sexta-feira, 26 de março de 2021

Snyder Cut: A Liga da Justiça que nós merecemos, mas que não tivemos por muito tempo

Preciso nos unir
-Batman
O enredo de Liga da Justiça de Zack Snyder (mais conhecido como Snyder Cut) é um enredo que já foi contado, de uma certa maneira. Mas a maneira errada até então. Pois não foi a visão de Snyder que foi para o cinema, mas a de Joss Whedon. E isso causou um problema muito grave, pois o filme que foi para os cinemas em 2017 era outra história. Vamos ver o que saiu em 2021. E porque a hashtag #SnyderCut foi tão importante!

Sem protetores, sem lanternas, sem kryptonianos. Cairá em seu nome.
-Lobo da Estepe
Para saber, no ano do lançamento do Liga da Justiça, a filha de Zack Snyder, Autumn, cometeu suicídio devido a um quadro de depressão. Isso fez com que ele abandonasse a gravação para lidar com a morte da menina entre os membros de sua família. O que a Warner Bros fez? Chamou Joss Whedon para dirigir o filme e modificar o que achasse melhor. É ai que deu problema.
Pois Zack Snyder tinha a ideia de transformar o filme em uma história de 4 horas ou dividi-los em diversos filmes com personagens como o Batman e o Superman mesmo. Só que a WB fetou então ele fez o filme de duas horas e ocorreu a morte de Autumn o que gerou essa mudança, e um filme mais "divertido". Como assim? Além das piadas, muitas coisas ficaram vagas, como as motivações do Lobo da Estepe, como foi encontrada a caixa materna dos humanos e como isso ressuscitaria o Superman. Era um filme fraco para a união de todos os heróis.
Mas mesmo assim, Zack Snyder sempre queria mostrar sua visão do filme. Buscou todos os meios possíveis, e então a hashtag SnyderCut subiu em todos os lugares. E os fãs, que acreditavam nessa visão do diretor, subiram ela a um ponto que alcançou o pessoal da HBO Max e então, eles pegaram essa luta para si e falaram que iriam lançar o filme. Poderia surgir então a visão de Zack, como série, em capítulos, mas no final, saiu um filme de 4 horas. Que era OUTRA HISTÓRIA.

Lutando contra o demônio e seu exército...
-Aquaman
Mas qual o enredo?
Após a morte do Superman, devido ao combate com uma aberração kryptoniana, que usava o corpo de Zod, ele acionou as caixas maternas. Itens antigos ligados ao mundo de Apokolips. Um mundo de exploradores e conquistadores cruéis, que já veio a Terra no começo dos tempos. Para enfrentar seu líder, o déspota Darkseid, houve uma união entre os humanos, atlantes, amazonas, deuses e até mesmo um lanterna verde!
Ele procurava uma coisa chamada Equação Anti-Vida. Por conta disso, ele tentaria terraformar o planeta Terra, para o transformar ele usaria essas caixas maternas, tornando elas na Unidade. Um item com poderes incríveis. Entretanto, com essa aliança entre seres, o inimigo foi derrotado. Mas não morto, e por isso deve que ir em fuga.
As caixas foram separadas entre as raças humana, atlante e amazonas. Cada um com seu olhar meio desconfiado de um para o outro. Entretanto, as caixas foram ativadas, com exceção daquela que estava com os humanos. Séculos se passaram, e os aliados teriam encontrado a caixa materna, na mão dos nazistas, que encontraram em escavações. De alguma forma, o cientista Silas Stone, conseguiu o feito de ocultar a caixa que ele obteve.
Mas o Batman e Diana, notando que estava para surgir uma ameaça maior devido a morte do Superman, tem que correr atrás de novos super-seres, que descobriram através de arquivos obtidos por Lex Luthor.

Você disse que a Era dos Heróis não voltaria mais.
-Mulher-Maravilha
Entre os super-seres estão:
Barry Allen, um rapaz que já usa seus poderes para salvar pessoas nas horas vagas, enquanto procura um emprego. Tudo isso para tentar entrar na polícia na área forense, para um dia quem sabe, libertar seu pai. Ele está preso por um crime que não cometeu, ao que parece.
Victor Stone é um antigo atleta, ao qual ele achava não ser valorizado pelo pai. E ele e sua mãe se acidentaram com o carro. Ela morreu e Victor estava para morrer, mas Silas usou a tecnologia da caixa materna, mesmo não sabendo se funcionaria. Seus efeitos salvaram seu filho, mas ele agora tinha o aspecto de um homem-máquina. Um ciborgue.
E Arthur Curry, um homem que consegue lidar com a vida aquática, poderoso, e consegue respirar debaixo da água. Ele é meio homem, meio atlante, um dos povos que guardou a caixa materna. Ele vive perto dos humanos em territórios litorâneos. Pois seria caçado e morto por aqueles dos quais descende, pois é o filho da rainha de Atlântida.
Será que um velocista, um meio atlante, um ciborgue, uma amazona e um vigilante serão o bastante para deter o Lobo da Estepe, o servo leal de Darkseid? Ou melhor, serão eles poderosos o bastante sem o auxílio do Superman? Isso sem contar as sombras de um futuro sombrio visto por Bruce Wayne que ainda o assombrava.

