sexta-feira, 10 de julho de 2020

Adaptações de livros para filmes... Que os autores não gostaram nem um pouco...


Acho que talvez uma das melhores adaptações de um livro para filme tenha sido Tubarão. O clima do filme pode não ter casado com o original, mas tem seu charme. Mostrando o quão bom ele é. Mas nem sempre filme e autor se dão bem... Como nesses casos:
Stephen King X O Iluminado de Stanley Kubrick: Durante o inverno, um homem chamado Jack Torrence consegue o trabalho de zelador em um hotel que fica isolado durante esse período. Sua mulher e filho, Danny Torrence vão com ele. E a criança tem estranhas convulsões. Isso se deve pelo fato dele ter uma habilidade poderosa, por ele ser "iluminado". E os fantasmas do hotel precisam corromper Jack, para alcançar Danny. Pois o lugar é uma fonte de poderes antigos e corrompidos.
Muitas coisas entre o filme e o livro são diferentes. Desde de personalidade dos personagens, até o final do filme. Por exemplo, no filme, Jack é retratado desde cedo ser alguém que não liga muito para a família, coisa que não bate com o livro. No livro, mesmo que o pai não seja uma pessoa maravilhosa, ele amava sua família. Só perdeu para o vício da bebida. 
O filme desagradou Stanley Kubrick. Mas isso aconteceu, pois mesmo com o sucesso do livro, Kubrick pegou aquele livro e mudou sua "personalidade". Tanto que no final original, o hotel é destruído.
Curiosidade: no filme Doutor Sono, Jack destruiu o hotel. O filme faz referências ao filme de Kubrick e a obra de King muito bem.
P.L. Travers X Mary Poppins da Walt Disney: Um homem rico precisa de uma babá para seus filhos. Eis que surge uma mulher com habilidades únicas para cuidar deles... E talvez mudar completamente a vida da família. Talvez para os tornar uma família de verdade talvez.
Para a autora, P.L. Travers, a adaptação da Disney foi um verdadeiro pesadelo – o que, inclusive, foi assunto para um filme a respeito da conturbada relação da escritora com os estúdios, em Walt nos Bastidores de Mary Poppins (título mais direto impossível). Sim, ela aprovou o roteiro, mas o que foi filmado não era exatamente o que estava previsto no texto. Travers odiou a alegria esfuziante da personagem na tela, já que o rigor da babá foi praticamente deixado de lado. Outra implicância tinha a ver com as sequências de animação, que ela simplesmente detestava. Resultado: Travers passou a maior parte da première chorando e jamais deixou Walt Disney tocar na história novamente.
Roald Dahl X A Fantástica Fábrica de Chocolate de Tim Burton: O dono de uma fábrica de chocolates excêntrico, Willy Wonka
O escritor Roald Dahl classificou como "podre" (“crummy”) a versão cinematográfica de seu livro “A Fantástica Fábrica de Chocolate” para os cinemas em 1971. Quer saber o que ele achou da interpretação de Gene Wilder como Willy Wonka? "Pretensiosa" e "saltitante" foram as palavras que ele usou na época (exatamente “pretentious” e “bouncy”). E o que dizer do diretor Mel Stuart? “Não tinha nenhum talento ou dom”. O curioso é que o próprio Dahl trabalhou no início da adaptação mas, incapaz de cumprir determinados prazos, foi substituído – e ficou descontente com a ênfase dada a Wonka no lugar de Charlie. Assim, ele prometeu que os produtores de Hollywood jamais colocariam a mão na sequência da história (sim, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” é sucedido por um outro livro, o pouco conhecido “Charlie e o Grande Elevador de Vidro”) para não arruiná-la também, pelo menos, não enquanto ele estivesse vivo. Como ele morreu em 1990, foi por cima do seu cadáver que Tim Burton fez sua versão para o cinema em 2005.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

A mensagem sobre preconceito dentro de X-Men

O preconceito existe entre todas as pessoas. Inclusive naquele que diz não ter preconceito. Na verdade, o que fazemos é ignorar o preconceito que temos. E aqueles que realmente sabem e entendem essas atitudes, lidam com isso diariamente, independente de sua raça, sexo e religião.
A fantasia muitas vezes serve como uma alegoria ou metáfora, para explicar certas coisas da vida real. Através de subtextos, nas entrelinhas, nós identificamos muitas coisas da nossa realidade. Um momento de reflexão. E aqui poderemos ver que a arte imita a vida, mas a vida também imita a arte.
