sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

"Legal, mas você sabe que ele é o vilão?" - Parte 2: Kira sempre foi o vilão

O poder corrompe. É isso que você fala quando se trata de Death Note, se não protege Light Yagami (Raito Yagami ou Kira mesmo) por amar sua ideologia. Entretanto, em uma análise bem criteriosa, ele sempre foi o vilão. Mesmo sendo o protagonista.
Analisemos o começo de Death Note, no mangá e anime. Ambos, Light e Ryuk (o deus da morte/shinigami que lhe concedeu o caderno) estavam entediados. E encontram um no outro, uma forma de quebrar esse tédio. Não só pelo poder de mudar e melhorar o mundo, mas para passar essa fase horrível do mundo. Eles queriam sim, tentar fazer algo para se sentirem bem. Tanto que Kira gosta da briga de gato e rato contra L.
Mas vejamos como Kira trata as mulheres. Light é um grande machista em boa parte da obra. O tratamento que ele dá a Misa Amane (também chamada de Misa Misa), se iguala, ou é pior que Arlequina e Coringa. Mas nesse segundo caso, há na personagem da DC uma personalidade própria, que mesmo associada ao Palhaço do Crime consegue ser inteligente e com um carisma próprio. 
E não só com ela, com a antiga colega da época de escola que a usa como peça em seu jogo. Ou até cogita em matar a própria irmã em um determinado ponto. Note que ele não faz isso, por exemplo, com seu pai. Um dos líderes da investigação contra Kira!
Vamos a sua morte. Diferente de L, que morre de uma maneira quase poética, os momentos antes da morte de Kira são uma pura tortura contra ele. Ele acaba entregando a si e seu comparsa, e o força a se revelar alguém parecido com um criminoso. O que na verdade... ELE SEMPRE FOI! E pior, estava estampado em que ele era. 
Percebam: Kira seria uma leitura em japonês da palavra, Killer, ou seja Assassino ou Matador. O termo é sempre usado para designar, na nossa sociedade atual um criminoso que comete o crime de homícidio. E mesmo que ele use o termo de "deus de um novo mundo", isso só demonstra o quão cruel ele é. Quando pensamos em Death Note, nós associamos ao deus cristão, entretanto, notem que ele é um anime. Uma arte oriental. Que não se associa diretamente ao cristianismo católico apostólico romano. Tem suas próprias divindades (xintoístas, budistas e outras), além de em muitas mídias usar divindades gregas e germânicas, por exemplo. De qualquer forma, mesmo que seja o Deus que aparece na Bíblia, ele também era um genocida. Vide o Antigo testamento.
Então, chegamos a sua contraparte, L. Ele quer pegar Kira, não só por um cara desses ferir seu ego como detetive profissional internacional, mas por conta que ele acredita que ninguém é acima da Lei. Ou seja, enquanto Kira se coloca acima de todos se auto-intitulando "deus de um novo mundo", L quer servir a humanidade. Possibilitando a ela sua liberdade de escolha. Coisa que Light não permitia, já que coagia as pessoas a não cometer crimes, ao invés de os instruir na bondade.
Enfim, Kira jamais foi um herói. Ele era um jovem pretenso e pseudo-defensor das verdades sobre como lidar com o crime, entretanto, agia como os criminosos que sentenciava a morte.


