domingo, 25 de junho de 2023

Homem viaja mais de MIL KMS e ateia fogo em carro de streamer


A streamer da Twitch, Kylee Carter, conhecida como justfoxxi, relatou em seu YouTube um incidente em que um suposto stalker teria ateado fogo no carro dela enquanto ela esava fora de casa.
O incidente teria acontecido em 16 de maio, mas Carter, que tem quase 600 mil seguidores na Twitch, não havia comentado sobre o acontecimento até a publicação deste vídeo no Youtube, quase um mês depois. Ela exibiu imagens de câmeras de segurança mostrando um homem mascarado ateando fogo ao Jaguar F-Type dela ao colocar um tijolo no centro do capô, com um balde por cima, e colocando um fósforo aceso dentro, iniciando as chamas.
O homem no vídeo foi identificado como Farhan Jami, de 28 anos, que teria dirigido por mais de 1.000km de Nova York até Ohio, nos EUA, para cometer este ato de incêndio doloso na propriedade
dela. Uma emissora local afiliada à Fox informou que a mãe da streamer, que estava na casa quando o incêndio aconteceu, ligou para a emergência às 2h da manhã. A polícia e bombeiros chegaram ao local e o fogo havia se alastrado para as cercas da residência. Ela contou à polícia que sua filha tinha stalkers por ser uma streamer popular de games, então um stalker poderia ter iniciado o incêndio.
A polícia encontrou Jami na área e o prendeu logo em seguida. Segundo o Polygon, ele aguarda julgamento por crime de agressão agravada.
"Estamos todos traumatizados de maneiras que nunca conseguirei descrever, mas fico feliz que todos estão bem. Isso é o mais importante para mim", disse Carter, a streamer. "Nunca pensei que quando comecei a fazer lives, em 2015, que algo desse tipo aconteceria comigo".
Carter geralmente joga games como Fortnite enquanto conversa com os espectadores no chat, mas ela parou completamente com as lives desde o incidente de incêndio. No entanto, ela diz ao final do vídeo que deseja voltar em breve.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Mago A Ascensão e a metáfora sobre as realidades


Tudo evoluí; não há realidades eternas: tal como não há verdades absolutas.
-Friedrich Wilhelm Nietzche
Entender sobre Mago A Ascensão se torna difícil, por um motivo até que simples. É que os jogadores querem mudar sua realidade, mas não se esforçam para isso. Entenda que o RPG surgiu de um grupo da sociedade, os nerds, que foram vistos com certo preconceito durante anos. Nada pesado. Mas se segregaram por conta própria. E hoje em dia, é legal ser dessa "sociedade".
Gerando a outros, o preconceito que tanto sofreram. As vezes, o sonho do oprimido, é se tornar opressor.
Mas quem precisa alterar a realidade para lhe ajudar, para sobreviver (as vezes, contra uma violência mais pesada que no Mundo das Trevas... Bem, é bem mais complexo para pessoas assim.

Para tornar a realidade suportável, todos temos que cultivar em nós certas loucuras.
-Marcel Proust
Um mago desperta para seus dons místikos, que são as esferas que ele controla, em um momento especial em sua vida - pode ser no momento do êxtase em uma transa, em um instante único de alta tensão ou quando alguém, ou até o despertado, morreram. O desperto, antes de dominar realmente esses poderes enxerga uma nova realidade, ao qual ele pode manipular. Isso de acordo com o seu paradigma.
Paradigma, mais do que um estilo é a essência definida das crenças do mago, sendo descrito como a linguagem pela qual ele comunica sua arte. E notamos com isso, que possibilita para ter várias interpretações diferentes sobre esse universo, afinal, sua cultura ou realidade sempre vai diferir de outra pessoa. Pontos de vistas de cada um, trazidas por crenças, sexualidade, status social, etnia e outras coisas que influenciavam ou influenciavam esse futuro mago.
Para manipular tudo isso, esse poder único, terá que lidar com o paradoxo.
O paradoxo é o choque de retorno da realidade contra alterações mágicas. Ele pode acontecer diretamente, de forma bruta, ou acontecer de forma sútil. Então, podemos falar que algo que contraria a realidade atual e vigente no mundo. Um exemplo claro, seria mais fácil para uma comunidade cristão fanática crer em um milagre vindo de um pastor, do que de um espírita. Para ser sincero, esse seria visto como um perigo. Já estão entendendo meu ponto?
Tudo limitado pelo que a realidade acha que é certo, ou seja, o mago tem que ludibriar a realidade, usando meios para soltar a magia. Em termos jurídicos, seria como encontrar brechas nas leis. De forma mais direta, é impossível fazer uma bola de fogo sair de suas mãos, MAS eu consigo fazer uma em condições especiais. Como? Um lugar com gases ou muito álcool em uma situação de perigo.

