terça-feira, 21 de março de 2023

Os 3 problemas de Maurício de Sousa

Não dá crédito a autores:
Ele é uma figura importante para a leitura. Porém, tem aí a questão da autoria. Há décadas as histórias da turminha são feitas por artistas que sequer eram creditados.
Sim, Mauricio criou os personagens. Mas todos? Nem isso sabemos com certeza. É preciso entender que Mauricio de Sousa é mais uma empresa do que uma pessoa. E obviamente, não existe empresa que queira informações inconvenientes para a marca circulando por aí. Inclusive empresas poderosas podem pagar pessoas por seu silêncio. Algo que lança dúvidas sobre os personagens e suas histórias.
Ou seja, muito da história da vida e da obra de Mauricio de Sousa simplesmente não é contada. Sequer existem biografias do Mauricio que não sejam propagandas mitificadas feitas pela própria empresa.
Em resumo, na ausência de dados concretos sobre a vida e a obra do Mauricio, caso ele se torne um imortal, estará lá mais como empresário do mercado editorial do que como um autor. Dizer "ele me alfabetizou" é uma resposta afetiva tola. Foi ele mesmo? Ou foi um artista fantasma?
Só lembrando que esse detalhe, já aconteceu na Marvel. Quando autores como Todd McFarlane, Robert Liefeld e Stan Lee não eram creditados. O que causou o EXodus, que foi quando artistas da editora saíram dela, para gerar a Image Comics.
Nico Demo, o personagem politicamente incorreto do Maurício:
Nico Demo era um personagem solo da Turma da Mônica, que atuava em tiras mudas politicamente incorretas de jornal. Fez, e ainda faz, muito sucesso e polêmica.
Nico Demo foi lançado no "Jornal da Tarde" em 1966, a pedido do impresso. Ele era, nas palavras de Mauricio, "aquele amigo que quer ajudar e provoca as maiores confusões com suas tentativas". Por ser um personagem politicamente incorreto, Mauricio foi chamado para suavizar o teor de humor negro das tiras, mas recusou. Dessa forma, Nico Demo saiu do antigo jornal e foi pra "Folha da Tarde". Novamente, após várias cartas reclamando do humor do personagem, ele foi censurado.
Considerando que seu personagem veio "antes de seu tempo", Mauricio deixou-o de lado. Atualmente, suas histórias ficaram mais singelas, deixando o humor negro de lado.
O uso de seus personagens não pode, mas os de outros sim:
Um ponto que podemos citar sobre Maurício de Sousa é que ele, assim como aqueles que trabalham para o mesmo, entendem sobre histórias em quadrinhos. Não há como negar. Se uma história trata de alienígenas, há um quadro inteiro com figuras da DC, Marvel, Image, filmes que tratem sobre esse tema como Alien, E.T., entre tantos outros. Se trata sobre super-heróis, além das editoras já faladas, podemos ver personagens pouco conhecidas como Flash Gordon, Mandrake, Tex, Dylan Dog, Dick Tracy, entre tantos outros personagens que são a base dos quadrinhos.
Mas quando se trata de fazer referência sobre a obra dele, não. Tanto que foi só recente o uso de personagens dele, com outros artistas. Para um projeto de que comemoraria os tantos anos dessa empresa/autor. Entretanto, Maurício de Sousa é como a Disney, e nesse ponto a comparação a uma "indústria" faz muito sentido. Não é permitido fazer referências a sua obra sem o seu alvará. Não com coisas simples e óbvias, como trabalhos escolares. Estou falando de personagens sendo usados como algo direto. Porém, esse culto a Maurício, ignora tais atitudes até hoje

