segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Shrek: quebrando os contos de fadas

Antes de falar de Shrek, nós temos que falar de outras duas outras coisas: Disney e Dreamworks. E acima de tudo, como a força do ódio conseguiu quebrar a "força do amor", da empresa do "Miguel Rato".
Disney:
Jeffrey Katzenberg liderou a Disney para a revitalização da empresa, com diversos títulos como Alladim, A Pequena Sereia, O Rei Leão, entre outros. Então Katzenberg achava que seria promovido como segundo em comando da empresa. E isso não aconteceu.
Isso tudo pois ele foi o presidente da Walt Disney Studios de 1984 até 1994. Foi ele também que salvou a Touchstone Pictures e fechou contrato com o estúdio da Pixar. Ele não era MESMO, pouca coisa.
Ele se envolvia diretamente com os filmes. Fez a Disney renascer, com um olhar mais cuidadoso aos contos de fadas, de um modo melhor e que respeitava a mentalidade das crianças. 
Ele fazia campanha para ser promovido para presidente da Disney Company. Abaixo apenas do CEO na época, Michael Eisner. Mas isso implicaria rebaixar o então presidente Frank G. Wells.
Mas Eisner assegurou a Katzenberg que o iria colocar no poder, se Well saísse. O que aconteceu, pois Frank Wells, em 1994, morreu em uma acidente de helicóptero. Mas quem ficou com a posição dele... Foi o próprio Michael Eisner!  

Dreamworks:
Ninguém queria promover Katzenberg mesmo, pois ele sempre foi uma pessoa difícil de lidar. Mas ele deve a palavra de Eisner. Que voltou atrás. E além disso, muitos associavam a Katzenberg (na mídia da época) e só a ele, o sucesso da Disney Company. O que ofuscava Eisner. E aconteceram alguns problemas, forçando Jeffrey a pedir demissão. 
Os motivos aqui são bem obscuros...
A Dreamworks antes de Shrek era conhecida por filmes como O Príncipe do Egito. Ou seja, que tentava pegar uma fórmula até que bacana, mas que não deu tão certo: elementos místicos, mas mais voltados para histórias bíblicas, como se fosse um "conto de fadas". Algo próximo do que a Disney fez com os contos dos irmãos Grimm, e como esses fizeram com histórias e lendas europeias. 
Junto de Steven Spielberg e David Geffen, ele produziu uma animação tão maravilhosa que fez aquilo que NINGUÉM teria feito antes. DEIXOU A DISNEY DE QUEIXO CAÍDO. Daí vem o SKG que fica abaixo da logo da Dreamworks (Spielberg, Katzenberg e Geffen). Na verdade, depois de A Bela e a Fera, que foi a primeira animação indicada ao Oscar de melhor filme, a Dreamworks e Disney queriam aquele prêmio. 
Quando foi inaugurada a categoria de melhor animação, em 2002, Shrek ganhou o prêmio. 
Uma paródia de forma escancarada aos contos de fadas e aos filmes da Disney por consequência, onde a empresa do rato, capitaliza de forma massiva em cima da ideia de mundo feliz. Literalmente, brincando com as ideias de clichê.
Desde de sua abertura vemos essa sátira, ao imitar a abertura de filmes clássicos. Como A Cinderela e A Bela Adormecida. Pois nesse instante, ele simplesmente esfrega que esse jeito é uma merda. Pois Shrek, o protagonista, usa o livro que abre a história para limpar a bunda em um sanitário. Sutil...
Tudo isso ao som de All star de Smash Mouth. E tem mais piada a isso.
Toda vez que o Burro tenta começar um número musical, Shrek manda ele calar a boca. As músicas que tocam nos filmes do ogro, são famosas, antes de aparecerem no filme (Viva la vida loca, I need a hero, entre outras. . E não entram no contexto de uma obra de conto de fadas europeia medieval. O território de Lorde Farquaad é uma paródia aos parques da Disney. Quando a Fiona tenta cantar ela mata um pássaro. 
Para um filme tão amado por famílias, Shrek é bem cheio de pequenas piadas politicamente incorretas pra época. Como por exemplo, a famosa cena de Pinóquio usando uma calcinha, ou o lobo mau bem diferente que ama usar as roupas da vovozinha. 