É melhor, muito melhor, contentar-se com a realidade; se ela não é tão brilhante como os sonhos, tem pelo menos, a vantagem de existir.
-Machado de Assis
Após o despertar, o mago pode seguir um grupo alinhado com seus poderes de esfera, as tradições místikas. Seguindo um paradigma parecido com os dela. Para então aprender como fazer a magia, sem correr perigo.
A Tecnocracia, que é uma grande antagonista nesse mundo, é a organização conspiratória moderna dedicada ao desenvolvimento científico racional do mundo. Pois querem uma realidade segura para a humanidade, mas ignoram que padronizam os pensamentos dentro desse grupo. E querem acabar com as tradições místikas. Para ser preciso, simbolizariam a Weaver de Lobisomem o Apocalipse.
Eles abusaram da magia, ao ponto de determinar que seu paradigma era o certo no mundo. O que deixa mais complexo aos magos de realmente lançarem magias nos dias de hoje. Usando mecanismos tecnológicos para usar seus poderes, já que é mais racional eu ver uma pessoa usando um celular para certas habilidades do que qualquer outra coisa mais mística.
Cada tradição vê o mundo de acordo com as esferas que usam: os Eutanatos sempre tentam compreender os enlaces do destino e como eles relacionam com a Entropia final; a Irmandade de Akasha evoluí o físico para melhorar a Mente; e a Ordem de Hermes se torna rigorosa em suas tradições demonstrando sua Força.

Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo.
-Paulo Freire
Falado isso, cada grupo pode ser visto como minorias. Mas além disso, podem ser vistas como as pessoas que criam empatia quando a outras pessoas.
As pessoas podem primeiro associar a Matrix. E faz muito sentido, como os Adeptos da Virtualidade, que compreendem que a humanidade precisa avançar, mas tem que ser através de sua liberdade de escolha. Onde as pessoas querem algo e, portanto, quebram os parâmetros da realidade vigente. Algo parecido com alguns curtas que aparecem em Animatrix. Produção no universo criado pelas irmãs Wachowski, que pode e deve ser usado para ampliar os sentidos sobre aquele mundo pós-apocalíptico. E que demonstra diversas camadas de pontos de vistas diferentes.
Mr. Robot, Blacklist e The Boys, podem servir de referência, pois criam críticas ao sistema atual das coisas. Não por ser errado, mas por estar tão estagnado, que gera preconceitos contra as pessoas que são minorias, ou que opinam contra o atual sistema - seja de governo ou econômico. E notemos, como cada um, a seu modo, é violento. Nem precisa ser graficamente, mas mexendo com feridas da sociedade, em especial, norte-americana.
Mas vamos ver por outros ângulos, outros pontos de vista, outras REALIDADES: já devem ter notado que estou escrevendo sobre a questão de minorias. Cada grupo tem sua visão de mundo, mulheres, negros, judeus, gays, lésbicas, bissexuais, mas isso aumenta se pegarmos isso no Brasil. Pela visão preconceituosa que fazem de diversas pessoas, como umbandistas, candomblecistas, espíritas, nordestinos, entre outros grupos. Isso sem contar grupos que sempre serão vistos com certo preconceito, independente do país, como feministas ou pobres. Porém, sua observação de mundo difere de pessoa para pessoa.
De qualquer forma, o livro quer demonstrar isso: que para entender a nossa realidade, precisamos aprender mais sobre nós. Mas jamais passarmos por cima dos pontos de vistas de outros. Acima de tudo, através da empatia. Pois podem ser poucos, ou não estruturados, mas uma ideia pode mudar o mundo. Como já aconteceu antes.

