quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

InFamous: o jogo onde se usa de poderes para saber se você escolhe ser herói ou vilão

Apesar de não ter conseguido tanta fama, o jogo InFamous tem sua cota de fãs relativas ao mundo de HQs. Já que ele utiliza desse universo com cara de HQ... Mas vejamos um resumo sobre os três jogos da franquia até agora.
Mas uma coisa que o difere de outros jogos (inclusive Prototype, que muitos acusam o jogo tentar copiar ele) é o sistema de karma: você pode jogar como uma pessoa boa ou má. Dependendo de quais escolhas fizer, seu final será influenciado por quais fez durante o jogo.
InFamous: Na história inicial, você controla Cole MacGrath. Ele tem que entregar um pacote para alguém no centro de Empire City. O cliente lhe pede que abra o pacote antes que o entregue, o que só faz depois que seu contratante lhe promete dar 500 dólares. Quando faz isso, o item explode e atinge boa parte da população. 
Aquilo seria só o começo. Pois ele descobre que tem poderes elétricos agora, devido ao artefato que explodiu, a Esfera de Raios. Aliás, Cole descobre que isso se deve a um grupo chamado First Sons e uma praga assola a cidade. Moira, uma agente do FBI precisa saber se seu marido está vivo e para isso usa o jovem condutor. 
Ele, além dos problemas, que já tem, terá que enfrentar uma gangue chamada Reapers e um homem misterioso que lhe mostra um futuro terrível a Cole. 
InFamous 2: Esse jogo se passa um mês depois. Na continuação, Cole tenta impedir que o futuro visto no jogo anterior se torne verdade. Para isso ele se une a agente Wo. assim, ele conhece um cientista que tenta lhe arranjar poderes suficientes contra a Fera, causadora do futuro perigoso. Mas não obtêm sucesso.
Após reencontrar o doutor Wolfe, ele sabe sobre uma esfera de outro tipo, que retira os poderes. Ou seja, que salvaria a cidade e o mundo por consequência. Ele precisa de aparelhos que sirvam para a criação desse objeto. Contudo, ele terá que enfrentar um inimigo maior que está sendo criado, não só de condutores, mas um exército de monstros ao seu redor.
Em especial, além da Fera, seu maior inimigo seria Bertrand.
InFamous - Second Son: Delsin é um marginal de interior, que vive anos depois do surgimento dos condutores. Estes seres com poderes são chamados de bioterroristas. E surgiu um grupo que caça e prende eles chamado DUP.
Após uma fuga de condutores próximo da reserva indígena onde Delsin mora, Augustine ataca a reserva dele. Usando o poder que ela tem, o controle sobre concreto. Mas o jovem também descobre: ele além de ser um condutor tem a habilidade de absorver os poderes de outros condutores.
Sabendo disso, Delsin, com seu irmão Reggie, vão a cidade para obter o poder dos outros fugitivos. E assim tentar vencer Augustine, para depois retirar o estilhaços de concreto no corpo dos membros de sua aldeia.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Eles Vivem! (They Live): A obra-prima de John Carpenter

Eu vim aqui para mascar chicletes e chutar bundas. E acabaram meus chicletes.
-John Nada
John Carpenter é muito conhecido por filmes como Halloween, sendo tratada como sua obra-prima. Mas ele também tem outras coisas boas, mostrando que ele não é o diretor de um filme só. Entre suas obras estão Vampiros de John Carpenter (como ficou conhecido aqui) e Aventureiros no Bairro Proibido. Só que a obra máxima dele, que é um tapa na cara de Hollywood e das mídias, até hoje em dia é outra. Eles Vivem. Que por sinal, para mim, é sua obra máxima!