quarta-feira, 15 de março de 2023

O misoginia idiota dos alfas, usando uma metáfora trans

Nos últimos tempos, graças a tendência de coachs - que por si só, para mim, são prejudiciais - nós tivemos o surgimento de um grupo bem patético de homens. Criando um misto de misoginia e fobia de mulheres, eles criam "técnicas" para lidar com elas, pois elas teriam se tornado muito independentes. Segundo esses rascunhos de pessoas, pois não quero xingar ninguém, eles teriam que voltar ao seu estado natural de predominância masculina. Como eram todos antes de a modernidade transformar aqueles que eram o topo da força humana, na visão deles, em animais adestrados.
Ironicamente, essa ideia parece até algo que se aproxime dos estudos do comunismo. Com uma diferença: na história, sabemos que as comunas realmente sempre estiveram envolvidas nas primeiras civilizações. Entretanto, nem sempre nelas, os homens mandavam. A figura da mulher, em tribos africanas e na sociedade dos grupos celtas, as mulheres tinham o simbolismo maior, representando - literalmente - a divindade. Como Ceridween, deusa celta e da cultura irlandesa.
Dito isso, esses coachs, usam termos como "alfa" e "beta", "red pill" e "blue pill". As duas primeiras palavras surgem da necessidade de usar termos emprestados de outras cultura, para afirma sua bravura e masculinidade, o que na verdade não tem. Um exemplo recente de como isso é patético e sem sentido, foi o caso do Calvo do Campari. Sem contar, que como dito antes, eles usam muito os termos da antiguidade, como se fosse natural deles. Me lembrou certos regimes nazi-fascistas no período da Segunda Guerra Mundial, que tomavam essa atitude. Usar um símbolo antigo, como seu.
Dito isso, que foi só para mostrar o quão patético isso é, vejamos a patética ideia das pílulas vermelhas e azuis.

'Mete bala', 'mete marcha', 'soca o pau', 'vamos embora' no sentido de vamos resolver essa questão.
-Thiago Schutz, o "Calvo da Campari
Bem a ideia desses itens surge com Matrix. Filme, dos até então, Irmão Wachowski.
Na trama, o personagem Neo, vive em uma realidade estagnada, ao qual quer fugir. Ao receber o chamado de um misterioso homem chamado Morpheus, para uma reunião. Mesmo porque, parece que ele estava sendo vigiado e controlado por algum inimigo maior. Nesse momento, é oferecido ao protagonista duas alternativas para enfrentar esses problemas: tomar uma pílula azul ou uma pílula vermelha. Com a primeira, ele voltaria para seu mundo pacato e calmo, como de costume, vivendo uma vida medíocre. Já com a segunda, ele seria libertado das amarradas daquela realidade que conhecia até então.
Ao escolher a vermelha, dentro da trama, ele se descobre sendo parte de um mundo pós-apocalíptico em que as máquinas tomaram o controle do mundo. Para continuarem vivas, elas usam os corpos humanos como baterias vivas que dariam energias a elas, e ao sistema principal desse mundo novo e sombrio, a Matrix. Neo, seria o Escolhido, um ser que foi profetizado como um meio de combater essa tecnologia, para enfim, obter a paz. De que modo e como? Ninguém imagina.
E acho que é aí que os defensores dos valores masculinos erram FEIO. Vamos por partes.
A figura de Neo é baseada em figuras poderosas de religiões e culturas diferentes. O Escolhido faz uma referência a Jesus e Buda, por exemplo. Alguém que iria mudar aquele status quo, onde pessoas mais fracas são controladas e torturadas por pessoas mais fortes, as libertando das dores mundanas e físicas. Com relação a Cristo, podemos nos lembrar do domínio romano sobre o povo judeu e a corrupção dos homens de leis em Jerusalém. Assim como Sidarta quer libertar as pessoas das tentações do mundo físico e espiritual, para alcançar o Nirvana.

