algo superior A Branca de Neve e os Sete Anões. Mas o que deve foi quase a falência, pois chamou vários novos animadores, como Tim Burton e John Lasseter. Entretanto, em 1979, pois 14 animadores saíram da empresa pois não achava justo aquilo. Sobraram alguns veteranos e alguns jovens animadores. Eles não sabiam como iriam adaptar dois dos cinco livros, em um filme.
Passou mais de dez anos, e chegamos a 1981, ou seja, uma perda de tempo tremenda. Mas queriam colocar novas tecnologias digitais. Ainda assim, poderia ter um número grande de fãs, já que Dungeons & Dragons estava em alta. Ou seja histórias de fantasia faziam sucesso.
Ainda assim, muitos animadores não sabiam onde iria encaixar um quadro do outro animador. Sem contar que alguns deles estavam entrando em greve com outros membros desse grupo de trabalhadores em 1982.
Mas quando o longa saiu foi um fracasso. Pois a história era muito sombria e violenta, com mortos-vivos e um vilão MUITO mais assustador que em outros filmes. Ao ponto de que o filme dos Ursinhos Carinhosos fez mais sucesso que O Caldeirão Mágico.
O Fantástico Mundo de Oz (1985): Ironicamente, os fãs da Disney tiveram dois filmes em 85. Um deles foi o Caldeirão Mágico. O outro foi o live-action O Fantástico Mundo de Oz, com atores reais e algumas cenas em stop-motion. O que esse segundo fato garante um movimento travado nas cenas que traz um teor de terror. Entenderam onde quero chegar não é?
Bem, o que acontece é que como a história O Mágico de Oz rendeu um dos filmes mais famosos e rendáveis do mundo em Hollywood, a Disney viu que poderia fazer uma nova obra baseada nesse universo de Oz. Acontece que essa história foi criada de uma série de livros, assim como Alice de Alice e o País das Maravilhas.
Entenda: Os Livros de Oz formam uma série de alta fantasia que teve início com O Maravilhoso Mágico de Oz, e são relacionados à história da Terra de Oz. Oz foi originalmente uma criação do escritor L. Frank Baum, que escreveu quatorze livros sobre Oz. Depois do falecimento de Baum outros escritores escreveram mais 26 outros livros sobre a Terra de Oz. Diversos escritores acrescentaram suas próprias criações em Oz, dentre eles Gregory Maguire, com sua revisão Wicked. Assim a Disney comprou os direitos deles.
Só que a história já começa com um ar extremamente sombrio. Dorothy está em um manicômio, onde está sendo tratada como uma menina com problemas mentais, por acreditar em Oz. O detalhe é que além de lembrar cenas de filmes de terror em alguns momentos, existem momentos que também lembra vagamente cenas de Laranja Mecânica. 
E quando Dorothy e sua galinha (que agora fala, mas não faz muita diferença) vão parar em Oz, depois da menina escapar do manicômio, não melhora muito: os vilões incluem seres mecanizados que são pessoas bicicletas com duas cabeças ou algo assim, ao qual utilizaram máscaras para colocar na parte de trás das cabeças, imagens feitas em stop-motion, e uma mulher que pega cabeças de outras mulheres... E até mesmo os aliados de Dorothy ainda são tão bizarros.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Raças da Marvel - Parte 2