Tenho uma segunda chance. Não vou desperdiça-la.
-Superman
O filme é outro. Explicações que antes não existiam. Como foi encontrada a caixa materna e por que ela ficou escondida. Como Darkseid foi freado pela união dos seres. Por qual motivo o Lobo das Estepes veio, pois foi devido a morte do kryptoniano. Ao qual o próprio senhor de Apokolips tinha medo. Como foi localizada a Caixa Materna na Rússia, graças a inteligência de Silas Stone.
O clima do filme é mais adulto. Mesmo com personagens como Barry Allen, esse mundo ele é sério. Aquaman parece realmente marrento. Batman é o Cavaleiro das Trevas que tenta reunir o grupo em memória do Superman. O Superman mesmo é onipotente a um ponto que lhe dá medo (e explica o receio de Darkseid em vir para a Terra). E a Mulher-Maravilha não foi sexualizada e objetificada devido a direção de Joss Whedon.
E aqui vemos mais um dos problemas de Joss Whedon. Se antes Ciborgue e Flash não eram tão importantes, agora eles brilham. Ciborgue era um homem com a alma atormentada por ter um pai que ele acha nunca ter ligado para ele. Enquanto o Flash, apesar de parecer extremamente infantil, quer demonstrar ao seu pai que sua luta pela verdade não é infrutífera.
Posso falar mais: o surgimento do Ciborgue em destaque foi, ao mesmo tempo uma compensação pelo que Ray Fisher sofreu com Joss Whedon (muito do Snyder Cut se deve as denúncias do ator depois do filme lançado, em especial depois de negros serem atacados nos EUA), como uma homenagem a Autumn, a filha de Snyder. Que aliás é homenageada no final do filme.
Nem tudo são flores. Ainda existem piadas que um Bruce Wayne não faria. O uso de computação gráfica é mais competente, mas usa até demais. E a tentativa de Jared Leto como Coringa... Ao menos ele está melhor que no Esquadrão Suicida. Mas aquela piada de "Quem vai bater pra você?" me pegou desprevenido.
O knightmare em si é lindo, me lembrando que esse filme com certeza inspirado na saga Flashpoint e Injustice. De qualquer forma Liga da Justiça é aquilo que eu queria.
Detalhe para a frase do Ciborgue "Eu não estou quebrado. E nem estou sozinho". Arrepiou!

Toda a existência será minha
-Darkseid
O filme tem quatro horas e dois minutos de duração, divididos em 7 capítulos. O último foi criado mais para apresentar o futuro apocalíptico e com mais detalhes o Caçador de Marte. E você nem sente passar. Os 50 reais compensam CADA centavo gasto.
E por essas e outras que agora e por muito eu irei subir sempre as hashtags para continuar o universo de Snyder. Pois merecemos mais disso, sendo que eles conquistaram mais coisas em poucos filmes que muitos outros filmes de heróis. Aliás, até mesmo fãs da Marvel estão querendo restaurar os filmes do SnyderVerso. Por tudo isso...
                    #RestoreTheSnyderverse

#RestoreSnyderCut

terça-feira, 23 de março de 2021

Wandavision: não é só uma simples sitcom...

Que constrangedor... Seu ex e seu namorado, juntos na mesma festa...
-Agatha Harkness

A série traz inicialmente uma sitcom com a feiticeira Wanda Maximoff e o sintozoide Visão . Mas ela é bem mais que isso. E tolos foram aqueles que ignoraram a série por parecer com uma premissa tão simples, a primeira vista. 