sábado, 9 de janeiro de 2021

"Legal, mas você sabe que ele é o vilão?" - Parte 1: Protagonista

Recentemente, eu estava notando que muitas pessoas acompanhavam o final de Attack on Titan (Shingeki no Kiyojin). E a obra tem sim seu charme que nos traz muita coisa boa. Entretanto, eu tenho que ser o cara chato para comentar que algo me incomodou. Muitas pessoas falavam "Eren está certo", sendo que ele se torna praticamente um ditador. É engraçado que um cara como eu use uma camiseta do Magneto e fale isso agora, mas eu fiquei anos falando que Erik Magnus era de uma área cinza. Nunca o chamei de vilão. E ai está, até muito jovem eu tinha noções ao menos mais elaboradas de bem ou mal.
E depois de assistir um vídeo em duas partes do Tralhas do Jon, O Death Note da Netflix é bom, Otaku que é ruim, eu notei que necessitava comentar aqui o que é um protagonista. Pois o Jon estava altamente certo
Para isso entenda, em um enredo, podemos ter os seguintes aspectos:
  • Protagonista é um personagem principal, ao qual acompanhamos como foco da narrativa. Isso é fácil de ver em uma obra como Naruto, onde Uzumaki Naruto é o herói. Mas há também obras ocidentais personagens como Harry Potter, que também demonstram isso. Isso não significa que é necessário o nome do personagem na obra no título (como Bleach ou O Senhor dos Anéis) para sabermos quem é ele. Mas ele tem um oponente;
  • Antagonista é, nem sempre um personagem físico, pode ser uma ideia (uma empresa, como a Umbrella Corporation de Resident Evil), mas alguém que tem ou quer impedir o protagonista de obter êxito. Assim, em Saint Seiya, o maior vilão da obra seria Hades, que na mitologia grega não é um vilão, como já falaremos. E pegando Harry Potter como exemplo, o grande vilão é Voldemort, o Grande Lorde das Trevas;
  • Herói é basicamente uma versão de diversos valores humanos colocados em uma personagem fictícia. Tanto que os primeiros que nos veem a cabeça seriam Hércules e Perseu, que trariam os aspectos heróicos que tanto amamos. Mais tarde, autores vão definindo muito o que seria a Jornada do Herói. Mas algo que demonstra bem isso, seriam personagens como Luke Skywalker e o próprio Anakin Skywalker (que era Darth Vader);
  • Vilão é toda a personificação do "contra-herói", um personagem que repudia as virtudes heróicas. Por qual motivo? Isso pode variar, mas ele se encaixa com algo parecido ao antagonista. Mas no caso do vilão ele é MAL, se não for a representação desse mal. A prova disso são o Imperador Palpatine de Star Wars ou Sauron de O Senhor dos Anéis, que são as figuras do que é maldade até hoje.
Então, nos próximos posts irei desconstruir Death Note, Attack on Titan, Code Geass e Shield Hero. Esse último só para que fique claro, não é propriamente um vilão. Mas precisamos falar sobre isso.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Shrek: quebrando os contos de fadas

Antes de falar de Shrek, nós temos que falar de outras duas outras coisas: Disney e Dreamworks. E acima de tudo, como a força do ódio conseguiu quebrar a "força do amor", da empresa do "Miguel Rato".
Disney:
Jeffrey Katzenberg liderou a Disney para a revitalização da empresa, com diversos títulos como Alladim, A Pequena Sereia, O Rei Leão, entre outros. Então Katzenberg achava que seria promovido como segundo em comando da empresa. E isso não aconteceu.
Isso tudo pois ele foi o presidente da Walt Disney Studios de 1984 até 1994. Foi ele também que salvou a Touchstone Pictures e fechou contrato com o estúdio da Pixar. Ele não era MESMO, pouca coisa.
Ele se envolvia diretamente com os filmes. Fez a Disney renascer, com um olhar mais cuidadoso aos contos de fadas, de um modo melhor e que respeitava a mentalidade das crianças. 
Ele fazia campanha para ser promovido para presidente da Disney Company. Abaixo apenas do CEO na época, Michael Eisner. Mas isso implicaria rebaixar o então presidente Frank G. Wells.
Mas Eisner assegurou a Katzenberg que o iria colocar no poder, se Well saísse. O que aconteceu, pois Frank Wells, em 1994, morreu em uma acidente de helicóptero. Mas quem ficou com a posição dele... Foi o próprio Michael Eisner!  