Skrulls:
Sua primeira aparição foi no número 2 da HQ do Quarteto Fantástico, surgindo quase sempre como antagonistas na Marvel.
Eles são uma raça que pode se metamorfosear em outras criaturas. E em sua primeira aparição, se transformam nos heróis (no Coisa, Tocha Humana, Senhor Fantástico e Mulher Invisível) e fazem várias atrocidades. O que seria uma constante atitude da raça. muitas vezes. Talvez a ação mais recente deles nas HQs seja a Invasão Secreta.
Quando os personagens foram criados, nos anos 60, os EUA em especial, vivia a paranoia dos homenzinhos verdes. Sem contar a Guerra Fria pairando no ar. Como se fosse uma metáfora do medo a invasão soviética.
Os skrulls tem ódio de diversas raças, mas uma em especial é odiada demais. Os krees.
Antes de conhecer os krees, os skrulls eram um povo pacífico. No planeta Skrullos, tínhamos uma raça bem primitiva, milhares de anos antes da Terra ter vida. Os Celestiais, como de costume, começaram a fazer experimentos nos seres do planeta. Dali surgiram três tipos de seres: os primes, similares aos humanos e sem poderes; os deviantes, tinham pele verde e podiam se metamorfosear; e os eternos, que tinham poderes superiores e viviam milhares de anos.
As três raças viviam em relativa paz, até que uma guerra estourou e os deviantes se saíram vitoriosos por sua habilidade de infiltração. Muitos anos se passaram e aquela raça se tornou pacífica. Pois seus interesses eram o comércio e a troca de tecnologia.
Com o tempo, eles desenvolveram tecnologia de viagem no espaço. Até que em uma de suas viagens de exploração encontraram o planeta Hala, onde encontraram os selvagens (os krees) e seres pacíficos (os cotati). 
Os skrulls instituiram um teste para saber qual das duas representaria Hala no Império Skrull. 17 membros de cada raça foram colocados em planetoides diferentes e inabitados, com suprimentos por um ano. Aquele grupo que tivesse obtido os maiores feitos, seria o eleito.
Os kree criaram uma grande cidade, enquanto os cotati fizeram um mundo paradisíaco. Quando a primeira raça notou que iria perder eles eliminaram a segunda. Isso revoltou os skrulls, que baniram Hala dos planeta favorecidos por eles. Só que os kree, se aproveitaram disso, roubaram a tecnologia skrull e mataram a delegação.
Isso foi o estopim para o conflito das duas raças. Desde então as duas raças entraram em conflitos, com os krees vindo a Skrullos, atacando os outrora skrulls pacíficos, forçado a entrar em conflito com seus inimigos.
Uma das maiores armas vivas dos skrulls é o superskrull, ou em seu idioma nativo, kl'rt. Onde colocariam poderes similares aos deles em um determinado skrull. Além dos poderes do Quarteto Fantástico e sua habilidade de metamorfosear, ele também poderia hipnotizar com os olhos.
O ódio entre essas raças criou um evento entre 1971 e 1972. A Guerra Kree-Skrull. Onde esse combate finalmente atingiu a Terra. Repercutindo em diversas HQs da época.
Krees:
Podemos falar que os kree são uma raça de supremacistas genéticos e é isso o que torna eles perigosos. Mesmo sendo o berço de heróis e vilões que muitos conhecem, ela essencialmente surge de um modo bem violento como mostramos antes.
Eles surgiriam na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã, que gira em torno da Via Láctea. E lá, existia o planeta Hala, lar dos krees. Sua primeira aparição se deu em 1967, na revista número 65 do Quarteto Fantástico. Nessa história, a Inteligência Suprema, manda Ronan, o Acusador para destruir a família de heróis. Isso tudo por terem tempos antes destruído um posto avançado dos kree na Terra. 
Os krees são idênticos aos seres humanos em diversos pontos do seu físico, exceto a pele azulada. Mas como eles são adaptados ao ambiente de Hala que tem gravidade maior, eles se transformaram em seres mais poderosos. Assim, na Terra eles se tornam mais rápidos e mais fortes. 
Entretanto, um segundo grupo racial apareceu ao longo dos milênios, com um tom de pele rosada. Os kree azuis acabaram se tornando poucos em números ao longo do tempo. Ainda assim, os azuis se mantiveram poderosos. Isso foi um fato que surgiu devido a estagnação do povo. Apesar de ser a maioria, os de pele rosada sofrem preconceito por não serem geneticamente puros. Ao menos é isso que os azulados acreditam sobre esses outros seres.
Uma raça poderosa, chamada de os Progenitores, chega a Hala e fez experiências com eles ao qual usou uma substância chamada "prima matéria" que evoluiu eles. E daí, surgem duas raças no planeta: os cotati e os kree.
Ai vem a parte falando dos skrulls. Criando o conflito kree X skrull.
Desde então, os krees se tornaram uma civilização extremamente focada no militarismo, no nacionalismo exarcebado. Se tornando uma cultura bélica que visava conquistar novos mundos. Controlando uma centena de outros mundos dentro da Nuvem de Magalhães.
Foi aqui que aconteceu a estagnação genética evolutiva deles. Tudo por conta que um único kree quis dominar o cristal da derradeira visão. Um kree que tentou utilizar o artefato para se tornar uma espécie de Deus, mas o cristal como punição, estagnou a evolução inteira da espécie para sempre. E para quebrar isso, os krees já se misturaram com seres de outras raças.
Mas eles souberam que os skrulls tinham criado o Cubo Côsmico. Os krees para se comparar a eles, uniram as mentes dos principais pensadores, generais, filósofos e cientistas mais geniais em uma única estrutura orgânica e sintética. Foi ai que surgiu a Inteligência Suprema dos Kree. E a influência dela governou todos daquela espécie, ao misturar monarquia e teocracia. 
Ela mandou 23 grupos de cientistas a 23 planetas para passar a misturar o DNA das criaturas daqueles mundo com o DNA kree. E foi através disso, que eles surgiram os Inumanos. Mas quando os cientistas trouxeram os dados sobre as raças a Inteligência Suprema acabou encontrando uma "profecia genética", que uma das raças criadas pelos kree seria responsável por destruir o império. Os soldados kree foram atacar as raças que criaram, mas claro que algumas dessas criaturas sobreviveram.
Os kree criaram combates contra os shiar, o que fez essa segunda raça com que criasse um buraco de minhoca no Sistema Solar. Só que isso fez com que o nosso Sol se tornasse instável ameaçando destruir a Terra. E os Vingadores para lidar com isso entraram nesse novo conflito. Gerando o arco das HQs chamada como Operação Tempestade Galáctica, de 1992.
E foi nesse arco que surge a Starforce. Mas o envolvimento dos vingadores surge a detonação da Nega Bomba. Uma radiação energética que simplesmente aniquilou 90% do império Kree. Atingindo até Hala. E tudo isso tinha sido orquestrado pela Inteligência Suprema. Pois acreditava-se que os 10% que sobrevivessem teriam seu código genético modificado, forçando uma evolução da espécie.
Em determinada vez, a Terra virou um planeta prisão. Onde a escória do mundo ficaria no nosso planeta, talvez devido a nos intrometer na vida de outros planetas do cosmo. Quem os trazia para cá era uma nova raça, os ruul. Que poderia se adaptar a qualquer condição. Na verdade, esses são os 10% que sobraram daquele plano louco da Inteligência Suprema. E se alguém poderia impedir os planos dela eram o terráqueos.
Só que depois de todos os problemas causados, algumas entidades cósmicas resetaram a evolução e se tornaram krees mais uma vez.
Entre seus grandes personagens temos Ronan, o Acusador e o Capitão Mar-Vell.
E o império já foi controlado por Ronan, depois por Raio Negro (também rei dos Inumanos, seguindo aquela profecia genética).


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Nerds: precisamos conversar sobre seus preconceitos...

Desde que os termos nerd, geek e otaku surgiram, esses foram meios que muitos de nós usamos para pessoas com preferências por coisas fora do comum. O que significa que tinha toda uma série de gostos aos quais a maioria não gostava. Esse grupo surgia muitas vezes por conta, não de preconceito em si, mas de assédio moral (o que denominamos nas escolas como bullying). Isso acontecia, especialmente, quando as pessoas nos anos 70 e 80 gostavam de ficção científica (que quase sempre surgia em livros, nessa época) ou artes ou RPG (o de mesa) ou outras coisas menos comuns na época.
Isso gerou a ideia de que nerds são marginalizados pela sociedade. Isso é bem explorado em filmes como Os Goonies, Deu a Louca nos Monstros, entre outros. E até recentemente, pouca gente notou, mas fizeram referências a isso em Stranger Things, onde o grupo de garotos começa tudo jogando RPG, se vestindo como personagens de filmes (Ghostbusters), entre outras coisas.
Entretanto, o nerd virou "cool". O fã de HQs e mangás se tornou uma fonte inesgotável de conhecimento das novas e velhas gerações. O que é bacana! Entretanto, copiando o Tio Ben "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades". Notemos que aqueles que um dia foram "zoados" serão os "zoadores". Mas não é uma brincadeira ou piada. Pois quando humilhamos outra pessoa, isso deixa de ser engraçado.