A gente se vende todos os dias
Na história, temos um homem desempregado sem-teto chamado de John Nada. Ele sem querer obtém óculos que faziam ver coisas únicas: em placas comerciais existem mensagens escondidas de controle como "obedeça" e "submeta-se". Além disso, pessoas importantes na sociedade normalmente apareciam com face de "aliens cadavéricos". Pois seriam eles que colocariam essas "frases subliminares" nos cartazes. 
Após isso, John encontra-se com outras pessoas e monta uma resistência contra os aliens. 
They Live é um filme de 1988. E John Carpenter queria fazer uma crítica ao comercialismo vigente da época. Então, ele começou esse filme que é uma ficção científica, mas tem um teor bem crítico. 
Os aliens são uma crítica clara aos empresários e políticos que ignoram a população, mas que quer manter as pessoas sob controle. Além dos outdoors na cidade tentando vender diversos produtos, mas ignorando a condição social da população geral, soltando frases que colaboram com a ideia "para ser aceito você deve ter o produto X". Sendo que a pessoa as vezes se endivida para ter esse item. Leitor, veja por exemplo isso, note em sua casa alguns produtos que realmente necessite e que comprou mais por status social. Entende onde quero chegar?
Em resumo, isso mostra como as propagandas manipulam a sociedade. Naquela época e até hoje. 
O personagem principal, feito pelo lutador de WWE, "Rowdy" Roddy Piper, é mais uma crítica a sociedade. Seu nome é John Nada, pois era assim que os aliens veem os mais pobres, ou seja, como os ricos fazem.
Quando "Rowdy" disse que iria fazer esse filme, pois John Carpenter adorou ele em outro filme (Hell Comes To Frogtown), ele quase se ferrou. Isso pois o dono da WWE queria que os lutadores só fizessem filmes dele, na WWStudios. Contudo, Roddy Piper via que se daria melhor fazendo o filme de John. 
O dono da WWE disse que iria despedir "Rowdy", mas não o fez, pois o nível do lutador se elevou. Fazendo o cara ser ovacionado por muitos anos como um dos mais importantes. Além disso, até hoje, a obra tem um ar de cult.
Existe uma cena entre John Nada e outro personagem que demorou muito para ser coreografada. Isso devido ao fato de Rowdy querer realismo na cena. E o ator que contracenou com ele, nessa cena, o ajudou a fazer melhor John Nada pro filme. Foi uma troca que rendeu ótimas cenas, incluindo essa cena que foi uma briga em um beco. A luta rendeu cinco minutos muito bons! Tanto que na cena seguinte eles AINDA ESTÃO MACHUCADOS.
Aliás, os comunicadores dos aliens no filme são os radares usados no filme Caça-Fantasmas. E você achava que Star Wars I revolucionou usando uma gilete? 
Enquanto gravavam o filme, os sem teto são de verdade. Eles fizeram parte do filme em uma favela norte-americana. E alimentaram o pessoal que vivia lá. Isso demonstra o coração do elenco ajudando aquelas pessoas humildes.
Certa vez John Carpenter ouviu uma frase de um executivo que descreve bem a ideia dos vilões do filme e que usaria no filme "A gente se vende todos os dias". Uma referência ao empresário. "Rowdy" fazia frase para o WWE, e John gostou de uma delas em que diz "Eu vim aqui para mascar chicletes e chutar bundas. E acabaram meus chicletes". Ela seria usada pelo personagem Duke, no jogo Duke Nukem 3D.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Hermanoteu na Terra de Godah (e parem te encher a paciência do Porta dos Fundos)


Huuuuuuuum Micalatéia

-Qualquer um diz isso

Todo o final de ano eu aproveito e assisto as apresentações dos Melhores do Mundo. Notícias Populares, Sexo A Comédia e Tira - Codinome: Perigo. Mas o mais engraçado dos espetáculos humorísticos desse grupo é com certeza um dos mais polêmicos, por tratar da religião cristã. Hermanoteu, da Pentescopeia, filho de Olonéia e irmão de Micalatéia terá uma dura missão. Encontrar a desconhecida terra de Godah.