domingo, 4 de junho de 2023

Jade Picon impressiona com fantasia de Mulher-Gato


Recentemente, a atriz, influenciadora e ex-BBB Jade Picon, 21 anos, deu o que falar ao se fantasiar de Mulher Gato. Na situação, a famosa utilizou a roupa e acessórios para prestigiar o aniversário da atriz Giovanna Lancellotti.
Giovanna completou 30 anos e resolveu celebrar esta data de uma maneira diferente, onde vários artistas e famosos foram fantasiados para a sua festa. Vale lembrar que o tema escolhido pela atriz foi Rio Beach Club. Quem levou a ‘brincadeira’ a sério foi a ex-sister Jade. Em sua conta oficial do Instagram a artista mostrou sua transformação em Mulher Gato e escreveu a seguinte legenda: ”um domingou diferente”.

domingo, 28 de maio de 2023

Léo Lins e a piada que lhe tirou um vídeo das redes sociais

Uma das últimas notícias que saiu algum tempo atrás, foi algo peculiar envolvendo o humorista Léo Lins.
Léo Lins teve a gravação do seu stand-up removido do Youtube a pedido do Ministério Público de São Paulo. Isso se devia a uma piada com teor racista. O que não é a primeira vez. Alguns comediantes acusam essa ação como censura, tal qual Fábio Porchat. Já João Pimenta, outro humorista disse que hoje em dia não há espaço piadas racistas. E que a classe só está se mobilizando, desse jeito, como Porchat, pois ele é um amigo.
A piada em questão era "O negro não consegue arrumar emprego. Ué, mas na época da escravidão, já nascia empregado e achava ruim". Como veem, é uma piada. Se é boa ou ruim, ai podemos até definir aqui. Mas tem a estrutura de uma.
O humor não tem limites. É um estado de ânimo fluído e amoral. Por isso, até mesmo a pessoa mais correta ou certinha, pode chegar a rir de coisas extremamente erradas.
Porém, humoristas sim tem limites. Léo Lins havia feito o seu show no auditório, em um show na cidade de Curitiba, para 4.000 pessoas. Já no Youtube, esse vídeo chegou a ter mais de 3.000.000 de visualizações. Piadas quando colocadas em outro contextos ou mídia, ganham outro sentido ao chegarem aos novos espectadores. Mais gente assiste e vê isso em suas redes sociais, fora de um contexto. É que nem as piadas escrotas que você faz junto a seus amigos. Pois se isso que disse vai a público, pode soar como ofensa para muita gente.
Mas dito isso, se o objetivo é fazer piada com algo mais mórbido ou absurdo, e mostrar isso para diversos públicos, que aguente o tranco então. Já que uma piada, pode não refletir a opinião do humorista. Então, por qual motivo se disponibilizou a fazer ela? Para chamar a atenção ou para fazer uma alusão a algo ser debatido, ou ao menos, refletir sobre isso.
Marcelo Tas, outro grande humorista, uma vez disse que humor é o encontro entre duas inteligências. Segundo ele, nesse tipo de entretenimento, não há emoção. Só a conexão entre duas pessoas inteligentes. Se há uma parcela extremamente e visivelmente irritada com Léo Lins, por uma piada com teor racista - que nem precisam ser negros - será que o responsável pela piada não está sendo ignorante nesse ponto? Ou isso, ou quer chamar atenção através do choque. O que, mesmo que não seja sua intenção, se torna racista.
É bizarro quando algumas pessoas pegaram e fizeram uma comparação entre a piada de Léo Lins e uma cena da peça (que posteriormente virou uma série/filme) Auto da Compadecida, escrita pelo nordestino Ariano Suassuna. Primeiro que Ariano sempre se voltou contra preconceitos, em especial os que se relacionavam com etnias. Tanto que a cena em questão, onde surge um Jesus com tom de pele negro, foi feita exatamente para chamar atenção. "Você também é cheio de preconceitos de raça. Eu vim assim de propósito, pois sabia que isso iria despertar comentários", disse o personagem demonstrando uma fala antirracista.
E como é muito difundido, não basta não ser preconceituoso, não ser racista, mas ser antirracista.
Para finalizar, entendam que é possível fazer humor sem usar temas tão pesados. Um exemplo é o humorista Thiago Ventura. Ele já foi dançarino e motoboy, da quebrada como fala. E já se autocriticou por fazer piadas ofensivas, tóxicas. Ao ponto de se criticar em suas piadas e pedir desculpas em público. Então, na minha opinião, é de um cara assim que eu riria. Sem forçar a barra.