Shrek: 
O filme foi e é, uma das animações mais influentes de todos os tempos. Ele fez com que as animações ocidentais seguissem um parâmetro de filmes que é seguido até hoje em dia. Além das sequências e alguns spin-offs, Shrek gerou coisas como musicais e todo um merchandising único. Em especial, de como seria o uso de CGI em animações, em uma época onde isso ainda não era bem definido. 
Ele foi lançado em 2001, mas quase ninguém dava nada por ele. Ah, mas como o mundo gira não é meus amigos?
Os próprios animadores chamavam o projeto de O Gulag, pois consideravam uma punição trabalhar num projeto de menor prestígio do setor de animação da Dreamworks. 
O filme poderia ser completamente diferente do que conhecemos. Shrek! era um livro infantil de 1990, de William Steig. E o livro não tem praticamente nada a ver com os livros. Pois no livro, o ogro solta raio pelos olhos e solta fogo pela boca! Ok... Isso eu queria ver. 
Entretanto, o conceito de um ogro monstruoso estrelando um conto de fadas não convencional, faz dele único. E Steven Spielberg aproveitou isso pois conseguiu os direitos sobre o livro em 1991. Ele próprio iria dirigir uma animação em 2D, produzida pela Amblin. E Shrek seria feito por Bill Murray e teria Steve Martin como Burro. Não deu certo.
Mas o projeto ressuscitou, quando o produtor John Waite Williams convenceu Spielberg a mexer em Shrek. Pedindo que ele trouxesse a história para seu recém-fundado estúdio Dreamworks. 
Ele foi considerado a ser feito por 2D, stop-motion, uma mistura de live-action e CGI mas o CGI puro venceu no final. 
O papel principal foi originalmente oferecido a Nicholas Cage nessa época.
Em 1995, quem estava com o papel de Shrek, seria Chris Farley, famoso pelo SNL (Saturday Night Live). O ogro, nessa época, não era antissocial e nem mal humorado. Ele ainda viveria com os pais que o obrigavam a fazer parte dos negócios da família. Mas Farley, mesmo fazendo 90% de suas falas já gravadas, morreu de overdose em 1997. Aos 33 anos. 
Então reescalaram o papel para Michael Myers. Assim, ele pediu que refizessem as falas da personagem, para se fixar no seu estilo cômico. E foi daí que tivemos o personagem e a história como conhecemos. 
E o Myers pediu que regravassem o filme inteiro, pois ele queria que Shrek tivesse um sotaque escocês. Katzenberg gastou mais quatro milhões para alterar detalhes do filme, mas ai ele já fazia qualquer coisa para o filme nascer.
Um filme cheio de problemas de produção, mas que é um verdadeiro milagre surgir. E que gerou milhões. E tudo por que Jeffrey tretou com a Disney. Pois ela era o padrão de filmes. Mas Shrek alterou isso.
Quando Shrek veio, a Disney apostava em filmes como Dinossauro, A Nova Onda do Imperador e Atlantis - O Reino Perdido. Que não eram filmes ruins, mas a fórmula não dava mais certo. Tanto que Planeta do Tesouro, um filme bom, não se saiu nada bem. Pois faltava alguma coisa. Ainda assim surgiam boas coisas como Lilo & Stitch e Irmão Urso. Mas essas duas últimas fizeram metade do lucro de animações da Pixar, sendo que Procurando Nemo arrecadou quatro vezes mais do que eles. 
Talvez o pior tenha sido Nem Que A Vaca Tussa. Até se renderem a fórmula de Shrek com o Galinho Chicken Little, que novamente, era bom, mas não deu tão certo. 
Entre outras piadas que existem, podemos ver que: Lorde Farquaad é um nanico, e ele lembra muito Michael Eisner que seria um homem alto, querendo claramente dar uma indireta no líder da Disney; Pinóquio usa roupa íntima feminina e ainda dança como Michael Jackson em alguns momentos; O Burro se casa com a dragoa, e que por isso, eles tem filhos com aspectos de burro e de dragão; a Branca de Neve atacando ao som de Immigrant Song do Led Zepellin; entre tantas outras.
Além disso, existem reflexões reais, não só paródia. A mais clara está que as pessoas não devem se fixar nas aparências apena, como podemos ver com Shrek e Fiona. E isso pode ser visto como uma crítica a Disney também. Outra personagem que demonstra esse senso de reflexão é Doris, a irmã trans feia da Cinderela. Na verdade, nós notamos duas coisas aqui: primeiro que Doris que em Shrek 2 era uma vilã, depois dos acontecimentos do longa se torna uma pessoa boa. Na verdade, ela poderia ser assim desde sempre. Entretanto é em Shrek 3 que ela se destaca, sendo a única na cena que apoia Fiona quando é dito que a princesa ogra está grávida. 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Perguntas que todo o fã de Batman deveria fazer sobre o personagem e Gotham

Essas perguntas tem uma resposta: pois se fossem respondidas, o personagem perderia a graça. Mas vamos ver dentro do contexto do universo DC, do mundo das histórias em quadrinhos.
Agradeço ao Marcão do Canal do Marcão por me dar essa sugestão extremamente engraçada.
Porque o Batman não usa sua grana de forma mais competente?: Ele poderia dar o dinheiro que usa para seus gadgets (os "bat-itens") para equipar a polícia de Gotham. Tudo bem que ele usa muitos desses itens contra os loucos de Arkham. Só que nem sempre a DPGC enfrenta super-vilões ou fugitivos do manicômio. 
Ao menos, com toda a DPGC "armada" (pois os itens com certeza não seriam feitos para matar), o número de crimes menores, como roubo, assassinato e outras coisas, seriam reduzidos. Pois, realmente, os "bat-itens", sempre serviram para captura vivo os criminosos. 
E caso alguém diga, que isso é perigoso, pois muitos são corruptos, isso seria um argumento facilmente quebrado. Muitos dos itens do Batman, inclusive o traje, só podem ser usados por ele. Pois normalmente tem travas. Travas tecnológicas. Que poderiam ser acionadas por Bruce Wayne se fosse necessário.
O próprio batmóvel poderia ser usado como meio de transporte de resgate. 

Porque não mandar mais gente para superprisões do que para o Asilo Arkham?:
Alguns personagens são seres psicologicamente afetados mesmo (Scarface e o Ventríloquo e o Chapeleiro Louco). Entretanto, alguns são seres super poderosos (como o Crocodilo, Senhor Frio e Cara de Barro), isso sem contar os tão insanos que podem formar super equipes (como o Coringa e o Espantalho). E recentemente, alguns personagens se transformaram em quase entidades (Hera Venenosa seria um avatar do Verde, que representa a flora da Terra).
Não seria melhor os prender em Blackgate ou Bludhaven? Está certo que lá há corrupção. Ainda assim, estariam mais livres de influência psicológica nociva (um cara como o Cara de Barro, junto de um doido como o Espantalho, por exemplo, já imaginou a merda que poderíamos ter na cidade?).

Por qual motivo, a Mansão Wayne tem apenas o Alfred como mordomo?: Tudo bem querer esconder a sua identidade a todo o custo. Mas a mansão de uma família bilionária, talvez mais, ser cuidada por apenas UM homem idoso? Como? Alfred é inglês. Não de Krypton!

