quinta-feira, 15 de agosto de 2024

J.K. Rowling "desenhou" ela em Harry Potter... Como Voldemort!

Ah, o subconsciente de uma pessoa. Pode "desenhar" mentalmente as coisas que talvez alguns autores não tenham consciência em suas obras. Parece estranho, mas vai surgindo de forma tão sútil, que na verdade fica escancarado quando notamos certas coisas.
Um exemplo é C.S. Lewis. Que foi, por grande parte da vida, assumidamente um ateu com tendências freudianas, principalmente após sua participação na I Guerra Mundial. Mas Lewis se tornou membro da igreja anglicana e permaneceu nela até sua morte. A prova de sua religiosidade, é a questão referente a uma personagem de Nárnia.
No volume final de Nárnia, em A Última Batalha, a aventura dos quatro chega ao fim quando Aslam decreta o fim do reino mágico, fazendo as estrelas descerem do céu e o sol se apagar. Assim, todos os humanos e criaturas boas e fiéis ao leão vão para o paraíso conhecido como País de Aslam. Exceto por Susana, que havia se esquecido de Nárnia por causa de coisas materiais. Ao fim da saga, Susana é descrita como não sendo mais “amiga de Nárnia” e que agora se “interessa apenas em nylon, batons e convites para festa”. Demonstrando o conservadorismo do autor, após se converter. Algo diferente de J.R.R. Tolkien, seu amigo.
Falando no autor de O Senhor dos Anéis, O Hobbit e Silmarillion, entrando mais no tema desse texto, se considerava parecido com dois personagens: algum hobbit e Faramir. Os hobbits, pelo escritor, eram a definição de como ele próprio vivia, de forma simples e bem humorada no interior, sem preocupações, mas desejosos de aventuras diversas que liam em livros. Já Faramir, era um soldado, mas que não se orgulhava da morte de outros, apenas para defender sua nação e família. Assim como o próprio Tolkien e seu filho, que eram soldados na Primeira e Segunda Guerra Mundial. Há até a frase, "Não amo a espada brilhante por sua agudeza, nem a flecha por sua rapidez, nem o guerreiro por sua glória. Só amo aquilo que eles defendem", dita pelo filho de Denethor, regente de Gondor e irmão de Boromir.
Até mesmo, autores atuais tem essa relação de personagem atualmente. Stephanie Mayer, escritora da saga Crepúsculo, se utiliza da personagem Bella, talvez como um avatar de desejo para sua vida. Quando o filme saiu, ao conhecer Robert Pattison (que fazia o vampiro, Edward Cullen), foi tão perturbado a autora incomodou tanto ele, que o fez odiar aquele personagem. Seu maior sucesso, incomoda o próprio intérprete, pela "fantasia" da criadora. Só lembrando que a protagonista é disputada por esse ser das trevas e um lobisomem.
Então vemos autores, que se ligam a obra, como pensam sobre certos assuntos, seja religião, opinião e outras coisas. E muitas vezes, isso pode ocorrer através de personagens, que representam suas ideologias e até fantasias, como dito antes. E se na verdade, esses personagens projetassem algo ruim do autor, de forma - como escrito no começo desse texto - subconscientemente? É o que pretendo tratar nesse texto. O que quero mostrar é que, mesmo não gostando dela, acho sim uma mulher inteligente, entretanto, isso não tira seus preconceitos.
J.K. Rowling é conhecida por suas falas transfóbicas, especialmente nos últimos anos. Rowling deve diversos episódios em que dizia que mulheres trans não eram mulheres de verdade. Em Hogwarts Legacy, temos a personagem Sironia Ryan que trabalha no pub 3 Vassouras. Irônico, não é? Sem contar que em inglês, o pronome de tratamento dela é "sir", usado para homens. E quando a dublaram, eles colocaram um homem para a fazer.
O único personagem do Leste Asiático, que temos contato direto é Cho Chang. Cho nem é nome, mas sobrenome coreano. E Chang é um sobrenome chinês. É como se unisse Sousa e Silva. Simas Finnigan é um personagem irlandês. Ele é conhecido por sua propensão em explodir as coisas e transformar água em alcool. Lembrando que a Irlanda, que nunca quis se anexar no Reino Unido, tem um histórico em combates contra a Inglaterra. Com o uso de bombas. E o povo irlandês, é conhecido por beber muito, pela visão mais preconceituosa dos ingleses.
Quando ela foi confrontada por ter poucos personagens judeus ela deu o seguinte nome no Twitter: Anthony Goldstein, Ravenclaw, bruxo judeu. E seu nome se associa a ouro, relembrando a ideia preconceituosa de que judeus são mão-de-vaca e só pensam em dinheiro. 
O único personagem adulto e negro conhecido Kingsley Shacklebolt, que pode se traduzir como correntes ou chibatas seu sobrenome. Ambas as palavras podendo ser ligadas a punições no período de escravidão.
Tudo isso, e muito mais, já escrevi em textos contra a autora. Entretanto, aqui vai minha afirmação polêmica: ela se "desenhou" na obra, como Voldemort. Compreenda que é Voldemort, um garoto comum, mas mestiço de bruxo com trouxas (os humanos sem poderes) que começa uma revolta contra a sociedade mágica, por ser contra os mundanos. Algumas de suas primeiras atividades incluíram a abertura da Câmara Secreta de Salazar Slytherin e o uso de seu monstro para atacar estudantes nascidos trouxas. Ele sabia usar a língua das cobras, que pode ser visto como algo maligno (serpentes, seres rastejantes e traiçoeiros, segundo a crença popular), ele só aceita ao seu lado, etnocêntricos e eugenistas (como a família Malfoy ou Bellatrix Lestrange), comensais da morte e criaturas das trevas. E mesmo saindo de origem humilde, pelo menos quando não sabia sobre seu legado familiar, ele cresce como o Lorde das Trevas.
Notaram? J.K. Rowling é a amiga de Sarah Blair, irmã do antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair. Os três são conservadores ferrenhos que são contra homossexuais, estrangeiros, entre outras minorias. Ela veio de uma família humilde e cresceu ao ponto de ser um ponto a se considerar mundialmente, como o Lorde das Trevas. E mesmo que sua obra seja contra o bullying, nota-se que isso se refere mais AOS LIVROS, já que uma coisa que "valentões" fazem é se ligar a outras pessoas cruéis. Te fazerem as pessoas alvo de assédio, temerem seu nome ou até de o pronunciar.

