terça-feira, 15 de setembro de 2020

Obras de ficção que mostram um futuro distópico (games)

Bioshock: Um homem escolhe, um escravo obedece
Para falar do game, temos que tratar sobre o objetivismo. Objetivismo é a filosofia do individualismo racional, fundada por Ayn Rand (1905-1982). Em romances como A Nascente e A Revolta das Atlas, Rand põe em evidência seu homem ideal, o produtor que vive pelo seu próprio esforço, que não recebe ou concede o imerecido, que honra a realização e rejeita a inveja.
Os heróis do Objetivismo são empreendedores que constroem negócios, inventam tecnologias, criam arte e ideias, dependendo dos seus próprios talentos e das trocas com outras pessoas independentes para alcançar seus objetivos. Entretanto, em um universo capitalista isso é cheio de falhas. Me diga, já viu algum empresário que incentivaria um ideal assim?
Na primeira história do game, uma cidade foi feita abaixo da água do mar, Rapture. Seu fundador, Andrew Ryan a pensou como sua utopia possível. Uma terra de liberdade artística e científica. Pois um artista não seria limitado pela censura. Um cientista não teria limites morais sendo esfregados para suas experiências. Sem deuses e nem reis. Apenas homens. Ela foi inaugurada em 1946.
A cidade foi ocupada por Andrew por pessoas específicas para formar essa cidade. Indivíduos que ele considerava brilhantes e os mais inteligentes do planeta, segundo ele. Sendo que por mais de dez anos isso ia bem. Até que algo deu errado. 
Surgiu uma substância, extraída de um molusco chamado, um composto chamado adam. Que concede poderes, mas causa vício e transforma seus usuários em monstros. Além disso, um líder revolucionário juntou as forças mais pobres de Rapture, para mudar o sistema do lugar. O que causou uma grande guera civil.
Mas em 1960, um avião caí na frente do marco onde se entra em Rapture. E o único sobrevivente foi Jack. Que adentra naquele mundo único e distópico, vendo as ruínas do que foi aquilo. Onde irá encontrar seres bizarros como os viciados por adam, as little sisters e os big daddy.

Metro: O ser humano tem sido sempre um assassino muito superior ao resto das criaturas

Diferente de jogos que se baseiam em áreas como Europa ou Estados Unidos, essa se concentra na Rússia. Que como sabemos é um país socialista. 
Ele vem de uma ficção científica que marcou o início dos anos 2000 com o jovem escritor Dmitry A. Glukhovsky, autor do livro Metro 2033, uma obra que virou best-seller devido ao grande sucesso que obteve com sua distribuição gratuita na Internet, sendo depois lançado em mais de 20 países. 
Em entrevista ao blog Mondo Pixel, ele conta que seu livro não pode ser definido como ficção científica, mas como uma gama de assuntos como distopia, fantasia urbana, sátira política e crítica social. Suas influências no gênero excluem os sempre citados Phillip K. Dick e Asimov, mas abraçam autores como Ray Bradbury, Stanislaw Lem e os russos Irmãos Strugatsky. Finalmente em 2002, o livro Metro 2033 foi disponibilizado no site do escritor de forma gratuita e conseguiu uma ótima recepção dos leitores, sendo rapidamente divulgado e alcançando a marca de 3 milhões de pessoas.
Em 2013, ocorreu uma guerra que devastou o planeta. A superfície se tornou um deserto radioativo, irrespirável e destruída. A fauna e flora quase não existe, quando também não sumiram, elas são modificadas. Em Moscou, na Rússia, cerca de 40 mil sobreviventes vivem no que restou dos metrôs. Sendo que cada estação é na verdade uma vila com regras próprias e sistemas de governo. 
Nazistas e comunistas estão em guerra entre si, podendo ser novos inimigos. Sem contar os bandidos que ficam entre os túneis, além de mutantes monstruosos fazendo seus ninhos.
Vinte anos depois, Artyom, um rapaz de 24 anos que perdeu a mãe durante a guerra. Ele foi adotado pelo líder de uma estação chamada Exibição. Essa estação é atacada por mutantes mais poderosos com poderes psíquicos. São chamados de sombrios.
Caçador que é um membro de elite dos guardiões espartanos vai atras das criaturas, enquanto deixa Artyom para ir até a Pólis. É a capital das estações de metrô. Ele deve mostrar as plaquetas de quem morreu a um tal de Muller e contar sobre os ataques.
Ele terá que lidar com os grupos dissidentes, comunistas (a Red Line), nazistas (o Quarto Reich), ladrões dos túneis, mutantes e o segredo dos sombrios.