Dreamworks:
Ninguém queria promover Katzenberg mesmo, pois ele sempre foi uma pessoa difícil de lidar. Mas ele deve a palavra de Eisner. Que voltou atrás. E além disso, muitos associavam a Katzenberg (na mídia da época) e só a ele, o sucesso da Disney Company. O que ofuscava Eisner. E aconteceram alguns problemas, forçando Jeffrey a pedir demissão. 
Os motivos aqui são bem obscuros...
A Dreamworks antes de Shrek era conhecida por filmes como O Príncipe do Egito. Ou seja, que tentava pegar uma fórmula até que bacana, mas que não deu tão certo: elementos místicos, mas mais voltados para histórias bíblicas, como se fosse um "conto de fadas". Algo próximo do que a Disney fez com os contos dos irmãos Grimm, e como esses fizeram com histórias e lendas europeias. 
Junto de Steven Spielberg e David Geffen, ele produziu uma animação tão maravilhosa que fez aquilo que NINGUÉM teria feito antes. DEIXOU A DISNEY DE QUEIXO CAÍDO. Daí vem o SKG que fica abaixo da logo da Dreamworks (Spielberg, Katzenberg e Geffen). Na verdade, depois de A Bela e a Fera, que foi a primeira animação indicada ao Oscar de melhor filme, a Dreamworks e Disney queriam aquele prêmio. 
Quando foi inaugurada a categoria de melhor animação, em 2002, Shrek ganhou o prêmio. 
Uma paródia de forma escancarada aos contos de fadas e aos filmes da Disney por consequência, onde a empresa do rato, capitaliza de forma massiva em cima da ideia de mundo feliz. Literalmente, brincando com as ideias de clichê.
Desde de sua abertura vemos essa sátira, ao imitar a abertura de filmes clássicos. Como A Cinderela e A Bela Adormecida. Pois nesse instante, ele simplesmente esfrega que esse jeito é uma merda. Pois Shrek, o protagonista, usa o livro que abre a história para limpar a bunda em um sanitário. Sutil...
Tudo isso ao som de All star de Smash Mouth. E tem mais piada a isso.
Toda vez que o Burro tenta começar um número musical, Shrek manda ele calar a boca. As músicas que tocam nos filmes do ogro, são famosas, antes de aparecerem no filme (Viva la vida loca, I need a hero, entre outras. . E não entram no contexto de uma obra de conto de fadas europeia medieval. O território de Lorde Farquaad é uma paródia aos parques da Disney. Quando a Fiona tenta cantar ela mata um pássaro. 
Para um filme tão amado por famílias, Shrek é bem cheio de pequenas piadas politicamente incorretas pra época. Como por exemplo, a famosa cena de Pinóquio usando uma calcinha, ou o lobo mau bem diferente que ama usar as roupas da vovozinha. 