Meu marido e sua cabeça indestrutível.
-Wanda Maximoff
Antes de tudo, o que é uma sitcom? Bem, é um formato de série quase sempre voltado para o humor mais simples e norte-americano. Alguns dos mais conhecidos no Brasil talvez sejam Um Maluco no Pedaço (Fresh Prince in Bel-Air) e Friends. Entretanto esse tipo de seriado de versões mais antiquadas, ou seja, que possuem um público rindo ao fundo, tem histórias que se resolvem sozinhas. Ou seja, em que tudo acaba bem, mesmo quando há uma bagunça muito grande.
Mas uma coisa que devemos notar neles que cabe perfeitamente em Wandavision: a quebra de tempo das séries em outros países e atores em séries diferentes.
Você sabia que Um Maluco no Pedaço surgiu em 1990, mas só foi estrear em 2000? Pelo menos sendo exibido pelo SBT com dublagem. E podemos notar isso em WandaVision. Quase ninguém nota isso, em quão diferente somos dos personagens como o de Will Smith. Ele e sua prima Ashley usam um toca-fitas. No ano que estreou por aqui, o que as pessoas usavam eram cd-players e MP3 até. E essa foi uma das pegadas de mestre da série, essa brincadeira com o tempo. Eu já vou juntar isso com a segunda parte desse tema.
Além das séries já citadas, tivemos aqui no Brasil a cativante Blossom. Nela, a personagem que dá título ao seriado é interpretada por Mayim Bialik, que além de atriz é neurocientista. Ironicamente, ela anos mais tarde iria interpretar uma neurocientista em The Big Bang Theory. Aliás, em Blossom ela já tinha contracenado com o ator de Leonard, um dos protagonistas da série de nerds.
Mas o que isso tem a ver com as séries do mundo de WandaVision? Afinal, eles são antigos demais para isso. Se engana. William Shatner, antes de ser ator da Enterprise, já participou de um dos episódios mais famosos de Twilight Zone (Além da Imaginação) no episódio Nightmare at 20,000 feet. Ou seja, muitos atores aparecem em diversas séries norte-americanas. Algo parecido com as novelas brasileiras ou mexicanas.
Como isso fica perfeito em WandaVision? Simples, algo que eu já imaginava desde o começo era esse lance de que ela via aquelas séries quando mais jovem e fixou essas imagens para si como um desejo de perfeição. As vezes ela poderia ver séries como I Love Lucy, em Sokovia na juventude, e achado que seria a vida ideal. Sendo que ela poderia ver reprises, meio atrasados no "seu tempo" ou os mesmos atores em outras séries, pouco importava. Ela queria sua felicidade, com Visão.

Cancelamento de ruídos não é a função primaria delas?
-Visão
Quando assistimos os primeiros episódios de WandaVision, nós temos a visão (trocadilhos não intencionais podem acontecer) de Wanda. Como ela queria sua vida, junto a Visão. Algo parecido com os seriados de humor ditos antes. Mas que terminam com felicidade e alegria. Notem que não é parecido com Todo Mundo Odeia o Chris (Everybody Hate The Chris) e Malcom (Malcom In The Middle).
Tudo isso é uma forma dela esconder o luto pela morte daquele que ela amava. A visão dela foi nublada pela tristeza. Afinal, ela viu Visão morrer duas vezes, e em uma, foi ela que o matou. De qualquer forma ela fez todo esse "teatro virtual".
Com os poderes dela no controle da realidade, ela gerou uma cidade do seu modo, com um marido baseado nas lembranças que ela tinha do verdadeiro Visão e até mesmo criou filhos "virtuais" com base em si e no seu irmão (Pietro Maximoff, o Mercúrio). 
Entretanto, temos dois vilões, por assim disser:
O primeiro que fica claro desde o começo é a figura da ESPADA. O grupo que "substituiu" a Shield. E as aspas nunca foram tão necessárias. Ao que parece, a ESPADA serviria inicialmente para tentar contatar outros mundos e planetas. Mas depois do "blip" (o estalo de dedos do Thanos e a volta das pessoas após isso) seu uso é mais para se defender desses ataques. O que, como vimos, não vai dar tão certo. Os humanos tentam responder a tudo com mais força. O que não é resposta. 
Já a outra é Agatha Harkness, uma sobrevivente de um coven de Salém que entende que Wanda é poderosa. Pior, que a moça pode controlar a Magia do Caos (que nas HQs também é associada a heroína), e seus poderes não estavam apenas ligados a uma das Joias do Infinito. Ela só despertou uma porção de seus poderes.
Nesse meio tempo temos o surgimento de Monica Rambeau, ainda triste, com a falta de consideração da amiga (Carol Danvers, a Capitã Marvel) e por não ter ficado com sua mãe devido ao "blip". Ela tenta lidar com esses casos mais estranhos a serviço da espada, talvez como uma forma de honrar sua mãe. E por conta disso, ela vai receber muito mais do que esperava.

