terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Pensando a personagem: Mary Jane Watson

Ela surgiu como par amoroso de Peter Parker. Em Amazing Spider-Man #25, mas ainda não mostrava seu rosto, só surgindo em Amazing Spider-man #42. Uma criação de Stan Lee e Steve Ditko. Ela era sempre citada em Amazing Spider-Man #15, sendo que isso foi uma piada na animação The Spetacular Spider-Man. Com ilustrações de John Romita, também chamado de John Romita Sr. Já sendo atriz profissional, dançarina, modelo e repórter.
Quase sempre é ela que presta os primeiros socorros ao Homem-Aranha. E alegou que a música do casal era Kung-fu fighting, de Carl Douglas, de 1974. Há sempre idas e vindas do casal, ao qual deveriam ser canceladas faz tempo.
Certa vez, uma pessoa me falou que Mary Jane era uma biscate e não merecia Peter Parker. Perguntei o motivo. E me disse que era pois ela tinha ficado com um monte de gente antes dele. Lembrando que a pessoa tinha certa razão no que dizia: apesar de ela conhecer a MJ dos desenhos e filmes, ela até nos quadrinhos deve mais pessoas antes de colocar o Teioso na vida dela.
A verdade é que como qualquer pessoa, ela até então, não havia encontrado o "cara certo". Refletindo sobre o assunto, se formos chamar uma mulher de biscate por ter ficado com mais de um cara... Vamos ter sérios problemas. Assim como homens. Apesar de que ainda vivemos em um mundo bem machista. Uma das coisas legais da Marvel (quando eles fazem algo que preste!) é serem realistas com certos assuntos e aspectos. Ai vai vir um chato "como você quer ser realista com um personagem de quadrinhos?" Simples. Pois com boas histórias, nos sentimos inseridos nelas. Pegue alguma história da Vertigo rapaz! Ou uma da Marvel e da DC nos momentos boms das editoras. E a prova disso é que essa ideia em que Mary Jane é uma biscate veio de uma mulher! E que não lia os quadrinhos do Cabeça de Teia! Engraçado não é? O problema é que ela nunca notou um histórico de sofrimento em que a moça passou vivendo ao lado de seu maior amor, por exemplo. Ignorando a complexidade, fosse nas HQs, ou nas mídias.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Vai Vai e a endemonização dos homens do CHOQUE