Um dos maiores erros dessa galera, é a mesma dos religiosos fanáticos cristãos (quase sempre). Dar mais valores aos milagres e não a mensagem. Remonto aqui uma passagem de Jesus:
Quando um homem é levado, e este não consegue mexer as pernas, Cristo diz que ele está perdoado e juízes veem isso como sacrilégio. Pois segundo eles, apenas Deus pode perdoar os pecados. Então Jesus questiona, o que seria mais complicado: perdoar os pecados ou pedir que esse homem levante-se e anda-se. Eles dizem que o mais difícil seria que o homem anda-se. Quando o Messias o faz levantar, eles entendem, mas muitos religiosos hoje em dia, as vezes não. O perdão era mais importante que o milagre, do que a cura. Pois através do perdão, era possível curar.
Existe uma mensagem também em Matrix. Sim. Mas não é igual no seu motivo.

Porque Sr. Anderson?
-Agente Smith
Para entender tudo isso, devemos ter consciência sobre seus criadores. Ou melhor, atualmente, criadoras.
Como dito, quem criou Matrix foram os irmãos Wachowski. Que queriam soltar uma mensagem. Nós estamos tão presos nessa realidade, que ignoramos como ela nos detêm. Impede diversos sonhos que temos. As nossas convicções religiosas que vão contra a maioria, nossas visões políticas que se guiam por opiniões elaboradas, nossas escolhas de vida profissional e nossa questão sexual que vai contra a maioria. Daí vem a minoria, que sempre vem sendo oprimida.
E no caso, sempre existiu um desejo nos dois irmãos, Andy e Larry, de se transformar em mulheres. Ou seja, elas se tornaram transgênero. Por fim, em 2016, ambas já eram Lilly e Lana Wachowsky. Ou seja, as pílulas, em análise bem grosseira, seriam metáforas para a mudança. Tanto física, quanto mental delas. Ou seja, quando um "alfa" fala sobre assumir a "pílula vermelha" ou "pílula azul, mas que seja de preferência uma, ele está usando uma metáfora LGBTQIA+. E é bizarro, o quão frágil são essas masculinidades, ao ponto de analisarem o que consomem. Eles se fixam tanto na virilidade, nos combates, que perdem a mensagem de um filme. Assim como muitos fazem com a Bíblia.
Porque eu escolhi.
-Neo, o Escolhido

sábado, 11 de março de 2023

Vampiro A Máscara e uma metáfora para o capitalismo


Eu fiquei conjecturando, que textos poderia escrever sobre o Mundo das Trevas. O que eu poderia extrair de útil, para que as pessoas que viessem a jogar esse RPG, não se focassem apenas em poder? Caso não saibam, muitos jogadores iniciantes (e depois veteranos) transforma as sessões desse tipo de entretenimento, uma forma de ter muito poder. Apenas isso. O que não conseguem ou não tem, no mundo real, transferem para esse universo fictício. Transformando sessões de Vampiro A Máscara, em "Vampiro Os X-Men", cheio de sobretudos e katanas, dando até um termo para esse estilo de jogatina com cainitas. E as sessões de Lobisomem O Apocalipse se tornaram cada vez mais violentas, que esqueceu das partes espirituais, ao qual perdem o teor misterioso da jogatina. No máximo, usando isso apenas como ferramentas do jogos, não como foco.
Então, eu pensei, por que não usar esse mundo como um meio de explicar e mostrar uma visão, do que cada jogo pode estar criticando? Então, vamos começar com o capitalismo, podendo ser criticado em Vampiro A Máscara.