Moíses se apoiou no cajado e disse aquelas palavras: CORRE NEGADA!
-Isaac

Em tempos imemoriais, existia um simples pastor de ovelhas chamado Hermanoteu. Ele que era da Pentescopeia, filho de Olonéia e irmão de Micalatéia estava em seu serviço. Até que um estranho anjo lhe surgiu e lhe incumbiu de uma missão. Ele teria que encontrar a estranha terra de Godah. 
Para isso ele tem que passar por poucas e boas. Como encarar os hunos, os mais terríveis bárbaros. Ou ir até o Egito, resgatar o último hebreu, até mesmo encontrar Jesus Cristo ele terá que fazer para chegar ao seu intento.
Mas o pior será ir até Gião... Na verdade, o pior será enfrentar o Tinhoso, o Capeta. Mas Hermanoteu contará com seu bom humor e MUITA sorte para sobreviver aos problemas do mundo antigo.

Ele é do Capão Redondo?
-César

O espetáculo é hilariante. É mais uma das diversas obras no Brasil que faz piada com textos bíblicos. Contudo, o herói, assim como os coadjuvantes e até o antagonista (se bem que não sei se o Capeta é um inimigo do Hermanoteu) não querem dar uma lição de moral. Talvez, se ela quer trazer alguma ideia, é que você pode fazer piada com tudo. Pois caso contrário, você fará mais um Charlie Hebdo...
E ai vem a ideia de fazer uma crítica falando sobre o Porta dos Fundos.
Qualquer obra sobre a religião cristã, no Brasil, é vista com maus olhos se faz algum tipo de paródia. Por simples hipocrisia. Quando alguém faz piadas com budismo, hinduismo ou candomblé... Beleza. Ninguém enche a paciência. Mas quando tratamos de religião cristã, grande parte já olha de forma torta. Detalhe: OS PRÓPRIOS ARTISTAS DO MELHORES DO MUNDO já comentaram isso que lhes falei. 
E a prova maior é que os ditos religiosos atacaram o grupo Porta dos Fundos recentemente. Ironicamente, as pessoas cristãs não estiveram do lado da produtora depois dos atentados... Irônico, não é mesmo?
Hermanoteu na Terra de Godah fez tamanho sucesso que deve uma reapresentação pelo Multishow. Assim como o especial da Netflix conseguiu prêmios.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

O Multiverso de Stephen King


"Se eu gosto de assustar as pessoas? Sim, eu gosto"
-Stephen King
Falar sobre o Stephen King é difícil, pois como um fã de HQs, o escritor unificou o universo de seus livros. Tanto com coisas simples como vizinhos, até universos paralelos "vizinhos". Complicado? Sim! Oh se é! Mas quando se é um fã das obras dele e lê as obras compreende bem isso. Mas eu não li muitas coisas dele. Ou seja, eu me ferrei nessa postagem...