O preconceito racial:

Vocês sabiam que deve gente que, literalmente, não gostou de Star Wars VII, VIII e IX, não por ter uma história fraca - o que até faz sentido - mas por ter um ator negro na nova trilogia. Em um universo onde existem seres de diversas espécies, como uma pessoa fica nervosa com um negro na história? E porque? Tem um bicho verde que é literalmente um muppet com acesso a Força, tem um peixe que virou meme com "It's a trap", tem milhares de jedis com tentaculos na cabeça, sith com chifres e uma tatuagem dark por toda a franquia. Mas o nerd racista fica bravo com a chance de um rapaz negro ser protagonista! Parabéns. Troféu de merda para você.
E sabe o que é pior? John Boyega veio recentemente falar que a Disney não deu apoio ao ator quando aconteceu a retaliação dele, ao ponto dos "fãs" não comprarem o boneco do personagem Finn. O que faz muito sentido pelo que o ator falou. Não faz muito tempo, aconteceram diversas demonstrações dos EUA com relação ao racismo inerente no país. Tudo por conta de ações de policiais truculentos que literalmente, mataram um homem negro o sufocando. Isso sem contar AS OUTRAS MORTES que ocorreram no mesmo ano e foram filmadas. Sendo que quando foi um homem branco, armado, aparecer contra as manifestações... Ele foi conduzido. Dois pesos duas medidas não é?
No Brasil não fica muito longe disso. Mas não somente tratando sobre os negros, mas também sobre os indígenas.
Recentemente a obra Kriança Índia foi criticada por mostrar uma criança indígena matando grileiros e outras pessoas que atacam as vilas de indígenas e a floresta. Mas ninguém critica um anti-herói como o Doutrinador - ao qual se notarmos, seu nome faz referência a doutrina, controle sobre outras pessoas - que só mata esquerdistas. Os corruptos são só os caras "comunistas"? Uau... Engraçado que caras como Haddad foram investigados e foram absolvidos de muitos crimes, enquanto Temer, Maluf e outros nomes da direita são ainda investigados. 
Mas o melhor foi a resposta da Kriança Índia. Foi soltada uma cena em que um homem branco foi morto pela criança, no qual ela faz uma paródia com o lema de Jair Messias Bolsonaro (presidente em 2020) "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".
Sem contar a capa que é um clara alusão a Bolsonaro morto. O motivo de não ser contra isso? Quando um determinado secretário foi retirado do poder, ele falou que gostava do Doutrinador matando o Lula. Isso é engraçado com político, desde que não seja o seu de estimação, não é?

O preconceito sexual:

Ainda sobre Star Wars, nós podemos também nos lembrar que deve gente não acreditando na personagem principal ser a Rey. Foi uma boa jogada de JJ Abrams, pois nos trailers, não tínhamos certeza que ela seria a protagonista. Não me importava isso, mas parece que alguns caras bem troglodita, não gostava de uma mulher liderar a história. Parabéns, gente. Vocês gostam das princesas de Star Wars como a Leia ou Amidala, pois acha que elas ganharam o posto por um questão de herança? Caso não saibam, mesmo sendo chamadas com um termo monárquico, elas são eleitas. Não é a história do "herói salvando a donzela", mas sim usar elementos medievais para uma nova perspectiva do mundo. 
Ou já se esqueceram dos tiroteios das princesas em vários dos filmes? Do I ao VI. As mulheres, em especial dentro de filmes, estavam começando a sair das sombras e começando a ganhar os holofotes. E nessa leva podemos colocar personagens como a Mulher-Maravilha, que é uma princesa e faz parte da Trindade (o grupo dos mais importantes personagens da DC que incluem ela, Batman e Superman). Ou seja, uma das mais poderosas heroínas do mundo! Sendo um símbolo até mesmo para o feminismo até hoje em dia.
Nichelle Nichols, a atriz que fez a Uhura na série clássica de Star Trek tem uma vida particularmente, tanto por ser mulher quanto pela questão racial. Tanto que ela realmente pensou em desistir da vida como a personagem. Até encontrar Martin Luther King. O pastor era fã da série e da jovem atriz, lhe falando que ela era um exemplo a ser seguido. Nunca antes uma mulher negra estava tão alto dentro de uma mídia como a TV. Pois ela estava representando um modelo vital para jovens crianças e mulheres negras em todo o país. Após a primeira temporada, o papel de Uhura na série foi ganhando mais destaque.
Whoopi Goldberg, ganhadora de muitos prêmios, declarou que viu a personagem na televisão e correu para contar para a mãe dizendo: "Eu acabei de ver uma mulher negra na televisão, e ela não é nenhuma empregada!"
Na história da televisão dos EUA, a personagem é conhecido por participar do primeiro beijo inter-racial transmitido naquele país, com o Capitão James T. Kirk. Este episódio, intitulado "Plato's Stepchildren" (Os Enteados de Platão, em tradução livre), pôde ser exibido somente em novembro de 1968, um ano após a Suprema Corte dos Estados Unidos ter decidido eliminar as leis que iam contra o casamento inter-racial. 
E para terminar, não vamos esquecer os homossexuais, bissexuais e transexuais. Uma personagem que foi muito ofendida por ser trans, foi Afrodite de Peixes. Esse fato não foi bem aceito em um spin-off com Cavaleiros do Zodíaco G (onde o foco era, no começo, Aioria de Leão), chamado Saint Seiya - Episode G: Assassin. Só que esse mínimo detalhe não influencia em nada o grande poder do Cavaleiro de Peixes, se ele for ou não transexual ele continua sendo a pessoa que derrotou o gigante Zugilos de Anthrakma (Episode.G) o mesmo que travou uma batalha mortal contra Shun de Andrômeda (Mangá Clássico) e o mesmo que salvou os demais Cavaleiros de Ouro da emboscada de Andreas (Anime Alma de Ouro). Algo como a sexualidade, influencia nas atitudes de uma pessoa? Não.
Rebecca Sugar, a criadora da animação Steven Universe, disse que sua obra tem bastante influência em sua vida como mulher bissexual. O problema é que muitas pessoas não gostam da obra, sem nem ao menos ver a animação. Muita gente reclama que "colocam representatividade em animações que seriam reboots das antigas", mas nem tão chances a obras que surgem como uma forma de representatividade. Complicado, não é?