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Por qual motivo Mutantes - Caminhos do Coração é tão ruim?

Essa capa me enganou... O cara do photoshop era bom!
Bianca Rinaldi, atriz conhecida por fazer novelas como a versão mais nova de Escrava Isaura, já fez muitos papéis em novelas da SBT e Record por exemplo. Entretanto, em entrevista ela tentou defender a novela Os Mutantes: Caminhos do Coração.
Você, meu caro amigo gostaria de ler uma história dos anos 50? Até anterior? Quando me atento aos anos da década de 1950, me refiro a isso pois os quadrinhos dessa época eram maniqueístas, mas por serem forçados a isso. As indústrias de quadrinhos viviam o macarthismo, quando o senador Joseph MacCarthy, caçava qualquer conteúdo que para ele parecesse com teor comunista. Ai tínhamos histórias toscas, tais como Superman com cabeça de inseto, Batman com capas arco-íris, Mulher-Maravilha querendo casar, entre outros roteiros degradantes. E o pior, construindo a história de uma forma porca. E é o que vemos em Caminhos do Coração. A que ponto? Vejamos
Primeiro temos as atuações. Pensa em algo ruim. As crianças não são instruídas de forma convincente, nos fazendo parecer que são crianças maniqueístas simplesmente sem personalidade. Coraline, um filme de stop-motion, consegue ser mais genuíno com crianças, do que uma novela com garotos e garotas reais. Mas você pode usar o pretexto de que elas não poderiam, nem saberiam lidar com atuação. Ok. Mas então veja Bianca Rinaldi. A mesma já fez a personagem principal de Escrava Isaura, mas aqui ela faz duas personagens tão maniqueístas quanto os jovens em atuação antes citados. E se quiser, nós podemos citar as pessoas comuns e com poderes, conversando como se poderes fossem comuns. E as vezes, com poderes similares. Qual a chance, de pessoas ficarem comentando de forma tão simples, sobre habilidades especiais como invisibilidade? Não faz sentido. "Olha só você tem o mesmo poder que eu. Que legal". Como alguém fala sobre poderes em um mundo que está descobrindo sobre poderes, como se estivesse falando que o tempo está bom? Ou quem sabe, uma teia que arde seria algo melhor para exemplificar. Mas ela arde com atraso. Onde já se viu?
Se não acha isso suficiente, vamos aos efeitos especiais. São ruins. Mal produzidos. E sem qualquer critério que nos faça querer acreditar. Ou que não nos faça elevar a "suspensão de descrença" as alturas. Por exemplo, você pode falar que para a época, os efeitos eram fracos. Entretanto, temos Tubarão. O filme sabia como usar efeitos fracos, de modo bem feito. Não mostre muito, para fazer bem feito. Qualidade acima de efeitos fracos. Se os ditos mutantes, tivessem seus poderes mais escondidos, isso faria com que a história tivesse mais segurança em seu roteiro e história. Mas não, tudo é explícito, mal feito e mal produzido.
Mas quer unir o ruim ao pior? Um tiranossauro rex! A novela que tem mutantes, dinossauros e aliens (que são os vilões, mas muito maus explorados) teve a cara-de-pau de colocar um grupo de policiais especiais (DPCOM eu acho) contra um dinossauro, muito mal produzido, com armas de atordoamento. E eles tinham armas para lidar com seres poderosos. Ou seja, uma cena fraca e sem sentido.
Uma história ruim, com atuação pior e efeitos práticos e visuais patéticos. Pronto.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Pessoas reais em HQs

Muitas vezes personagens reais são usados em obras de ficção. Podem cumprir a mesmas função, ou algo diferente. Aproveitem e notem se parecem.








segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Por qual motivo eu espero mais o filme do Flash do que do Homem-Aranha

