sábado, 5 de agosto de 2023

Barbie: uma explosão maior que uma BOMBA ATÔMICA

Muitos podcasters, youtubers e streamers erraram feio a previsão sobre o filme da Barbie. De que ele iria floopar, como falam. Notem, que nem falo pelo fato do filme feito pela Mattel ter feito "um acordo diplomático" com Oppenheimer, ou seja, os atores de ambos os filmes não atacaram um ao outro, mas pelo contrário, elogiarem as obras de cada um. Falo do fator que esses influenciadores tranmitiam simples misoginia ou falaram demais, sem notar o óbvio. 
Não só Barbie foi um sucesso avassalador, como retirou de cartaz Missão Impossível 7 - Parte 1: Acerto de Contas. Ao qual, alguns dizem, Tom Cruise insistiu para sair nessa época, pois não seria ofuscado pelo "filme da boneca".
Muitos dos que erraram, eram os chamados nerdolas, ou como gosto te chamar, nerds com masculinidade, religião e crenças frágeis. Pois qualquer um que entrasse em uma rede social, saberia que Barbie e Oppenheimer seria um sucesso pelo número de memes sobre o assunto. O pior é que nem memes de MI7 apareceram! Eu, ao menos, não vi.
Nos primeiros dias, Barbie se tornou um dos maiores sucessos de 2023 até então. Sendo da empresa que fez uma das maiores produções que estreou com uma diretora, a maior pré-venda de ingressos no Brasil, ou maior abertura de 2023 nos Estados Unidos da América. Relembrando que mesmo a Marvel com problemas em suas bilheterias, ela é um páreo duro.
A ideia deles sobre tudo isso ser ou seria, uma "lacração", não faz sentido. Pois muitos dos homens e adolescentes que sabiam do filme queriam o ver por vontade própria mesmo. Não por conta de relacionamentos amorosos ou amizades, ou influências femininas. O que me lembrou que deve a figura do Calvo da Campari que simplesmente pediu que homens não saíssem com mulheres que assistiram ao filme. Pois ele sairia apenas com homens que assistiram a esse filme? Pois o que deve de homem assistindo... 
Ódio a minorias, ou a uma obra que trata de assuntos sérios, pode até gerar lucro para os influenciadores. Mas ainda assim, isso só serve para esconder o quanto esses caras são profissionais ruins em seu trabalho de comentar sobre obras nerds, ou algo parecido. Como o Peter Jordan, que falou sobre Avatar 2, pois para ele "não ultrapassaria Titanic". E o filme de James Cameron fez isso, mais uma vez. 
Só lembrando, o problema não é ser amador. Mas usar teses baseadas apenas no gosto, desvia de um resultado claro e mais próximo da realidade.
O pessoal que acha Barbie fora da casinha, e são contra o filme, pois ele "quebra" paradigmas do que seria uma mulher recatada, conservadora e do lar, não entenderam bem a pegada do filme. Apesar dele ser bom. O roteiro faz críticas sim, ao patriarcado. Entretanto, a boneca em si não foi criada para empoderamento feminino, mas criar nas crianças, e até nos adultos, um mundo lúdico perfeito. Que jamais poderia ser alcançado. Com ideais inalcançáveis as mulheres. 
Pois quando Barbie e Ken estão na Barbie Land, tudo é bom para ela. Mas quando estão no mundo real, tudo é favorável a ele.
E mesmo com a Mattel, criadora da boneca, aparecendo como "vilã", a mesma está ganhando rios de dinheiro com o filme. Nesse ponto, a empresa quebra a quarta parede e se saí melhor que a Marvel! Com um empresário que se diz progressista, desconstruído como alguns dizem, mas não deixa de ser mais uma cria do patriarcado.
Mas a Mattel tem toda essa consciência com relação as mulheres? Não. Mas isso é algo que vem do individual. O que uma empresa quer, independente de qual seja, é o lucro. A Mattel aprovou isso pois a história é boa, e ganharia mais se fingindo de desentendida. Pois a própria boneca surgiu devido as necessidades femininas em diferentes épocas. Assim como o próprio filme, Barbie, faz, com diversas demandas atuais, que podem não ser as mesmas daqui alguns anos. Mas demonstram parte do que se queria, por exemplo, em 2023, no âmbito da vida feminina.
Prova disso é quando uma boneca não emplaca, eles tiram de produção. Então, se não for bom, o filme jamais renderia tantos memes e debates. Alguns até tolos e desnecessários. Ou seja, o filme é criado por uma empresa que visa apenas o lucro, mas não significa que não se possa usar ele para debater.
Greta Gerwig, tem uma direção competente demais que faz o filme ter sentido, ser bem humorado e nos fazer pensar. Mas deixando tudo bem claro. Parece palestra, mas não é enfadonho. Trazendo uma crítica ao patriarcado, com uma visão atual do feminismo.
E se você é homem, e está bravo com o filme da Barbie... Acho que alguém não é tão másculo se odeia um filme de boneca.

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