O preconceito religioso:

Duas personagens, que muitos preconceituosos não gostam de lembrar que tem uma religião diferente da cristã, são Magneto e Lince Negra. Erik Magnus Lenshneer e Kitty Pryde são judeus. Mas com pontos de vistas completamente diferentes um do outro, pois Erik viveu o Holocausto e a Kitty surgiu num período mais contemporâneo. O que isso significa? Que a ideia de preconceitos como o religioso muitas vezes se mantém firmes contra pessoas que não sejam membros da religião vigente, por muito tempo dentro da história. Usemos o exemplo do Brasil em 2020, que além de termos casos de preconceito sexual e racial, também temos o religioso. Como o de uma mulher que deve a guarda de sua filha retirada por certo tempo, por conta que a levou a um terreiro. Os terreiros são como igrejas, ou seja, templos religiosos. Se uma criança pode ir a eventos religiosos cristãos, por qual não pode ir a um de origem afro-religioso.
Podemos ver isso em diversas editoras, como a DC. Ou seja, há diversas religiões, em diversas editoras. Onde existem outros personagens, alguns religiosos (Superman é metodista, Zatanna é wicca, a Viúva Negra Natasha Romanov é cristã ortodoxa russa, Wolverine é budistas, Coisa é judeu e Miss Marvel, Kamala Khan é islâmica).
E para terminar, notem que um preconceito puxa o outro: um machista, muitas vezes não vai com a cara de homossexuais; alguém que não respeita a cultura negra, muitas vezes vai contra religiões de matriz africana; e por ai vai.
Mas isso não deveria existir entre os nerds, aos quais estão cheios de referências de como o preconceito não tem vez na nossa sociedade atual. E como isso é retrogrado, de tempos que não podem e não devem voltar.


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Materiais fictícios da Marvel

Na ficção, assim como na realidade, existem materiais que fazem parte do dia a dia. Entretanto, alguns deles são extremamente importantes. Perigosos demais em alguns casos.
Adamantium: Quando o capitão América esteve em Wakanda para deter os nazistas, eles lhe entregaram um pequeno pedaço do metal precioso, vibranium. Em seguida, ele o entregou ao exército para que ele fosse estudado. Myron MacLane, era quem estava a frente desses experimentos sobre o metal, que já desenvolvia formas super resistentes de metais. E assim, ele criaria tanques de guerra indestrutíveis a partir dessa ideia.
E tentou criar ligas metálicas, mas depois de muito trabalhar, MacLane, cansado caiu no sono e no dia seguinte, ele descobriu que a liga que tanto queria se tornou realidade. Ele colocou aquela liga em uma forma de disco para manter ela preparada. Contudo, como ele tinha dormido na experiência, ele jamais conseguiu repetir o processo. Aproveitaram esse novo material e  transformou no escudo do Capitão América.
Ele não desistiu de recriar essa liga, mas foi ai que ele criou o resistente adamantium. Ou seja, ele é a tentativa de obter uma liga única, como a do material que originou o escudo do Capitão. Para obter o adamantium, diversas ligas devem ser misturadas a um temperatura de 1.500 graus Fahrenheit, que dá mais ou menos, 18 mil graus Celsius. Há uma janela de oito minutos, para que o metal seja moldado. E depois disso, se torna tão resistente que se torna resistente ao impacto de uma bomba de hidrogênio.
Alguns dos mais famosos usuários de adamantium, fora Steve Rogers são Victor Creed (Dentes-de-Sabre) e Logan (Wolverine)
Vibranium: Como vimos até agora, o vibranium veio de um meteorito. O metal que faz parte de Wakanda, mas não foi o primeiro a ser citado, mas sim o vibranium antártico. Citado na revista do Demolidor #13, em 1966. Existindo uma diferença crucial entre ambos.
O vibranium antártico foi encontrado por um explorador e cientista chamado Sir Robert Plunder, que descobriu ele na Terra Selvagem. E o metal soltava uma certa vibração. Que poderia desfazer tudo ao redor dele em nível molecular que fosse feito de metal. Ele pode ser chamado de vibranium tipo-B, ou como é mais conhecido, anti-metal.
Ele desfaz as ligações moleculares dos metais. Por isso, quem vê de fora pensa que o metal se liquefez. Sendo usado tanto por heróis como vilões depois disso.
Já o vibranium de Wakanda, é bem diferente. Esse metal absorve vibração (diferente do anti-metal, que gera), o que torna ele impenetrável e indestrutível. Essa variedade, que mais conhecemos apareceu na revista do Quarteto Fantástico #53. Descobrindo os avanços tecnológicos só daquele metal, ele é capaz de absorver danos de quase qualquer intensidade cinética (como o impacto de uma bala) e armazena essa força nas suas ligações moleculares. 
O que significa que poucas gramas desse material custam milhões de dólares.
Uru: Quando assistimos Vingadores Ultimato, ficamos espantados por conta do escudo do Capitão América se destruido. Entretanto, pode ser que seja uru. 
Uru é uma substância feita a partir de pedra e metal. Somente o calor de uma estrela, ou das forjas de Asgard consegue gerar calor suficiente para modelar o metal. Por causa disto, as armas forjadas utilizando este metal são extremamente resistentes a danos.
O Uru foi usado para construir o martelo do Thor, Mjolnir; a lança de Odin, Gungnir; o martelo do Bill Raio Beta, Stormbreaker; a Thunderstrike e a armadura Thorbuster, criada por Tony Stark.
Osmium: O osmium é a substância orgânica que surge naturalmente no corpo de alguns mutantes. O metal é uma espécie de aço orgânico extremamente resistente e quase impenetrável.
O Colossus, dos X-Men, consegue transformar todo o seu corpo neste tipo de metal, o que o torna muito mais poderoso.
Dargonita: A dargonita (via Comic Book Resources) é um metal bastante desconhecido, mas que já apareceu nos quadrinhos. O nome do metal é em homenagem a Dargo Ktor, uma versão alternativa do futuro de Thor, do Século XXVI. Nas edições em que apareceu, o metal se provou ser mais resistente que o adamantium. Uma versão alternativa do Justiceiro, por exemplo, conseguiu, com uma bala de dargonita, perfurar a armadura de proteção de adamantium de Vance Astro, um dos membros originais dos Guardiões da Galáxia.
Por ter seu nome inspirado em uma versão alternativa de Thor, é capaz do metal ter sua origem ligada ao Uru, o metal que compõe o Mjolnir, originando do núcleo de uma estrela moribunda.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Filmes bons de games