Existe um motivo de eu não querer assistir tanto o terceiro filme do UCM do Homem-Aranha em comparação aos da DC pela WB.
Bem isso se deu quando Elektro (interpretado por Jamie Foxx) se tornaria um personagem no próximo filme desse universo cinematográfico. Entretanto, assim como o ator que fazia J. Jonah Jameson (J.K. Simmons) apareceu no final de Homem-Aranha: Longe de Casa isso parece ser uma tentativa de unir os personagens dos filmes dos "universos da Marvel (do Homem-Aranha de Sam Raimi, do reboot e o do UCM). 
Tanto que no trailer de Morbius (interpretado por Jared Leto), aparece Adrian Toomes, o Abutre (feito por Michael Keaton). Lembrando que o filme do vilão vampiro do Teioso é da Sony, devido a venda dos direitos dos personagens do "Aranhaverso". E Adrian usa o uniforme de presidiário de De Volta ao Lar. E Morbius passa diante de uma parede com a imagem do Homem-Aranha, escrito "assassino". Fato esse que remonta a falsa acusação de assassinato colocado em um vídeo por Mysterio em Longe de Casa. 
Ironicamente, o filme do Doutor Estranho vai se chamar No Multiverso da Loucura, o que é engraçado, pois achávamos que esse tema seria abordado em Longe de Casa, mas não. E até onde sabemos isso se deve a uma tentativa de lidar com atitudes da Feiticeira Escarlate na série Wandavision. Onde se pode existir aberturas a versões diferentes do universo. Lembrando que quem está dirigindo agora o filme de Stephen Strange é Sam Raimi.
Mas isso não se encaixava. Contudo, tudo isso pode ser uma jogada da Marvel para enfrentar o Flash.
Explicado: Antes disso, quando a WB anunciou Batman v Superman, Kevin Feige anunciou Capitão América: Guerra Civil. O que faz muito sentido. Assim como o confronto do Último do Filho de Krypton com o Cruzado Encapuzado, Guerra Civil é uma das histórias mais aclamadas da Marvel. E para jogar no chopp da DC, eles anunciaram em um dos últimos trailers o Homem-Aranha, de surpresa. Sendo que ele estava nas mãos da Sony. Então, isso foi um meio de quebrar a Warner Bros, claro.
Obviamente, isso fica mais claro, quando notamos que a história que seria mais um filme dos Vingadores, se tornou um filme do Capitão América. Não fazia sentido. Assim como não fazia sentido trazer um herói mais novo para a briga. Se não fosse as brigas dentro da Marvel, que impedia o uso de personagens das séries em filmes, ou menção deles, seria mais correto chamar Luke Cage ou Punho de Ferro. Não um garoto que ainda está na escola. 
Agora entendam, o Batman interpretado por Michael Keaton vai aparecer no filme do Flash. Pois faz sentido, afinal, a DC aparece bastante nessa ideia de viagens no tempo e entre realidades. Se comentava até mesmo que o Superman de Nicholas Cage poderia aparecer. Pois Barry Allen é o herói que pode possibilitar esses mundos. Mas Kevin Feige usou mais uma vez sua inteligência para quebrar a concorrente.
Pois eles podem trazer os três Homens-Aranhas do cinem (Tobey MacGuire, Andrew Garfield e Tom Holland). Tanto que o Doutor Estranho, foi confirmado no terceiro filme do Homem-Aranha. Podendo até mesmo aparecer aqui o Sexteto Sinistro aqui. Isso explicaria tudo.
E até o calendário de filmes da Marvel colabora com essa hipótese. Wandavision vai abrir a Fase 4 dos filmes, e Doutor Estranho vai fechar. Tanto que Wandavision era pare estrear DEPOIS de Falcão e Soldado Invernal. E existem algumas possibilidades, como de um Homem de Ferro de outro universo ser interpretado por Tom Cruise, entre outros.
Mas isso pode ser um grande tiro no pé da Marvel.
Compreendam, a Marvel não tem tantos anos no cinema quanto a DC. Pior, não existem filmes bons da Marvel, fora da Marvel (os filmes da Fox, Sony e Lineage são uma prova disso). Os filmes do Homem-Aranha são aclamados, mas os de Tobey MacGuire perderam a mão a partir do segundo e o de Andrew Garfield só deve sorte em ter a química entre ele e Emma Stone (que fez Gwen Stacy).
Existem, um Logan aqui, um X-Men ali, e os dois do Deadpool. Mas tivemos vários Quarteto Fantástico sofriveis, os dois últimos do Blade, pois o primeiro consegue lhe chamar a atenção, duas tentativas de Justiceiro e Motoqueiro Fantasma, um Demolidor e Elektra quase nada conhecidos, além das séries que nem todas foram bem. Sem contar a tentativa frustrada de Inumanos.

Além disso, dentro das HQs, essas tentativas de frustrar a DC já deu ruim demais. A Crise nas Infinitas Terras de 1985, foi o primeiro grande crossover da editora. Inspirando diversos crossovers até então. E até então, um evento assim jamais aconteceu. E ela concebida para arrumar as falhas dos universos diferentes, quase sempre algo da Era de Ouro ou Prata ou das editoras compradas pela DC. Arrumando uma bagunça de 50 anos.
Mas a Marvel fez uma HQ que seria uma tentativa de competir com isso. As Guerras Secretas seriam a tentativa da editora em reunir personagens para que heróis e vilões da Casa de Idéias se enfrentassem, tudo orquestrado por um personagem que foi mais um problema para eles: o Beyonder. 
Isso tudo pois Guerras Secretas, que foi lançada em 1984, era uma medida para conseguir zoar com Crise nas Infinitas Terras. Pois o reboot era planejado desde 1981. E a Marvel fez seu crossover, que foi fraca. E usaram, por exemplo, a desculpa da produção de bonecos pela Mattel, o que é um álibi tão fraco que nem vou refutar ele de tão sem noção
Eu amo as duas editoras, assim mesmo nas HQs como nos filmes, mas eu ainda prefiro a DC nos últimos anos. Eu sei, ela errou muitas vezes. Mas foi isso que nos trouxe clássicos. Em todos os sentidos, o que não acontece na Marvel.

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Grupos de não heróis na Marvel

Existem diversas facções de não heróis dentro do universo Marvel. Mas também elas não são de vilões. Na verdade, eles são formados por pessoas, quase sempre, são extremamente influentes. Vejamos os seguintes:

Hellfire Club:
O Clube do Inferno em uma tradução mais livre, é baseado em um grupo real inglês. Um grupo que reúne pessoas ricas, poderosas e extremamente influentes. 
Como membros do clube não estão apenas personagens como Emma Frost ou Sebastian Shaw, mas também pessoas que "herdaram" um título dentro dessas fileiras. Outros realmente são membros de maneira efetiva. Entre eles, estão Tony Stark (Homem de Ferro), Warren Worthington III (Anjo), Norman Osborn (o primeiro Duende Verde) e Betsy Braddock (Psylocke). Note que alguns são ricos, ou tem uma herança com o clube. Mas esses citados raramente se envolvem com as decisões do grupo.
O Círculo Menor é a elite desse grupo. Sua hierarquia é feita por peças de xadrez. Uma das formações mais conhecidas são Sebastian Shaw (como Rei Negro), Emma Frost (como Rainha Branca), Harry Leland (Bispo Negro), Donald Pierce (Bispo Branco) e um candidato ao círculo menor, Jason Wyngarde (Mestre Mental).
E o ano em que ele foi criado foi 1729.
Starjammers:
Também conhecidoas como Interceptadores Espaciais ou Corsários Espaciais. Todos se conheceram em uma prisão shiar e receberam esse nome (Starjammers), pois roubaram essa nave com o nome Starjammer.
Dentre eles temos (um alien com forma anfíbia), (um shiar com implantes cibernéticos)
Amigos da Humanidade: um grupo racista, anti-mutantes. É uma organização que atua indo contra os mutantes. Nas histórias em quadrinhos funciona mais como uma versão atual da Ku Klux Klan. Lembrando que por la, há uma tolerância maior devido ao que está na constituição norte-americana. Causando os crimes de ódio e preconceito contra a população negra (que é usada como exemplo através dos mutantes).
Eles atuam com atos terroristas, cheios de raiva e preconceito sem sentido. Entretanto, um dos maiores nomes relacionados nas HQs da Marvel com eles foi Graydon Creed. Que nada mais é que filho de dois mutantes: Raven Darkholme (Mística) e Victor Creed (Dentes-de-Sabre). 