O capitalismo gera o seu próprio coveiro
-Karl Marx
Bem, comecemos pela história de Vampiro A Máscara. Independente de ser tratado como mitologia ou não, a história de Caim é a base dos cainitas, nome dado a esses monstros que um dia foram mortais. Ele, filho de Adão e Eva, teria assassinado seu irmão, Abel. Para dar ao Pai seu maior presente na, então, vida. Independente do que acredite, ou como isso tenha ocorrido, isso geraria nele a maldição que conhecemos como vampirismo. Isso o faria gerar suas três primeiras crias (a Segunda Geração), e estes outros cainitas que seriam os líderes dos futuros clãs ou linhagens (a Terceira Geraçã). Só para lembrar que Caim é a Primeira Geração, eles viveram em paz com os mortais na cidade de Enoque por um certo tempo, mas depois tudo deu errado, antes do Dilúvio (por isso, os vampiros gerados antes disso, são tratados de Antideluvianos).
Nos dias atuais, alguns acreditam nessa história por completo, outros nem tanto e ainda há os que consideram isso algo próximo das mitologias mortais, inclusive as cristãs. Nas Noite Finais, ou nesse momentos próximos da Gehenna (o apocalipse dos vampiros), o que importa é sobreviver de um modo que possam consumir o sangue de anciões cainitas, para ficarem mais poderosos. Pois é no sangue deles que reside o poder. E não perderem o seu líquido vermelho, pois poderá ser visado. Seja pelas pessoas ao seu redor, como por aqueles que o odeiam. Enquanto equilibram tudo isso com o que lhe resta de humanidade. Onde matar, os levará a uma monstruosidade que nunca imaginou ter dentro de si.

A liderança dos Amaldiçoados é meu fardo, não o seu.
-Frase de um ventrue
Dito isso, devemos notar como funciona esse traço de geração. Quanto mais próximo de Caim, mais poderoso dentro da sociedade cainita o personagem é. Seja na Camarilla, Sabá ou os Anarchs, ele é perigoso e tem o temor daqueles que vivem nas cidades com a mesma maldição do jogador. Mas reparem, se trata do sangue do primeiro assassino que, de alguma forma, corre em você. Mesmo que o personagem seja de um clã como Gangrel, Nosferatu, Ventrue, ou tantos outros, a verdade é uma: você se tornou descendente e está ligado, de alguma forma, ao primeiro assassino. Por isso, a Besta, um lado selvagem que tenta controlar para não perder sua humanidade, fica sempre lhe tentando a consumir mais sangue. Note que isso não acontece aos carniçais, que querem "apenas" consumir o sangue de seu mestre.
Mas aonde isso começa a ser uma crítica ao capitalismo? Note que, para obter poder, um cainita deve ter o sangue de alguém mais poderoso. Podemos tratar isso como o nepotismo, que acontece quando um pai arruma um serviço para o marido de sua filha. Se quer um exemplo mais claro, podemos usar Elon Musk como exemplo. Ele nasceu rico, mesmo que muitas pessoas achem que não, pois seu pai explorava esmeraldas na África. O que não significa que ele seja perfeito. Cometeu falhas, quando ao comprar o Twitter, excluiu comediantes que zoavam ele e a ex-namorada.
Ou seja, nem sempre ter poder significa ter moral ou realmente saber o que fazer com isso. Mas muitas vezes, isso tem relacionamento com as influências que possuí. E devemos ter consciência, que quando nos tornamos poderosos, muitas vezes perdemos a humanidade. Como o conflito dos cainitas com a Besta.
Podemos enxergar esse "vampirismo", nos grandes capitalistas, quando colocamos armazéns da Amazon do lado de favelas. Ignorando o sofrimento das pessoas humildes que moram ali do lado. Afinal, um ser poderoso não liga para o seu "rebanho", seu "gado".
Para finalizar, não podem existir tantos vampiros, assim como não podem ter tantos ricos no mundo, pelo pensamento capitalista. Pois isso atrapalha o quanto "vão poder consumir de sangue", ou seja, o quanto poderá lucrar dos trabalhadores. Parece bizarro, mas notem o quanto isso faz sentido.
Finalizando, o subtítulo, A Máscara, demonstra que esses seres (vampiros ou capitalistas verdadeiros) usam máscaras na sociedade. Para parecerem mais "humanos", mas são monstros dos dias atuais. Só lembrando que isso pode ser trazido na Idade das Trevas, que é quando essa regra foi mais usada por eles.
E só lembrando a coisa mais simples. Um cainita, um vampiro, suga o sangue de qualquer humano (na maioria das vezes), pois tem poder para tal. Pois estão em uma classe acima de qualquer um. Mesmo um nosferatu dentro de esgotos, pode ser mais poderoso que um mero mortal.
O próximo texto falará de Lobisomem e o comunismo.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Seven nos faz entender o ato bolsonarista de um homem colocar fogo em seu corpo

