terça-feira, 5 de setembro de 2017

O preconceito no mundo nerd


Recentemente, eu fui confrontado com algumas merdas na internet. Nível? Ahhhhh... Elefante, misturado com tarrasque e baleia assassina! Bem recentemente o pessoal ficou meio puto com a atriz que faz Dominó em Deadpool 2. Isso tudo por ela ser negra. Sendo que no original, a mutante é branca. Na verdade, branco pálido. E daí? Vamos relevar... Até ficarem bravos com a atriz Anna Diop pois ela é negra e vai interpretar uma alien laranja! A Estelar de Titãs! LARANJA!  PUTA QUE ME PARIU! PUTAQUEMEPARIU! Nerds são o que? Um bando de neonazistas mal criados, que se chamam como tolerantes, só quando lhes convém? PORRA!
A atriz que fez a Gamora (Zoë Saldaña) em Guardiões da Galáxia interpretou e ninguém falou nada. Agora com a Estelar e a Dominó esta sendo essa putaria louca. Eu acho que isso é uma merda que a cultura nerd esta começando a se tornar de forma muito clara hoje em dia.  Creio que a alien da Marvel, Gamora "como era uma personagem desconhecida o pessoal não falou nada" mas como essas são conhecidas, causou esse rebuliço. A verdade é que essa galera que está fazendo esse hate é um bando de preconceituoso velado.
Isso só não ocorre, quando normalmente personagens não são conhecidos do grande público. Exemplo claro esta em quantas pessoas realmente sabiam que originalmente Nick Fury era branco nos quadrinhos. O mesmo ocorre com Perry White em Homem de Aço.  
As pessoas só souberam quem era Nick Fury MESMO depois que ele apareceu em Homem de Ferro. Pois para aqueles fanboys xiitas o que importa é a merda do super herói deles. Isso vai de cada um, mas essa linha de fãs chatos com questões raciais tá uma merda.
É engraçado, pois por exemplo, isso não esta só restrito as questões raciais. Recentemente as pessoas ficaram todas nervosas quando foi anunciado que Jodie Whitaker seria a Décima Terceira encarnação do Doutor. Isso em Doctor Who. Isso para mim, como fã foi simplesmente uma escolha do showrunner. Nada demais ou de menos. A própria série tá a entender que um Senhor do Tempo de Gallifrey pode se tornar uma mulher. O Décimo Doutor quando se regenerou no Décimo Primeiro (de David Tennant para Matt Smith, para ser mais claro) achou que poderia ser uma mulher. O Mestre, inimigo jurado do Doutor, se tornou Missy, uma mulher. E até mesmo o General, encontrado no The Day of The Doctor e Hell Bent, após morrer se regenerou em uma mulher. Qual o problema do Doutor ser uma MULHER? Os próprios Time Lords dizem que estão acima das convenções simplórias de questões de gênero, ou sentimentos simplórios como amor e ódio. Então...
"Nós somos a civilização mais civilizada do universo" Diz Peter Capaldi, o Décimo Segundo Doctor a companion Bill no episódio World Enough and Time. "Estamos biliões de anos a frente desse obsessão humana com gêneros e sua associação com estereótipos."

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O problema dos direitos autorais

