terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Quando o Tragicômico foi cômico, porém, querendo ser trágico

"A Crunchyroll Brasil apoia comunista". É com esse começo bizarro, de uma fala do vocalista da banda Tragicômico, que eu começo essa postagem.
Bem, vamos aos fatos o Wagner (vocalista e músico, além de criador da Tragicômico) colocou um vídeo, tratando sobre Gustavo Gaiofato, pois a Crunchyroll Brasil chamou ele para tirar uma foto na Comic-Con Experience. Pois o próprio Gaiofato estava lá para falar de um anime, Evangelion. E aí, o rapaz surtou por conta disso. 
Como se Crunchyroll fosse comunista... O que está longe para um caramba. Não é de agora que o cara fica nervoso a toa, mas, vamos por partes. Ele fala que não seria chamado pela Crunchyroll por ser "uma pessoa politicamente posicionada". O que não é bem por ai: Gaiofato, TAMBÉM é politicamente posicionado. Não importa se é de esquerda ou direita, eles só chamaram o cara pois sabia a repercussão que daria, simples assim.
A Crunchyroll é uma empresa privada, e suas ações só devem ser questionadas mesmo se ferirem alguma lei. Tipo, roubarem ou gerarem assédio moral contra funcionários. No livre mercado, um grupo empresarial está livre para fazer o que bem entender.
Independente das minhas críticas pessoais a João de Carvalho, Gaiofato e Load, não retira os méritos desses caras sobre uma visão diferente das obras pop. Simples assim. Agora, um membro de uma banda, que não tem a mesma carga de estudos (com todo o respeito), falar da Crunchyroll por uma clara inveja... Isso, obviamente, não desmerecendo ele como músico ou fã de anime, como ele mesmo se diz. Mas vejamos aqui uma coisa. 
Ele fala como se todos os animes no universo não tivessem um pé no socialismo ou comunismo. Aqui mesmo, eu já coloquei um texto tratando como Eichiro Oda pode ser sim comunista. Só a obra mais rentável no mundo, tem um viés, diferente da opinião de Wagner que acredita que esse regime foi o que "mais matou pessoas no mundo" (na verdade, nem precisa raciocinar muito que foi e é o capitalismo).
O mais bizarro mesmo, é o Wagner nem comentar sobre a precarização e pagamento baixo das pessoas que trabalharam lá, no evento. Ou de retirarem estandes de artistas, para que atores como Selton Mello, pudessem dar autógrafos. Mas o problema para a pessoa é o "comunismo invadindo meu evento, e falando com a plataforma de anime que deveria estar tratando comigo!"
E o cara ficou bravo com um cosplay do fantasma do comunismo! Putz, o que ele queria? Que tivesse um cosplay de Adolf Hitler??? Tanto o comunismo, quanto socialismo, capitalismo e anarquismo, não são tratados como criminosos. São apenas visões de sistema diferentes.
E em nenhum momento, ele coloca uma crítica REAL sobre o comunismo, ou contra o Gaiofato. Ele só fica nervoso e pronto.


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