Como sempre falo em aulas de história "a história está fadada a se repetir, enquanto as pessoas não se interessarem por ela". E foi usando um contexto histórico que surgiram os X-Men.
Muitas vezes, a humanidade acaba odiando a necessidade de compreender algo. A xenofobia. Pois ficam com receio de que essa diversidade seja algo falho ou perigoso. Para se ter uma ideia, os super seres mutantes da Marvel são uma referência disso. Magníficos seres com habilidades únicas, muitas vezes são vistos com preconceito.
Eles seriam mutantes por uma alteração de genes, o gene X, que os identifica como seres habilidosos. E como eles não são comuns, ou ordinários, são vistos com preconceito pela sociedade em geral. Sendo ofendidos como "mutunas", assim como diversos outros adjetivos usados para etnias, pessoas de diferentes sexualidades ou religiões de doutrinas diferentes da sociedade vigente.
Muitas vezes, o fato de um ser humano (pois mutantes, são sim humanos) ter só a pele verde ou azul é visto com maus olhos pela sociedade. Uma herança genética, que é vista com estranheza. Quando os personagens de X-Men surgiram foi usando o contexto da época: a luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Mesmo em 1787 quando aprovaram sua Constituição, os Estados Unidos afirmavam aos cidadãos à vida, à liberdade, a busca da felicidade, mas não eram todos que tinham esse direito. Não foram passados aos escravizados e aos seus descendentes. A escravidão foi mantida e até ampliada após a independência. Foi abolida apenas em 1863. Além disso, a discriminação continuou legalizada até a década de 1960, ou seja, pouco menos de 60 anos.
Outro grupo que não foi contemplado pelos direitos afirmados na Constituição norte-americana foi o de indígenas. Muitas vezes sendo vítimas de massacres por anos.
Para se ter uma ideia, Jack Kirby e Stan Lee foram quem criaram os personagens de X-Men. E entre eles estava a famosa comparação entre Charle Xavier e Magneto, com Marthin Luther King e Malcom X. Em ambos os casos, os dois tem visões diferentes sobre o mesmo assunto: direitos iguais a todos.
Em X-Men, muitas vezes podemos somar ao fato de serem mutantes, os personagens muitas vezes pertencerem a outros grupos  discriminados pela sociedade na vida real: Ororo Munroe, a Tempestade é negra; Erik Magnus, o Magneto e Kitty Pryde, a Lince Negra, são judeus (o primeiro, aliás, foi perseguido na época da Segunda Guerra Mundial por conta disso), Charles Xavier é paraplégico, Estrela Polar é gay, entre tantos outros grupos perseguidos até na atualidade.
Como prova de que a vida imita a arte, Donald Trump venceu as eleições para presidente dos Estados Unidos. Lembrando que Trump sempre foi considerado um homem intolerante (tanto que parte de sua campanha se resumia em fazer um muro entre os States e o México), antes disso, um intolerante quase subiu ao poder nas HQs da Marvel. Graydon Creed. Que é filho de mutantes (Dentes-de-Sabre e Mística). Entretanto, notem a ironia pois, Donald é filho de imigrantes (Escócia e Alemanha). Não é hilário notar isso?
Observação extra: notem que o presidente do Brasil (Jair Messias Bolsonaro) e dos EUA (Donald Trump) em 2020 tem um discurso "religioso que visa armar a população", que destoa do que seria parte dos preceitos cristãos. O que lembra outro personagem dos X-Men, William Stryker, um vilão humano extremista religioso.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Filmes ruins de HQs - Parte 5 (Diversos)

Liga da Justiça da América: No filme temos uma ideia de como não fazer um filme. Ele tem uma cara de episódio de série. Pois na verdade, a fotografia não ajuda em nada.
Já começamos com algo contraditório: Tori, uma das super-heroínas desse filme (que se tornará a Gelo) dando entrevista. Para quem se sua identidade é secreta? Descobrimos que ela trabalha na área de meteorologia, mas logo em seguida a cidade está sendo atacada pelo meteorologista... Mas já tem um vilão da DC que controla o clima! Mago do Tempo! Só que devo dizer que esse se difere por parecer menos um super-vilão e mais um terrorista do Al-Qaeda...
Entre os heróis temos Barry Allen (Flash) que está desempregado, B. B da Costa (Fogo) atriz, Ray Palmer (Átomo) professor de ciências e Guy Gardner (Lanterna Verde) que consegue ser pior que o original. 