Direitos autorais são algo complicado de se comentar. Mas primeiro, você tem que ter consciência do que estamos falando:
"Direito autoral é um conjunto de prerrogativas conferidas por lei à pessoa física ou jurídica criadora da obra intelectual, para que ela possa gozar dos benefícios morais e patrimoniais resultantes da exploração de suas criações. O direito autoral está regulamentado pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98) e protege as relações entre o criador e quem utiliza suas criações artísticas, literárias ou científicas, tais como textos, livros, pinturas, esculturas, músicas, fotografias etc. Os direitos autorais são divididos, para efeitos legais, em direitos morais e patrimoniais."
Obviamente, isso se refere as leis nacionais, mas é um parametro até mesmo para fora do país.
Em resumo, direitos autorais são aquilo que protegem um autor de ter sua obra usurpada, roubada, furtada ou, na gíria, não levar um "perdeu playboy". Mas muitas vezes, no mundo isso não funciona de maneira tão simples.
Vou usar três exemplos aqui:
Garfield, Calvin & Hobbes e Peanuts
O personagem Garfield, tão famoso pelas mãos de Jim Davis, ficou extremamente famoso. Mas ele vendeu os direitos autorais sobre seu personagem. O que possibilitou a ele ganhar muita grana obviamente devido a essa venda. Porém, praticamente, qualquer um pode fazer o que quiser com o gato laranja. Quer uma prova máxima sobre isso? As piadas de Jim eram inventivas, bem construídas. Quando ganharam as telinhas foram esquecidas e ignoradas de modo tão horrível que... Deus me livre. Assista um filme qualquer do bichano, e reflita: aquele é mesmo o Garfield?
Já Bill Watterson foi o mais esperto dos três citados. Ele não vendeu seus personagens Calvin & Hobbes (Calvin e Haroldo) como Jim. E isso impediu que mexessem em seus personagens de forma desrespeitosa. Fazendo grandes artistas pelo mundo homenagearem a dupla cômica. Detalhe, o autor ainda é extremamente rico, sem precisar forçar piadas ou coisas desse gênero. Sem contar o seguinte, ele já parou de produzir suas histórias alguns anos já! E acredite, rendem uma boa fortuna.
Agora Charlie Schultz, criador de Peanuts (aqui conhecida como A Turma do Charlie Brown) tem um caso bem interessante. Ele não vendeu completamente seus direitos sobre sua obra. A prova, comparando com Garfield, é que mesmo quando foi produzido em desenho animado, o autor colocou seu dedo sobre certos assuntos da obra. Contudo, quando ele morreu, ninguém deveria mexer nos personagens, segundo seus últimos desejos. Ainda assim, um processo deve estar correndo por aí, visto que saiu um filme dos Peanuts.
Falando isso, veja como é complicado um fato: Alan Moore criou para a DC (ou seja, a possuidora e dona dos personagens é ela) a HQ, Watchmen. O motivo é que ele não conseguiu usar os personagens da editora por questões particulares. E agora na saga Renascimento, a DC, a mesma que não permitiu o uso de personagens... Usa Watchmen nessa saga. Tudo bem Alan nem liga. Mas não deixa de ser uma grande falha com o autor. 

domingo, 3 de setembro de 2017

Quem veio primeiro?

Plágios ou cópias são muito difíceis de ser reparados. Pois muitas ideias boas já foram usadas. Já que muitos poderes são parecidos, ou até idênticos. Até mesmo entre os heróis vigilantes. Com algumas exceções, isso também se deve a falta de originalidade dos artistas, sem contar que isso causou processos e algumas piadas. Mas entre esses casos temos. E boa parte é uma comparação entre a DC e a Marvel.

Superman e Capitão Marvel:
Apesar de não ser alien, o Capitão Marvel (hoje em dia mais chamado como SHAZAM), possui quase todos os poderes do Azulão. Com exceção, por exemplo, da visão de raio-X. Ele foi criado em 1940, portanto dois anos depois do Homem de Aço surgir. A DC processou A Fawcett, e anos depois usaria o personagem como membro da sua editora.

Namor e Aquaman:
Aquaman foi criado em novembro de 1941, exatamente dois anos depois de Namor, justamente  por causa do sucesso do Príncipe Submarino. Além de anfíbios, ambos são soberanos da lendária Atlântida.

Homem-Borracha, Homem-Elástico e Senhor Fantástico:
Os três conseguem esticar seus corpos de forma sobrehumana. As vezes, como uma espécie de comédia relativa aos personagens. De qualquer forma, o primeiro a surgir foi o Homem-Borracha (1941), seguido pelo detetive Homem-Elástico (1960), seguido pelo Senhor Fantástico (1961). Lembrando que esse último surgiu devido ao Quarteto Fantástico.

Flash e Mercúrio:
Flash surgiu em 1940, bem antes que Mercúrio, de 1964. Mas os pais de Mercúrio, tanto na ficção quando na realidade são bem mais ilustres. No caso, respectivamente Magneto e Stan Lee & Jack Kirby.

Arqueiro Verde e Gavião Arqueiro:
A ideia de disparar flechas cheias de truques surgiu com o Arqueiro Verde, presso em uma ilha para sobreviver, surgindo em 1941. O agora vingador, Gavião Arqueiro só surgiria mais de 20 anos depois de Oliver Queen, mas como vilão inicialmente.

