sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

As influências de Star Wars

Star Wars se tornou um clássico dos filmes de ficção científica, mesmo que flerte bem mais com uma fantasia futurista. Entretanto, nós não podemos deixar de notar as influências que George Lucas trouxe em sua obra, desde o primeiro filme. Há muita coisa, dentro dessa obra, o que explica o motivo dele parecer tanto uma miscelânea de histórias. Ao mesmo tempo que cita uma ordem de cavaleiros, mostra caçadores de recompensa e trapaceiros carismáticos. Isso é o que torna esse mundo tão vasto, pois cada planeta, é um novo mundo, ou no caso, uma nova influência do autor.

Japão e os samurais: George Lucas é fã de Akira Kurosawa, diretor de obras-primas, como Roshamon e Os Sete Samurais. E ele transportou esse senso de honra dos personagens, para o seu filme, com Obi-Wan Kenobi, Luke Skywalker, Darth Vader e Palpatine. Sim, até mesmo os sith são inspirados no Japão e seus samurais, como as armaduras orientais, sem contar o kabuto. Esse último, com certeza influenciou o elmo/capacete de Darth Vader.
Mas falando sobre os parâmetros dos jedis e siths, há sim uma certa honra em cada um dos dois lados da Força. Os jedi (o certo é escrever sem o 's', também acontece com os sith) tem um código de honra seguido a risca, as vezes, isso era questionado. O que levava ao lado sombrio, em mais de um dos dois lados desse questionamento. E a ideia da "regra de dois", também demonstra certa honra, ou controle, no lado negro. E mesmo Darth Vader e outros sith tem certa honra no combate e tratamento com outros. Não muita, mas tem...
O velho oeste: Os filmes de far west (daí chamarmos de faroeste), são uma das influências que podemos notar em George Lucas. Onde os cowboys são bem mais espertos e perigosos, do que na vida real.
Assim como as obras de Kurosawa, clássicos do "bang, bang" geraram personagens icônicos. Tais como, Han Solo, Jabba The Hutt e Bobba Fett.
Han Solo, com certeza é inspirado nas figuras heroicas, mas que não seguem, nem jogam, pelas regras nessas obras cinematográficas. Jabba The Hutt era um daqueles líderes de cidades, que com violência, controlava tudo de forma bem clara. Por último, a figura do caçador de recompensas, durão, que não fala muito, ou nada, podemos associar a Bobba Fett.
Cavaleiros templários e a Távola Redonda: Dentro da história do cinema, sempre existem filmes com temática medieval. Nos de cavaleiros templários, podemos ter uma ideia de ordem, de grupo religioso, ao mesmo tempo militar. O que podemos notar com os jedi e sith. Além da honra oriental, notamos a filosofia quase religiosa, que no caso dos primeiros, veta o relacionamento, criando o celibato. E os sith nem citam isso, ao que parece.
Já no caso dos Cavaleiros da Távola Redonda, nós podemos ver isso através do Conselho Jedi. Afinal, tudo é decidido entre eles de forma igualitária (ou mais ou menos, como nos casos de Anakin Skywalker). Se tornando uma espécie de polícia espacial, se misturando até com o segundo ponto tratado nesse texto. Entretanto, ainda assim, há títulos como younglinks, padawans, cavaleiro e mestre jedi. O que demonstra alguns termos bem medievais.
Lawrence da Árabia: Acima de um personagem de filmes, T. E. Lawrence foi um herói real.
Thomas Edward Lawrence (16 de Agosto de 1888 - 19 de Maio de 1935), também conhecido como Lawrence da Arábia, e (aparentemente entre os seus aliados árabes) Aurens ou El Aurens, foi um arqueólogo, militar, agente secreto, diplomata e escritor britânico.
Tornou-se famoso pelo seu papel como oficial britânico de ligação durante a Revolta Árabe de 1916-1918. A sua fama como herói militar foi largamente promovida pela reportagem da revolta feita pelo viajante e jornalista estadunidense Lowell Thomas, e ainda devido ao livro autobiográfico de Lawrence, Os Sete Pilares da Sabedoria.
Podemos notar que, além do primeiro filme de Star Wars, temos na série O Livro de Boba Fett, uma clara homenagem, no ataque dos Tusken a um comboio do cartel Pike.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

