sexta-feira, 15 de maio de 2020

Histórias em quadrinhos não são coisas de crianças... MESMO

Muita gente diz que as histórias em quadrinhos, em especial, aquelas que envolvem super seres, são infantilizadas. Tratar disso com obras como Hellblazer ou O Cavaleiro das Trevas seria chover no molhado. Pois o pessoal, mesmo sabendo dessas obras continua a acreditar que são coisas mais "bonitinhas" HQs (Sério, eu já ouvi isso de Hellblazer! O cara tava chapado...).
Então vamos pegar as coisas mais pesadas:
Watchmen: Criada por Alan Moore, Watchmen talvez seja a obra-prima do autor. Mas sua história está muito além do que hoje em dia, seu autor tão único. Isso se deve também por conta de fazer menções aos personagens da Charlton Comics. Originalmente, Moore queria usar personagens da editora comprada pela DC. Contudo, a editora não liberou, mas Alan era e é um gênio em sua área.
No mundo, mesmo existindo vigilantes na América do Norte, só existe um grande super ser. O Dr. Manhattan. Apesar disso, o mundo caminha para sua auto destruição devido ao uso de arma nucleares por um conflito frio...
No entanto, uma série de assassinatos (e tentativas de assassinatos) desses mascarados começa a acontecer. Envolvendo o Dr. Manhattan. Ou talvez isso esteja ocorrendo por conta dele e dos vigilantes. E aí fica a frase "quem vigia os vigilantes?"
A obra, de certa forma,
The Boys: Garth Ennis é conhecido por fazer um humor negro e pesado, contudo, ele não faz as coisas a toa. Pouca gente conhece sua Bloody Mary ou Soldado Desconhecido. Mas muita gente já ouviu falar de seu Preacher, que críticas pesadas a religião cristã e sua hipocrisia.
Mas... E se Ennis fizesse uma crítica aos super-heróis?
É o que vemos em The Boys. Nessa história, somos apresentados a um mundo onde existem super-seres. E tudo faz alusão as grandes equipes como a Liga da Justiça e os X-Men. Isso ocorre pelo surgimento e criação de uma droga, o Composto V, que foi feito pelas empresa Vaught.
Acompanhamos a vida de Hughie, um jovem que vê sua namorada morrer quando um desses seres corre e destroça ela (exatamente isso, o cara correu e espatifou ela no processo) o fazendo ir atrás de justiça.
Aqui vemos Garth Ennis em seu esplendor. Ao mesmo tempo que faz uma crítica ao governo e as empresas, também faz uma crítica as editoras (Marvel e DC), pois mostra como heróis seriam escrotos se realmente existissem. Tanto que originalmente, The Boys saia pela DC Comics... Mas depois foi por outra editora. A editora do Azulão e do Morcegão não aguentou as críticas pelo jeito...
Kick-Ass: O fenômeno dos vigilantes, apesar de ser abordado em Watchmen, realmente ocorreu nos Estados Unidos da América! Existiram e existem pessoas por lá que se vestem como heróis para combater o crime. Esse fenômeno deu vida a Kick-Ass.
David é um estudante de 18 anos que se tornou um super-herói, apesar de não ter superpoderes, habilidades de combate, limitado com dois cassetetes que são usados como armas e ter um treinamento limitado, ele tem uma capacidade de aguentar a golpes fortes, devido a terminações nervosas que foram danificadas e substituídas por placas de metal na sua cabeça, causado a sua primeira tentativa falhada de super-herói.
A história foi criada por Mark Millar e ilustrada por John Romita Jr. Mostrando todos os graus de violência possíveis e imagináveis para uma história adulta. Mesmo que na saga (tem muitas revistas!) o protagonista seja um jovem.
Nemesis: E se o Batman tivesse a alma do Coringa? E se, em vez de combater o crime, ele o perpetrasse, sem nenhuma outra razão a não ser puro deleite sádico?
Nêmesis é um homem extraordinário, de vastos recursos, capacidades estratégicas e físicas praticamente sobre-humanas.
Ele usa tudo isso para praticar crimes e espalhar terror por pura diversão, escolhendo ao redor do mundo os melhores agentes policiais para desafiá-los, criar o caos e a morte em suas cidades e depois destruí-los completamente.
Agora, chegou a vez de Blake Morrow, chefe de polícia de Washington. Será que ele conseguirá sobreviver à crueldade de Nêmesis?
Ele se mostra bem mais polêmico que qualquer outras coisas... Mas vai se entender. Não vejo tanto um ar crítico, quanto a violência inerente nessa sua obra. 

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