Homem-Coisa e Monstro do Pântano:
Nesse caso, os dois nasceram em 1971. Mas tinham tudo para dar errado. O primeiro deu mesmo, se tornando personagem de apoio pouco conhecido da Casa das Ideias. Já o Monstro do Pântano passou pelas mão consagradas de Alan Moore, virou cult e até ganho seriado de TV.

Mulher-Maravilha e Glory:
Rob Liefeld é um grande idiota! Ele criou a personagem Glory em 1992. Contudo, ela tem as mesmas características da Mulher-Maravilha, criada em 1941. Sem contar que suas falhas como roteirista são enormes.

Darkseid e Thanos:
O deus e líder de Apokolips se mostrou como vilão nas revistas de Jimmy Olsen em 1970. Sendo que não muito tempo depois, mais precisamente em 1973, o titã louco Thanos, surgiria na Marvel. Tanto que ambos possuem inspiração em mitos antigos em parte de sua história (o primeiro na católica e o segundo na grega).

Dr. Estranho e Sr. Destino:
Ambos os místicos mais poderosos do mundo, mas com datas de criação bem diferentes. Doutor Destino surgiu em 1940, sendo um dos membros fundadores de algumas das equipes de heróis. Senhor Estranho, já surgiria vários anos depois.

Deadpool e Deathstroke:
Esse é bem claro, mas é bom explicar: Deadpool é uma clara paródia a Deathstroke. Tanto que o anti-herói Wade Wilson, tem seu nome inspirado no vilão com o nome de Slade Wilson. Afinal, o mercenário tagarela sempre faz piada com tudo! Sendo que Death veio em 1980 e Dead surgiu em 1991.

Vespa e Bumblebee:
Esse, por incrível que pareça, a DC copiou a Marvel.  Enquanto a Vespa surgiu em 1963, já Bumblebee surgiu em 1973.

sábado, 2 de setembro de 2017

Lucifer: uma série ruim para um diabo!

"As escolhas são suas querida."
-Lúcifer
Eu tentei dar uma chance para a segunda temporada. Mas por Deus (sim, dessa vez eu clamo mais a Ele do que NUNCA!) existem alguns fatores nessa série que não tem como eu chegar e falar "essa é uma boa série" ou "essa série é original". Ela é muito ruim, no naipe de outras séries baseadas em quadrinhos de qualidade duvidosa. SIM! Essa série é baseada em histórias em quadrinhos! E pior: é baseada em um personagem da Vertigo, criado por Neil Gaiman! O que esse povo faz com as séries hoje em dia... Mas vamos ver essa série infernal. E não é um "infernal" bom!

"Lúcifer Estrela-da-Manhã... É um nome artístico?"
-Chloe Dancer
Lucifer, entediado e infeliz como o Senhor do Inferno, renuncia o seu trono e abandona o seu reino para ir para a cintilante loucura de Los Angeles, onde ele vai ajudar a polícia local a punir os criminosos.
O elenco conta também com a detetive de homicídios da LAPD, Chloe Dancer, que sente tanto repulsa quanto fascínio por Lucifer; Maze, um demônio feroz que toma a forma humana de uma mulher e que é a melhor amiga de Lucifer; Dan, um detetive de homicídios da LAPD bastante desconfiado de Lucifer; Amenadiel, um anjo enviado para Los Angeles para convencer Lúcifer a voltar para o Inferno; Linda, a terapeuta de Lucifer.
Lucifer é baseado nos quadrinhos do selo Vertigo (uma divisão adulta da DC Comics). O personagem participa ativamente da narrativa Estação das Brumas de Sandman, do escritor Neil Gaiman, na qual ele deixa a chave do Inferno com Sonho dos Perpétuos. A série é uma produção da Warner Bros. TV, DC Comics e Jerry Bruckheimer Television.