A escola Vai Vai que retratou a Polícia Militar como demônios, foi a protagonista - com isso - de uma das principais polêmicas de 2024. A organização de samba foi autorizada a captar R$ 2,1 milhões para o desfile deste ano por meio da Lei Rouanet. Observação que tudo ao qual vai ser utilizado essa grana, deverá ser repassado e documentado ao governo.
A autorização foi dado pelo Ministério da Cultura em julho de 2023. Inicialmente, a escola de samba poderia angariar os recursos até 31 de dezembro, mas em janeiro, o Governo Federal prorrogou o prazo. E não apenas a escola de samba Vai Vai. Só uma coisa que deixo claro, que muitas mídias conservadoras colocam o nome de Lula, como se "fosse o interessado dessa endemonização dos policiais".
O momento tratado aqui, ocorreu no dia 10 de fevereiro, no Sambódromo do Anhembi, durante o desfile. Que possuíam um aspecto igual a tropa de choque.
Após o tal desfile, parlamentares como o deputado federal, Capitão Augusto (PL-SP) e a deputadas estadual, Dani Alonso (PL-SP), enviaram ofícios ao governador paulista, Tarcísio de Freitas, e ao prefeito da capital, Ricardo Nunes.
Nos ofícios, os parlamentares pedem que a escola seja proibida de receber recursos públicos estaduais e municipais no Carnaval. 
E deve até político falando que a PM não seria composta por demônios, mas "anjos de farda". O que convenhamos, está meio longe da verdade. Compreendam, tenho respeito por todos os servidores públicos. Sejam professores (como eu), enfermeiros, médicos e policiais. Entretanto, não é de hoje que a figura policial se perdeu.
Para começo de conversa, os policiais retratados como demônios eram do CHOQUE, grupo especial da PM. Que por sinal teria sido o responsável - e daí essa retratação - pela morte e massacre na antiga penitenciária do Carandiru. E por conta desse ato terrível, que gerou tanta carnificina, geraria o embrião do atual Primeiro Comando da Capital. Visto que os presos precisavam se sentir protegidos contra o poder militar, já que sabiam que não poderiam contar com o poder público. A velha política de "bandido bom é bandido morto", usada mais atualmente pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, foi um dos motivos do conflito atual entre palestinos e israelenses (Guerra na Faixa de Gaza).
Sem contar que a música que foi usada como referência para tema da Vai Vai é um clássico do grupo Racionais MC. Tanto que os membros, incluindo Mano Brown, estavam lá, no dia. Mas aí está uma coisa engraçada, que o rap, assim como o samba, foram ritmos e músicas marginalizadas. Pois vem da periferia, ou seja, de origem negra. É patético como a ala conservadora da política sempre tenta quebrar as pernas daqueles que fazem críticas, independente de que área musical, através de arte.
Um exemplo disso é que o motoboy Galo, participou também por lá, próximo de uma versão da estátua, pichada e "destruída" de Borba Gato. Para quem não sabe, esse construto faz referência uma bandeirante conhecido por matar indígenas e negros, além de os torturar. E ao qual, o rapaz tentou queimar. Fazer crítica aos policiais que foram contra presos em sua maioria negra, não pode, mas manter os símbolos de poder dos brancos, isso pode. Coisa engraçada.
Não falo que o Galo esteja cem por cento certo. Mas retirar aquilo do centro de São Paulo, bem que poderia.
Por último, não é a primeira vez que um grupo de carnaval é censurado no Brasil: A gestão Fábia Porto (2017 a 2020) impediu em Santa Isabel que pessoas pudessem fazer uma paródia com a prefeita; já em alguns outros carnavais posteriores, grupos carnavalescos fizeram polêmica retratando como corrupto Jair Messias Bolsonaro.
O pecado no Brasil, as vezes é apenas se expressar. Especialmente se vierem da periferia e de uma minoria.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Hazbin Hotel e sua temática LGBTQIAP+