Que foi? Eu tô acompanhando.
-Darcy Lewis
O seriado é maravilhoso.
Muita gente reclama da Monica ser alguém que quer acabar com a realidade de Wanda. O problema é que, mesmo sendo brusca, ela é verdadeira. Que se deve encarar a dura realidade de que aquela cidade não é real (redundância também pode aparecer nesse texto).
Elisabeth Olsen finalmente saiu das sombras para aparecer como alguém maior do que a "irmã das irmãs Olsen" ou uma das personagens coadjuvantes em Vingadores Ultimato (ela enfrentando Thanos é ótimo, mas aquele "girlpower" é vergonhoso, ao ponto que The Boys fez algo mais orgânico). Ela rouba a cena, ela trabalha como se vivesse ali. Mas de repente, ela se toca que tem algo errado e que foi ela quem criou aquilo. Aquela situação foi parte do que ela quis. Digna de Twilight Zone.
E Paul Bettany interpretando dois Visões, com duas visões de mundo diferente. Enquanto um é a concepção de Wanda do que era o Visão original, o outro é o corpo ressuscitado pelos poderes da sokoviana. E isso é ainda mais claro quando notamos que eles tem um debate sobre o Barco de Teseu. Afinal, como uma máquina, mesmo possuindo consciência, ele continuaria sendo o mesmo, que morreu nos combates? Um momento muito reflexivo, que também poderíamos ver em Twilight Zone. 
No final, eu noto que a série é menos um sitcom e várias antologias.
O surgimento de Monica Rambeau, Agatha Harkness, Darcy Lewis, agente Jimmy Woo e Tyler Hayward foram interpretados de forma magistral. Esse último é como são muitas pessoas preconceituosas. Que tem até mesmo valores e atitudes "boas", sempre com a desculpa de "defender as pessoas", mas isso camufla seu preconceito e conservadorismo. A frase do Professor Xavier faz sentido aqui: as pessoas temem o que não entendem.
Falando no Professor X... Talvez Wanda seja o motivo de muitos humanos odiarem mutantes, quando estes forem estabelecidos no mundo (ou UCM nesse caso). Compreendam. Como o Capitão América "morreu" e o Homem de Ferro realmente faleceu, eles se tornaram símbolos de heroísmo. Mas notem, Steve e Tony não são heróis de poderes "fora de controle". O primeiro foi fabricado de forma genética e o segundo de forma eletrônica. Coisas controláveis. 
Já Wanda é sokoviana e uma feiticeira (coisa que os humanos estão menos acostumados que os heróis dos Vingadores). Pior, a agora Feiticeira Escarlate já foi contra esses heróis uma vez, foi responsável por um dos atos que causou a criação do Tratado de Sokovia, e em seu ato mais recente, sequestrou uma cidade inteira para fazer a vida delas uma sitcom. Mesmo que você não seja intolerante, uma personagem assim vai te fazer ficar com o pé atrás. E o motivo de ter colocado aqui o país dela de origem, é o preconceito que os norte-americanos tem com estrangeiros (o antigo presidente Trump é uma prova disso). Reparem que até na dublagem, quando ela saí ou dissipa o Hex, ela volta a ter sotaque. Mas na sitcoms ela tem 
Isso sem contar o preconceito que com certeza terão os aliens nos próximos filmes.
E diz a verdade, você ficava que nem a Darcy, não é? E os gêmeos? Quase ninguém sabia como eles eram nos quadrinhos, mas todos já tiveram afeto por eles. É isso que se traduz como uma série que nos faz amar seus personagens. Dane-se que eles não se parecem com as HQs. 

O diabo está nos detalhes.
-Dotty
Nem tudo são flores.
Podemos dividir os problemas de WandaVision em três: family friendly, anúncio de ator por Paul Bettany e o "Mercúrio".
Um dos maiores problemas dos filmes da Marvel é que eles são para todos os públicos. O que significa? Eles não fazem coisas mais bizarras ou mais perturbadoras, pois querem classificação livre em suas obras. O problema é que isso reduz a criatividade, seja do roteirista, diretor e atores (vide Coringa e Liga da Justiça de Zack Snyder, que são mais pesados e receberam tantas boas críticas). A Marvel, desde que ficou nas mãos da Disney, se tornou a empresa que "não pode ver sangue que desmaia". 
Ok. E esse anúncio do Paul Bettany? Bem ele falou que haveria uma participação especial que deixaria todos surpresos. E deixou, mas não de uma forma legal. Era ele mesmo interpretando os dois Visões. No caso o Visão branco. Está bem, isso foi mais falha do ator. Apesar disso, adorei terem coloca essa versão branquela, como um ser sem sentimentos, assim como foi com o sintozoide nas HQs.
O problema foi o clickbait do Mercúrio. Pra que chamar um ator tão amado, como foi o que fez o Mercúrio da Fox, se ele era falso? Chamassem o da Marvel (que aparece em Vingadores: Era de Ultron). Caso não pudessem, por conta de dinheiro ou disponibilidade do ator, não fizessem isso. Pois notem que o "Mercúrio Fake" nem útil foi, no contexto geral. Um grande "pega trouxa"
E sobre a Agatha ser vilã aqui... Eu nem liguei. A série, assim como os filmes, são adaptações. Não podem e nem precisam ser fiéis as HQs. Mas ela foi útil para nos prepararmos para Doutor Estranho no Multiverso da Loucura.
E não tem Mefisto! Isso foi só uma piada, pois isso não é problema pra mim.