"A sua volta ao submundo foi requisitada."
-Amenadiel
Eu assisti a primeira temporada. Saltando entre episódios, literalmente! O negócio é muito ruim. Motivo? Vamos por partes:
A série deveria ser uma ideia de como Lúcifer (não o baseado na história bíblica, mas sim o das HQs) foi parar em Los Angeles, ou como ele vive por lá. Sem contar suas "aventuras", por assim dizer. Contudo, fica BEM LONGE disso. O Lucifer interpretado por Tom Ellis não é ruim. Mas sua interpretação esta anos-luz de distância do famoso Estrela-da-Manhã. Não temos um anjo caído, inteligente, sombrio e calculista. Nós temos um anti-herói, sagaz, cheio de taras e que parece querer participar sempre em uma rave! No trailer da terceira temporada, ele joga chantilly em duas garotas. Eu fiquei pensando que poderia ser uma sátira, mas aquilo NEM A PAU seria o personagem que conheço das histórias escritas pelo mestre, Neil Gaiman. Em determinado momento de Sandman, ele diz que não é culpado pelas falhas da humanidade, ele demonstra em suas histórias próprias, que é superior. E dá para acreditar nisso. Só que na série, ele não exibe esse poder, ao menos em suas atitudes. Ele adora a humanidade, e se não gosta, finge muito bem! Entrando em orgias e por ai vai... Algo tão humano e simplista.
Ok. Você esta me chamando de fanboy e que só não curti a série, pois sou um leitor ferrenho de quadrinhos? Que eu acho ela pior que Arrow, pois não é 100% fiel a HQ? Acontece que primeiro, ser idêntico é impossível, pois ninguém é perfeito.
Mas vamos jogar o seu jogo. Vamos ver a série como uma pessoa que só esta criticando a série.
Por onde começo... A história é bem fraca. Parece usar recursos visuais parecidos com o da série Sobrenatural. Mesmo assim, a série dos irmãos Winchesters tem um ponto a seu favor: mesmo com mais de dez temporadas, o elemento medo ainda funciona bem. Assista um episódio das duas séries nas últimas temporadas, que não seja começo nem final de temporada. Compare e veja. A história dos caçadores é de longe melhor que a do anjo caído, pois ainda é possível sentir medo! E como disse, a primeira já esta se estendendo demais!
Ai vemos questões como enredo... Por que cacetadas Lúcifer ligaria para uma merda de humanos supérfluos, sendo ele um ser tão foda!? Sério. Quando ele entra em contato direto com humanos nas histórias ele faz isso, ou por que esse ser tem algo que ele quer, ou por uma BAITA coincidência ruim. Nem mais, nem menos. Mas como disse não vou avaliar isso como uma HQ. E sim como uma série. De qualquer forma a pergunta persiste: se eu fosse um cara que fez "beijinho no ombro" para Deus, que mandou o Inferno para... O quinto dos infernos, então qual a minha preocupação com um bando de macacos pelados? Ele deveria só estar na Terra para ficar sossegado. E não é bem assim que o pessoal faz com ele ali na série.
Sem contar que a história faz um estilo de que misturaria a vida policial com o misticismo. Mas que não encaixa. Sabe, você vê séries como Sherlock, onde o enredo é antigo, mas se funde tão perfeitamente com o modernismo. Podemos assistir Monk e Psy, e mesmo com um grande número de piadas em ambas as obras eu ainda consigo não me sentir desrespeitado ao assistir elas. Pois o negócio é bem feito. Nada bizarro é feito nelas e dá muito certo. Usa pouco, mas faz muito. Mas com Lucifer... É tão infantil, se compararmos com a personagem bíblica que usaram para essa história.
O que mais me deixa furioso é: cancelaram Constantine, que também era uma série adaptada de uma HQ. Sendo que essa SIM estava indo pelo caminho das revistas (mais para Novos 52), e que tinha um roteiro mais interessante. Por qual motivo não cancelaram esse pedaço de enxofre de série chamada Lucifer?

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Sandman, o Mestre dos Sonhos



“O preço que se paga para conseguir o que se quer, é conseguir o que se queria.” 
–Sonho.
Em 1988, Sandman ganharia uma cara nova cara pelas mão do inglês Neil Gaiman. Ele já tinha feito um excelente trabalho com a personagem Orquídea Negra a revitalizando. E reestruturou esse personagem também. Para começo de conversa ele não seria mais um herói. Na verdade, seria um ser bem diferente pela sua nova história de criação. Com pele pálida, um visual mais próximo de roqueiro, ao estilo de Robert Smith do The Cure. Sem contar que como era o mestre do plano dos sonhos seria mais misterioso. Em resumo: ele não seria mais um aventureiro. Ele é o próprio Sonho. Um quadrinho com temática mais voltada para os adultos.
Ele, mesmo sendo da DC, na verdade é do selo adulto da editora chamada Vertigo. Então imagina como ele deve ser.
Muitas vezes, o próprio Sonho encontra com os antigos Sandmans, mas ai seria muito spoiler.