E é isso. Imagina que os caras não acreditam em alguém que controla o clima, mas não sobre anéis de poderes que projetam construtos e super velocidade. Faz todo sentido.
Como disse, o filme foi feito para ser uma série, mas não deu muito certo sobre isso.
Vampirella: Vampirella é tão pouco conhecida pois, bem, além dela ser quase uma personagem desconhecida nos dias de hoje, o filme feito sobre ela é ruim demais.
A verdade é que o roteiro das histórias de Vampirella, nas HQs, não são nenhuma obra-prima. Entretanto, dava para fazer algo melhor no filme.
Talisa Soto tinha saído de Mortal Kombat, filme até que bom de games.
No planeta Drakulon, os vampiros são aliens que descobriram a paz tomando sangue sintético. Contudo um criminoso, chamado Drácula, não quer isso. E ele elimina os líderes que o iriam sentenciar, fugindo daquele lugar. Entre uns dos eliminados estava o pai de Ella, que se tornará Vampirella.
Na Terra, sabemos que existe uma organização secreta que caça esses monstros, ligada ao governo. E estão atrás de Drácula. Então Vampirella se une a Van Hellsing, membro dessa organização. É engraçado ver o quão ruim foi isso pois ele segue todos os clichês de filmes assim, e a história só serve para mostrar Talisa Soto em roupas pequenas enquanto "combate" vampiros
Homem-Aranha:
Quarteto Fantástico: "Mas espera um pouco, você já falou sobre Quarteto Fantástico?" Bem essa linda "produção", foi feita ao menos quatro vezes. Uma trata sobre aquela tentativa frustrada de criar o filme em tempo recorde. E outras duas são as mais conhecidas do público O Quarteto Fantástico e O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado.
Mas falando sobre o antigo, era ruim, mas tinha prazo apertado. E os outros dois tem seu charme, não caindo na ideia dos heróis trágicos, afinal eles eram uma "super-família".
Dez anos após Quarteto Fantástico e oito após Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, os super-heróis criados por Stan Lee e Jack Kirby voltam às telonas numa versão remodelada. De 2007 pra cá, muito mudou no universo das adaptações para os quadrinhos. A Marvel se consolidou como estúdio de cinema e passou a tratar seus personagens como parte de um universo maior. Mesmo a Fox, acertou em cheio ao investir numa nova versão de X-Men, que foi tão bem que acabou resgatando os atores da trilogia original, que parecia enterrada após o fraco terceiro filme. Agora, a Fox tentou chegar com um novo Quarteto Fantástico. O resultado é muito inferior aos dois anteriores, dirigidos pelo péssimo Tim Story. O novo longa conta com ótimos efeitos visuais, com um roteiro mau desenvolvido, que não consegue bem retratar a origem dos personagens, e mesmo trazendo um elenco bem interessante.
Homem-Aranha: Esqueça os filmes de Tom Holland (Homem-Aranha: De volta ao Lar, Longe de Casa e os crossovers com outros heróis), Andrew Garfield (Espetacular Homem-Aranha 1 e 2) e Tobey McGuire (Homem-Aranha 1, 2 e 3)... Isso não são clássicos! Clássico é isso... De ruim!
Em 1977 saiu um filme do Homem-Aranha saiu. Notem pela imagem quão bom ele era! Homem Aranha - O Filme, de 1977, dirigido por E. W. Swackhamer e com Nichollas Hammond (A Noviça Rebelde) como Peter Parker, que inclusive chegou a ser exibido nos cinemas brasileiros, sendo originalmente o episódio piloto do que viria a ser um seriado cancelado já em sua segunda temporada.
Já notamos a bomba desse filme não é?
Fausto, o Pesadelo Eterno: Anti-heróis com poderes diabólicos é algo extremamente comum nas HQS, entre eles Demônio Azul, Motoqueiro Fantasma, Spawn... A lista só cresce! Mas muitos são desconhecidos. Como o Faust.
Talvez por ele ser um personagem que é +18, tanto que as capas são pesadas para caramba.
O personagem principal é encontrado próximo aos corpos de sua namorada. 
John Jaspers é um artista que vende sua alma para o misterioso "M" com o fim de conseguir vingar a morte de sua namorada. Como tudo tem um preço, ele se transforma em um demônio com sede de sangue. Mas quando Jaspers descobre que M planeja lançar um monstro lagarto gigante sobre a terra, abrindo um portal para o inferno, faz de tudo para impedir que o apocalipse comece. 