Shrek: 
O filme foi e é, uma das animações mais influentes de todos os tempos. Ele fez com que as animações ocidentais seguissem um parâmetro de filmes que é seguido até hoje em dia. Além das sequências e alguns spin-offs, Shrek gerou coisas como musicais e todo um merchandising único. Em especial, de como seria o uso de CGI em animações, em uma época onde isso ainda não era bem definido. 
Ele foi lançado em 2001, mas quase ninguém dava nada por ele. Ah, mas como o mundo gira não é meus amigos?
Os próprios animadores chamavam o projeto de O Gulag, pois consideravam uma punição trabalhar num projeto de menor prestígio do setor de animação da Dreamworks. 
O filme poderia ser completamente diferente do que conhecemos. Shrek! era um livro infantil de 1990, de William Steig. E o livro não tem praticamente nada a ver com os livros. Pois no livro, o ogro solta raio pelos olhos e solta fogo pela boca! Ok... Isso eu queria ver. 
Entretanto, o conceito de um ogro monstruoso estrelando um conto de fadas não convencional, faz dele único. E Steven Spielberg aproveitou isso pois conseguiu os direitos sobre o livro em 1991. Ele próprio iria dirigir uma animação em 2D, produzida pela Amblin. E Shrek seria feito por Bill Murray e teria Steve Martin como Burro. Não deu certo.
Mas o projeto ressuscitou, quando o produtor John Waite Williams convenceu Spielberg a mexer em Shrek. Pedindo que ele trouxesse a história para seu recém-fundado estúdio Dreamworks. 
Ele foi considerado a ser feito por 2D, stop-motion, uma mistura de live-action e CGI mas o CGI puro venceu no final. 
O papel principal foi originalmente oferecido a Nicholas Cage nessa época.
Em 1995, quem estava com o papel de Shrek, seria Chris Farley, famoso pelo SNL (Saturday Night Live). O ogro, nessa época, não era antissocial e nem mal humorado. Ele ainda viveria com os pais que o obrigavam a fazer parte dos negócios da família. Mas Farley, mesmo fazendo 90% de suas falas já gravadas, morreu de overdose em 1997. Aos 33 anos. 
Então reescalaram o papel para Michael Myers. Assim, ele pediu que refizessem as falas da personagem, para se fixar no seu estilo cômico. E foi daí que tivemos o personagem e a história como conhecemos. 
E o Myers pediu que regravassem o filme inteiro, pois ele queria que Shrek tivesse um sotaque escocês. Katzenberg gastou mais quatro milhões para alterar detalhes do filme, mas ai ele já fazia qualquer coisa para o filme nascer.
Um filme cheio de problemas de produção, mas que é um verdadeiro milagre surgir. E que gerou milhões. E tudo por que Jeffrey tretou com a Disney. Pois ela era o padrão de filmes. Mas Shrek alterou isso.
Quando Shrek veio, a Disney apostava em filmes como Dinossauro, A Nova Onda do Imperador e Atlantis - O Reino Perdido. Que não eram filmes ruins, mas a fórmula não dava mais certo. Tanto que Planeta do Tesouro, um filme bom, não se saiu nada bem. Pois faltava alguma coisa. Ainda assim surgiam boas coisas como Lilo & Stitch e Irmão Urso. Mas essas duas últimas fizeram metade do lucro de animações da Pixar, sendo que Procurando Nemo arrecadou quatro vezes mais do que eles. 
Talvez o pior tenha sido Nem Que A Vaca Tussa. Até se renderem a fórmula de Shrek com o Galinho Chicken Little, que novamente, era bom, mas não deu tão certo. 
Entre outras piadas que existem, podemos ver que: Lorde Farquaad é um nanico, e ele lembra muito Michael Eisner que seria um homem alto, querendo claramente dar uma indireta no líder da Disney; Pinóquio usa roupa íntima feminina e ainda dança como Michael Jackson em alguns momentos; O Burro se casa com a dragoa, e que por isso, eles tem filhos com aspectos de burro e de dragão; a Branca de Neve atacando ao som de Immigrant Song do Led Zepellin; entre tantas outras.
Além disso, existem reflexões reais, não só paródia. A mais clara está que as pessoas não devem se fixar nas aparências apena, como podemos ver com Shrek e Fiona. E isso pode ser visto como uma crítica a Disney também. Outra personagem que demonstra esse senso de reflexão é Doris, a irmã trans feia da Cinderela. Na verdade, nós notamos duas coisas aqui: primeiro que Doris que em Shrek 2 era uma vilã, depois dos acontecimentos do longa se torna uma pessoa boa. Na verdade, ela poderia ser assim desde sempre. Entretanto é em Shrek 3 que ela se destaca, sendo a única na cena que apoia Fiona quando é dito que a princesa ogra está grávida. 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Perguntas que todo o fã de Batman deveria fazer sobre o personagem e Gotham

Essas perguntas tem uma resposta: pois se fossem respondidas, o personagem perderia a graça. Mas vamos ver dentro do contexto do universo DC, do mundo das histórias em quadrinhos.
Agradeço ao Marcão do Canal do Marcão por me dar essa sugestão extremamente engraçada.
Porque o Batman não usa sua grana de forma mais competente?: Ele poderia dar o dinheiro que usa para seus gadgets (os "bat-itens") para equipar a polícia de Gotham. Tudo bem que ele usa muitos desses itens contra os loucos de Arkham. Só que nem sempre a DPGC enfrenta super-vilões ou fugitivos do manicômio. 
Ao menos, com toda a DPGC "armada" (pois os itens com certeza não seriam feitos para matar), o número de crimes menores, como roubo, assassinato e outras coisas, seriam reduzidos. Pois, realmente, os "bat-itens", sempre serviram para captura vivo os criminosos. 
E caso alguém diga, que isso é perigoso, pois muitos são corruptos, isso seria um argumento facilmente quebrado. Muitos dos itens do Batman, inclusive o traje, só podem ser usados por ele. Pois normalmente tem travas. Travas tecnológicas. Que poderiam ser acionadas por Bruce Wayne se fosse necessário.
O próprio batmóvel poderia ser usado como meio de transporte de resgate. 

Porque não mandar mais gente para superprisões do que para o Asilo Arkham?:
Alguns personagens são seres psicologicamente afetados mesmo (Scarface e o Ventríloquo e o Chapeleiro Louco). Entretanto, alguns são seres super poderosos (como o Crocodilo, Senhor Frio e Cara de Barro), isso sem contar os tão insanos que podem formar super equipes (como o Coringa e o Espantalho). E recentemente, alguns personagens se transformaram em quase entidades (Hera Venenosa seria um avatar do Verde, que representa a flora da Terra).
Não seria melhor os prender em Blackgate ou Bludhaven? Está certo que lá há corrupção. Ainda assim, estariam mais livres de influência psicológica nociva (um cara como o Cara de Barro, junto de um doido como o Espantalho, por exemplo, já imaginou a merda que poderíamos ter na cidade?).