“É apenas isto: se você vai ser humano, tem um monte de coisas no pacote. Olhos, um coração, dias e vida. Mas são os momentos que iluminam tudo. O tempo que você não nota que está passando… é isso que faz o resto valer.”
-Morte
Sandman nessa história seria um dos membros de uma família bem peculiar e diferente: os Perpétuos ou Sem-Fim. Seres superiores aos deuses. São compostos por Morte, Desejo, Delírio, Destino, Desespero, Destruição e Sonho. Como pode notar, boa parte deles começa com D, mas isso só em português. Em inglês temos Dream (Sonho) e Death (Morte). Muitas de suas histórias ocorrem por conta de desavenças ou contato entre ele e seus irmãos.
Ele é tratado por vários nomes: Mestre dos Sonhos, Lorde Morpheus, Sonho, Kai'ckul, Oneiros, Lorde Moldador, entre tantos outros nomes. Um grupo de místicos liderados por Roderick Burgess aprisiona o personagem em 1916, dentro de uma redoma transparente. Na verdade, eles queriam sua irmã, pois assim poderiam obter a imortalidade. Depois de um longo tempo aprisionado, ele se libera e descobre que seu mundo (O Sonhar) ficou uma bagunça. Sem contar que seus itens roubados, quando foi preso, foram espalhados pelo mundo. Sua algibeira, com areia dos sonhos, estava entre as posses de John Constantine. Seu elmo foi entregue a um demônio, o que lhe fará ter que lidar com o próprio Lucífer. Por último, ele terá que combater Doutor Destino para conseguir de volta o seu rubi, um vilão da DC.
Um fato engraçado é que dependendo de onde a pessoa que vê Sonho, o enxerga ele de um modo diferente. Um grego, por exemplo vê ele como uma figura mística de seu povo. Agora um alien, pode o encarar como um ser bem diferente em forma de um crânio flamejante. Lembrando que esse sim, tem mais relação com o conto clássico de Sandman. Ao qual tem uma algibeira com areia, e ela faria as pessoas dormissem através desse item. Sem contar que no Sonhar, existem livros diversos, que jamais foram escritos!
O Sandman de Gaiman é uma entidade, superior aos deuses. Mesmo por que, na verdade, ninguém roga para ele. Assim como seus irmãos. Ele é um personagem nobre, até mesmo bem responsável, mas um teor trágico, com ares de melancolia o rodeiam. Alguns o enxergam como alguém insensível, mas é que ele tenta ser mais racional do que emocional. O que nem sempre dá certo com ele.
Ele brinca com lendas, misticismo, e conceitos morais atuais (até os dias de hoje), como nunca antes foi tratado. Passando por conceitos de cultura oriental ligada aos sonhos, o Inferno, os reinos de cada um dos Perpétuos, reinos antigos, entre tantas outras coisas.



“É o mistério que permanece. Não a explicação”.
-Neil Gaiman
Isso é só o começo, pois ele teria 75 edições sobre o personagem, sem contar as edições falando sobre outros personagens desse universo. Entre os personagens criados para essa saga temos Tessalíada, Pumpkinhead, Cártago, os Perpétuos, Lúcifer Estrela-da-Manhã, Caim e Abel, entre outros. Com participações da DC como o Caçador de Marte, Senhor Milagre, Etrigan, Superman, Batman, citações aos Lanternas Verdes. Sem contar as personalidades reais ou fictícias que surgem pela história como William Shakespeare, Joshua Norton o Último Imperador dos Estados Unidos, deuses gregos, lendas antigas, personagens de textos clássicos ocidentais e orientais.
Os arco são: Prelúdios e Noturnos; A Casa de Bonecas; Terra dos Sonhos; Estação da Brumas; Espelhos Distantes; Um Jogo de Você; Vidas Breves; Fim dos Mundos; Entes Queridos; e Despertar. Sem contar as histórias de alguns personagens que se ramificaram da saga principal, como Morte, Destino, Foxglove, entre tantas outras. E não podemos esquecer de Sandman Prelúdio, que conta as histórias anteriores a saga principal.