Muitos filmes se baseiam em games de origem (quase sempre) japonesa. E aqui pretendo listar os bons e maus filmes desse tipo. Contudo, saibam que existem muito poucos filmes bons baseados em video games. E o primeiro é baseado em um game de origem americana e o outro japonesa. Aqui listo só DOIS:
Mortal Kombat: Em 1995 saiu o filme baseado em um dos jogos mais sangrentos daquela época. Não tão pesado quanto os jogos, mas ainda assim, é uma boa adaptação.
Liu Kang tem um sonho profético, onde seu irmão é morto por um homem estranho, Shang Tsung. Ao ir até o Templo da Luz na China, onde cresceu, ele descobre que o sonho era verdadeiro. E o assassino era do Outworld. 
Acontece que a cada 10 anos, os combatentes da Terra enfrentam os seres de Outworld torneio. Aquele que vencer dez campeonatos seguidos dominará o plano terrestre. As criaturas desse outro mundo é formado por seres ardilosos, magia negra e forças estranhas. O que culmina com os heróis terrenos já tendo perdido oito combates. 
Shang Tsung é o feiticeiro pessoal do imperador, senhor de Outworld, e quer dominar o mundo mortal. Além da magia e usar a força de seus inimigos derrotados, Tsung conta com Goro. Ele é o príncipe dos shokans, uma raça de quatro braços e extremamente poderoso e invicto até aquele momento
Raiden, o deus do trovão e protetor do plano terrestre, quer usar Liu para deter os planos dos inimigos. Para isso usa além do chinês, Sonya Blade (que quer vingança por seu amigo morto Kano, que estará no torneio) e Johnny Cage (um artista de Hollywood que é considerado um canastrão e falso).
Já do lado se Tsung estão além de Goro, Sub-Zero (um ninja que controla gelo), Scorpion (outro ninja que parece ter habilidades bem perigosas), Kitana (filha adotiva do imperador) e um ser reptiliano que esta nas trevas. E assim, depois de uma conturbada viagem de navio até uma ilha perdida no mundo começa o Mortal Kombat.
Silent Hill: A história do filme adapta o enredo do primeiro jogo. Contudo, ela altera o foco de quem é o personagem principal do filme. Em vez de ser o marido é a mulher quem sofrerá na Colina Silenciosa. E tem um final diferente da saga dos games.
Aqui no Brasil ele ganhou o nome de Terror em Silent Hill. Ele conta a história de Rose e sua filha adotiva Sharon. A menina tem ataques de sonambulismo e sempre se refere a um lugar chamado Silent Hill. Ela então parte com a garota para a tal cidade sem não imaginar onde iria se enfiar...
Ela chegando até o lugar, encontra com tudo aquilo que se tem nos jogos da franquia: uma seita que venera uma divindade extremamente bizarra com parte de sua estrutura baseada no catolicismo e seres demoníacos que não poderiam ter surgido nem do pior pesadelo de um psicopata.
Tudo isso envolvendo Sharon e uma outra pessoa, chamada Alessa, que é parte de um ritual. Qual sua finalidade? Rose só vai saber da pior maneira possível... E quando um alarme toca na cidade, algo muito ruim esta vindo...
Enquanto em Silent Hill, temos Henry indo com a menina para a cidade bizarra, este fica buscando sua mulher e filha. Sem sucesso. 
Há também a inclusão do Pyramid Head, personagem icônico da franquia que só apareceria mesmo em Silent Hill 2.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Grupos Mutantes: Muito além dos X-Men - Parte 3

Morlocks:
Os Morlocks são os mutantes que, na maioria das vezes, possuem mutações que afetam sua aparência severamente, impedindo que eles convivam em sociedade sem que eles sofram muito com o preconceito. Assim, eles vivem escondido nos esgotos e subterrâneos, tentando sobreviver.
O grupo possui poderes variados e, na maioria das vezes, eles acabam sendo alvos extremamente fáceis de grandes massacres – sejam os feitos por humanos, quanto por alguns mutantes.
Alguns dos membros dos Morlocks são Calisto (líder dos Morlocks), Sanguessuga, Caliban (farejador de mutantes), Medula, entre outros.
Curiosidade: Spyke, que aparece na animação X-Men Evolution, seria uma versão da mutante Medula.
X-Factor: O X-Factor é uma equipe derivada dos X-Men, surgida com o propósito de melhorar a imagem dos mutantes na mídia e no governo. 
Inicialmente, o X-Factor foi formado pelo grupo original de X-Men: Ciclope, de Scott Summers; Garota Marvel ou Fênix, de Jean Grey; Homem de Gelo, de Bobby Drake; Fera, de Hank McCoy; e Anjo, de Warren Worthington III.
Mas depois, o X-Factor se tornou um mecanismo do governo para lidar com problemas mutantes. Ao ponto de tentar reabilitar, terroristas mutantes como Victor Creed (Dentes de Sabre) e Raven Darkholme (Mística). 
Entre suas fileiras já tiveram Fortão, Polaris (uma das filhas de Magneto), Shatterstar, Lupina, Rictor, Destrutor (irmão de Scott Summers), M, Layla Miller, Mercúrio, Homem-Múltiplo, Forge e Selvagem. 
Já existiram versões da equipe para missões táticas e para investigações. 

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Duel Masters e Magic The Gathering: qual foi a treta?