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Nakano Takeko: a mulher samurai

Apesar das mulheres bushido terem sido apagadas propositalmente da #históriajaponesa, seus atos permaneceram vivos através de museus, lendas e de quem não deixou que essas guerreiras desaparecessem por completo. Uma delas, foi Nakano Takeko.

Nakano Takeko nasceu em abril de 1847 e cresceu na era Edo. Estudou matemática, literatura, artes, poesia e manejava sua naginata com maestria. Era corajosa, filha de um oficial de Aizu e escolheu o caminho do bushido. Recebeu treinamento em artesmarciais desde os seis anos de idade e admirava Tomoe Gozen, uma mulher samurai que morreu 600 anos antes.


Seu mestre de artes marciais era Akaoka Daisuke e também seu tutor já que seu pai faleceu. Logo, se tornou instrutora. Treinava oito horas por dia. Liderou um mini exército Joshitai de 20 a 30 mulheres na batalha de Aizu que incluíam sua mãe e sua irmã mais nova.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Como eu seria como pai?

Hoje é dia 12 de Outubro de 2020. E como tal, é o dia especial para as crianças. E então eu revisitei minha vida de criança.
Quando criança, meu acesso a TV era restrito. Assistia alguns desenhos que amava como Caverna do Dragão ou Eek The Cat, pois era o mais acessível para mim. Afinal, não tinha televisão a cabo e comecei a assistir fitas VHS bem no final da vida útil desse aparelho. Além disso, eu assistia os seriados japoneses como Espectroman, Jaspion, Changeman, Flashman, Lion Man, entre tantos outros. E como esses eram com atores reais, eu acreditava que aqueles eram reais. Coisa de criança mesmo...
Entretanto, de todos esses desenhos animados e séries japonesas, as que mais amava eram Cavaleiros do Zodíaco e Black Kamen Rider.
A primeira é fácil de conhecer. Ele foi uma febre nos anos 90, que basicamente fez o Brasil ser um país cheio de fãs da cultura pop japonesa. A história não era uma coisa altamente elaborada. Tratava-se de jovens, que combateriam um mal, mas para isso deveriam proteger uma força divina em forma humana. Já veríamos isto isso em Shurato, Samurai Warrior e até mesmo antes disso, como em Hokuto No Ken. Entretanto, diferente das animações norte-americanas, essa série tem um fim. Mesmo que a extinta TV Manchete, reprisasse mais eles do que o SBT reprisava o Chaves. Pois finalmente, a emissora tinha algo para combater a Globo. Pelo menos no campo infantil.
Já Black Kamen Rider é mais pesado que qualquer tokusatsu. Ao invés de ser um metal hero (como Jaspion ou Sharivan), BKR era uma série com estilo próprio, com temática mais pesada. Ao menos em sua origem, enredo e clima. E isso era ótimo quando se é criança, a aura de terror que aquela série criava em mim, mais parecia que estava vendo algo proibido. Mal sabia eu que aquilo me traria vários problemas...
A minha mãe não me deixava assistir aquilo com tanta frequência. Um dos motivos, que faz mais sentido, é que eu perdia muito tempo assistindo aquilo. Mas o outro motivo é que animes e tokusatsus eram coisas do Satanás, segundo a visão dela. Está bem que as séries não ajudavam (Satan Goss em Jaspion, Lúcifer em Cybercops, entre outros nomes), mas isso era sem motivo, quando notamos Cavaleiros era baseada na mitologia grega e outras culturas e nada tinha a ver com a mitologia cristã. Só que era uma criança e adolescente, não sabia argumentar.
E hoje, ao assistir novamente algumas dessas coisas, eu digo: eu NÃO deixaria um filho meu assistir coisas assim. 
Não é uma questão de "Ah eu sou hipócrita". Mas de ter evoluído e notado, que muitos dos seriados eram altamente violentos. E hoje em dia só pioraram. Em Genocyber, que passou na U.S. Mangá na época em que era uma criança, tinha umas dilacerações e transformações tão bizarras que eram dignas de Hellraiser. Eu não impediria meu filho de assistir pois era "do capeta", mas por ser inapropriado para a idade dele. Quando fosse o momento, eu passaria isso a ele, na hora certa. 
Mas não tenho filho. Talvez não tenha nunca. Eu antes queria muito me casar, constituir família. Hoje, com a cabeça feita, eu quero só ajudar os mais jovens. Já tive algo próximo de filhos.. Mas as vezes a única coisa que podemos passar adiante é o conhecimento do que aprendemos e do que erramos na vida. E nem sempre para alguém que continuará nosso legado...

