sábado, 8 de janeiro de 2022

Mentiras que as mídias nos empurraram sobre a fé cristã


Dentro da história e mitologia cristã, existem diversos dogmas, mandamentos, pecados e outras coisas que associam a fé cristã. Entretanto, isso nem sempre acontece sendo retratado com fidelidade nas mídias, como filmes, séries e quadrinhos. Para sua liberdade artística. Entretanto, vamos mostrar aqui algumas falhas. 
O personagem Lúcifer não existe na Bíblia:
Na tradição judaica cristã, o tal Lúcifer seria um anjo que estava lado a lado de Deus, que corrompeu ao se revoltar com os planos do Criador. Ele teria convencido a terça parte dos anjos, a irem contra Ele. E por conta disso, foi mandado para o Inferno, após ser derrotado pelas Falanges Celestes.
Muitos acreditam que ele era um anjo de luz, um ser iluminado, em latim, LUX. Tanto que não existe um personagem com o nome Lúcifer. Esse nome vem do latim LUCIS + FERRE, que seria traduzido como o Portador da Luz, algum que conduz luz, algo iluminando, como o amanhecer. Tanto que em latim encontramos outros uso para a palavra lúcifer. Veja.
Em Jô temos:

et quase meridianus fulgor consurget tibi ad vesperaum et cum te consumptum putaveris orieris ut lucifer

Que traduzido fica como:

E a tua vida será mais clara do que o meio-dia, a escuridão dela será a alva

Muitas vezes, a palavra, em textos bíblicos em latim, poderia representar coisas com luz literal ou figuradamente. Como constelações, objetos e até mesmo Jesus. O termo Lúcifer só foi associado a Satã, o demônio, pela Igreja Católica no século VI.
Então podemos associar isso a uma falha da Igreja, que nunca deixou isso claro durante a Idade Média. Tanto que existe um São Lúcifer, que nada tem a ver com o mal.
Os símbolos da Cruz Invertida e do Estrela de Cinco Pontas Invertidas não são do mal:
A estrela de cinco pontas invertidas nem sequer surgiu na cultura cristã ou judaica. Podem existir povos que usam símbolos parecidos, mas a estrela era usada, em especial, por pessoas de origem celta. Como um símbolo de proteção. Não como uma "evocação".
A verdade é que a Igreja passou a usar símbolos de culturas diferentes da sua, para simbolizar coisas malignas. Associando isso com coisas do Diabo, como esse pentatelco ou a figura de Baphomet.
Já o símbolo da cruz invertida, foi mais recente que foi transformada como símbolo maligno. Talvez por novas religiões associadas ao esoterismo e demonologia. Pena estarem fazendo exatamente o contrário de suas "filosofias".
É dito que Pedro, antes chamado de Simão, teria morrido na cruz, assim como Jesus. Mas como não se sentia digno de seu mestre e mentor, ele pediu que fosse crucificado de forma invertida. Então, quando alguém aparece com brincos com a cruz invertida, ou medalhões com esse símbolo, na verdade, está fazendo o inverso.
O Número da Besta não é 666, na verdade, ele nem existe: O número da besta ou marca da besta é, de acordo com a tradição cristã, o número correspondente ao sinal da besta.
Os manuscritos gregos (na realidade cópias de um protótipo que, ainda que outros discutem a originalidade, foi escrito em hebraico) escrevem a frase como χξϛ´ (666 em forma numérica grega) ou algumas vezes ἑξακόσιοι ἑξήκοντα ἕξ ("seiscentos e sessenta e seis", por extenso).
Esse número seria citado no livro Revelações (Apocalipse), onde João, um dos discípulos de Jesus, teria citado diversos acontecimentos no fim do mundo. Segundo o relato, é citado a chegada de duas bestas, no capítulo 13.
Nessa parte, é dito que criaturas obrigam as pessoas a fazerem marcas em suas mãos, "a Marca da Besta". Sem a qual, não poderiam comprar ou vender nada.
"Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta seis", é o que diz uma das traduções do versículo 18, que encerra o capítulo. E associaram esse número, 666 ao Inferno ao maligno.
Acontece que um fragmento do Livro do Apocalipse, datado do século 3, foi descoberto e analisado em 2005. O pedaço do texto fazia parte de uma série de manuscritos inteligíveis que haviam sido encontrados no Egito. Com novas técnicas de textos clássicos decifraram o conteúdo do texto original e revelaram que o número seria 616.
David Parker, professor de Crítica Textual no Novo Testamento e Paleontologia na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, acredita que 616 é o número correto, ao invés de 666.
Isso se devia, pois era um tipo de guematria, onde os números equivalem a valores específicos, para simbolizar nomes de pessoas.Cristão antigos usavam números para esconder a identidade das pessoas que atacavam. 616 é uma referência ao imperador Calígula.
Alguns acreditam que o número não seja uma simbologia do mal, mas sim, uma crítica ao Império Romano que dominava o povo judeu contra sua vontade.

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