O Iluminado e It (A Coisa): Dick Halloran, cozinheiro do hotel Overlook, ele que fala para Danny sobre a iluminação, mas em It, ele é envolvido salvando a vida de um do pai de um dos personagens principais. O pai do Mike. Lembrando que como filme, tanto a parte 1 como a 2 tem diferenças. 
Ele também aparece numa novela da mulher de King, Tabatha. O livro se chama Pearl.
It e A Zona Morta: Beverly cita uma série de assassinatos que ocorreu a muito tempo. Citando um policial louco que matou várias mulheres em Castle Rock. O antagonista de A Zona Morta.
Salém (A Hora do Vampiro) e A Torre Negra: O padre Callahan surge em Salém e aparece depois nas terras sobrenaturais de A Torre Negra.
Misery e It: A mãe de Paul Sheldon, o protagonista de Misery, foi vizinha da senhora Capsbrack. Ela é mãe de Ed Capsbrack de It: A Coisa. Ou seja, a mãe de Sheldon viveu em Derry.
Jogo Perigoso e Eclipse Total: O eclipse que afeta a vida de Jessie em Jogo Perigoso é o mesmo que afetaria Dolores Clareborne em Eclipse Total.
A Oficina (The Shop): ela seria uma repartição secreta do governo que tem conhecimento sobre os fatos estranhos que ocorrem no mundo. E eles tem relação direta com o pai e a menina poderosos de A Incendiária. Que teriam envolvimento com Arrowred, projeto secreto que liberou as criaturas de O Nevoeiro. Esses monstros teriam vindo de mais um dos universos criados por King, onde só existem esses seres, e estão no conto que faz parte do livro Tripulação de Esqueletos.
Randall Flagg: ele tem vários nomes, mas o mais conhecido é O Homem de Preto. Sua primeira aparição foi no livro A Dança da Morte, como antagonista. Mas seu papel foi ampliado em A Torre Negra. Se contrapondo ao protagonista da obra, Holland. Seu surgimento, cronologicamente falando, teria sido em Os Olhos do Dragão.
Alguns acreditam que Flagg aparece no livro As Crianças no Milharal (conhecido por nós pelo filme A Colheita Maldita) e Sombras da Noite.
Mas King diz que Flagg é seu maior vilão. Lembrando que existem monstros e entidades como Pennywise e o Rei Vermelho.
The Shawshank Redemption: Há menções sobre pessoas sendo enviadas, no livro It, para a prisão ficticia de Shawshank. Que virou no Brasil o filme Um Sonho de Liberdade.
Derry e Castle Rock: O estado é quase sempre o Maine, mas com certeza as cidades serão Derry e Castle Rock. 
Castle Rock surge inicialmente em A Zona Morta. Mas depois surge no terror com um cão são bernardo (eu não sei em qual época King usava mais drogas, se nesse livro ou na época que escreveu Christine) Cujo, no conto O Corpo, do livro Quatro Estações (que gerou o maravilhoso Conta Comigo). Além de ser palco para Trocas Macabras e A Metade Negra. Ela é mencionada em livros como O Cemitério (Pet Sematary ou O Cemitério Maldito), Doutor Sono, em N do livro Ao Cair da Noite e outras obras.
Lembrando que a série Castle Rock é a cidade com a junção de diversos personagens de King, em uma só cidade (literalmente!)
Já Derry é palco da obra It. Aparece também em Saco de Ossos, O Apanhador de Sonhos, Insônia e Novembro de 63.
Pennywise: Pennywise, ou como ficaria traduzido, Parcimonioso... O palhaço dançarino. É na verdade uma entidade. Um ser poderoso que de 27 em 27 anos desperta para disseminar o caos e se alimentar do medo das crianças.
Sua aparição emblemática é em It
Mas mesmo sendo derrotada ela é mencionada em Os Estranhos, quando um dos personagens vai pegar alimentos para estocar em Derry. Pois ele pensa ter visto um palhaço com olhos de moedas brilhando em um bueiro! Eu me arrepiei quando ouvi isso...
Em o Apanhador de Sonhos, quando Mr. Gray passa no memorial feito em homenagem as crianças, está escrito "Pennywise Lives"...
Ele é mencionado em Novembro de 63. O protagonista encontra com Rich Toller e Beverly e em uma conversa eles citam Pennywise.
A Torre Negra: Ela por si só é a ligação de todos os mundos. Se ela fosse destruída, todos os mundos seriam despedaçados para sempre. A ideia de fendas se deve ao Mundo Médio que surgiu com esses portais (as tais fendas) e no qual, Holland, o protagonista, está indo atrás.
Lembrando que o filme A Torre Negra tem muitas referências as obras de King. Tanto que o garoto, personagem principal, encontra as ruínas de um parque de diversões com um grande letreiro escrito Pennywise.
Inicialmente, no universo criado por King, existia uma presença mágica chamada de Prim. E do Prim que era a escuridão por de trás de tudo, surgiu o Gan. E esse Gan criou infinitos universos. Além de ter criado o "mundo real", chamado de Terra-Base, onde Stephen King escreve seus livros. Metalinguagem... Imagina
A Torre seria uma manifestação do Gan, na forma desse edifício. Ele tem seis feixes de luz e no final de cada um existem dois portais (totalizando doze portais) e cada um deles é protegido por um animal guardião.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Watchmen (e como os fãs "pau no cu" são bem retratados nessa série!)


Nunca achei que depois de me enganar com Deadpool (pois não gosto do Ryan Reynolds) eu me enganaria com outra obra audio-visual. Contudo, eu assisti Watchmen, a série da HBO e mano... Eu me enganei mais uma vez!

