domingo, 2 de julho de 2017

Mulher-Maravilha: o grande trunfo da DC no universo cinematográfico

“Agora eu sei que só o amor pode salvar de verdade o mundo.”
Diana

Ao assistir o filme da Mulher-Maravilha (Wonder Woman, no original) notamos como o filme cala a boca de muitos críticos. Depois de Batman V Superman (que foi odiado por alguns) e Esquadrão Suicida (criticado negativamente por uma grande parte e uma decepção para muitos), esse filme é a aposta da DC e da Warner Bros para continuar seu universo cinematográfico. E sinceramente? Ganharam e com lucros essa. Ele introduz a história da personagem, com isso mostrando como ela observou a humanidade desde seu surgimento entre eles. 


“Se você vê algo errado acontecendo no mundo você pode ficar sem fazer nada, ou ir e fazer algo.”
Steve Trevor
A história é bem simples, seguindo bem os parâmetros de boa parte das histórias de origem dessa heroína: Diana Prince esta no Museu do Louvre, em Paris, na França. Lá, ela recebe uma encomenda de Bruce Wayne. Era a imagem original que Lex obteve de Diana na qual ela estava na Primeira Grande Guerra Mundial. 
Isso a faz lembrar de seu passado, em Temiscira, terra das Amazonas. Desde sua infância, até a idade adulta. Nesse meio tempo sabemos de duas lendas: uma de como Hipólita, rainha das amazonas criou Diana do barro, por um pedido a Zeus e outra de como o Olimpo teria sido derrotado. Ares, invejoso da criação de seu pai - a humanidade - colocou neles um mal que os corrompeu. Para livrar eles disso, o Senhor do Olimpo criou as amazonas com a finalidade de guiar os homens. Isso não funcionou perfeitamente, mas as guerreiras conseguiram lidar com pela liderança da rainha delas. 
Enquanto isso, os deuses tentaram lidar com Ares, mas foram derrotados um por um. Sobrando apenas Zeus, este depositou o que restava de seu poder em uma ilha, onde as amazonas estariam protegidas. Lá, ele colocou a Matadora de Deuses, uma arma que acabaria com o Deus da Guerra.
A jovem cresce sobre a tutela de sua mãe e sua tia, Antíope. A segunda quer treinar Diana para um dia enfrentar o próprio Ares, pois a jovem seria a peça chave para esse confronto antigo.
Eis que cai na ilha - que ficava escondida por magia - o espião Steve Trevor. Ele estava sendo perseguido pelos alemães, pois roubou dados da Doutora Veneno, cientista que esta projetando uma nova arma. Ocorre um confronto, Trevor, Diana e as amazonas lidam com os soldados inimigos. Mas não sem uma baixa, pois Antíope foi baleada. 
Após um interrogatório - bem simples se você tem um laço da verdade! - as amazonas descobrem um confronto no mundo dos homens. Diana quer ir com Steve até o mundo mortal, mas é reprovada por sua mãe. Mas após fugir com o espião, pegar alguns itens mágicos, entre eles a espada Matadora de Deuses, Hipólita não vê outra alternativa se não deixar ela ir na direção do confronto.
Agora, Diana vai em direção ao combate, acreditando que se aquela era a maior guerra de todas, talvez encontre Ares. E assim, libertando a humanidade de sua corrupção.