Seven é um dos filmes que quebrou parâmetros de Hollywood, com relação a filmes de detetive. Em que não é interessante nele descobrir o assassino, mas acompanhar os protagonistas. Pois então compreendemos suas intenções e como ele termina sendo apoteótico para quem está acompanhado. E até mesmo sinistro para quem compreende aquilo.
Entretanto, isso nos faz compreender também até onde vai o fanatismo político, que esteve tão em alta nos últimos tempos do Brasil. Em especial, com relação ao bolsonarismo, que já deveria ser tratado como crime. Assim como nazi-fascismo.

Para que as pessoas nos ouçam, não basta dar um tapinhas nas costas, temos que usar uma marreta mesmo. Só assim obtemos sua total atenção. 
Dois policiais, um jovem e impetuoso (David Mills de Brad Pitt) e o outro maduro (William Somerset de Morgan Freeman) e prestes a se aposentar, são encarregados de uma perigosa investigação: encontrar um serial killer que mata as pessoas seguindo a ordem dos sete pecados capitais.
Logo no início é possível prever que Seven não será um filme fácil. Em uma de suas primeiras cenas, por exemplo, Somerset é obrigado a usar um metrônomo para que os sons da violência que ocorre do lado de fora de sua casa sejam abafados e ele possa dormir, o que mostra o quão estressante é seu trabalho.
E dito isso, os crimes continuam ocorrendo, até que faltam dois (Inveja e Ira). Nesse meio tempo, o serial killer, claramente um terrivelmente cristão, se entrega a polícia. E diz que sabe onde estará sua próxima vítima. O assassino é interpretado por Kevin Spacey (que nessa época não estava envolvido com os escândalos sexuais nos tribunais, que atingiram sua carreira).
Quando chega aos minutos finais, é revelado que o serial killer tinha INVEJA de Mills. Da vida com sua esposa, grávida, que ele não sabia. E ela foi morta por ele.
Em seguida, a cabeça da mulher é entregue ao policial Somerset, que vê e quer impedir mais uma morte. O serial fala a Mills o que fez, e revela que a moça estava grávida. O que deixa o detetive em IRA atirando contra o assassino.
O filme termina com uma visão triste, mas ainda surge uma boa mensagem no final. Mas, no que ele se relaciona com o bolsonarismo? Vamos lá.

Se pegarmos John Dee... E ele for o Diabo, digo, o próprio Satã... Isso viria de encontro as nossas expectativas. Mas ele não é o Diabo. Ele é só um homem.
Nos últimos 4 anos (de 2019 até 2022) o bolsonarismo cresceu, devido a intenção dos políticos de direita em permitir os absurdos de Jair Messias Bolsonaro. Ele era o presidente nesse período citado. 
Dito isso, ocorreram coisas como as mortes de mais de 570 indígenas yanomamis, os gastos com leite condensado e itens sexuais para o exército brasileiro, citações e aparições de ministros (e do presidente também) com teor nazi-fascista, compra de mais de 100 imóveis, - sendo que cerca desses, mais de 50 foram comprados em dinheiro vivo - criminalidade aumentando, inflação gritante nos valores da gasolina e alimentos - mesmo sendo grandes produtores dos dois - e tantas outras coisas que não caberiam aqui. O mensalão e o petrolão, creditado aos governos do PT (Lula e Dilma) parecem brincadeira de criança. 
E com tudo isso, depois do encerramento do governo Jair Messias Bolsonaro ocorreu a pose de Lula em 1 de Janeiro de 2023. Só lembrando que a entrega de faixa ocorreu pelas mãos de populares. Já que Bolsonaro foi para os Estados Unidos da América, dias antes disso. Usando visto diplomático.
Depois, no dia 8 de Janeiro do mesmo ano, um grupo de mais de mil pessoas de diversos tipos, atacaram os prédios dos 3 poderes em Brasília. A destruição dos locais geraram agressões contra um policial e um cavalo por exemplo, e destruição de grande parte do patrimônio público e artístico do Brasil. Entre a destruição de itens importantes estão quadros de Candido Portinari e um relógio de um antigo rei da França, ao qual só existem dois no mundo.
Independente disso, não é disso que irei falar. Vejamos a seguir.