domingo, 21 de maio de 2023

Michael Moorcock e seu Elric de Melniboné


Michael John Moorcock nascido em 18 de dezembro de 1939 é um escritor inglês, conhecido por seus romances sobre o personagem Elric de Melniboné, uma grande influência no campo da fantasia desde os anos 1960 e 1970.
Reconhecido por seus livros de ficção científica e fantasia, série de romances, histórias em quadrinhos e não-ficção, Moorcock já trabalhou como editor e também é músico. Como editor da revista britânica de ficção científica New Worlds, ele fomentou o desenvolvimento da ficção científica "New Wave" no Reino Unido e indiretamente nos Estados Unidos, levando ao advento do cyberpunk.
As obras de Moorcock são conhecidas por sua natureza e conteúdo políticos. Assim como em Elric, o tema central em muitos de seus romances de fantasia é o conceito de um "Campeão Eterno", que tem múltiplas identidades em uma série de universos alternativos. Esta cosmologia é chamada de "Multiverso" em seus romances. O Multiverso lida com polaridades primordiais como como bem e mal, lei e caos, e ordem e entropia.
Elric, o anti-herói albino condenado de Moorcock é um dos mais conhecidos na literatura de fantasia, e já se encontrou com Conan, o Bárbaro, outro personagens dos livros. Por conta de sua influência, Elric já foi adaptado para uma ampla variedade de mídias, como jogos de RPG, HQs, música e cinema. Suas histórias têm sido publicadas e adaptadas desde os anos 1970. 

domingo, 14 de maio de 2023

Incentive os novatos no RPG


Recentemente, eu tenho ouvido uns comentários sem noção de que "os jogos de RPG deveriam só ter jogadores veteranos". Ou seja, só os velhos, os mais antigos jogadores. E isso não faz sentido, além de ser apenas... Preconceituoso. Mas para explicar, aqui irei fazer isso em três partes:
-Como surgiu o RPG;
-Comparação aos video-games;
-Experiência pessoal.

Gostaria que o mundo se lembre de mim como o cara que realmente gostava de jogar jogos e compartilhar seu conhecimento e seus passatempos divertidos com todo mundo.
-Gary Gigax
Quando Dungeons & Dragons foi criado, jovens amigos - entre eles, Gary Gigax - na verdade estavam jogando wargames. Versões antigas de jogos para tabuleiros, que simulavam conflitos reais inicialmente. Para mudar um pouco, decidiram que usariam uma forma de invasão do lugar ao qual precisavam acessar. E por isso, gerou o RPG que conhecemos hoje em dia. Se tornando até mesmo molde para os que aparecem em video-games e jogos de tabuleiro atualmente. Já entrarei nesse assunto.
Mas note, se não fosse por um bando de jovens, que tinham ideias (nem boas, nem ruins) esse hobby é tão valorizado hoje em dia. Eles queriam algo diferente, inovador, o que vamos ser sinceros, os mais velhos normalmente não conseguem. A não ser que tenham uma mente tão
aberta quanto os novatos. Me lembro até hoje, quando um narrador ridicularizou uma ideia que tive de fazer um brujah da periferia carioca, em Vampiro A Máscara. Entretanto, quando falei com pessoas especializadas em Mundo das Trevas, falaram que minha ideia era brilhante. Já que as áreas de comunidades devem ser redutos de pessoas que se rebelam com o sistema em vigor. O que combina com uma prole de Trole!
Enfim, devo lembrar que se fixar em um único grupo exclusivo de jogadores força e acaba com novos talentos. Quem se lembra da Dragão Brasil? Mas pouco se recordam das revistas Grimorium, Arkham e Tolkien, que se continuassem, poderiam fazer algo mais único e amplo dentro dos RPGs.