5 fatos curiosos sobre personagens e suas origens da Marvel e DC

Destino não surgiu em Sandman:
Destino sempre existiu na DC, antes mesmo de ser tratado como um Pérpetuo de Sandman criado por Neil Gaiman, do selo Vertigo.  Destiny (no original em inglês) foi criado em 1972 na história em quadrinhos Weird Mystery Tale e já encontrou heróis como o Superman, em uma história de 1980 em que a entidade cósmica (para disser o mínimo, pois ele está acima até dos Novos Deuses), pede que o Homem de Aço se aposente porque a humanidade se tornou dependente demais do kryptoniano.
Isso demonstra, não só a aparição dele antes de Neil Gaiman na história, mas também demonstra o conhecimento que o inglês tinha sobre as comics da DC.
Thor surgiu primeiro na DC: O primeiro Thor super-herói a fazer sucesso nos quadrinhos surgiu nas páginas da DC Comics em 1957, na revista Tales of the Unexpected #16 de Jack Kirby. Foi só cinco anos depois, em 1962, que o Deus do Trovão deu as caras na Marvel Comics, na revista Journey into Mystery #83, também escrita por Jack Kirby em uma parceria com Larry Lieber e Stan Lee.
Visão não era um robô, mas sim um alien:
Na realidade, o personagem que recebeu o nome de Visão primeiro na Marvel, não foi o conhecido sintozóide. Criado pelo escritor Joe Simon e o artista Jack Kirby, o tal alien apareceu na Era de Ouro dos quadrinhos em Marvel Mystery Comics #13, em Novembro de 1940. E isso quando a casa das ideias ainda se chamava Timely Comics.
Ele na verdade se chamava Aarkus e seria um oficial de uma dimensão chamada Smokeworld (ideias bizarras começavam a brotar já nessa época). Mas ele é tão poderoso quanto o Visão robô: gerava ilusões de si mesmo, voava, gerava gelo extremo, além de se teleportar na fumaça. Lembra um pouco o sintozoide vingador, não é?
Punisher servia ao Doutor Destino: Não, esse não era Frank Castle. Na verdade era um robô.
Vamos lá, o termo para o personagem de Frank Castle seria "Punidor", aquele que pune. Não aquele que faz justiça.
E antes do Punisher, Frank Castle, surgir na HQ do Homem-Aranha, achando que o teioso era um bandido, o seu nome estava em um robô que servia ao tirano da Latvéria.
"Nós não deixamos usar os nossos, mas vamos usar os seus": Alan Moore pode ser conhecido como um excêntrico, mas a DC não facilitava.
Quando Moore, iria começar a fazer Watchmen, mesmo ele já sendo um nome pesado nas HQs, ele pediu para usar os personagens da Carlton Comics. Entre eles estavam Capitão Átomo, Pacificador e Questão. Entretanto, não foi permitido, então ele fez os Minutemen, com versões desses personagens que eram respectivamente Dr. Manhattan, Comediante e Rorschach. Além de outros.
A obra foi e é até hoje, um grande sucesso.
Anos depois, após a saga Flashpoint, surgiram as histórias de O Botton e Doomsday Clockwork. Ironicamente, a DC usou esses personagens a exaustão. Tanto que aparece, em Death Metal, um Batman Dr. Manhattan. Brincadeira né...

sábado, 8 de janeiro de 2022

Mentiras que as mídias nos empurraram sobre a fé cristã


Dentro da história e mitologia cristã, existem diversos dogmas, mandamentos, pecados e outras coisas que associam a fé cristã. Entretanto, isso nem sempre acontece sendo retratado com fidelidade nas mídias, como filmes, séries e quadrinhos. Para sua liberdade artística. Entretanto, vamos mostrar aqui algumas falhas. 
O personagem Lúcifer não existe na Bíblia:
Na tradição judaica cristã, o tal Lúcifer seria um anjo que estava lado a lado de Deus, que corrompeu ao se revoltar com os planos do Criador. Ele teria convencido a terça parte dos anjos, a irem contra Ele. E por conta disso, foi mandado para o Inferno, após ser derrotado pelas Falanges Celestes.
Muitos acreditam que ele era um anjo de luz, um ser iluminado, em latim, LUX. Tanto que não existe um personagem com o nome Lúcifer. Esse nome vem do latim LUCIS + FERRE, que seria traduzido como o Portador da Luz, algum que conduz luz, algo iluminando, como o amanhecer. Tanto que em latim encontramos outros uso para a palavra lúcifer. Veja.
Em Jô temos:

et quase meridianus fulgor consurget tibi ad vesperaum et cum te consumptum putaveris orieris ut lucifer