Inicialmente você pode só imaginar que é mais uma das trocentas histórias de cards ou mons, que existem no Japão. Mas não é BEM por ai. Vejamos:
A Wizard of the Coast conseguiu um modo de produzir uma história com a editora de mangás Shogakukan. Assim promover o jogo de cartas Magic The Gathering (o que é engraçado, pois Yu-gi-Oh! seria também para falar de RPG, tanto que a batalha final contra Bakura seria assim).
O mangá de Duel Masters foi publicado pela revista Coro Coro Comics, em 1999. Ele não foi um tentativa de competir com Yu-gi-Oh! pois o anime que fez Yugi famoso só saiu em 2000. No máximo, a inspiração foi o mangá, ainda assim dificilmente saberemos disso.
Entretanto, ao que parece a Wizard não gostou da história que Duel Master era. Pois ela era uma história das crianças jogando com os cards, ao invés de ser sobre os cards. Caso não saibam, a história de Magic The Gathering é rica, ao qual possuí muito conteúdo para ser explorado. Entretanto isso seria difícil. Alguns ainda acharam que seria melhor transformar no Japão o Magic The Gathering em Duel Masters, um card game com base em Magic, só que mais "light" digamos assim.
A franquia gerou animes.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O live-action de Mulan foi mais bem elaborado do que você pensava...

"Não há canções em uma guerra". Alguns podem ser contra, outros a favor. Mas o filme de Mulan está ai para assistirmos. Mas essa citação sobre o filme desagradou demais os mais nostálgicos. Entretanto, ele é um filme, uma produção com investimentos. Ou seja, muita grana colocada nesse filme. E precisava render um lucro certo. Vamos por parte.

O primeiro fator: A Disney não aposta mais com o sucesso
Os live-actions precisam render ótimos lucros. As histórias dos filmes que estão recebendo versões modernas foram sucesso da empresa, são algumas das obras primas da Disney. Entre eles temos A Bela e a Fera que é uma adaptação, com poucas mudanças e A Bela Adormecida (chamada de Malévola) que tenta ver a obra com outros olhos. Dos da vilã. De uma forma única com Angelina Jolie, onde podemos ver uma perspectiva diferente da personagem.
Ou seja, a empresa tem um gasto, que precisa voltar a dar lucro para eles. Pois ela já passou por vários problemas como com filmes em animação 2D (Atlantis, A Nova Onda do Imperador, Planeta do Tesouro) e 3D (O Galinho Chicken Little). Então, mesmo sendo uma empresa que era o topo da qualidade, ela tinha manter o padrão de qualidade nesse live-action. Tanto que eles não apostam com filmes, até mesmo com relação a Marvel. Que foi comprada pela Disney e só fazia filmes de heróis "family friendly". Vamos notar como isso e a questão regional são importantes para a empresa.

O segundo fator: O problema com Mushu
A China é uma nação com o maior índice demográfico e um dos países com maior extensão territorial, até os dias de hoje. E como país socialista, ele é usado como referência para esse sistema. Então, ele se torna o foco de tentativas das empresas para fazer lucro com filmes. Pois consegue bastante dinheiro com produções no país. Mas para isso, tem que se der cuidado.
Quando Ji Xinping foi comparado ao Ursinho Pooh, isso criou um incidente diplomático, ao ponto do filme em live-action que trata sobre o personagem (Christopher Robin - Um reencontro inesquecível) foi proibido por lá.
E o filme original, Mulan, não fez sucesso. Por qual motivo? Mushu.
Entenda. Fu Mulan é a personagem de uma lenda em poema chinês. Mas a personagem Mushu não existe nele. Foi criado para fazer piadas junto ao grilo da sorte e o cavalo de Mulan. Um alívio cômico. O problema é o que um dragão espiritual representa aos chineses. Vamos por partes:
Um dragão chinês é um ser místico com poderes divinos e referenciado na cultura daquele povo. Tanto que ele aparece em diversas tradições da cultura deles. Desde um dos animais associados aos signos do zodíaco chinês, até um dos animais sagrados que protegiam a Cidade Proibida. Ou seja, dentro daquele contexto, fazer piadas com isso não foi bem visto pela população do país. 
Então, não ter cuidado com isso poderia não só causar problemas em questão de lucro, como também causar um mau estar. A prova de como isso é verdade, é que no filme da Marvel (já comprada pela Disney), Doutor Estranho, o Ancião (personagem de Tilda Swinton) não mora no Tibete, como nas HQs. Pois o Tibete vive um conflito com a China, desde os anos 50, quando a segunda invadiu a primeira. Desde então, o governo chinês considera aquele lugar território deles.
Se no filme, a Marvel falasse que o Ancião era tibetano, ela queria dizer que o Tibete era independente. O que poderia deixar um bilhão e trezentos mil espectadores confusos ou constrangidos ou enfurecidos com o longa metragem. Pois a China é o segundo maior mercado consumidor de filmes do mundo. 
Ou seja, Hollywood e a Disney podem não gostar do socialismo, mas se rendem aos dólares obtidos da China. Capitalismo vivendo da grana socialista.
E isso explica o motivo das mudanças. E faz sentido, pois para Hollywood, filmes são investimentos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Histórias com linhas do tempo bagunçadas