Foda-se o Oscar!
-Josef Fares
Josef Fares pode parecer maluco (e ele meio que é!), por conta dessa sua frase em um famoso evento dos games. Ele é um sueco, com sangue libanês também. Entretanto, seus games são mais que apenas crescer em poder e força dentro de um espaço virtual. Se trata de contar uma boa história.
Entre alguns dos games criados por ele, estão A Way Out e It Take Two, que são experiências únicas cada um. Mas falemos de A Way Out.
O game necessita que tenham dois jogadores, começa por aí. Ou seja, é algo que vai ser compartilhado entre duas pessoas. Cada um será colocado na pele de dois detentos em uma penitenciária, ao qual existe uma possibilidade de fugirem. Depois de idas e vindas, se descobre que um deles é um infiltrado da polícia, e que precisou do jogador para algo grande. Entretanto, isso vai gerar um conflito em que ambos terão que se enfrentar de forma a que apenas UM saía vivo.
Me lembro até hoje de quando os streamers Alan (Alanzoka, antes EDGE) e Cappuccino, jogaram. O Alan chorou, o Cap chorou e eu chorei. Pois de trata de envolver os fãs do gênero em uma história de dois personagens que aprenderam a confiar um no outro. E quem vê algo assim, vai notar que o game CONTA UMA HISTÓRIA. Como deve ser uma roleplay.
E se distancia de uma visão preconceituosa dos gamers. Quem conhece o mínimo de The Last of Us, e nem digo de conhecer a história, mas sobre o criador do game, tem consciência de que ele sempre quis que Ellie fosse homossexual. Desde atitudes pequenas no primeiro game, as ações da DLC Left Behind, entre outras declarações. Só que muitas pessoas ficaram irritadas com a morte do Joel, mesmo ficando claro que isso aconteceria, quando na verdade, isso se devia ao preconceito de uma das duas protagonistas.
A verdade é que a maioria dos gamers não cresceu mentalmente, assim como leitores de histórias em quadrinhos ou nerds em geral (devo confessar que já fui assim), sobre assuntos que deveriam ser tratados nessas obras. E isso meio que afetou também os mais velhos jogadores de RPG, que como os fãs de game, pensam em poderes e "skins" para personagens. Não em quão envolvido com a história os personagens estão nesse mundo.
E agora vem a minha experiência pessoal.

Eu não vou ser como aqueles que nos excluíam.
Luis Eduardo Caraça Tavares
Comecei a jogar junto ao meu primo em Vampiro A Máscara, e os amigos dele. Erámos muito novos para entender algumas coisas sobre o RPG. Como por exemplo, que ele não era recomendado para menores de 18 e que estávamos na "Geração Xerox" ou "Época de Caça as Bruxas do RPG". Que significa o seguinte: os livros oficiais, que vinham por exemplo da Devir, eram muito caros. Traziam xerox de livros famosos, como os da White Wolf, podendo ser destruído por pais que não compreendiam que aquilo era apenas um jogo.
E isso, inicialmente, era o meu mundo de RPG, pois era forçado a participar daquele grupo de garotos mais velhos pois queriam determinado sistema. Enfim, me colocaram para fazer uma ficha de toreador, com a ideia preconceituosa de que eles eram homossexuais. Só relembrando que talvez os toreadores, dentro da história do jogo, sejam os personagens com menos casos homossexuais. Só ver os tremere (Tremere, Goratrix e Etrius), tzimisce (Mika Vykos, depois chamado Sacha Vykos com Dagon) e a relação assamita e lasombra (Fátima e Lucita, respectivamente). De qualquer forma, instauraram que aqueles personagens que lidavam com artes eram gays.
Nunca pude jogar direito com aquele personagem. Depois de certo tempo, saí daquele grupo.
Ao ir para a Quinta Série (respectivo ao Sexto Ano do Fundamental II) encontrei amigos novos que queriam jogar RPG. Alguns tiveram boas experiências com pessoal disposto a ensinar. No final, formamos um grupo bom. Hoje em dia não participo daquele grupo, mas cada um se tornou bons jogadores até hoje.
Entretanto, quando chamamos um antigo conhecido de meu primo para jogar conosco, ainda adolescentes, fomos xingados pelo cara. Pois éramos novos no assunto. Nós criávamos sistemas, pois nem tínhamos grana pros livros, como era bem o meu caso. E isso poderia nos ter desestimulado para sempre.
E por conta disso, poderia nunca escrever meus livros com base fantástica, não teria ilustrado para a Brasil in the Darkness e nunca teria narrado várias partidas de RPG. Tudo por um preconceito com novatos. E só lembrando que um preconceito normalmente gera outros.