sábado, 20 de março de 2021

Por qual motivo eu não sou contra o cancelamento de Gina Carano

Recentemente a atriz da série The Mandalorian, foi demitida depois de propagar frases com teor racista e antissemita nas redes sociais. 
E muita gente ficou revoltada com a ideia de cancelamento sobre ela. Eu não sou contra essa ideia de cancelamento COM RELAÇÃO a Gina. Mas vamos por partes.
Só para ter uma ideia, a atriz compartilhou uma postagem na rede TikTok, comparando o atual clima político dividido nos Estados Unidos com a Alemanha nazista: “Os judeus foram espancados nas ruas, não por soldados nazistas, mas por seus vizinhos… até por crianças. Como a história é editada, a maioria das pessoas hoje não percebe que, para chegar ao ponto em que os soldados nazistas poderiam facilmente prender milhares de judeus, o governo primeiro fez com que seus próprios vizinhos os odiassem simplesmente por serem judeus. Como isso é diferente de odiar alguém por suas opiniões políticas?”.
De mau gosto demais.
Mas por qual motivo eu sou a favor dela ser cancelada? Devido ao paradoxo da tolerância. O filósofo Karl Popper enfatiza que uma sociedade com tolerância ilimitada, pode levar ao desaparecimento da tolerância. Quando estendemos a tolerância para aqueles que são intolerantes, os tolerantes acabam sendo destruídos e a tolerância com eles.
Em resumo: por mais paradoxal que seja, defender a tolerância exige não tolerar o intolerante. Já que o tolerante vai querer retirar os direitos dos outros.
Gina Carano não respeita os outros, comparando a perseguição e genocídio de judeus, com o cenário político dos EUA. Por qual motivo ela não fez algo melhor ou pensado sobre como isso afetou minorias? Pois elas que foram mais afetadas, como os negros, ao qual, pelo menos TRÊS negros foram mortos de forma covarde nos Estados Unidos.
Além disso, essa comparação com o Holocausto por ela, me lembrou o antigo ministro da Educação Weintraub, que comparou certos fatos com um acontecimento muito triste a comunidade judaica, a Noite dos Cristais. O que é bizarro, pois ele mesmo gravou um vídeo inspirado em falas de um nazista!
Ai vem a Jovem Pan e fala que isso foi lacração... Porra vai tomar no cu Jovem Pan! Vocês passam pra todos, inclusive para presidente genocida. Que por sinal, protegeu Weintraub!

sábado, 13 de março de 2021

"Legal, mas você sabe que ele é o vilão?" - Parte 5: O herói do escudo não é herói. Pior, ele é escravocrata

Em Taate no Yusha no Nariagari (The Rising of Shield Hero) é um anime com uma premissa até que bem pensada, bacana. Entretanto, mesmo não gostando das coisas dali, como o ecchi e o harém nele (pois há os dois, mesmo que menos do que em outras obras) o problema é que não temos um herói. Temos aqui um escravocrata!
Vejamos por partes:
A história se trata de um isekai, um anime ou mangá onde o personagem principal vive no mundo real, mas vai parar de algum modo em um mundo fantástico (eu chamava isso de OPERA: observadores perdidos em realidades alternativas). Então, o personagem tem um conhecimento sobre história mundial para compreender as coisas erradas de sua realidade, como em Sword Art Online ou outras obras com essa temática. Até Konosuba que é um isekai de humor sabe aproveitar bem os conceitos disso, não sendo tão pesado quanto parece.
Em Shield Hero, a coisa toda era pra ter sido apenas a história de um homem buscando limpar o seu nome de uma acusação injusta, mas não é bem por ai pelo que podemos ver: primeiro, pelo anime colocar seu protagonista como uma falsa acusação de estupro; segundo, por esse herói renegado e tento se tornado um pária ter recorrido à ajuda de um vendedor de escravos.
Apesar do primeiro tema ser bem pesado, é isso que faz a história engrenar. O único problema foi um site associar o caso de Neymar e a modelo que o acusou de estupro, como se fossem casos parecidos.
Bem, o personagem principal (nesse caso o que fez de certo) não mostrou fotos da mulher supostamente estuprada, sendo que ela tem um filho pequeno. Muitos portais de notícia querem tanto proteger animes e mangás que esquecem que devem ter melhor critério para algumas coisas.
Então, sabendo disso, o protagonista Naofumi Iwatani, tem uma escrava. "Ah, mas ele a trata bem". Porra! É uma escrava. Pior, o Japão em especial, apesar de não ter uma ligação direta com a escravidão (não que eu me lembre agora), já deve um caso na Era Meiji que envolvia o tratamento de mulheres na prostituição... Quase que em regime de escravidão.
Escravidão, não importando em que condições, é crime. Para alguém que veio de uma sociedade onde esse tipo de atitude, ele agiu de forma condescendente com isso. Mas se explica isso muito facilmente com o caráter fetichista que muitas obras tem. Notem que a escrava cresce rapidamente, para não ter problemas com relação ao romance... Mas se formos pensar que ela seria uma híbrida humana com animal, por que ela não morre tão rápido. Resposta: fetichismo, escravidão, ecchi e furry.


sábado, 27 de fevereiro de 2021

Defendendo o Martha


Talvez um dos momentos mais criticados da tentativa de Zack Snyder até hoje de criar o Universo Cinematográfico DC, foi e é, o Marta em Batman v Superman: O Despertar da Justiça.