Fallout: A guerra, a guerra nunca muda...

A humanidade foi quase extinta por uma gigantesca guerra nuclear. Tudo por sua própria insensatez e ganância. Mas ainda assim, ela continua destrutiva e autodestrutiva. 
Se as obras anteriores fazem uma crítica ao objetivismo, socialismo e nazismo, essa faz ao capitalismo. A realidade de Fallout é idêntica a nossa até o final da Segunda Guerra Mundial. Após o lançamento das bombas em Hiroshima e Nagasaki.
Nesse mundo, a humanidade nunca criou o transistor. Então, a miniaturização dos componentes nunca ocorreu. Ou seja, os PCs nunca ficaram menores. 
Suas maiores evoluções foram na fissão nuclear, genética e robótica. Onde temos robôs gigantes, carros movidos a energia nuclear, ainda assim, não existe internet, celulares, ou outros eletroeletrônicos mais acessíveis. O rádio se torna um meio de comunicação comum e de diversão nesse mundo. Estilos artísticos como o futurismo e a arte decô se mantiveram por quase um século. Imaginem isso? O rock'n roll não existe, mas o que sobra são as baladas de músicas quase sempre. Tudo isso dentro da America.
O eterno conflito entre os EUA e a URSS causaria um novo desastre.
No ano de 2040, com a paranoia de uma guerra nuclear, os EUA cria um programa para diversos abrigos nucleares. Os vaults. Criados pela companhia altamente perigosa, Vaultech. Sua ideia era proteger a população dos ataques nucleares. Tudo isso era faixada, pois a verdade era fazer um intenso experimento social, psicológico e físico, com pessoas pré-selecionadas da população. Usando sistemas de stress nas pessoas, testando cada vez mais e repopular o mundo depois do holocausto nuclear.
Em 2066, a China que acabou com suas reservas de petróleo. Os chineses invadem o Alasca, e com uma guerra que dura de 10 mais anos, os americanos os repelem. Só que os exércitos inimigos do oriente lançam bombas nucleares. O EUA responde na mesma moeda, além de diversos outros países que também tinham essas armas. 
A Terceira Guerra Mundial dura cerca de duas horas, em 23 de Outubro de 2077, o mundo acabou.
Mas isso só foi parte dos acontecimentos, pois quase um século depois do holocausto nuclear muitos dos vaults que protegiam as pessoas se abrem. Assim, começando o processo de recolonização. Com uma América devastada, com uma terra e água contaminada, um deserto radioativo, alguns poucos humanos se tornaram territorialistas e saqueadores, chegando ao canibalismo quando não tem o que comer, alterações pela radioatividade em animais e pessoas, sem contar os supermutantes, robôs paranoicos, que são seres alterados por  um vírus que acelera o processo de mutação. 
O que sobra do governo pré-guerra é controlado por militares fascistas. Que eliminarão qualquer resquícios de radioatividade. 
Apesar de ser um mundo onde se está vivo só mesmo para sobreviver, existem grupos que trazem uma certa esperança. Como a Irmandade do Aço. Um grupo de combatentes que venera a tecnologia e combate os supermutantes. Ao menos em partes, tenta promover o bem e ajudar as pessoas onde atua.
Os personagens principais quase sempre são pessoas que saem de uma vault, e tentando sobreviver a esse mundo caótico. 

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