segunda-feira, 5 de agosto de 2024

A Turma do Dudão é um surto evangélico estranho...

Esse é um dos grandes motivos de ir contra obras vindo de direita ou neopentecostais, (Podemos sim, colocar algumas obras de cunho católico. Em resumo, poderia colocar aqui diversas publicações de origem cristã, no geral) pois há quase sempre uma questão preconceituosa dentro. Elas são normalmente preconceituosas com relação a outras religiões. Mas notamos que não fica apenas nisso.
Em 1992, o então pastor de uma igreja evangélica do Rio de Janeiro, Eduardo Samuel da Silva, pensou em um formato além da igreja para evangelizar crianças. A resposta veio na forma de um gibi. Ele se uniu ao irmão, o desenhista Jairo Alves da Silva, que tinha uma pequena empresa, e um funcionário, Joel Duarte, para levar o projeto adiante.
A história por trás dos quadrinhos do Dudão tem como cenário um bairro brasileiro no Rio de Janeiro, com foco em um grupo de crianças. O personagem principal, Dudão, é um menino cristão que sempre ensina aos amigos o que é certo e o que é errado, embora seja frequentemente intimidado por causa do peso. Todos os outros personagens também são ridicularizados devido a uma característica ou outra neles.
É meio bizarro que o protagonista, é alvo de bullying devido ao seu peso, mas há mensagens cruéis, por parte dele também. Tratando sobre uma visão racista numa HQ. Independente se era algo artesanal quase.
 

sábado, 3 de agosto de 2024

Momentos de incentivo a histórias em quadrinhos nacionais

Em meados dos Anos 70, a Editora Abril parecia disposta a investir em quadrinhos nacionais, e em determinado momento – mais especificamente 1975 – publicou seis títulos de forma simultânea. Mônica e Cebolinha já estavam lá, onde Mauricio de Sousa atingia uma tiragem média de 500.000 tiragens com os dois títulos. Em 1974, a publicação da CRÁS foi um verdadeiro marco dos nossos quadrinhos, onde alguns dos grandes artistas brasileiros produziram histórias e personagens até hoje marcantes. Jayme Cortêz, Walmir Amaral, Igayara, Paulo José, Herrero, Canini, Miguel Paiva, e tantos outros talentos desfilavam pela publicação. Um dos mais queridos personagens da CRÁS – Satanésio, de Ruy Perotti – ganhava revista própria em junho de 75. Um mês depois, a genial Turma do Pererê, de Ziraldo, retornava às bancas. Em agosto, outro velho conhecido do público estreava pela Abril: o palhaço Sacarrolha, imortal criação de Primaggio Mantovi. A Abril se orgulhava disto, o que podia ser visto até em publicações de outras linhas, como nas revistas Placar e Pop. A Pop estampou essa maravilhosa divulgação em uma de suas edições: Essa onda também é nossa! E lá estão Sacarrolha (de Primaggio Mantovi), Galileu, Pererê e Moacir (de Ziraldo), Mônica e Cebolinha (de Mauricio de Sousa),e Satanésio (de Ruy Perotti).

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Cosplay é barato?

Recentemente, ocorreu uns comentários na internet, sobre o traje da Mulher-Gavião, que irá aparecer no novo filme da DC Comics. Para quem não sabe, com a nova adaptação dos personagens, por James Gunn, haverá personagens repaginados com os novos longas. E compararam a qualidade do traje do uniforme dela com o de um cosplay.
Que um cosplay "feito com dinheiro de pão", estaria melhor que o de uma grande produção de Hollywood. Bem, quem quer que seja, não deve ter noção nenhuma. 
Vamos por parte: o filme está sendo produzindo por James Gunn. O responsável pelos dois primeiros filmes em live-action de Scooby-Doo, os três de Guardiões da Galáxia (Marvel Comics) e O Esquadrão Suicida (DC Comics, que foi o segundo e melhor filme dessa franquia descontinuada pelo mesmo), e até mesmo uma série derivada, que foi um sucesso com um ex-WWE, John Cena, como protagonista. Recomendo que assistam Pacificador. Ou seja, no mínimo, vai sair algo com qualidade!
Agora, sobre a comparação com cosplay, a pessoa não sabe nada sobre filmes, mas também sobre essa arte e hobby. Primeiro, em comparação aos filmes, esses trajes não são feitos para corrida, combate ou qualquer outra coisa. Note que cosplayers só fazem poses, normalmente em eventos ou divulgação, nada como filmagens complexas. Pois muitos dos que são mais complexos, usam papelão ou outros tipos de cobertura mais frágil para isso. Numa gravação, é necessário que os itens e roupas resistam, pois haverá ação. Ou quer um filme de heróis, ou só de ação... Sem ação?
E "feito com dinheiro de pão"? Cara, eu vou dar um exemplo meu: eu pretendo fazer um cosplay. E só nessa brincadeira eu creio que vou gastar mais de 300 R$. Imagina quem faz trabalhos em papercraft, que faz réplicas de madeira pois não pode entrar em evento com algo de metal. Ou ainda, quando a pessoa compra uma impressora 3D, para montar seu traje. Falar sobre cosplays sendo algo barato, já que os trajes de filme são caros, é um crime. Pois ambos custam demais, mas com funções completamente diferentes dentro de seus parâmetros.