Para começar, Hazbin Hotel era um piloto de uma série para o Youtube. Uma produtora se interessou tanto, que comprou os direitos sobre essa história, A24. Com a rede social de vídeos meio que cortando a monetização e mandando strike em vídeos que nem geram tantas visualizações, mas não falando nada de youtubers cheios de fascismo e nazismo, foi uma boa ideia essa venda para o criador.
Então, vemos uma série, originalmente indie, ganhar cada vez mais relevância. E apesar dos palavrões, e até uma temática mais adulta, ela tem sim uma mensagem muito boa por de trás, que poucos enxergam. Mas é através desses demônios - literais - que a obra trata de todo o seu conteúdo único.
Na história, temos Lúcifer, que era um anjo extremamente criativo. Que era visto como problemático, mas além disso foi banido para longe. E aqui já começa a "mágica" da série: ela inverte os valores, onde temos um bando de anjos CONSERVADORES e demônios só aproveitando a vida no Inferno - literalmente, mais uma vez - do melhor modo possível, em um mundo decadente. 
É algo que podemos até usar ver na história humana mesmo. Quem conta é sempre o vencedor, ou quem calou a boca dos outros mais rápido, ou quem está no topo da estrutura do poder. O que me faz pensar que odeio a Globo, mas temo que um dia a Record fique no topo do ibope... Misericórdia!
Enfim, ainda temos Adão e Lilith (personagem que não está na Bíblia, mas em relatos do povo judeu, como versões do Torá), ao qual o primeiro era abusivo com a segunda. Ela fugiu e acabou ficando com Lúcifer. E acabaram com uma filha, a Charlie.
Mas antes disso, Lúcifer e Lilith são mandados ao Inferno. Toda a série é praticamente um musical, o que combina, já que a Primeira Mulher, usa sua canção para inspirar as pessoas. E por conta disso, ela obtém muito poder, o que faz com que os anjos criem um terrível costume: uma vez por ano, exterminariam vários demônios, para que eles nunca pudessem ser uma ameaça real. Uma decisão bem política e parecida com países em que o governo não tolera homossexuais. Na verdade, me fez lembrar o Brasil, durante o governo Bolsonaro, já que surgiram leis (que não foram para frente, graças a Deus!) impedindo o casamento homoafetivo. Paralelos, nós temos aos montes no mundo. 
Charlie, filha de Lilith e Lúcifer, tem o sonho de salvar essas pessoas do Inferno. Criando um hotel, para salvar esse pecadores e encontrando uma chance de redenção a eles. É uma personagem incrível e cheia de vida, mesmo estando em uma situação de entre a cruz e o diabo - mais uma vez esse raio de literal aqui! Ela funciona quase como um terapeuta ou psicólogo infernal.
O hotel promete não ter violência e pecados. Sendo uma ideia bem utópica por parte da Charlie, mas que demonstra uma personagem idealista. Perseguindo algo parecido com a mãe, que mesmo no Inferno, fez algo bom. E observação: não há garantia nenhuma que o hotel ira trazer a salvação, ela só crê MESMO nisso.
Mas falado isso, vamos tratar sobre os demônios. Seguindo um raciocínio cristão, independente de qual crime uma pessoa cometeu, ela vai parar no Inferno, se não se arrepender disso em vida. Mas nós usamos no nosso dia a dia uma visão meio baseada na justiça comum para designar os tais atentados a religião. Incluindo coisas que eram crime anos atrás, como o homossexualismo. Obviamente, no tal Inferno, há pessoas que não merecem a redenção ou não a querem de forma nenhuma. Será que seria necessário isso para eles?
Os seres quando morrem, e param no Inferno, preferem fazer das coisas um caos. E a galera do Hazbin Hotel tenta trazer eles para lá, já que não podem obrigar as pessoas. Já que a salvação deve ser uma escolha e não algo forçado. Diferente do que muitas igrejas protestantes, evangélicas e católicas fazem. 
Somos apresentados ao personagem Angel, que é um demônio que participa de filmes adultos. Que faz muita coisa errada, mas só o faz por ser forçado. Ele está no hotel, só por estar, pois não crê na salvação, devido ao tanto que ele se desiludiu com aquele mundo infernal. Além disso, ele entendeu que mesmo seja um mundo ruim, aquele é único lugar para ele. 
E aí vem uma ideia que une essa visão sobre o Inferno e a temática LGBTQIAP+: eles, em ambos os casos, estão tão acostumados com aquela visão de mundo, que não querem mudar as estruturas dele. Não se acostumarem com as coisas sendo tão ruins, como estão. 
Pois o Hazbin Hotel seria esse lugar de paz, em um caos infernal - mais uma vez esse troço de literal, oh raios - o que é uma visão única sobre o assunto. Só lembrando que a própria Charlie tem uma namorada, a Vaggie, que demonstra que quer um lugar melhor para si, e para os outros, para ter algo bom no futuro a todos e quem ama.
Mas para isso, a protagonista terá que passar por Adão, que sinceramente, é um escroto - compare a ele ao político mais escroto que imaginar como Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Marcos Feliciano e depois mande a merda ou para o caralho - tentando o convencer ao não extermínio. Enquanto os anjos entendem as almas que foram para o Paraíso e se tornaram anjos como mais valiosos, Charlie entende todos com o mesmo valor, independente de terem cometido crimes ou não! Pois ninguém existe sem ter cometido uma falha na vida.
Acima de tudo, se compararmos os demônios a grupos LGBTQIAP+, mostra que eles não precisam ser boas ou más, mas podem escolher como viver. Obtendo a salvação por conta própria. Ela tem alguns problemas em seus tons (quando quer que o episódio seja sério ou triste ou engraçado, além de piadas com abuso fora do tom... Mas é difícil quando se trata do Inferno mesmo), mas tem tudo de bom.


terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Suicide Squad é chato... Pro nerdola!