Tem muitas cenas de sexo e muitas falhas. Uma seita secreta que não é tão secreta. Um cara que se torna o vilão do nada (não é plot twist). É muito ruim.
História fraca? Sim. Mas o som... Ah isso é bom!

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Crossovers no Mundo das Trevas

A maioria dos sites que tratam sobre os crossovers desestimulam a mistura dessas criaturas. Entretanto, com o surgimento da Quinta Edição, e como quase ninguém tratava disso, eu fiz questão de dar ideias para campanhas onde o terror permanece. Que tal?
Minha casa, minha fortaleza (Mago e Lobisomem): O magos podem possuir acesso a um nodo – um local raro de energia mística onde pode recarregar sua Quintessência. Locais como esse são muito raros e altamente disputados, portanto é provável que o personagem tenha que lutar para manter o nodo. O nodo pode ser num porão, bosque, planalto, campo, caverna cristalina, igreja antiga, cemitério... 
Os garous dariam suas vidas para protegerem os locais sagrados de Gaia de serem corrompidos. Eles formam linhas de batalha, se preparando para lutar, sangram e morrem em defesa de seus lares. Sua convicção é absoluta; eles acreditam plenamente que seus lares precisam ser defendidos, para o bem do mundo. 
Ambos tem visões diferentes dos caerns (lobisomens) ou nodos (magos): enquanto no primeiro termo, eles utilizam para algo mais espiritual no segundo é uma fonte de energia. Ainda assim, eles podem se unir para defender esses lugares de um mal maior de origem mística. Por qual motivo? Cabe ao narrador descobrir o motivo para isso. Pois o inimigo do meu inimigo é meu amigo... Por enquanto.
Briga de presas (Vampiro e Lobisomem): Em uma cidade razoavelmente grande, podem existir os dois grupos de seres. Cada um com sua motivação: 
-De vampiros, da seita Camarilla, que vão tentar retirar os lobisomens de seu território a todo o custo. Aproveitando que o Sabá não esta atrapalhando, eles querem eliminar todo os competidores daquela cidade;
-Já os garous protegem uma área de caern, onde muitos espíritos se preparam para um combate terrível. Afinal, os sanguessugas na verdade estão sendo financiados por uma empresa "nada ecológica" dentro da cidade.
Isso, obviamente, vai causar uma guerra entre os dois grupos. E alguém vai se aproveitar disso. Talvez não seja o Sabá, nem a Wyrm. Talvez alguém com planos mais diabólicos. Mas já pode ser tarde demais.
Amigos do Outro Lado (Vampiro e Aparição): Alguns vampiros, no caso os giovannis, podem ser uma porta para seres do além. Melhor dizendo, aparições. Por algum motivo, os vampiros necessitam de algo sobrenatural. Para isso o grupo deve ser composto por místicos. Tremere, giovanni e outros assim. Mesmo assim, eles não sabem que estão lidando com seres sendo caçados. E isso significa um combate, não do modo físico como estão acostumados, até os mais arcanos dos jogadores. Ao qual pode causar uma catástrofe sem precedentes na cidade.
As aparições, nesse caso, sabendo que algo terrível está vindo, precisam proteger suas paixões e grilhões. Algo parecido como a Tormenta, talvez um ser de puro ódio. Um segredo quase esquecido na cidade... Mas alguém se lembra. Será um nosferatu sombrio? Será um demônio rancoroso? Um espírito maligno? Eles podem, ou salvar suas almas (literalmente falando) ou sofrer sua extinção espiritual, investigando as causas desse conhecimento voltando a tona. O Abismo está lhe chamando...
Um festival muito estranho (Lobisomem e Changelling): Algo foi despertado. Não deveria ter acordado. E ele tem muita fome. Ironicamente, em uma ilha que quase ninguém conhece um festival acontece.
Os fianna e outros garous não entendem bem o que acontece, pois os humanos estão indo para o lugar. Aparentemente, não é algo relacionado a Wyrm... Talvez a Wild... Mas como? Apesar de ser caótica, aquela energia emanada para os humanos os seduzindo pode ser algo MUITO antigo.