terça-feira, 30 de julho de 2024

A diferença entre Anime Friends e Festival do Japão

Uma coisa que eu estava pensando nos últimos anos, é o quanto certos eventos são caros demais, por algo que nem sempre é tão legal. Vamos lá.
Recentemente, ocorreram no mês de Julho de 2024, dois eventos. O Festival do Japão, mais no começo do mês, e o Anime Friends, no meio. Agora, passado ambos os eventos, eu devo confessar que só fui ao Festival do Japão. O motivo, comento depois. Mas comprei algumas coisas, participei de alguns eventos lá dentro. Sempre vejo pessoas famosas. Esse ano encontrei Hiro e Yoshi Itice, dois grandes ilustradores que participaram de produções dos estúdios Maurício de Sousa. Ano passado encontrei o Spyked e o Guto da Cronosfera, que é um cara bacana na área de mangás, animes e cultura nerd em geral.
É óbvio, que no Anime Friends, os convidados que vem são muitas vezes, mais conhecidos dentro do nicho nerd e otaku: bandas de j-pop, j-rock, anime songs e k-pop, atores de tokusatsu antigos e dubladores brasileiros mais valorizados hoje em dia. E isso é muito bacana, pois os eventos assim antes nem eram tão valorizados. Entretanto, algo que aconteceu foi o quanto os valores ficaram extremamente altos, para um evento que nem sempre gostamos.
Um exemplo, as vendas dos produtos dentro do Festival do Japão são bem justas. Comprei muita coisa com menos de 150,00 R$, entretanto com esse mesmo valor, da época em que ia no Anime Friends, isso era pouco. O motivo? Valores abusivos muitas vezes. Isso sem contar do ingresso.
No Festival do Japão, o ingresso inteiro mais alto era o de 39,00 R$, com meia de 15,00 R$. Já a entrada do Anime Friend, a meia, era de 160,00 R$. Ou seja, ele privilegia quem tem muito mais grana. E nem sempre, o que tem no segundo é tão bom. Quantas vezes as pessoas levavam produtos consigo para comer lá, pois não tinha nada barato ou de qualidade por lá. Lembro até hoje das filas enormes de yakissoba. Mas parece que explicar isso, nem sempre tem um bom resultado.

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Andrea A Repórter

Poucos conhecem essa HQ que teve a arte de Aluir Amâncio. Vou aqui colocar mais um de seus trabalhos: Andrea, A Repórter.
Segundo o que se fala era uma história mais próxima da linguagem da época. Seria cheia de energia a personagem, que traria personagens bem humorados, com traços únicos. 
Andrea seria uma repórter da revista Arquivo. Há uma página, de uma edição, que há Peter Parker, Hebe, Falcão, Faustão, Clark Kent, Jô Soares e Tarcisio Meira… algumas “participações especiais”. Até o presidente da época (Collor) teve uma pontinha
Foram lançadas apenas 3 edições (pelo que se saiba, pois nunca surgiu para muito a #04) pela Editora Abril em 1991. Era algo diferente pra muitos naquela época. Eram desenhos extremamente agradáveis aos olhos.
Andrea, A Repórter, apareceu nas bancas para atender a demanda dos adolescentes que não se identificavam mais com os personagens infantis, mas queriam continuar lendo quadrinhos.  Uma transição complicada que o mercado custou a perceber ou resolver.
Com o traço de Aluir Amâncio, responsável, entre outras coisas pela turma da Tina nos Estúdios Maurício de Sousa. Amâncio que desenharia para os quadrinhos Disney, Xuxa e outros, alcançava aí seu próprio título.
Um traço belíssimo e umas histórias envolventes de aventura, humor e um pouco de romance. Pena que tenha durado apenas três números, mesmo com tanto capricho.
Após três décadas, Andréa, A Repórter, ainda é uma das raras super heroínas 100% brasileiras a estrelar sua própria revista em quadrinhos para um público não infantil.