Cara, o game Suicide Squad: Kill the Justice League está entre nós. Feito pelo mesmo estúdio dos outros games da franquia Arkham, Rocksteady (City, Origins, Knight e Asylum), ele foi odiado por uma galera enorme. Pois, ao que parece, ele mata a Liga da Justiça inteira. Incluindo o Batman, o principal foco desse ódio generalizado. Mas o que está por de trás de tudo isso? Bem, tem gente tentando colocar mais lenha na fogueira, outros tentando explicar, mas eu tenho uma opinião mais simples e direta. Para isso, vou primeiro falar da galera nervosa com o game.
O canal Ei Nerd, do youtuber e streaming Peter, disse que isso se deve a um roteiro pouco coerente e sem sentido. Que na verdade, coisas que acontecem ali são pouco criativas. Muitas outras pessoas, para não ficarem apenas no ódio da morte do Batman, pela Arlequina, focam em outros pontos. Para mascarar esse inconformismo. Falam que o Tubarão Rei usar um anel do Lanterna é ridículo, pois ele é um vilão. Esses mesmos, nunca falaram nada sobre o Lobo, em HQs recente, usar um anel da tropa dos lanternas verdes, e socar Atrocitus fazendo um construto de um pênis!
O nerdola é contra um tubarão humanoide usar uma arma, mas um czariano usar um construto feito de um membro peniano, para ele está de boa... Vai se entender.
O Alexandre Linck - do Quadrinhos na Sarjeta - quis ir mais para uma área filosófica, na qual, para o gamer, o Batman que eles conheciam não era do mesmo tipo que começou na franquia Arkham. Visto que o primeiro jogo tinha roteiros do Bruce Timm, que também era responsável pela série animada do Morcegão, além de outras da linha DC Comics. E que ele deixou de ser um aristocrata, para ser um vigilante militarizado nos últimos games. O que não me cabe. O Bruce Wayne e seu alter-ego, passaram por situações pesadas. Mas mantiveram atitudes comuns (comuns para um personagem como o Batman, que fique claro!) nas situações do game. E os games, mesmo sendo bons, não tem uma questão de arte e roteiro tão bem desenvolvida como Red Dead Redemption ou The Last of Us.
Isso sem contar uma galera, que agora, está falando que essa Liga da Justiça do game, é clone. Mano... A verdade é o mais fácil... Nerdola é só chato mesmo. 
Aproveitando que citei The Last of Us, uma das atrizes da série foi ameaçada. Ela e o BEBÊ dela! Sim, os nerdolas ameaçaram uma criança. Então, o fandom, se guia por uma raiva sem motivos, por um game que nem é tão importante assim. Pois ele é a descontinuação dessa franquia. E pior! Esquecem que é o último trabalho de um mestre, o excelente Kevin Conroy! Ou que é apenas um jogo, nada demais!

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Castlevania: Vampiros, demônios, terror e... Patos???


Em vários jogos da franquia, podemos encontrar elementos que fazem referências a patos. Muito possivelmente esse fato estaria associado a um designer gráfico da Konami, chamado Tsunenari Yada; mais conhecido como Yadabon.
O Castlevania x68000 (que mais tarde recebeu um port para PS1 chamado Castlevania Chronicles) continha um arquivo de texto com curtos depoimentos dos desenvolvedores. Nesse arquivo, Yadabon escreveu o seguinte:
“Durante o desenvolvimento do jogo, eu comprei livros e vídeos de terror para assistir como inspiração, mas depois lembrei-me que eu não posso lidar com filmes de terror muito bem, então houveram vários desses filmes que eu nunca consegui terminar de assistir, Eles não foram muito úteis, eu acho. Não me importa o que me digam, coisas assustadoras dão medo medo medo. Tanto medo que eu não consigo esquecer. Eu odeio patos. Porque uma vez eu chutei um e ele veio correndo atrás de mim super-rápido. Patos me assustam mais que o Drácula.”
Os patos encontrados possivelmente seriam uma piada interna relativa ao grande medo do designer:
No cenário The Arena de Aria of Sorrow, um patinho de borracha pode ser visto dentro de uma fonte térmica, acompanhado de uma Lilith e de uma Succubus.
Leon Belmont em Lament of Innocence consegue equipar sapatos com enfeites de patos, que fazem um barulho engraçado ao caminhar.
No primário estágio de Harmony of Despair vários patinhos são encontrados.
Em Portrait of Ruin dois itens fazem a possível referência. Um é um consumível em forma de pato e outro um ovo de pato de mil anos.
No cenário Somnus Reef em Order of Ecclesia, outro patinho de borracha pode ser avistado.
Um NPC de Castlevania 2: Simon´s Quest afirma que é possível receber uma bolsa de seda de um pato dentro de um cemitério.
Em Dawn of Sorrow, muitos patos de brinquedo são encontrados no cenário Demon Guest House.
No Arcade de Castlevania um pato mecânico pode ser encontrado após a batalha contra Death. Se ele for destruído, um final alternativo é liberado.