terça-feira, 2 de maio de 2017

Crise nas Infinitas Terras: a melhor crise da DC


Acho que já devo ter falado isso nas gravações do Sarjeta e aqui mesmo no blog, mas não curti muito as histórias que surgiram com o reboot da DC. Mas uma das poucas que realmente curti, ANTES disso, é Crise nas Infinitas Terras.
Crise nas Infinitas Terras, em minha opinião é a melhor saga da editora até então. Nos anos 80, seu universo de personagens estava claramente confuso cheio de realidades alternativas: mundos em que Lex Luthor é o único herói , outros  que foram comprados pela DC (como os da Charlton e da Fawcett Comics), outros que tem similaridades entres os personagens e outras, em que a Alemanha Nazista havia vencido a Segunda Guerra Mundial!
O editor Len Wein, o escritor Marv Wolfman, e o desenhista Geórge Perez decidiram fundir essa suruba de universos. Para isso criaram uma mega saga interligando todos eles, em que dois seres cósmicos travavam uma guerra milenar: o Monitor e o Anti-Monitor. Este segundo, soberano do único universo composto por anti-matéria. E o combate se desestabilizou quando o Anti descobriu que ficaria mais poderoso absorvendo os universos positivos. Imaginem como foi o combate?
A saga enviou heróis e vilões em diferentes partes do tempo e do espaço (a mando do monitor), para deter a onda destrutiva causada pelo Anti-Monitor. Universos inteiros foram aniquilados! Incontáveis vidas se perderam! Mas isso acabou com um pequeno grupo de heróis que conseguiu chegar até o ponto chave na criação do multiverso. O que fez os universos finalmente se fundirem!
Com Frank Miller, John Byrne, Geórge Perez e Mike Baron reconstruíram o universo DC como excelentes artistas que eram e já tinham feito tantas vezes (se não me engano, depois dessa época que Frank Miller teria criado o famoso Batman: Ano Um que reescreve o mito do Cavaleiro das Trevas).
As sagas de crossover nunca foram iguais depois daquilo. A Supermoça original faleceu em combate (uma das mais famosas capas da época e até hoje), a Mulher-Maravilha se ligou mais com a mitologia grega do que no seu começo (o que convenhamos, parecia mais uma exaltação aos valores americanos no começo dos quadrinhos da moça) e o Batman se tornou um personagem mais sombrio e menos sociável, fazendo raras participações na Liga da Justiça. Com a morte de Barry Allen, o Flash original, Wally West, seu sobrinho assumiu o manto (já que antes era o sidekick, Kid Flash).
Enfim, leiam Crise nas Infinitas Terras. Só pude ler uma vez na casa de um amigo e de relance... Mas foi extremamente instrutivo para compreender alguns dos verdadeiros motivos de uma editora criar crossovers.
O sub-título de "a melhor crise da DC" se deve pois foi uma das poucas vezes em que esses crossovers das editoras serviam para uma função tanto quanto nobre. Não só criar mais uma mega-saga qualquer.
P.S.1: Sobre Barry Allen ser o Flash original, cronologicamente isso é errado! E foi um erro meu, mas explico: o primeiro flash teria sido Jay Garrick, um estudante universitário que sofreu um acidente com uma forma experimental de água pesada. Aqui no Brasil ele é mais conhecido como Joel Ciclone. Mas a maioria dos fãs do Corredor Escarlate sabe isso.

P.S.2: Essa opinião sobre Crise nas Infinitas Terras me surgiu de uma longa pesquisa, mas talvez seja mais uma opinião própria. Mande sua opinião sobre qual saga você acha que é mais importante no universo DC.

Nenhum comentário:

Postar um comentário