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Robert E. Howard e seu Conan, Rei Kull e Solomon Kane

Conan! Conan é o homem mais implacável que já existiu... Com um longo cabelo preto, olhos azuis claros. Ele é um guerreiro, nascido em campo de batalha. Para ele, combate é um estilo de vida. Isso é tudo que ele sabe. É tudo que ele quer saber! Ele não é um soldado o qual ensinaram a lutar... Para ele, lutar é instintivo. É parte dele. Como suas pernas, seus braços, seu tronco, seu pescoço musculoso
Robert E. Howard
Atualmente, o personagem Conan, que estava nas mãos da Dark Horse, voltaram para as mãos da Marvel. Tanto que ele está fazendo parte do universo de HQs de heróis como Homem-Aranha e Hulk. Aproveitando essa deixa, eu achei que valeria a pena tratar sobre ele e seu criador. Robert E. Howard. E as influências desse homem. 

Entre os anos que os oceanos tragaram a Atlântida, e a ascensão dos filhos de Aryus, houve uma era nunca antes sonhada. Dela veio Conan. Destinado a carregar a valiosa coroa da Aquilônia sobre uma fronte perturbada. 
-Abertura de Conan, o Brárbaro no filme 
Nascido em 22 de Janeiro de 1906, Robert E. Howard era de uma cidade pequena do Texas. O nome de sua mãe era Esther Jane Howard e de seu pai era Isac Mordecai Howard. O pai era um médico local daquele pequeno espaço texano. Na verdade, era o único da cidade inteira. 
A mãe dele marca toda a influência intelectual de Howard até então. Pois desde cedo, seus professores notavam que ele tinha um talento natural para a escrita. Tanto que com nove anos, escrevendo com base na revista Adventure. 
E com nove mesmo, ele estava com seu pai em uma biblioteca, quando encontrou um livro em especial. Ele contava algumas lendas de culturas antigas de indígenas. Os chamados pictos, que usaria em histórias de deu personagem mais conhecido por nós, Conan.
Depois de escrever diversas histórias, mandou elas para a revista Adventure e a Argosy. Mas sempre foi rejeitado. 
Em 1922, quando tinha apenas 16 anos, se mudou para uma cidade vizinha chamada Brownwood. E então terminar seu último ano no ensino médio. Foi lá que conheceu alguns amigos que compartilhavam com ele seu interesse na literatura.Os mais importantes entre eles eram Tevis Clyde Smith e Truett Vinson. 
Pouco tempo depois os três jovens começaram a escrever para alguns jornais e revistas amadoras. Foi então que Vinson apresentou Howard a um jornal chamado de The Tatler. Esse jornal de Brownwood que imprimiu os escritos de Robert pela primeira vez.  
Ele teria apresentado nele, ainda em 1922, as histórias Golden Hope Christmas e West in West. Que ganharam prêmios de ouro e prata, respectivamente. 
Em 1923 ele se formou e passou o fim da adolescência trabalhando em alguns lugares. Ele fazia isso, mas não gostava de trabalhar com outras pessoas.
Foi só em 1924 ele vendeu seu primeiro conto para uma revista chamad Weird Tales. Esse conto era sobre homens da caverna e se chamava Lança e Presa. Lhe rendendo 16 dólares. Foi então que ele decidiu parar de trabalhar e se dedicar totalmente a escrita. Logo em seguida, ele soube que mais um conto seu tinha sido aprovado na Weird. 
Já em 1925, ele recebeu o dinheiro por esse segundo conto. Um ano depois apenas...
Seu primeiro personagem conhecido foi criado em 1929 e se chamava Kull. Esse personagem foi adorado pelo público e a Weird Tales pagou 100 dólares dessa vez! Escreveu várias histórias do personagem, mas após duas serem rejeitadas, ele desanimou e parou de escrever sobre ele.
Em 1930, Howard leu uma história de HP Lovecraft na Weird Tales. E por isso, decidiu enviar uma carta ao escritor. E Lovecraft incrivelmente respondeu Howard e se tornaram amigos!

Nessa era surgiu Conan, o Cimério... De cabelos negros, olhar sombrio e espada em punho... um ladrão, salteador, matador, dono de gigantesca melancolia e gigantesca jovialidade... para esmagar os tronos adornados da Terra sob as sandálias que calçavam seus pés.
-Descrição sobre Conan
Quando Howard viajou para Fredericksburg, em 1932, e ficou horas olhando para montanhas, que ele criou a Ciméria. E assim, ele criou Conan, o bárbaro. 
"O Conan simplesmente cresceu em minha mente quando eu estava parado em uma cidade fronteiriça no Rio Grande"
E assim, ele criou seu próprio mundo, aonde esses personagens habitariam, a Era Hiboriana. Preenchendo esse mundo com suas próprias nações, monstruosidades e magias. A primeira aparição de Conan foi na Weird Tales, ainda em 32. O que lhe fez publicar 17 histórias nessa revista. 
Mas já em 1934, ele começou a perder o interesse no Conan e queria publicar algo novo. Pois queria escrever histórias de western (faroeste).
Tempos depois ele escreveu sua última história para a Weird Tales, do Conan, Red nails. O que não impediu do personagem influenciar diversos escritores por muitas décadas. 
Ele só deve uma namorada por toda a sua vida. Há um livro e um filme que contam sobre esse relacionamento. O longa metragem é chamado de The Whole Wide World.
Howard era extremamente apegado a sua mãe. Ela era a única pessoa que ele confiava e amava. Ainda na infância do escritor, ela contraiu tuberculose. E em 1936, ela acabou entrando em coma. Os médicos avisaram que provavelmente ela jamais iria acordar. 
Robert E. Howard, muito abalado com essa notícia, pegou seu revolver, entrou em seu carro e atirou em sua própria cabeça. 
Conan é um fenômeno publicado até hoje. Tanto que é comparado até hoje com JRR Tolkien, escritor de O Senhor dos Anéis. 