As fadas verdadeiras, antes do processo de Changelling existir, se restaram foram para o Sonhar... É o que se diz. Mas uma lenda fala sobre um dragão que lutou contra um bizarro ser: o Indecifrável. Ele fazia ritos antigos, aos quais os humanos recebia dons. E sacrificavam qualquer um. De alguma forma, ele não é como as fadas de antes, ele está mais para uma versão diabólica desses seres.
Os changellings não se intrometeriam em coisas de garous e mortais, porém, com os portais do Sonhar fechado, esta pode ser uma forma de alcançar aquele lugar... Ou até mesmo impedir que o mundo quebre. Literalmente falando!
Expulsos de seu mundo (Aparição e Mago): Nesse caso, os espíritos não estão mais onde pertencem. Eles tem que ficar no Mundo de Carne, o que causará um problema grave na cidade. Os mortais notam o que acontece. O pior: isso está causando o despertar de muitas pessoas! E isso pode ser perigoso para aqueles que são mais velhos nesse mundo sombrio. Para isso, os magos irão ajudar os espíritos lamuriantes. Que através de muito esforço os contataram!
Aliás, os fantasmas sabem do que se trata: vampiros balli e magos nephandi querem usar o Abismo. E não se importam com as consequências. Estranhamente, eles estão ferindo os tecidos dessa realidade usando de seus dons. Mesmo que fracos para isso. Entretanto, uma aparição, no lugar certo pode deter isso. Mas a que custo?

sexta-feira, 3 de julho de 2020

As criaturas de Lovecraft - Parte 2

Cthulhu: Pertencente aos Antigos, que são essas raças diferentes entre si, dificilmente ligadas entre si. Uma classe de divindades monstruosas que veio a Terra muitos eóns atrás. Ele dorme abaixo dos mares em um sono letárgico na cidade submergida de R'lyeh (provavelmente no Oceano Pacífico). Esperando um dia acordar de verdade, quando as estrelas estiverem bem posicionadas no espaço. Através da ajuda de seitas e cultos (por isso, muitas vezes representado, como um dos principais personagens em jogos de RPG). Sua aparência é associada a um ser humanoide abissal e imenso, com cabeça de polvo, corpo escamoso e asas de dragão.
Pode fazer diversos feitos como viajar através de dimensões, se regenerar e usar de telepatia. Esse último, ele usa até mesmo desacordado, podendo entrar na mente de seres humanos em seus sonhos.
Nyarlathotep: Servo de Azathoth, também chamado de o Caos Rastejante, é um antigo com forma bem bizarra: algo como um enorme tentáculo onde ficaria a cabeça de um ser quase humanoide. Na verdade, ele pode assumir diversas formas para suas intenções sinistras. 
Ele talvez seja um dos seres mais livres dentre os Antigos, já que boa parte deles quase sempre seriam seres adormecidos ou presos. Nyarlathotep é livre e serve como mensageiro. Engraçado que em alguns momentos sua conduta é QUASE humana (coloque uns aspas também, se quiser), pois é um dos pouco que podem oferecer serviços aos seres humanos. Mas isso só serve mesmo para manipular e extrair algo dos pobres macacos.
Para ele, é mais interessante causar dor, sofrimento e loucura do que a simples destruição.
Hastur: O Inominável, é um deus Antigo, vassalo de Yog-Sothoth e meio-irmão de Cthulhu. Habita a cidade humana de Carcosa, próxima ao lago Hali, que por sua vez se liga ao planeta Híades, próximo de Alberaran. É representando como um ser amarelo, com roupas antigas e podres, quase sempre sendo representado como o Rei de Amarelo, seu avatar humano. Outras vezes, ele pode entrar em corpos mortos, pois pode entrar neles para os manipular como fantoches como quiser.
O Rei de Amarelo não é uma criação de H.P. Lovecraft, mas apropriado de outro autor. E hoje está nos mitos lovecraftnianos. Originalmente foi criado por Robert W. Chambers
Azathoth: Pertence aos Deuses Exteriores, ao qual possuem um aspecto horroroso e amorfo. Só a simples visão dele, pode causar loucura ou levar a morte instantânea. Apesar de ser cego e surdo, ele representa toda a onipotência desse universo lovecraftiano. Na verdade, ele é o supremo caos criativo e infinito do universo, além de ser o supremo deu exterior. Ele seria o "Um acima de todos" e o "Alfa e o Ômega". A antítese de toda a criação e sultão de todas as hordas de demônios, ele é descrito como uma massa colossal, incomensurável, caótica e sem forma. Até mesmo o universo como o conhecemos faria parte de sua essência, e sua presença demonstra que uma imensa destruição está por vir.