sábado, 10 de agosto de 2024

Machismo em nerdolas que assistem o UCM? Imagina...

No primeiro lado, vemos uma cena de She-Hulk (Mulher-Hulk). Nela temos Jennifer, a prima do Hulk, depois de conquistar seus poderes como seu parente, ao lado do Demolidor. Ela faz uma crítica ao UCM (Universo Cinematográfico Marvel) nesse quadro. E os fãs da Marvel, assim como no meme, ficaram chateados com isso.
Em seguida, temos a cena de Wolverine e Deadpool, onde o personagem de vermelho (Wade Wilson, um mercenário que também quebra a quarta parede), também fala que está em uma fase ruim. Ironicamente, todo mundo riu dos fãs da Marvel.
E aí podemos ver como a fandom é chata e machista. Já que os marvetes, ou apenas os nerdolas, sempre odeiam figuras femininas em séries ou filmes.
"Mas Luis, o seriado era com gráficos ruins, com piadas ruins e história ruim". Será?
Vamos lá. Também, na série, a personagem da She-Hulk dança com a rapper, cantora e dançarina, Megan Thee Stallion. E foi odiada a cena. Já no caso, Deadpool começa o filme dançando a música Bye bye bye do N'Sync. Que convenhamos, muitos falavam que você seria gay por curtir essa música, nos anos 2000. E um dos membros dessa banda é o Justin Timberlake, que além de nunca ter sido "punido" pela mídia por deixar a Janet Jackson sem o sutiã no Super Bowl, é um cara reclamava de outras figuras por entrarem nas drogas e bebidas... E foi preso algum tempo atrás por dirigir alcoolizado.
Muita gente poderia dizer que isso não é obrigação de ninguém saber. Só que não, afinal, vocês descobriram que as músicas do filme são do N'Sync e da Madonna, que tem mais significado no filme!

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

A Turma do Dudão é um surto evangélico estranho...