Nem todos os caminhos para a redenção são pacíficos.
-Solomon Kane
Conan, o Bárbaro: Conan, o Bárbardo, Conan, o Conquistador, Rei Conan e Conan da Ciméria. Esses são alguns dos nomes desse personagem fascinante. Ele sempre foi uma válvula de escape para a mente de Howard. 
O primeiro conto do personagem seria A Fênix na Espada. Em um passado alternativo onde bruxas, feiticeiros, entidades, monstros e toda a sorte de criatura bizarra e imaginável (ou inimaginável) existiam, a Era Hiboriana. Mas a era atual não guarda lendas ou registros. 
Se passariam depois da era de Kull, quando Atlântida tinha sido inundada. 
Nascido na Ciméria, a única divindade a quem pagava referência era Crom. Que ficava em cima de uma montanha vendo as desgraças dos seres humanos. E os cimérios eram considerados descendentes dos antigos atlantes. 
Ele nasceu mesmo no meio de um campo de batalha. Sendo filho do ferreiro da aldeia. Com 15 anos era mais maturo que os adolescentes de sua idade. E já sabia mexer em armas e participado em combates diversas vezes. 
Lutou por exemplo, ao lado dos aesir de Asgard, mas foi escravizado. E ao escapar, não tinha mais para onde voltar. Se tornou ladrão, mercenário, soldado e pirata. Dormiu com diversas mulheres e matou inúmeras criaturas, mas se tornou rei da Aquilônia, ao estrangular o antigo monarca. Libertou povos, deve filhos e ficou 30 anos no poder. 
Diferente do que possa parecer, Conan além de extremamente poderoso no combate, é um excelente estrategista e altamente capacitado rastreador. Refletindo sobre as coisas, mesmo que não compreenda muito sobre elas e sobre o mundo ao seu redor. Ainda assim, com personalidade violenta ele pensa muito em si. Mas ainda é muito honrado, pois valoriza isso em si e nos outros, por isso não tolera covardia ou crueldade sem motivos.
Bebia e festeja quando podia. 
Foi com Roy Thomas, quando os direitos do personagem estavam na Marvel, que ele foi adaptado de forma completa para HQs. Apesar que a primeira adaptação para essa mídia foi no México com a história A Rainha da Costa Negra. 
Solomon Kane:
Um personagem puritano inglês. Díficil imaginar o autor com outro personagem que não seja o Conan. Mas um puritano inglês descreve quem é Solomon Kane em primeiro momento. 
Pois aqui teria um pouco do horror cósmico, mas aqui existe um lado de fantasia também, com um pouco de capa e espada. 
Existem muitos clichês, mas mesmo sendo um puritano inglês. E esse personagem combate o mal em diversas formas mesmo. Quando ele não está em uma missão para matar esses monstros do universo, ele é testemunha de algum evento sobrenatural. Mais uma influência de Lovecraft e outros autores, frente a determinadas forças. 
Ainda assim, um humano que caça esses monstros. As vezes contando com apoios fora do comum, como na primeira história em que aparece Red Shadows, onde faz uma "parceria" com um feiticeiro local.
Um cavalheiro inglês na sociedade, mas quando vai para as áreas selvagens liberta seu lado mais agressivo. Um homem até que bom, mas que quase se perde em um sentimento de ira. Tanto que ele é assombrado por pesadelos que o incomodam demais. Talvez por conta dessa sombra em que está se afundando, ao matar os demônios (mais do que os demônios internos).
Ele tem sua fé, mas ele é atormentado pelo mal. Onde sua religião é testada. 
Bran Mak Morn:
Como amigo de HP Lovecraft, notamos que Howard era fã do horror cósmico. Tanto que alguns monstros e divindades de seu Conan, tem claras influências do autor que escrevia Cthulhu (até mesmo isso se nota em monstros e divindades como Nergal). Mas isso é bem superficial, se comparado a outra personagem criada por ele. 
Nas histórias de Bran Mak Morn, notamos uma fantasia bem mais amadurecida. Ele vai aparecer em 1930, no Kings of Night, mas tem como seu conto no Vermes da Terra. 
Os pictos são usados aqui, usando um pouco do contexto do surgimento da sociedade romana antiga (ao qual não se sabiam se eram celtas ou outros povos) e os indígenas citados antes. As histórias se passam pelo século III. E o Mak se revolta contra um governador local pois este teria crucificado um súdito de Bran por uma ofensa patética. Ele não se preocupa com seu súdito, mas por terem o humilhado. 
E para essa vingança ele vai atrás de libertar seres perigosos, os tais vermes da terra, citados no título.
Mostra com um herói é cegado pela raiva querendo suas intenções a qualquer custo. Pois libertar esses seres vai afetar todo o mundo. 
Um horror próximo do cósmico, para afetar as instituições em que esse herói é inserido. Liberto pelo protagonista.
Red Sonja:
Na verdade, Red Sonja deve esse ar de guerreira da Era Hiboriana, tal qual Conan, mais pelos quadrinhos da personagem do que por sua origem. Mas ela nem é a heroína do livro A Sombra do Abutre, de Robert E. Howard. A história se passa ao redor dela, mas ela não é o foco dessa história. 
Ela não é o foco da história, mas resiste ao que acontece ao seu redor. Além do que, é quase uma ficção histórica. 
Diferente do que pensamos, Gottfried von Kalmbach de A Sombra do Abutre é o protagonista (onde surge também Sonja) e que faz a história se mover. Ele é um mercenário que se tornou prisioneiro do sultão Suleiman. Mas que escapa e vai para Viena. Ao mesmo tempo que esse sultão tenta recuperar os territórios perdidos na guerra. Notem que isso realmente aconteceu na história. 
Gottfried está sendo perseguido pois foi reconhecido como importante depois de ter fugido, pois feriu Suleiman em combate, o que é um pecado mortal. E por isso, o protagonista se alia aos austríacos, para se proteger dos inimigos.
A Red Sonja, está lá fazendo seu papel não menos violento, mas ainda assim poderosa dentro da trama. Pois ela seria de origem ucraniana, sendo irmã da Roxellane, mulher preferida do harém do sultão Suleiman. Tudo isso em 1520 a 1530. 
Um verdadeiro pioneirismo com uma personagem feminina. Algo raro, naquela época. E que não tem esse lance pulp, que vemos em Conan. Sem ser clichê. 
Kull, o Conquistador:
Ou Kull da Atlântida. Podemos falar que ele é anterior ao Conan em todos os sentidos. Pois ele vive na Era Turiana (anterior a Hiboriana). Pois depois chegaria na nossa. Notem que isso lembra um pouco JRR Tolkien. 
A espada e feitiçaria surgiu com ele, no estilo que seguiria escritores fãs de Howard. Ou como muitos tratam mais apropriadamente, barbarismo filosófico. 
Ele seria um exilado da Atlântida, que subiu ao trono de Valusia, com equivalente a Aquilônia na Era Hiboriana. Um bárbaro que tem que seguir tradições que são muito pouco... Aceitas por ele. Que terá de seguir regras. Sem contar saber que existe uma conspiração contra ele. Passando por histórias como O Reino das Sombras, onde ele já está empossado. 
Podemos dizer até que o Conan é um Kull reescrito e melhor definido.  