-Salve... A Marta!
Superman ou Clark Kent
Vamos entender o contexto. Após maquinações de Lex Luthor, com interesse em compreender mais sobre a tecnologia alien, Superman e Batman entram em conflito. Clark não quer brigar, mas o Cruzado Encapuzado quer. A briga se estende, com o Morcegão usando da fraqueza a kryptonita do Último Filho de Krypton, para o vencer. E consegue.
Quando Bruce iria matar o, até então para ele, alien com uma lança de ponta com kryptonita... Ele escuta "Salve Marta!". E é explicado por Lois Lane que aquele é o nome da mãe "terráquea" do Super.
E a internet vive criticando o filme, em especial por essa cena. Entretanto, ela tem muito mais do que podemos ver em uma primeira instância.

-Porque você disse esse NOME!?
Batman ou Bruce Wayne
Uma das coisas mais importantes em histórias em quadrinhos, e por consequência em filmes, é o uso de nomes a nos remeter a algo. Um exemplo é o próprio personagem Bruce Wayne. Seu primeiro nome é referente ao líder escocês Robert De Bruce, que comandou seus exércitos contra a Inglaterra. Querendo remeter ao Batman, a personalidade de alguém justo e um exemplo a seguir.
Mas uma coisa até engraçada é que muitas vezes um nome tem maior significado, em especial, quando ligamos eles a questões religiosas. Peter Parker é um exemplo disso.
Peter, seria a pronúncia inglesa para Pedro, o principal apóstolo de Cristo. Tanto que temos a basílica de St' Peter (de São Pedro). Só que essa personagem bíblica renega Jesus, ao menos três vezes, antes que o galo cantasse pela manhã e antes da morte do Messias. Isso demonstra no personagem um lado de sofrimento causado por não seguir os ensinamentos de seu mentor.
Podemos ver isso em Peter Parker, quando esse ignora a frase de Ben Parker, "com grandes poderes, vem grandes responsabilidades", se fixando em só obter lucro. E tempos depois, o seu tio morre devido a um ladrão que o Homem-Aranha poderia ter detido. Não sei se isso foi intencional, mas notam o quão parecido são o personagem bíblico e da HQ? Ambos tinha pessoas que as guiavam e as "traíram", indo contra sua confiança.

-Marta! Porque disse esse nome?
Batman ou Bruce Wayne

Ai você vem e solta, "isso é nas HQs, não nos filmes". Errou. Errou feio. Errou rude.
Já assistiu Corpo Fechado? O primeiro filme da trilogia de Shyamalan é na verdade um ode as histórias em quadrinhos. Prova está no seguinte: o personagem principal (interpretado por Bruce Willis) desse filme se chama David, que provém do Rei Davi, líder guerreiro do povo de Israel. Assim como Samuel L. Jackson que interpreta Elijah (que provém de Elias, que foi um profeta da fé judaica). O filme faz diversas referências a essas histórias em quadrinhos clássicos, de uma forma bem bacana.
Então temos um filme de herói, com nomes inspirados em HQs. Mas com o que ele colabora com minha teoria? Simples, pois ele deve uma sequência: Fragmentado.
A sequência é um filme bom, mas que demorou para sair pela falta de confiança dos estúdios no diretor. Entretanto, Shyamalan fez o que pode e não criou alarde para a sequência, deixando isso para ser revelado com o final do filme. Mas o que importa aqui não é isso. É a fraqueza do personagem que James McAvoy interpreta.
James interpreta um jovem com múltiplas personalidades. Mas são várias mesmo. Inclusive uma que estava para nascer, que talvez tenha habilidades únicas. Algo parecido com o que David, de Corpo Fechado, tinha. Ainda assim, cada um de seu modo. De qualquer forma, uma coisa presente nessa história é a questão de como o jovem era psicologicamente afetado.
Essa nova personalidade que irá nascer é a Besta. Que seu poder seria afetado pelo transtorno do jovem. Afetando seu físico de uma forma grotesca! Cada personalidade, é na verdade uma área nova de seu cérebro que abre novas habilidades.
Ao ponto de que essa Besta devora jovens que ele tinha sequestrado. Mas como em HQs, este ser tem uma fraqueza, descoberto por uma psicóloga que o jovem consultava. Que deixou em um bilhete encontrado por uma das jovens, esse ponto fraco: ouvir seu verdadeiro nome completo, Kevin Wendell Crumb.
O filme que se mostra como uma sequência, termina falando que Kevin foi chamado como a Horda (devido ter diversas personalidades), mostrando David assistindo um jornal que falava daquele crime.
Notem como um homem foi quase vencido por conta de seu nome! Há mais coisas aqui, mas eu condensei tudo. Além disso, notem o quão psicologicamente o rapaz estava para criar personalidades ao ponto de cada um desenvolver habilidades únicas. E a película foi tão boa que rendeu outra sequência, Vidro.
Então notemos como o nome é algo extremamente importante para personagens. Em especial, para aqueles que de alguma forma psicológica foram afetados pela vida. Seja lá de que modo isso acontecer.