Esse é um dos grandes motivos de ir contra obras vindo de direita ou neopentecostais, (Podemos sim, colocar algumas obras de cunho católico. Em resumo, poderia colocar aqui diversas publicações de origem cristã, no geral) pois há quase sempre uma questão preconceituosa dentro. Elas são normalmente preconceituosas com relação a outras religiões. Mas notamos que não fica apenas nisso.
Em 1992, o então pastor de uma igreja evangélica do Rio de Janeiro, Eduardo Samuel da Silva, pensou em um formato além da igreja para evangelizar crianças. A resposta veio na forma de um gibi. Ele se uniu ao irmão, o desenhista Jairo Alves da Silva, que tinha uma pequena empresa, e um funcionário, Joel Duarte, para levar o projeto adiante.
A história por trás dos quadrinhos do Dudão tem como cenário um bairro brasileiro no Rio de Janeiro, com foco em um grupo de crianças. O personagem principal, Dudão, é um menino cristão que sempre ensina aos amigos o que é certo e o que é errado, embora seja frequentemente intimidado por causa do peso. Todos os outros personagens também são ridicularizados devido a uma característica ou outra neles.
É meio bizarro que o protagonista, é alvo de bullying devido ao seu peso, mas há mensagens cruéis, por parte dele também. Tratando sobre uma visão racista numa HQ. Independente se era algo artesanal quase.
 

sábado, 3 de agosto de 2024

Momentos de incentivo a histórias em quadrinhos nacionais

Em meados dos Anos 70, a Editora Abril parecia disposta a investir em quadrinhos nacionais, e em determinado momento – mais especificamente 1975 – publicou seis títulos de forma simultânea. Mônica e Cebolinha já estavam lá, onde Mauricio de Sousa atingia uma tiragem média de 500.000 tiragens com os dois títulos. Em 1974, a publicação da CRÁS foi um verdadeiro marco dos nossos quadrinhos, onde alguns dos grandes artistas brasileiros produziram histórias e personagens até hoje marcantes. Jayme Cortêz, Walmir Amaral, Igayara, Paulo José, Herrero, Canini, Miguel Paiva, e tantos outros talentos desfilavam pela publicação. Um dos mais queridos personagens da CRÁS – Satanésio, de Ruy Perotti – ganhava revista própria em junho de 75. Um mês depois, a genial Turma do Pererê, de Ziraldo, retornava às bancas. Em agosto, outro velho conhecido do público estreava pela Abril: o palhaço Sacarrolha, imortal criação de Primaggio Mantovi. A Abril se orgulhava disto, o que podia ser visto até em publicações de outras linhas, como nas revistas Placar e Pop. A Pop estampou essa maravilhosa divulgação em uma de suas edições: Essa onda também é nossa! E lá estão Sacarrolha (de Primaggio Mantovi), Galileu, Pererê e Moacir (de Ziraldo), Mônica e Cebolinha (de Mauricio de Sousa),e Satanésio (de Ruy Perotti).

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Cosplay é barato?

Recentemente, ocorreu uns comentários na internet, sobre o traje da Mulher-Gavião, que irá aparecer no novo filme da DC Comics. Para quem não sabe, com a nova adaptação dos personagens, por James Gunn, haverá personagens repaginados com os novos longas. E compararam a qualidade do traje do uniforme dela com o de um cosplay.
Que um cosplay "feito com dinheiro de pão", estaria melhor que o de uma grande produção de Hollywood. Bem, quem quer que seja, não deve ter noção nenhuma. 
Vamos por parte: o filme está sendo produzindo por James Gunn. O responsável pelos dois primeiros filmes em live-action de Scooby-Doo, os três de Guardiões da Galáxia (Marvel Comics) e O Esquadrão Suicida (DC Comics, que foi o segundo e melhor filme dessa franquia descontinuada pelo mesmo), e até mesmo uma série derivada, que foi um sucesso com um ex-WWE, John Cena, como protagonista. Recomendo que assistam Pacificador. Ou seja, no mínimo, vai sair algo com qualidade!
Agora, sobre a comparação com cosplay, a pessoa não sabe nada sobre filmes, mas também sobre essa arte e hobby. Primeiro, em comparação aos filmes, esses trajes não são feitos para corrida, combate ou qualquer outra coisa. Note que cosplayers só fazem poses, normalmente em eventos ou divulgação, nada como filmagens complexas. Pois muitos dos que são mais complexos, usam papelão ou outros tipos de cobertura mais frágil para isso. Numa gravação, é necessário que os itens e roupas resistam, pois haverá ação. Ou quer um filme de heróis, ou só de ação... Sem ação?
E "feito com dinheiro de pão"? Cara, eu vou dar um exemplo meu: eu pretendo fazer um cosplay. E só nessa brincadeira eu creio que vou gastar mais de 300 R$. Imagina quem faz trabalhos em papercraft, que faz réplicas de madeira pois não pode entrar em evento com algo de metal. Ou ainda, quando a pessoa compra uma impressora 3D, para montar seu traje. Falar sobre cosplays sendo algo barato, já que os trajes de filme são caros, é um crime. Pois ambos custam demais, mas com funções completamente diferentes dentro de seus parâmetros.