Donnie Darko: Donnie Darko é um filme complexo, pois ele na verdade, não explica como funciona a viagem no tempo. Isso é deixado subentendido na história do longa metragem. 
No filme, temos esse personagem, Donnie Darko, que vive no fim dos anos 80. O personagem principal Donnie, que é interpretado por Jake Gyllenhaal, um estudante colegial se vê em uma situação bizarra: o jovem que já tem problemas psicológicos, que passa a enxergar um homem vestido de coelho (ao menos ele acha que é...) com uma "face" bizarra; ele encontra uma idosa louca chamada Vovô Morte, que vive vendo a caixinha do correio.
Há muitas críticas envolvendo o sistema de educação norte-americano. Além de fazer associação a filosofia sobre a morte, conceitos sobre o bem e o mal. Mas o principal envolve o tema de viagem no tempo que tem uma certa ligação com esses conceitos citados no filme. Sem contar as alusões que poucos variam em obras assim (como o nome de Donnie Darko, que lembra dos heróis, como da Marvel que repetem a primeira letra nos nomes).
O filme em si fez pouco sucesso quando foi lançado, talvez por ser difícil de entender. Entretanto, depois de se passarem alguns anos, ele foi elevado ao nível de obra cult. Sendo que custou U$ 3.800.000,00, sendo que foi o único filme desse diretor realmente bom.
Dark: Muita gente diz que Dark teria copiado Donnie Darko. Na verdade, isso se deve pois ambos são parecidos, pois lidam com ciclos e viagem no tempo, além de um nome até que parecido. Mas não passa disso.
Dark é uma série concisa. Uma das melhores dos últimos anos, ao lado de Breaking Bad (que aliás, é tão curta quando a série de Walter White, com só 3 temporadas). Pois como Donnie Darko, ela não explica o que faz, mas como é uma série mais moderna, há mais gente compreendendo. Nada impossível de se entender 100% como uma obra de David Lynch (como Twin Peaks).
A história se passa na cidade de Widen. Falando sobre quatro famílias. Tudo teria começado no dia 21 de Junho de 2019. Quanto Michael Kahnwald comete suicídio. 
Em seguida, no Outono daquele ano, o jovem Erik Obendorf desaparece. Pouco depois, o estudante Jonas Kahnwald regressa a cidade depois de ficar afastado, em um hospital psiquiátrico, depois do suicídio de seu pai.
Quando Jonas e seus amigos fazem uma viagem noturna na floresta, Mikkel Nielsen some. O pai do garoto desaparecido, o policial Ulrich Nielsen, e do jovem Erik, estão ligados ao de seu próprio irmão em 1986.
Enquanto isso, mais acontecimentos bizarros acontecem em Widen.
Acontece que muito do que acontece envolve a viagem no tempo. E existem elementos bíblicos citados de forma velada por todo o roteiro. Pois existe algo ou alguém tramando tudo isso. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

O Pequeno Ninja

Em 1990, ninjas estavam na moda por aqui: Jiraiya, o Incrível Ninja fazia um enorme sucesso nas manhãs e tardes da saudosa Rede Manchete enquanto a Globo reprisava constantemente filmes como Guerreiro Americano e Ninja 3- A Dominação em sua programação. Foi nessa época que apareceu nas bancas brasileiras uma interessante publicação infantil nacional chamada O Pequeno Ninja.
Criação de Tony Fernandes (roteirista) e Vanderlei Felipe (desenhista), a revista contava as histórias de Eugênio, um garoto treinado na arte do ninjútsu  que assume a identidade de Pequeno Ninja para praticar o bem.
O Pequeno Ninja misturava bem o clima de aventura próprio dos Comics e filmes de ninja com os elementos típicos das HQ’s infantis: Tínhamos o animal de estimação falante e fiel parceiro Shaken, o cachorro ninja, e a turminha da qual faziam parte Ciça (a paixão de Eugênio que só tinha olhos pro ninja), Biriba (o atleta brigão) e Kika (a melhor amiga de Ciça). As histórias iam do cotidiano escolar a apuros em outras dimensões.
Publicado pela extinta editora Ninja, O Pequeno Ninja fez certo sucesso, estrelando várias publicações até meados de 92. Chegou mesmo a gerar duas spin-offs: Shaken teve sua própria revista e um novo personagem chamado Khin, O Pequeno Samurai foi criado e teve também seu próprio gibi. Ambas as publicações, porém, não foram longe. Até mesmo o Capitão Ninja, o da UFO Team que vivia aparecendo na Dragão Brasil, surgiu aqui. O ninja e seus companheiros deixaram as bancas pela primeira vez.
Segundo O Guia dos Quadrinhos, rolou uma treta e O Pequeno Ninja chegou a ter os seus direitos autorais registrados de forma indevida por Fernando Mendes, editor da Ninja, e começou a ser desenhado pela equipe de João Costa. Os autores originais, Tony e Vanderlei, processaram Mendes e ganharam a causa, obrigando-o a retirar os exemplares de circulação e, mais tarde, a comprar os direitos autorais dos criadores do personagem na boa.
Em 2002, após um longo hiato, o ninja retornava as bancas, pela editora Cristal, em versão mangá. Apesar da esperteza em pegar a onda dos gibis japoneses, que faziam muito sucesso naquele momento, a iniciativa não deu certo e o ninja ficou hibernando, após o fim da série, até 2007, quando a editora On-Line o trouxe de volta em HQ’s e revistas de atividades, preservando suas características originais. Infelizmente, o herói mirim deixou as bancas novamente, em 2009.
Enfim, a história do Pequeno Ninja nas bancas é uma síntese da história do mercado nacional de quadrinhos, onde apenas Mauricio de Souza conseguiu vingar.



terça-feira, 15 de setembro de 2020

Obras de ficção que mostram um futuro distópico (games)

Bioshock: Um homem escolhe, um escravo obedece
Para falar do game, temos que tratar sobre o objetivismo. Objetivismo é a filosofia do individualismo racional, fundada por Ayn Rand (1905-1982). Em romances como A Nascente e A Revolta das Atlas, Rand põe em evidência seu homem ideal, o produtor que vive pelo seu próprio esforço, que não recebe ou concede o imerecido, que honra a realização e rejeita a inveja.
Os heróis do Objetivismo são empreendedores que constroem negócios, inventam tecnologias, criam arte e ideias, dependendo dos seus próprios talentos e das trocas com outras pessoas independentes para alcançar seus objetivos. Entretanto, em um universo capitalista isso é cheio de falhas. Me diga, já viu algum empresário que incentivaria um ideal assim?
Na primeira história do game, uma cidade foi feita abaixo da água do mar, Rapture. Seu fundador, Andrew Ryan a pensou como sua utopia possível. Uma terra de liberdade artística e científica. Pois um artista não seria limitado pela censura. Um cientista não teria limites morais sendo esfregados para suas experiências. Sem deuses e nem reis. Apenas homens. Ela foi inaugurada em 1946.
A cidade foi ocupada por Andrew por pessoas específicas para formar essa cidade. Indivíduos que ele considerava brilhantes e os mais inteligentes do planeta, segundo ele. Sendo que por mais de dez anos isso ia bem. Até que algo deu errado. 
Surgiu uma substância, extraída de um molusco chamado, um composto chamado adam. Que concede poderes, mas causa vício e transforma seus usuários em monstros. Além disso, um líder revolucionário juntou as forças mais pobres de Rapture, para mudar o sistema do lugar. O que causou uma grande guera civil.
Mas em 1960, um avião caí na frente do marco onde se entra em Rapture. E o único sobrevivente foi Jack. Que adentra naquele mundo único e distópico, vendo as ruínas do que foi aquilo. Onde irá encontrar seres bizarros como os viciados por adam, as little sisters e os big daddy.