O ovo ou a galinha?
Watchmen se passa após os acontecimentos da série de quadrinhos escritas por Alan Moore e Dave Gibbons. Isso é estritamente necessário entender para compreender as nuances do seriado. O motivo é que eventos que ocorreram nas HQs causam problemas até os dias atuais, onde se passa boa parte da história.
A tecnologia é atrasada comparada a nossa pois os acontecimentos envolvidos com o Dr. Manhattan, fez com que boa parte da população tivesse medo de avançar. Devido a novos grupos de bandidos surgindo, a polícia usa máscaras para proteger suas identidade civis. E vez ou outra... Tem uma chuva de lulas.
Nó começo da série, vemos um grupo criminoso chamado de racista dando problemas usando a ideia de um "herói". Angela Abar, é uma detetive policial que investiga o assassinato de um colega. Neste universo, os policiais usam máscaras sobre seus rostos para protegerem suas identidades, e precisam descobrir a origem e o objetivo de um grupo supremacista chamado Sétima Cavalaria, cujos membros usam máscaras semelhantes à de Rorschach. Uma clara alusão ao Ku Klux Klan.
Enquanto isso, nós acompanhamos, não só Angela (chamada de Sister Night) mas também Ozymandias, Adrian Veidt. Ele inicialmente parece estar em um lugar utópico e perfeito que não é bem assim.
Ainda assim, o mundo ainda sente a sombra do Dr. Manhattan. Mesmo ele estando tão longe. Ou será que não?

Agradeço a chance de corrigir os erros de seu terrível passado
Você vê as consequências de ações como a de Rorschach (Eu não sei falar essa bosta, nem escrever direito... Acho...) que fez surgir a Sétima Cavalaria, o inferno pessoal que Ozymandias fez para si (ou quase isso), entre outros personagens da história antiga. Mas os vários núcleos pegam algumas coisas novas como a Sister Nigh e Looking Glass. 
As aparições de atores tão bons como Regina King como protagonista e Jeremy Irons que é um deleite a parte. Mas a reviravolta sobre o Dr. Manhattan me fez pular da cama e falar "isso é uma série com base em HQs! Isso é digno de Alan Moore".
A ideia de continuar Watchmen para mim era um problema. Inicialmente. Mas quando vi as primeiras impressões sobre a obra, isso começou a me fazer pensar. Continuar algo feito por Alan Moore me parecia um sacrilégio. Só que eu quis dar uma chance. E ISSO me salvou a alma. Ela combina muito bem os temas de Alan com uma abordagem totalmente diferente do que muitos pensavam. 


Inicialmente, talvez pela abordagem a Sétima Cavalaria você pode pensar que o foco maior é sobre a verdadeira identidade do Hooded Justice. Contudo, isso é meio deixado de lado e se aprofunda em alguns detalhes muito bacanas.

Homens são presos. Animais são abatidos.

É muito claro que a Sétima Cavalaria, que surgiu devido os textos de Rorschach, é uma espécie de paralelo com os racistas atuais na América do Norte e outros países. Até mesmo com coisas aqui no Brasil. Mas será mesmo que só com preconceituosos tão claros assim? Me acompanhem.