Yog-Sothoth: Deus Exterior encarregado de trazer os Primordiais, ou seja, ele que ajudaria alguns dos seres mais poderoso para chegar nessa realidade. Também é conhecido como "A Chave e a Porta", "O Todo-em-Um", "O Oculto" e "O Abridor do Caminho". Entre outras alcunhas diversas a esse ser único. Está conectado ao tempo e espaço, mesmo que se encontre fora do nosso universo, ainda que vivamos sabendo sobre ele através de tomos antigos. Yog-Sothoth sabe tudo e já viveu tudo. Conhecer essa entidade pode acarretar em descobrir um universo de conhecimento, literalmente, podendo levar a loucura... Ou até algo pior. De qualquer forma, aprender com esse ser pode trazer consequências fatais para quem o encontra.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Riordanverso: o heróis gregos, romanos, egípcios e germânicos


Os livros do Riordanverso são um misto dos mitos clássicos de diversas culturas e referências pops até os dias de hoje. E notamos que seus livros tem um imenso universo compartilhado, até os dias de hoje. E o melhor, não são só referências, como aconteceu com séries da Marvel até antes disso (Agentes da Shield, Agente Carter, Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage, Punho de Ferro e Justiceiro) aos títulos principais (ao UCM inteiro)
Referência em literatura infantojuvenil nos EUA, Rick Riordan alcançou prestígio internacional com a série Percy Jackson e os olimpianos, premiada pela YALSA e pela American Library Association.
As crônicas dos Kane entrou imediatamente após o lançamento para a lista de best-sellers do New York Times.
Ex-professor do ensino médio, durante quinze anos ensinou inglês e história em escolas públicas e particulares de São Francisco, e agora escritor em tempo integral, Riordan diz que utiliza bastante da experiência em sala de aula para dar vida a suas tramas e personagens, bem como para cumprir a frequente rotina de palestras dirigidas ao público jovem.
O autor vive no Texas com a mulher e os dois filhos, Haley e Patrick Riordan.
Rick Riordan faz seus primeiros livros com um pedido de seu filho que tem TDAH (mais conhecida como dislexia). Ele estava estudando mitologia grega. Só que seu filho não queria o mesmo enredo de sempre dos mitos. Então ele criou um universo de semideuses gregos que vivem em Nova Iorque enfrentando inimigos dessa cultura. Todos esses jovens heróis possuem TDAH, o que se torna uma das suas características como heróis, tanto que eles conseguem ler grego antigo com facilidade.
Percy Jackson foi a primeira obra escrita por Rick Riordan. Terminando seu primeiro manuscrito em 1994, pois seu filho queria também livros sobre esses personagens 
Só em 2004 ele consegue fazer seus livros. E em 2005 ele consegue fazer suas histórias serem compradas por uma editora.
Percy Jackson e os Olimpianos: 
A primeira coleção de livros de Rick Riordan trata de heróis na cultura grega. A história trata de Perseu Jackson (Percy) que vive, sem saber nesse mundo de monstros e deuses (a professora dele era uma fúria), que precisa fugir depois de um ataque a si e sua mãe. Depois de tantos combates, eles chegam até o Acampamento Meio-Sangue. Um abrigo para semideuses. Descobrindo que é filho de Poseidon, além de que Cronos está para despertar contra o Olimpo e que quer criar uma nova ordem mundial.
Ele tem como aliados Anabeth Chase (filha de Atena) e Grover, um sátiro.
O universo criado por Riordan se torna tão amado, por misturar a realidade (quase sempre pelo lado mais pop) com as mitologias. Por exemplo, Poseidon aparece com camisa havaiana, remetendo que ele está sempre perto do mar. A Medusa como dona de um empório de jardinagem. E o Olimpo é o World Trade Center.
Os livros que compõe essa saga são O Ladrão de Raios, O Mar de Monstros, A Maldição do Titã, A Batalha do Labirinto e O Último Olimpiano.
Além de livros adicionais como Os Arquivo do Semideus e Guia Definitivo. E até mesmo contos que expandem esse universo rico.
As Crônicas dos Kane: 
Aqui pulamos para a mitologia egípcia.
Dois irmãos que tem seu mundo virado de cabeça pra baixo, quando seu pai some. Eles descobrem serem de uma linhagem de magos. Eles são Carter Kane e Sally Kane. E conseguem canalizar o poder dos deuses. Carter canaliza o poder de Hórus, deus do céu, e Sally canaliza o poder de Isis, deusa da magia.