Por qual motivo, a Mansão Wayne tem apenas o Alfred como mordomo?: Tudo bem querer esconder a sua identidade a todo o custo. Mas a mansão de uma família bilionária, talvez mais, ser cuidada por apenas UM homem idoso? Como? Alfred é inglês. Não de Krypton!

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Por qual motivo Mutantes - Caminhos do Coração é tão ruim?

Essa capa me enganou... O cara do photoshop era bom!
Bianca Rinaldi, atriz conhecida por fazer novelas como a versão mais nova de Escrava Isaura, já fez muitos papéis em novelas da SBT e Record por exemplo. Entretanto, em entrevista ela tentou defender a novela Os Mutantes: Caminhos do Coração.
Você, meu caro amigo gostaria de ler uma história dos anos 50? Até anterior? Quando me atento aos anos da década de 1950, me refiro a isso pois os quadrinhos dessa época eram maniqueístas, mas por serem forçados a isso. As indústrias de quadrinhos viviam o macarthismo, quando o senador Joseph MacCarthy, caçava qualquer conteúdo que para ele parecesse com teor comunista. Ai tínhamos histórias toscas, tais como Superman com cabeça de inseto, Batman com capas arco-íris, Mulher-Maravilha querendo casar, entre outros roteiros degradantes. E o pior, construindo a história de uma forma porca. E é o que vemos em Caminhos do Coração. A que ponto? Vejamos
Primeiro temos as atuações. Pensa em algo ruim. As crianças não são instruídas de forma convincente, nos fazendo parecer que são crianças maniqueístas simplesmente sem personalidade. Coraline, um filme de stop-motion, consegue ser mais genuíno com crianças, do que uma novela com garotos e garotas reais. Mas você pode usar o pretexto de que elas não poderiam, nem saberiam lidar com atuação. Ok. Mas então veja Bianca Rinaldi. A mesma já fez a personagem principal de Escrava Isaura, mas aqui ela faz duas personagens tão maniqueístas quanto os jovens em atuação antes citados. E se quiser, nós podemos citar as pessoas comuns e com poderes, conversando como se poderes fossem comuns. E as vezes, com poderes similares. Qual a chance, de pessoas ficarem comentando de forma tão simples, sobre habilidades especiais como invisibilidade? Não faz sentido. "Olha só você tem o mesmo poder que eu. Que legal". Como alguém fala sobre poderes em um mundo que está descobrindo sobre poderes, como se estivesse falando que o tempo está bom? Ou quem sabe, uma teia que arde seria algo melhor para exemplificar. Mas ela arde com atraso. Onde já se viu?
Se não acha isso suficiente, vamos aos efeitos especiais. São ruins. Mal produzidos. E sem qualquer critério que nos faça querer acreditar. Ou que não nos faça elevar a "suspensão de descrença" as alturas. Por exemplo, você pode falar que para a época, os efeitos eram fracos. Entretanto, temos Tubarão. O filme sabia como usar efeitos fracos, de modo bem feito. Não mostre muito, para fazer bem feito. Qualidade acima de efeitos fracos. Se os ditos mutantes, tivessem seus poderes mais escondidos, isso faria com que a história tivesse mais segurança em seu roteiro e história. Mas não, tudo é explícito, mal feito e mal produzido.
Mas quer unir o ruim ao pior? Um tiranossauro rex! A novela que tem mutantes, dinossauros e aliens (que são os vilões, mas muito maus explorados) teve a cara-de-pau de colocar um grupo de policiais especiais (DPCOM eu acho) contra um dinossauro, muito mal produzido, com armas de atordoamento. E eles tinham armas para lidar com seres poderosos. Ou seja, uma cena fraca e sem sentido.
Uma história ruim, com atuação pior e efeitos práticos e visuais patéticos. Pronto.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Pessoas reais em HQs

Muitas vezes personagens reais são usados em obras de ficção. Podem cumprir a mesmas função, ou algo diferente. Aproveitem e notem se parecem.