"Tenha cuidado no mundo dos homens, Diana. Eles não merecem alguém como você.”
Hipólita
O filme é bom do começo ao fim. A sonoridade é linda. Os atores estão ótimos. E tem até plot twist!
Primeiro, vemos que o som esta usando a mesma música que tocou em BvS quando a personagem apareceu em sua forma plena (a eletrizante Is she with you?), além de outras músicas novas. Todas com ares de combate para cada cena, mas mais voltados para temáticas antigas. Lembrando teria origem nos mitos gregos. Incluindo a cantora Sia, junto com Labirinth cantando a música que encerra o filme To be human.
Gal Gadot, assim como fez em BvS rouba a cena mais uma vez. Não me entendam mal. Os outros atores fizeram sua parte sim, mas ela esta ótima. Além de todo o ar de superioridade do primeiro filme, vemos uma Diana ainda aprendendo a ser uma heroína. E como é lindo quando ela se mostra curiosa e brava com os humanos. É perfeita a cena de surpresa com o sorvete, ou quando ela entra e interrompe uma conversa entre os políticos e generais ingleses. Ainda por cima quando fica brava, em especial quando Steve Trevor finge desistir de seus planos, mas vai acompanhar a jovem por conta própria.
Voltando a cena em que ela interrompe a conversa sobre guerra, naquele período, uma mulher não poderia entrar nas reuniões assim. Por qual motivo? Simples machismo mesmo. Em um conflito como aquele, os britânicos mantinham esses costumes retrógrados. Mostrando assim de modo sutil e bacana coisas como, igualdade dos gêneros e feminismo. Sem precisar esfregar no rosto do espectador. Patty Jenkins é maravilhosa nisso!
E Chris Pine formou uma química perfeita com a moça! Novamente, não me entendam mal. Eu sei que a Gal é casada, mas eles formaram um casal tão bonito que a internet pipocou de gente shippando eles. Mas falando sobre o Steve Trevor dele, ele foi perfeito. Como um espião, ele esconde segredos e sua relação com o laço da verdade é perfeita. Afinal, quem mais poderia ter tantos segredos? Mesmo assim, ele é nobre. Tentando lidar com uma guerra terrível, ele faz o que pode para deter ela. Assim como tenta lidar com Diana, e mesmo possuindo sentimentos por ela, não sabe se acredita na moça.
Connie Nelsen e Robin Wright encarnaram bem, respectivamente, Hipólita e Antíope.
A primeira faz bem seu papel como uma mãe preocupada, que mesmo sabendo do potencial de sua filha, ainda se preocupa com sua pequena fração de uma família. Mesmo que para isso ela mantenha seu segredo. A segunda é destemida, guerreira e crê que Ares espreita fora da terra de Temiscira. Sabendo que sua sobrinha pode ser a única chave para uma solução dos problemas, quer que ela esteja pronta para o futuro.
Aliás, outro elogio ao roteiro. O uso de Antíope como uma mentora, visto que Hipólita não quer que sua filha seja uma guerreira. Nos quadrinhos, Antíope é uma personagem bem diferente, sendo até mesmo exilada da ilha com outras amazonas. Aqui, eles preferiram não seguir o óbvio, no qual vemos um final bom para a personagem.
Quem escreveu o roteiro? Só poderia ser Zack Snyder... O mestre esta ótimo em seu roteiro.
Por exemplo, a Mulher Maravilha surgiu nos quadrinhos enfrentando os nazistas da Segunda Guerra Mundial. E me perguntava o motivo de colocarem a história na Primeira Guerra. Então me toquei. Temos um Chris Pine, fazendo um Steve Trevor em um período da Primeira Grande Guerra Mundial. Sendo que na Marvel temos um Chris Evans, fazendo um Steve Rogers em um período da Segunda Grande Guerra Mundial. Ainda assim, creio que fizeram uma referência a Capitão América em uma das cenas mais dramáticas do filme. Assim, como também fazem uma referência ao problema dos óculos no Superman clássico.
E acredite, mesmo sendo um filme de super-herói, ele te trará uns plot twists
Em resumo, ele faz o que prometeu e BEM MAIS. É um filme com uma super heroína, que não deve nada aos grandes como Superman e Batman. Agora, será que o filme da Capitã Marvel será tão bom quanto esse? Sabemos que ela vai ter um árduo caminho se quer se equiparar a esse filme. Mas ao menos, agora, temos uma abertura as mulheres como super heroínas no universo cinematográfico. E com dois pés no peito da crítica que não se poderia fazer filmes com uma personagem feminina como única protagonista.
"Sou Diana. Filha de Hipólita. Rainha de Temiscira."
Diana

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