Quando Watchmen foi criado, por Alan Moore, ele queria usar personagens da Charlton Comics, comprados pela DC Comics, como personagens em uma nova história. Entre eles estariam o Capitão Átomo, Lightbolt e Questão. Mas ele não deve essa permissão. Então ele criou seu mundo próprio.
Ao invés do personagem Questão ele criou o sociopata Rorschach. Mas esse sujeito também era inspirado em Steve Ditko ao que parece. Moore não gostava de Ditko por conta de pensamentos bem controversos desse segundo. Steve, resumindo era um ferrenho defensor do objectivismo que seria "o conceito do homem como um ser heroico, com sua própria felicidade como o propósito moral de sua vida, com a realização produtiva como sua atividade mais nobre e a razão como seu único absoluto".
Moore não discrimina Rorschach. Mas conscientiza que ele não é um herói. Notamos os traços de um "fã" do objectivismo na personagem de qualquer modo.
Talvez um dos pensamentos que deve ter desagradado Moore sobre Ditko é esse: "O ser humano, cada um, é um fim em si mesmo e não um meio para o fim de outros humanos. Deve existir em função de seus próprios propósitos, não se sacrificando por outros nem sacrificando outros por ele."E tudo isso teria sido incorporado a personagem vigilante/sociopata de Watchmen, Rorschach.
Dito isso, voltemos para a série. No final da HQ, o diário de Rorschach chega a um jornal. E ai, a Sétima Cavalaria lê a obra e "entende" o que ele escreveu. Na verdade, desvirtua algo que já era errado, obra de um sociopata. Agora vamos a uma comparação triste.
Tenho uma pessoa que amo mas que odiou Star Wars - O Despertar da Força. O motivo? Finn estava sendo cotado como o protagonista (ainda não sabiamos que seria a Rey). Ontem, a mesma pessoa falou sobre isso de outro modo. "Desde quando stormtrooper é negro?"
Os fãs nerds estão ficando cada vez mais chatos. Ignorando o que uma obra quer passar através de suas palavras. Parem de ser tão idiotas... Pois transformam algo bom e algo podre.

Eu preferi não refutar mas, cara eu fiquei triste. Ele não queria saber se a obra é boa. Ele não se interessou que mesmo através das críticas J.J. Abrams é um fã de Star Wars. ELE SE IMPORTAVA SE O FINN ERA NEGRO. Caralho a história se passa em um universo em que o vilão, a Primeira Ordem é um grupo supremacista, pois só vemos humanos quase sempre entre as fileiras de suas tropas. Isso que esse meu "conhecido" fez vai totalmente contra as ideias como a de George Lucas e da própria Disney, detentora do direitos atuais sobre a Lucas Arts.
Pouco a pouco, os fandoms tem se tornado mais idiotas, impedindo novas oportunidades. Ou seja, tantos os velhos fãs quando os novos fãs de obras, normalmente transformam as obras em um lugar chato que não podemos mais aproveitar. Fazendo com quem gosta de algo só fique nervoso, pois muitas vezes, esses "fãs", se podemos chamar assim, destroem toda a graça de qualquer coisa.
Parafraseando James Gordon "essa não é a série que merecemos, mas é a série que precisamos".

domingo, 22 de dezembro de 2019

A História do Magic: Géia, a Deusa de Dominaria e os Kavus



Géia seria a deusa real de Dominaria. A maioria dos habitantes desse plano acredita nisso. Tanto que poucos não se controlavam e atacavam os territórios dessa entidade.
Cada floresta é defendida por um líder com os dons de um maro feiticeiro. Uma força da natureza, com o poder de um espírito mágico natural. Uma representação da terra viva.
Argoth era protegida por Titânia. Llanowar inicialmente por Lorde Magnus e depois, por Molimo. Aerona, a Floresta dos Sussurros, pelo Soberano de Géia. Yavimaya por Multani.
Durante a Guerra dos Irmãos, na batalha final, que ocorreu em Argoth, a floresta foi devastada. Enfraquecendo Titânia. Mesmo tentando negociar com os irmãos.
Argoth marchou contra os que machucavam seu mundo. Usando seu exército formado por elfos, centauros, treefolks e bestas. Mesmo assim, eles acabaram sendo derrotados pelas máquinas de ambos os lados. E Titânia morreu no processo da guerra.
Géia queria vingança pela morte de sua protegida, Titânia. Então despertou os poderosos elementais da natureza. Ainda assim era tarde demais: Urza deve que ativar sua arma contra os Phirexianos, fazendo mais devastação.
Após isso, se acreditava que Géia tinha deixado seus filhos para trás. Devido a não conseguirem mais contato com a divindade. Multani dizia ainda sentir sua resposta. Quando os Phirexianos brotavam no plano, isso fez com que acreditasse que foi abandonado. Especialmente por estar do lado de Urza agora contra os invasores.
Quando tudo parecia perdido, mas Multani foi conduzido a despertar uma força. Géia estava viva e continuava com ele. Ele despertaria as criaturas dentro de Dominaria. Os reptéis mutantes, kavus.
Eles, os kavus atacavam os phirexianos, os methatran de Urza, os humanos e até mesmo os planinautas envolvidos no combate. Mas poupavam os seres da natureza, como se fossem abençoados. Era mais um sinal da divindade. Nem Crovax ia contra os seres. Eles expulsaram as primeiras tropas phirexianas.
Géia mostrou seu poder unindo duas raçãs: elfos e tritões nos skyfolks. Como isso ocorreu, poucos imaginam.