Inicialmente enfrentam Set, deus do caos. Mas depois descobrem que isso é um plano de Apophis, a perigosa serpente destruidora que quer devorar e Rá (O Sol) e destruir o mundo no processo.
Diferente de Percy Jackson, as Crônicas de Kane se focam mais no universo egípcio, explicando aquele mundo.
Se em Percy Jackson e os Olimpianos, vemos os heróis, deuses e monstros nos mundo comum, aqui não acontece tanto. Mesmo que vejamos deuses antigos passeando por Londres por exemplo.
A Pirâmide Vermelha, O Trono de Fogo e A Sombra da Serpente.
Além do Guia de Sobrevivência.
Há um crossover entre Percy Jackson e As Crônicas de Kane. Três contos que estão em Semideuses e Magos. Eles são O Filho de Sopek, O Cajado de Serapis e A Coroa de Ptolomeu.
Os Heróis do Olimpo: 
Percy derrotou Cronos, mas tem algo mais complicado surgindo aqui. Introduzindo a mitologia romana.
Nele ele tem que enfrentar novos desafios. Pois os deuses estão enlouquecendo entre seus aspectos gregos e romanos. E existem gigantes se levantando contra o Olimpo, além de Gaia, que é bem raivosa com os seres humanos.
Na verdade, Percy descobriu que existe outro lugar, que abriga semideuses, mas que vem da origem romana. O Acampamento Júpiter, seguindo uma cidade romana, Nova Roma. Ou seja, criando uma verdadeira civilização, onde semideuses romanos podem chegar até a vida adulta sem problemas.
Jason (filho de Júpiter) Leo (filho de Hefesto) Viper (filha de Afrodite) Hazel (filha de Plutão) e Frank (filho de Marte)
O Herói Perdido, O Filho de Netuno, A Marca de Atena, A Casa de Hades, O Sangue do Olimpo
O Diário dos Semideuses, como contos exclusivos e detalhes.
Magnus Chase e os Deuses de Asgard: 
Tudo acontece quando Magnus, um morador de rua... Morre. Isso mesmo. Ele tem uma batalha épica contra um gigante de fogo. Mas como morreu heroicamente se tornará um guerreiro que serve a Odin
Por isso, ele vai para o Valhalla. Onde será um dos seus guerreiros que tentará deter o Ragnarok, o Crepúsculo dos Deuses. Pois isso está mais próximo devido com o que Loki deseja.
Se notou, o sobrenome desse personagem principal já sabe que ele é parente, um primo, de Anabeth Chase. Mas ele tem amizades com Hurtz, um anão, Blitz, um elfo, Samira, a valquíria e suas espada (fã de Taylor Swift)
Descobre que é filho de Frey, deus da fertilidade. 
Espada de Verão, O Martelo de Thor e O Navio dos Mortos.
O livro extra é Hotel Valhalla. Que traz informações sobre os semideuses desse mundo
As Provações de Apolo: 
Assim como nos primeiros livros que se focavam na mitologia grega mesmo, nós no focamos nela mais uma vez. Zeus condena Apolo, por atos que aconteceram Os Heróis do Olimpo. E ele é transformado em um humano. Entretanto, muitos problemas surgem.
Para o ajudar temos Meg, filha de Deméter e que tem uma estranha e perigosa conexão com os imperadores e personagens das sagas de Os Heróis do Olimpo e os Olimpianos. Eles terão que enfrentar os imperadores romanos, que querem conquistar o mundo
Tudo isso pois os deuses estão isolados no Olimpo. A comunicação entre semideuses e criaturas foi interrompida. E nenhuma profecia está funcionando. Sendo que os heróis sempre foram guiados por elas.
O Oráculo Oculto, A Profecia das Sombras, O Labirinto de Fogo, A Tumba do Tirano e Torre de Nero
O livro que o complementa Segredos do Acampamento Meio-Sangue. Um guia escrito por Percy, dentro da história.
Riordan é um grande autor que tem uma escrita fluente. Algo muito bom para seu público, composto por crianças e adolescentes.
Ele faz muitos textos com diversos temas em sua história, pois o autor gosta de mostrar representatividade. Mas não de forma gratuita. Existe uma preocupação genuína para lidar com problemas sociais reais. Enquanto a saga evoluí, a temática também evoluí.