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Popeye e sua origem

Popeye, o Marinheiro, realmente existiu,..
Seu nome verdadeiro era Frank "Rocky" Fiegel. Ele nasceu em 1868 na Polônia. Ele era um marinheiro aposentado contratado pela taverna de Wiebusch na cidade de Chester, Illinois, para limpar e manter a ordem. Ele tinha uma reputação de estar sempre envolvido na luta, então tinha um olho deformado ("olho pop"). Ele sempre fumava cachimbo, por isso falava apenas com um lado da boca. Ele adorava estar perto de crianças.
Não há relato de suas aventuras imaginárias que se vangloria das façanhas de sua força física, garantindo que ele nunca perdia uma luta. O autor de Popeye, Elzie Crisler Segar, nascido em Chester, conheceu Frank quando o jovem ouvia suas histórias e anos depois o homenageou com o personagem Popeye, o Marinheiro.
Olivia Palito também existia, ela era Dora Paskel, dona de uma mercearia em Chester. Ela também foi inspirada para o desenho, a personagem Dora Paskel também era magrinha e usava as roupas quase que semelhantes ao original desenho. Voltando ao autor. Segar mantinha contato com Frank e sempre o ajudava com dinheiro. Frank e Popeye também carregavam algumas características inerentes, como coragem, cavalheirismo e virilidade. Coisas raras hoje em dia.
Frank Rocky Figel: Popeye Nasceu em Janeiro de 1867 e faleceu em 24 de Março de 1947.
Dora Schrader Paskel: Olivia Palito Nasceu em 13 de Novembro e faleceu em 08 de Maio de 1953.
Os dois personagens da vida real morreram e foram enterrados no Cemitério (Evergreen Cemetery) na cidade de Chester, Randolph County, Illinois, EUA.


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Grupos Mutantes: Muito além dos X-Men - Parte 2

Nasty Boys:
São mutantes. Mas diferentes dos X-Men tem uma longa vida útil. Como assim? Bem é muito simples, esses seres que servem a Nathanael Essex (O Senhor Sinistro) podem ser clonados. Ou seja, morreu um? Faz outro. Tornando eles um problema aos X-Men ou outros grupos, pois mesmo assim, seus poderes são altamente perigosos, independente do que imagina sobre esse bando de clones.
Entre eles temos: Slab, Hairbag, Ruckus, Vertigo, Brain Child e Gorgeous George. Então notamos que eles são um perigo muito grande para X-Men: poderes mutantes específicos e uma imortalidade, praticamente falando.
Na verdade, eles são mutados, pessoas modificadas por Sinistro.
Tropa Alfa:
Originalmente, um grupo de mutantes e heróis (sim, aqui não existem só mutantes) a serviço da nação do Canadá. Sendo uma versão dos Vingadores por lá. Ela era a antiga equipe de Wolverine, após ter o adamantium colocado em seus ossos.
Seus integrantes são  Heather, Xamã (que possuí poderes de curandeiro pelo que se entende), Puck, Vixen, Pigmeu, Pássaro da Neve, Estrela Polar, Aurora, Talismã e Sasquatch.
Atualmente a Tropa Alfa se tornou uma equipe espacial, liderada pela Capitã Marvel. Antes a equipe era liderada por Guardião, também chamado de Arma Alfa, Vindicator (que criou e projetou seu traje), usava um traje que lhe permitia voar e controlar o campo magnético da Terra.
Xternos:
Inseridos nos quadrinhos da X-Force de 1992 em sua edição #10, os X-Eternos representam um grupo peculiar de mutantes repletos de habilidades individuais incríveis, mas que dividem também um único conceito: Eles são imortais!
Externals no inglês, são mutantes que REALMENTE seriam imortais. Apocalipse por exemplo, seria um exemplo de Xterno. Controlando alguns grupos de humanos e mutantes menores, como Candra fazendo um pacto com as guildas de ladrões e assassinos em Nova Orleans. Por dinheiro, Candra dá poderes aos assassinos e elixir da vida aos ladrões.
Poucos até hoje são tratados como Xternos.