Metro: O ser humano tem sido sempre um assassino muito superior ao resto das criaturas

Diferente de jogos que se baseiam em áreas como Europa ou Estados Unidos, essa se concentra na Rússia. Que como sabemos é um país socialista. 
Ele vem de uma ficção científica que marcou o início dos anos 2000 com o jovem escritor Dmitry A. Glukhovsky, autor do livro Metro 2033, uma obra que virou best-seller devido ao grande sucesso que obteve com sua distribuição gratuita na Internet, sendo depois lançado em mais de 20 países. 
Em entrevista ao blog Mondo Pixel, ele conta que seu livro não pode ser definido como ficção científica, mas como uma gama de assuntos como distopia, fantasia urbana, sátira política e crítica social. Suas influências no gênero excluem os sempre citados Phillip K. Dick e Asimov, mas abraçam autores como Ray Bradbury, Stanislaw Lem e os russos Irmãos Strugatsky. Finalmente em 2002, o livro Metro 2033 foi disponibilizado no site do escritor de forma gratuita e conseguiu uma ótima recepção dos leitores, sendo rapidamente divulgado e alcançando a marca de 3 milhões de pessoas.
Em 2013, ocorreu uma guerra que devastou o planeta. A superfície se tornou um deserto radioativo, irrespirável e destruída. A fauna e flora quase não existe, quando também não sumiram, elas são modificadas. Em Moscou, na Rússia, cerca de 40 mil sobreviventes vivem no que restou dos metrôs. Sendo que cada estação é na verdade uma vila com regras próprias e sistemas de governo. 
Nazistas e comunistas estão em guerra entre si, podendo ser novos inimigos. Sem contar os bandidos que ficam entre os túneis, além de mutantes monstruosos fazendo seus ninhos.
Vinte anos depois, Artyom, um rapaz de 24 anos que perdeu a mãe durante a guerra. Ele foi adotado pelo líder de uma estação chamada Exibição. Essa estação é atacada por mutantes mais poderosos com poderes psíquicos. São chamados de sombrios.
Caçador que é um membro de elite dos guardiões espartanos vai atras das criaturas, enquanto deixa Artyom para ir até a Pólis. É a capital das estações de metrô. Ele deve mostrar as plaquetas de quem morreu a um tal de Muller e contar sobre os ataques.
Ele terá que lidar com os grupos dissidentes, comunistas (a Red Line), nazistas (o Quarto Reich), ladrões dos túneis, mutantes e o segredo dos sombrios.

Fallout: A guerra, a guerra nunca muda...

A humanidade foi quase extinta por uma gigantesca guerra nuclear. Tudo por sua própria insensatez e ganância. Mas ainda assim, ela continua destrutiva e autodestrutiva. 
Se as obras anteriores fazem uma crítica ao objetivismo, socialismo e nazismo, essa faz ao capitalismo. A realidade de Fallout é idêntica a nossa até o final da Segunda Guerra Mundial. Após o lançamento das bombas em Hiroshima e Nagasaki.
Nesse mundo, a humanidade nunca criou o transistor. Então, a miniaturização dos componentes nunca ocorreu. Ou seja, os PCs nunca ficaram menores. 
Suas maiores evoluções foram na fissão nuclear, genética e robótica. Onde temos robôs gigantes, carros movidos a energia nuclear, ainda assim, não existe internet, celulares, ou outros eletroeletrônicos mais acessíveis. O rádio se torna um meio de comunicação comum e de diversão nesse mundo. Estilos artísticos como o futurismo e a arte decô se mantiveram por quase um século. Imaginem isso? O rock'n roll não existe, mas o que sobra são as baladas de músicas quase sempre. Tudo isso dentro da America.
O eterno conflito entre os EUA e a URSS causaria um novo desastre.
No ano de 2040, com a paranoia de uma guerra nuclear, os EUA cria um programa para diversos abrigos nucleares. Os vaults. Criados pela companhia altamente perigosa, Vaultech. Sua ideia era proteger a população dos ataques nucleares. Tudo isso era faixada, pois a verdade era fazer um intenso experimento social, psicológico e físico, com pessoas pré-selecionadas da população. Usando sistemas de stress nas pessoas, testando cada vez mais e repopular o mundo depois do holocausto nuclear.
Em 2066, a China que acabou com suas reservas de petróleo. Os chineses invadem o Alasca, e com uma guerra que dura de 10 mais anos, os americanos os repelem. Só que os exércitos inimigos do oriente lançam bombas nucleares. O EUA responde na mesma moeda, além de diversos outros países que também tinham essas armas. 
A Terceira Guerra Mundial dura cerca de duas horas, em 23 de Outubro de 2077, o mundo acabou.
Mas isso só foi parte dos acontecimentos, pois quase um século depois do holocausto nuclear muitos dos vaults que protegiam as pessoas se abrem. Assim, começando o processo de recolonização. Com uma América devastada, com uma terra e água contaminada, um deserto radioativo, alguns poucos humanos se tornaram territorialistas e saqueadores, chegando ao canibalismo quando não tem o que comer, alterações pela radioatividade em animais e pessoas, sem contar os supermutantes, robôs paranoicos, que são seres alterados por  um vírus que acelera o processo de mutação. 
O que sobra do governo pré-guerra é controlado por militares fascistas. Que eliminarão qualquer resquícios de radioatividade. 
Apesar de ser um mundo onde se está vivo só mesmo para sobreviver, existem grupos que trazem uma certa esperança. Como a Irmandade do Aço. Um grupo de combatentes que venera a tecnologia e combate os supermutantes. Ao menos em partes, tenta promover o bem e ajudar as pessoas onde atua.
Os personagens principais quase sempre são pessoas que saem de uma vault, e tentando sobreviver a esse mundo caótico.