Que traduzido fica como:

E a tua vida será mais clara do que o meio-dia, a escuridão dela será a alva

Muitas vezes, a palavra, em textos bíblicos em latim, poderia representar coisas com luz literal ou figuradamente. Como constelações, objetos e até mesmo Jesus. O termo Lúcifer só foi associado a Satã, o demônio, pela Igreja Católica no século VI.
Então podemos associar isso a uma falha da Igreja, que nunca deixou isso claro durante a Idade Média. Tanto que existe um São Lúcifer, que nada tem a ver com o mal.
Os símbolos da Cruz Invertida e do Estrela de Cinco Pontas Invertidas não são do mal:
A estrela de cinco pontas invertidas nem sequer surgiu na cultura cristã ou judaica. Podem existir povos que usam símbolos parecidos, mas a estrela era usada, em especial, por pessoas de origem celta. Como um símbolo de proteção. Não como uma "evocação".
A verdade é que a Igreja passou a usar símbolos de culturas diferentes da sua, para simbolizar coisas malignas. Associando isso com coisas do Diabo, como esse pentatelco ou a figura de Baphomet.
Já o símbolo da cruz invertida, foi mais recente que foi transformada como símbolo maligno. Talvez por novas religiões associadas ao esoterismo e demonologia. Pena estarem fazendo exatamente o contrário de suas "filosofias".
É dito que Pedro, antes chamado de Simão, teria morrido na cruz, assim como Jesus. Mas como não se sentia digno de seu mestre e mentor, ele pediu que fosse crucificado de forma invertida. Então, quando alguém aparece com brincos com a cruz invertida, ou medalhões com esse símbolo, na verdade, está fazendo o inverso.
O Número da Besta não é 666, na verdade, ele nem existe: O número da besta ou marca da besta é, de acordo com a tradição cristã, o número correspondente ao sinal da besta.
Os manuscritos gregos (na realidade cópias de um protótipo que, ainda que outros discutem a originalidade, foi escrito em hebraico) escrevem a frase como χξϛ´ (666 em forma numérica grega) ou algumas vezes ἑξακόσιοι ἑξήκοντα ἕξ ("seiscentos e sessenta e seis", por extenso).
Esse número seria citado no livro Revelações (Apocalipse), onde João, um dos discípulos de Jesus, teria citado diversos acontecimentos no fim do mundo. Segundo o relato, é citado a chegada de duas bestas, no capítulo 13.
Nessa parte, é dito que criaturas obrigam as pessoas a fazerem marcas em suas mãos, "a Marca da Besta". Sem a qual, não poderiam comprar ou vender nada.
"Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta seis", é o que diz uma das traduções do versículo 18, que encerra o capítulo. E associaram esse número, 666 ao Inferno ao maligno.
Acontece que um fragmento do Livro do Apocalipse, datado do século 3, foi descoberto e analisado em 2005. O pedaço do texto fazia parte de uma série de manuscritos inteligíveis que haviam sido encontrados no Egito. Com novas técnicas de textos clássicos decifraram o conteúdo do texto original e revelaram que o número seria 616.
David Parker, professor de Crítica Textual no Novo Testamento e Paleontologia na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, acredita que 616 é o número correto, ao invés de 666.
Isso se devia, pois era um tipo de guematria, onde os números equivalem a valores específicos, para simbolizar nomes de pessoas.Cristão antigos usavam números para esconder a identidade das pessoas que atacavam. 616 é uma referência ao imperador Calígula.
Alguns acreditam que o número não seja uma simbologia do mal, mas sim, uma crítica ao Império Romano que dominava o povo judeu contra sua vontade.

A evolução de personagens nas franquias de filmes