Urza e Freyalise dizem que Géia realmente existe, essa entidade poderosa. Até Yawgmoth sabe que esse ser está em Dominaria. Acredita até que ela seja Rebek, a antiga mulher que conheceu em Thran e a traiu. Ela teria passado por um processo igual ao seu. Mas com certeza deve ser só parte da loucura do senhor de Phirexia.
O que se sabe é que ela é cultuada em Dominaria e tem grande poder.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Editora Guará: Sangue brasileiro nas bancas



Eu recentemente conheci o trabalho do Universo Guará. Algo foda, cheio de vida... E é brasileiro.
Conhecia o trabalho deles por O Doutrinador. Mas eles querem alçar grandes voos.

A Guará cria e publica quadrinhos com potencial transmídia, gerando conteúdo para toda a indústria do entretenimento, principalmente no ensejo de produtos audiovisuais.
Tem um universo compartilhado e próprio que já conta com doze personagens. Um universo de protagonistas genuinamente brasileiros, mas que agradam amantes de cultura pop de todo o mundo. Todas as suas HQs são pensadas como marcas para um consumo multiplataforma.
Em apenas 3 anos de vida, a Guará já inaugurou um gênero de cinema no Brasil ao adaptar e co-produzir uma de suas obras, O Doutrinador, para cinema e série de TV, além de vários produtos licenciados.
Com o lançamento de mais 3 graphic novels de seu universo – Santo, Pérola e Os Desviantes – sua distribuição nacional em bancas e uma rápida negociação para novas adaptações cinematográficas, a Guará se consolida como uma das mais importantes editoras de conteúdo geek do Brasil e da América latina.
Entre eles temos:
O Doutrinador: Um vigilante que caça o mal do sistema: os políticos. Um policial que faz algo fora da lei para atingir os verdadeiros criminosos da sociedade.
Pérola: Uma garota com poderes enfrenta organizações. Uma mulher que, depois de matar seu padrasto abusador, passa a se prostituir para garantir o futuro da irmã caçula, Belinha. Ela vai se envolver com políticos e com traficantes de crianças.

Santo: Salvador Sales é um professor que recusa sua mediunidade. Mas ele deverá colocar seus poderes paranormais em prática depois de um brutal ataque a um centro de umbanda do Rio de Janeiro – notícia frequente no Estado. Tendo a seu “lado” o espírito do Irmão X, seu interlocutor nos momentos de reflexão, ele descobre a conexão entre um pastor evangélico e político influente com uma sociedade secreta, o Círculo Vril, que mistura arianismo e magia negra.
Sangue Quente: Os poderes da vida eterna no Rio de Janeiro.
O Outro Campo: Em uma cidadezinha, sobrenatural e ciência disputam as mentes das pessoas.
Dislke: Um investigador simples enfrenta uma gigante da internet.
Laura's: Uma trama policial envolvendo a traição de uma mulher, mafiosos e policiais
Desviantes: Em um Brasil futurista dividido entre a Fortaleza, que congrega as castas privilegiadas, e a Resistência – a periferia –, juntam-se Fióti, um egresso das comunidades cariocas, Tom, uma espécie de ciborgue, e a indígena Anita. 
Além de:
Guará: Uma lua cheia e uma maldição no caminho do agronegócio.
O Finalizador: Um ex-campeão de jiu-jitsu vai enfrentar terroristas islâmicos.