-Clark! Pare! Por Favor! Pare!
Lois Lane
Em HQs, existem heróis e vilões com fraquezas. Alguns deles normalmente tem algo externo, como Mr Mxyzptlk, que precisa ter seu nome pronunciado de alguma forma para ser derrotado, ou a kryptonita que afeta o Superman. Mas e quando a pessoa é mais comum, como o Batman? O psicológico. 
Certa vez, foi dito que o único jeito de derrotar o Batman é ameaçar as pessoas que ele ama. E faz sentido! Afinal, como afetar alguém que se prepara para tudo?
Batman nasceu da perda de uma criança de oitos anos, que viu seus pais morrerem diante de seus olhos. Então a perda é algo que o afeta psicologicamente sempre.
Podemos ir para um personagem claramente sociopata, como foi Rorschach de Watchmen. Ele não se via como sua forma civil. Tanto que exigia que entregassem seu "rosto". Ele não era o homem, ele era o vigilante. Esquecendo o significado de seu nome. 
Podemos até citar mitos e lendas que falam sobre a força de um nome. Em que saber o nome verdadeiro de uma pessoa ou entidade, lhe dá poder sobre a pessoa.

Batman: Porque você disse esse nome?
Lois Lane: É o nome da mãe dele! É o nome da mãe dele...
Mas e ai? No que isso ajuda em Batman v Superman? Em tudo!
Batman é uma pessoa traumatizada. E toda a cena da morte de Marta e Thomas Wayne sempre o afeta de uma forma que ele jamais tratou de forma psicológica de forma correta.
Quando ele enfrenta o Superman, ele trata o kryptoniano como um monstro, um ser que "trouxe a guerra até eles". Mas quando ele escuta Marta, aquele vigilante afetado psicologicamente não compreende aquilo e fica confuso. É quando Lois explica, que assim como Bruce, Clark tem uma mãe. 
E uma coisa que meu amigo Jack falou certa vez, antes do filme estrear, ressoa até hoje na minha mente. Ele disse, espero que explorem o fato de que ambos os personagens tem mães com nomes iguais. Era óbvio que isso seria explorado. E como foi. De uma forma clara! Mas o povo não compreendeu...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Crossovers antes da onda de crossovers

A Casa do Drácula:
Talvez o primeiro crossover dessa história seja o mais bizarro. Ele une personagens como o Drácula, o Lobisomem e o Frankenstein. Talvez por isso temos esse título de A Casa do Drácula, quase como uma casa da Mãe Joana. Mas o bom era que nessa época, muitas coisas poderiam ser reunidas sem grandes problemas. Ou seja, esses personagens icônicos poderiam se reunir sem grandes problemas, ainda.
Na história, o Drácula encontra um médico, o Doutor Edelman, pois queria ajuda. Pois estava procurando a maldição do vampirismo. Um outro homem procurava Edelman, pois um homem chamado Talbot afirmava um lobisomem, e era mesmo. Todos queriam a ajuda do médico, para se curarem. Após algumas brigas, eles encontram o monstro de Frankenstein. 
Isso dá problemas, pois Drácula, iria causar muitos problemas.
Esse é um daqueles clássicos dos filmes da Universal. Que teria só três personagens. Mas como veremos mais a frente que terá ainda mais monstros em outro filme dessa lista.
King Kong Vs Godzilla:
Se você acha que há exclusividade nesse crossover entre King Kong e Godzilla, pense de novo. A Toho, muitos anos antes, conseguiu fazer um baita crossover de monstros gigantes, os famosos kaijus.
A história é bem simples: Godzilla é despertado de seu sono, depois de ter sido preso pela humanidade em um bloco de gelo. Então, para combater essa monstruosidade nuclear, os humanos vão usar um outro monstro. Um que vive em uma ilha isolada, onde vive uma comunidade que venera um gorila enorme.
A verdade é que o filme foi comprado pela Toho, pois ninguém nos EUA queria fazer um filme com King Kong e Frankenstein (oh ideia maluca, mas que eu gostaria te ver). E essa era a ideia original. E pense bem, quando que alguém, naquela época, iria pensar em ver uma personagem asiática e americana em combate tão ferrenho antes? 
Ao que parece, mesmo sendo um filme para ver mais uma briga de monstros, parecia ter sim um fundo de história. Como o degelo das capotas polares, causado pelas ações humanas, o que libertou Godzilla. Aliás, o lagartão do Japão, ainda não era o herói nesse filme. Quem era o nosso protetor era o King Kong. Que foi levado com helicópteros... E balões gigantes.
Uma Cilada para Roger Rabbit:
Muita gente acha difícil terem unido Final Fantasy com Disney. Difícil mesmo foi reunir Disney com Warner Bros. Especialmente, quando pegariam personagens reais com desenhos animados. Ainda assim, conseguimos algo MAIOR que tudo isso. Mas vão entender quando comentar alguma curiosidades.
Na história, acompanhamos Ed Valiant, um detetive particular, que está investigando Jessica Rabbit, esposa de Roger Rabbit. Ela o estaria traindo. Entretanto, um magnata dos filmes morre misteriosamente, de um modo cartunesco, e Roger é o principal suspeito. Tudo se complica quando um personagem aparece querendo matar o coelho paranóico.
Com direção de Robert Zesmecks e produção de Steven Spielberg, não teria como falhar uma obra dessas. Além de trilha sonora de Alan Silvestri.
Você personagens, juntos da Disney com os da Warner Bros. Mickey com o Pernalonga, Pato Donald com o Patolino, entre outros. Aparecendo o mesmo tanto de tempo de cada uma das duas companhias. Mas não só das grandes produtoras aparecem os desenhos animados, mas de outras que sumiram, como Betty Boop. Possuindo um dos maiores gastos de produção em um filme dos anos 80.
Na história original, o Juiz Doom, seria tão terrível, que teria sido ele quem matou a mãe do Bambi! Monstro!
Deu a Louca nos Monstros:
Já falei aqui da união de monstros, mas ainda não era com um tom de comédia, nos anos 80 com um estilo de Goonies. Pois esse é basicamente o clima de Deu a Louca nos Monstros (o Monster Squad).
Nele, acompanhamos um grupo de garotos, pré-adolescentes, que querem desafiar perigos, mas que acreditam os monstros. E eles descobrem que o Drácula, o Frankenstein, o Monstro da Lagoa Negra, o Lobisomem e a Múmia, querem encontrar um amuleto para abrir um portal para as forças das trevas. Para os deter, eles devem encontrar um diário com uma magia para prender os monstros, que foi escrito por Van Hellsing. E uma virgem para o ler. Ok...
O filme nunca foi um grande sucesso, não arrecadando tanto quanto custou. Entretanto, hoje ele é um filme cult. Um personagem que se acreditava ser um alemão (tanto que ele é chamado em boa parte do filme de "alemão assustador") fala que já viu monstros piores. E a câmera se aproxima de uma marca em seu braço, com números. Ele seria uma vítima judia do regime nazista.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

