segunda-feira, 5 de junho de 2017

HQs: A história - parte 1

A gênese dos quadrinhos
Os quadrinhos (ou histórias em quadrinhos) são algo antigo. Até mesmo na Pré-História podemos imaginar a arte rupestre dos homens no período Paleolítico e Neolítico (Idade da Pedra Lascada e Idade da Pedra Polida) como uma forma de contar histórias através de imagens. Talvez um pouco confuso, ainda assim, é uma tentativa.
Nos períodos posteriores, isso continuaria com descrições de grandes batalhas e acontecimentos históricos ou mitológicos em várias pinturas e artes pelo mundo antigo e medieval. Passando pelo Egito, Roma, atravessando o surgimento do cristianismo, atingindo a Europa. Passando por todos esses períodos chegamos ao século IX.
Nele, temos algo próximo do que seriam essas histórias quadrinizadas. Com o Yellow Kid (Garoto Amarelo em uma tradução literal) que surge em 1855, como a primeira história, colocando os balões de narrativa. Um modo novo, para a época, visto que até então não se usava desenhos desse modo. Criando diálogos entre os personagens. Lembrando que a primeira casa de quadrinhos assim foram os jornais. E isso mais tarde, se tornaria uma leve lembrança com as tiras de quadrinhos de hoje em dia.
Esses quadrinhos vão sendo incorporados em diversos jornais por um longo tempo, até o final da década de 20. Aqui ocorre o famoso Crack da Bolsa de Nova Iorque. Quando a bolsa de valores tem uma quebra tremenda. Lembrando que nessa época, a cidade já era conhecida por ser uma das mais importantes em termos econômicos dessa época.
Talvez esse clima mais pesado tenha sido um dos fatores do surgimento de novos quadrinistas. Ao invés de só mostrar coisas cotidianas ou pequenas piadas simples, muitos deles começaram a enveredar por um novo caminho. Sem contar que muitos vivem um período turbulento com o surgimento de regimes totalitários em outros países.
Um personagem que surgiu devido a tudo isso foi Flash Gordon, criado por Alex Raymond. Podemos falar que esse seria um dos primeiros heróis das HQs. Uma ficção científica com elementos que seriam incorporados não somente aos quadrinhos, mas também a séries, filmes, músicas, rádios e tantas outras mídias atuais. A viagem ao espaço, regimes totalitários, entre outras coisas, são marcas desse personagem e todo seu elenco.
Chester Gould criaria o detetive Dick Tracy, em um contexto de gangsters. Usando elementos parecidos com os dos mafiosos como Al Capone, além da Lei Seca. Essa lei foi seguida à risca nos Estados Unidos, e usado muito na narrativa de Gould.
Sem contar talvez o primeiro personagem de livros, incorporado aos quadrinhos: Tarzan. Hal Foster adaptou o personagem de uma série clássica, escrita por Edgar Rice Burroughs. O garoto foi acolhido pelos macacos e se tornou um protetor das florestas africanas, mesmo sendo um lorde inglês. As edições dele fizeram tanto sucesso, que um dia, Edgar fez livros falando sobre o filho dele. Ou seja, já era uma receita de sucesso.
Lembrando que até a década de 30, esses heróis que surgiram eram pessoas normais. Ou seja, não tinham super-poderes ou eram vigilantes. Não possuíam uniformes, muito menos fantasias espalhafatosas.
O primeiro que conhecemos desse modo, seria o Fantasma (ironicamente, seguindo uma temática mais africana, assim como Tarzan), criado por Lee Falk. Esse mesmo cara criaria a história de outro personagem conhecido como Mandrake.

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