segunda-feira, 13 de abril de 2020

Arthur Conan Doyle: o "detetive" por trás de Sherlock Holmes

Falar de literatura sem falar de Sherlock Holmes é um crime inafiançavel. Mas o que menos pessoas sabem dentro desses fãs, e a história de Arthur Ignatius Cona Doyle.

"Quando se elimina o impossível, o que sobra por mais incrível que pareça só pode ser a verdade."
Desde criança Arthur deve boas influências de sua mãe com a questão de literatura e cavalheirismo. Já seu pai não era do mesmo estilo. Além de ter fracassado como pintor, se entregou ao alcool, ele também sofria de ataques epiléticos. O que fez a família ser forçada o colocar em um manicômio.
Como a família sofria de problemas financeiros, e preocupados com a vida do jovem Arthur, o enviaram para um internato jesuíta. 
Quando ele cresceu, sua família o incentivou a seguir carreira na área de artes, mas se lembrando do passado de seu pai ele preferiu ser medico. Aos 17 anos entrou na Universidade de Edimburgo, recebendo seu diploma aos 22. Trabalhou como médico em navios e baleeiros, cuidando da saúde de marinheiros. Só que logo depois desistiu pois o salário era muito ruim. E foi abrir seu consultório em Portsmouth.
Como tinha poucos pacientes, ele tinha muito tempo para se dedicar a escrita. Tanto que foi que ele escreveu Um Estudo em Vermelho, a obra que introduziu ao mundo Sherlock Holmes.


"A mediocridade não enxerga além de si mesma. Mas o talento reconhece instantaneamente o gênio."
Depois de Um Estudo em Vermelho veio o Signo dos Quatro. Ganhou apenas 60 libras pelos dois.
De repente, Sherlok Holmes virou febre em todos os cantos. Eles esgotaram! Centenas de fãs começaram a enviar cartas para a Rua Baker 221b... Mas o endereço ainda não existia. Eles acreditavam que Holmes existia.
As cartas então começaram a ir para casa de Arthur. 
A editora Strand Magazine ofereceu 50 libras por cada conto de Holmes. Escreveu 12 contos, que juntos lhe renderam o livro As Aventuras de Sherlock Holmes. 
As inspirações para Holmes foram:

  • Joseph Bell, o professor de Arthur na universidade de medicina. Pois através da observação, Joseph descobria várias informações utéis de seus pacientes;
  • Henry Littlejohn, chefe cirurgião da polícia de Edimburgo, pois usava as técnicas médicas para resolver os crimes de forma inimaginável.
Quando Arthur viajou para o Egito com sua mulher, soube que seus livros estavam sendo traduzidos para o árabe. Por ordem do vice-rei turco. Sherlock Holmes virou livro didático para a polícia. Um policial amador o analisou Arthur e o tratou como um "potencial criminoso". A polícia egípcia pediu desculpas pelo erro.
Conan Doyle resolvia crimes também na vida real. Ele foi convidado a participar do Clube do Crimes, uma sociedade secreta que investigava casos reais. Por sua causa foram desvendados os seguintes crimes:
  • A inocência de George Edalji, acusado de maus tratos a animais;
  • Ajudou a encontrar Agatha Christie depois de um misterioso desaparecimento.
Mas nem tudo são flores. Ele teria sido suspeito de matar o escritor Bertram Fletcher Robinson. Pois esse escritor estaria plagiando seu livro, O Cão dos Baskerville. Foi inocentado pois não havia provas para tanto...
Outra polêmica foi o Fóssil de Piltdown, que teria sido descoberto em 1912. Mas só 40 anos depois se descobriu que não era o Elo Perdido (entre o homem e o macaco), mas sim um fóssil falso criado por Arthur. Tudo isso pode ter sido por conta dos cientistas que não acreditavam em sua religião e debochavam dele.
Aos 56 anos perdeu muitos parentes queridos, até sua mulher. Sofreu de depressão grave. Teria encontrado consolo no espiritismo. Teria até mesmo falado em uma sessão espírita com seu irmão morto.
Desde então se entregou totalmente a essa religião. Reuniu a história do espiritismo em seus livros. Viajou por diversos países ministrando palestras sobre o assunto. 
Foi presidente da Aliança Espírita de Londres e fundou várias livrarias e museus espiritas. 
Morreu aos 71 anos, em 7 de Julho de 1930. De ataque cardíaco. Estava segurando uma rosa quando disse suas últimas palavras. "Você é maravilhosa" últimas palavras ditas a sua esposa.
Escreveu 9 livros sobre Sherlock Holmes, 6 sobre o professo Challenger (de O Mundo Perdido), 7 romances históricos, 10 sobre espiritismo e 10 sobre temas variados.

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