"Legal, mas você sabe que ele é o vilão?" - Parte 4: Quando o vilão sabe que é O VILÃO!

Bem, chegamos ao personagem que mais gosto dessa leva de "protagonistas vilões". Lelouch de Code Geass. Ele é o protagonista e você até simpatiza com ele. Mas há um problema. Ele quer vingança!
Para situar você, assim como Death Note se passa na época atual e Attack on Titan se passa em uma terra diferente com ares do período de Segunda Guerra Mundial, aqui vemos um mundo (como a Terra) mas que usam mechas com ares do neo-colonialismo. E o que seria isso? Para resumir, ocorreu um período na Europa que, após a colonização que conhecemos, o continente dividiu territórios. Na África e na Ásia. Isso seria um dos fatores que geraria a Primeira e Segunda Guerra, mas isso não importa. Só note como é bem parecido nesse ponto ao anime.
Temos um personagem brilhante, chamado Lelouch. Um estudante do Japão, que devido a conquista de um império, se chama Area 11. Ele é filho do imperador do Sagrado Império da Bretanha, que após ver sua mãe morrer é deserdado junto com sua irmão para o país do Sol Nascente.
Ele e sua irmã, passam a viver na casa do Primeiro Ministro do Japão até então. E ele conhece o jovem Suzaku. E isso seria complicado, pois Lelouch seria atacado por Suzaku, devido ele assumir o alter-ego de Zero.
Tempos depois, vivendo com a família Lamperouge, ainda é um jovem brilhante. E conhece uma personagem chamada C.C. que lhe concede o Geass, o poder do rei. Uma habilidade visual que faz com quem ele mandar, acionando esse atributo novo, fará o que ele mandar.
Ele se transforma muitas vezes, mas notamos que ele quer fazer o bem. Entretanto, para alcançar a sua vingança ele cometerá crimes. E não me refiro as ações dele como Zero. Mas o simples uso do Geass demonstra isso: um poder que retira a escolha das pessoas, parece o que um ditador faria. Vide qualquer filme onde a trama se centra nisso.
Lelouch começa ajudando o grupo de resistência do Japão. Criando uma organização para recuperar o Japão, é o que ele diz. Mas isso é só um passo de sua vingança. E Zero se torna um símbolo de revolução. Ele não liga para seus companheiros. E a prova disso é o Geass.
Essa habilidade se adapta ao usuário! Ou seja, como ele é influencia o poder. O quão anti-ético é esse poder, ao forçar as pessoas a cumprirem o que queremos.
Apesar disso, sua atitude egoísta, vai se tornando altruísta até o final da história. Mas já era tarde demais a Lelouch. Pois a vingança o cegou, para notar o quão violente e perigoso ele foi. Apesar disso, ele conseguia enxergar além e pode remediar seus atos. Ele vai crescendo.
Então notamos que tanto Zero quanto Lelouch são ideologias, que devido ao crescimento dos dois, são imensas. E diferentes. O primeiro é o herói. E o segundo um vilão. E o segundo não precisava mais existir no mundo.