Algo que me faz gostar mais dele do que J.K. Rowling que "insere" representatividade do nada, pois os fãs gostariam disso.
Ele jamais viu os filmes feitos até então (O Ladrão de Raios e O Mar de Monstros). Ele não quer acabar com sua visão do que acontece nos livros. E ele está certo. O estúdio fez muitas mudanças na história de Percy.  Ele leu os roteiros e por isso nunca assistiu. Tanto que ele tentou comprar os direitos da saga da Fox, mas não obteve êxito.
Alguns personagens são inspirados em pessoas reais da vida de Rick Riordan. A professora Dodds e o Sr. Brunner, são como professores que ele deve. Os irmãos Stolls e a Kate Gardner são inspirados em alunos, e Piper McLean também era, mas ela era vegetariana.
Ele ama o termo "Tio Rick"' que usam para ele. Esse termo foi criado pelos brasileiros e usa para algumas postagens. Apesar que ele não gosta dos audiobooks e fanfics. Ele é bem criterioso sobre isso.
Dentro de O Arquivo do Semideus é dito que o escritor oficial do Acampamento Meio-Sangue... É Rick Riordan! Ele faz parte daquele mundo. Algo que nos faz lembrar de Stephen King. Sendo filho de Hermes.
Riordan adora os Beatles. Ao ponto de os transformar em semideuses em suas obras.

terça-feira, 30 de junho de 2020

Galactus, o Devorador de Mundos

Galactus, o Devorador de Planetas, um ser antigo que devora mundos inteiros se alimentando deles com seus poderes dignos de um deus... Na verdade, mais perigosos até que seres antigos, como os celestiais. Galan era seu nome antes.
Ele originalmente é o motivo do Quarteto Fantástico ser tratado como um dos grupos de super-seres mais amados da Marvel.
Jamais trate Galactus como um vilão. Podemos o chamar de uma ameaça. Tal qual um vulcão em erupção. Uma força da natureza perigosa e destrutiva.
Sua primeira aparição foi 1966, na revista #48 do Quarteto Fantástico. Antes anunciado pelo vigia Uatu.
O universo Marvel que conhecemos é na verdade uma versão "nova" de outro que se acabou. Nesse antigo universo, tão cheio e pleno quando os outros. Com uma raça inteligente, sofisticada e que obteve muita tecnologia avançada. Seu mundo chamado Taa.
Um cientista muito inteligente descobriu que aquele universo estava para acabar. Seu nome era Galan. Tudo isso iria acontecer pelo fenômeno do Big Bang, uma grande explosão que iria recomeçar tudo. Então, ele reúne um grupo de cientistas e faz uma viagem ao centro daquele espaço.
Aquilo não deu certo, mas aquele grupo (assim como todo aquele universo) foi diminuído a uma partícula bem pequena. Pesada e pequena, dando origem real ao Big Bang em seguida. Criando o novo universo.
Mas antes de ser consumido, a consciência universal contatou Galan. Ela e o cientista se tornariam um só, sendo um dos resquícios daquele mundo finalizado devido ao Big Bang. Em bilhões de anos, aquele ser foi se desenvolvendo, até que um vigia o encontrou. O tal observador universal, quebrou a regra de não interferência e estudou aquele ser. Só que o ser despertou!
E ele estudou uma forma de conter todo esse poder através de um equipamento para controlar. Para que ele realmente pudesse se levantar, com muita fome. Passou a buscar planetas para sugar.
Um dia ele alcançou o planeta Zenn-La. E Norin Radd, um jovem cientista descobre a vinda de Galactus e vai até ele numa nave. Depois de uma conversa com aquele ser imenso em poder e tamanho, Norin fez um acordo: ele iria atrás de astros que fossem desabitados. Em troca, o Devorador de Mundos não devoraria o planeta natal do jovem.
No lugar de Norin Radd, surge o Surfista Prateado que serviria como arauto de Galactus.
Assim, o Galactus mantem o universo em equilíbrio.
Um fato curioso. é que quando Galactus teria morrido, um ser que surge é Abraxas. Ele se tornou a parte de entropia e simboliza a pura destruição. Ele ficou aprisionado por Galactus, controlado.
Uma das grandes armas do Universo Marvel, o Nulificador Total pode, simplesmente, destruir qualquer coisa que seu portador deseje. Desde linhas temporais até o multiverso inteiro.
É a única coisa em todo o Universo Marvel que assusta Galactus.