Eu invejo sua vida normal. A inveja é o meu pecado. Torne-se vingança... Torne-se... Ira.
"Um homem ateou fogo no próprio corpo nesta terça-feira, 31, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF). O caso foi revelado pelo Portal Metrópoles e confirmado pelo Estadão. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), os policiais foram acionados às 16h30 para averiguar uma possível tentativa de suicídio. Ao chegarem ao local, constataram que o homem teria colocado fogo em si mesmo. Segundo testemunhas, o homem tem 58 anos, é natural da cidade de Botucatu, em São Paulo, e chegou a proferir gritos contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, em que dizia 'Morte ao Xandão'. Conforme a polícia, pessoas que estavam no local conseguiram apagar as chamas e acionaram o SAMU. O homem foi hospitalizado. Seu estado de saúde não foi divulgado. Junto ao homem, foram encontrados papéis com fotos de Johann Georg Elser, conhecido por ter tentado matar o ditador nazista Adolf Hitler; do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela; e de Claus von Stauffenberg, conhecido por comandar a operação Valquíria, que também tentou assassinar Hitler. Todas vinham acompanhadas da frase 'Perdeu, mané', expressão que o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, usou ao ser abordado em Nova York por um manifestante bolsonarista."
Dito isso, não precisamos associar isso apenas a esfera religiosa. Mas a política e social. Vejamos: 

Ernest Hemingway certa vez escreveu: "O mundo é um lugar bom, e vale a pena lutar por ele". Eu concordo com a segunda parte.
Tanto o serial killer de Seven, quando o homem que ateou fogo em si mesmo, vem de um mesmo ponto. Uma formação religiosa fanática, e digo do segundo, mesmo sem conhecer seu passado pois é assim com muitas pessoas ligadas ao fenômeno do bolsonarismo. Mas as ações deles, também podem ser associadas da seguinte maneira, pois não resistiram a pressão da sociedade.
Nós, especialmente nessa porção do ocidente, seguimos regras e padrões de uma sociedade cristã judaica apostólica romana. O que significa isso? Que nós deveríamos falar e fazer coisas seguindo esse viés cristão, ao qual, nós não alcançamos. Não por sermos maus, mas por termos falhas. O ser humano vai errar, mas esses dogmas - tanto religiosos, quanto sociais - nos exigem as ações mais adequadas. Não matar, e isso não está ligado ao fato da valorização da vida, mas na necessidade de cumprir um mandamento religioso e social.
Ainda assim, muitos descumprem os mandamentos. Um exemplo, adultério e honrar pai e mãe. Então, com pessoas fanática, que se apegam a ideias religiosas como sua maior saída, transformar isso em algo que eles não podem quebrar (ou que outros não podem quebrar) se torna um crime.
Ou seja, o serial killer não queria se matar, pois ele queria completar os pecados. Mas sim por ter quebrado seu padrão de regras religiosas e sociais. Assim como o bolsonarista ateou fogo em si, não por achar estar errado. Mas acreditar que as eleições estavam erradas. E ambas podem ser associadas a atos de fé, mas sabemos que uma parcela da sociedade, mais fanática e interessada que não ocorram mudanças nas pessoas quer isso. E por incrível que pareça, isso acontece em ambos os casos.