segunda-feira, 27 de julho de 2020

Boas adaptações de HQs para desenhos animados

The Spetacular Spider-Man: Umas das minhas poucas tristezas com essa animação é que ela se foca só no "aranhaverso", ou seja, só nos heróis e vilões do Cabeça de Teia. Na verdade, tirando o Teioso, só é citado o Capitão Júpiter. Apenas ele. Isso e o fato dela ser tão curta.
Tirando isso, cara que série! O primeiro problema pode ser perdoado pois notamos os problemas que direitos autorais tem além do MCU. O cuidado de reposicionar o Peter Parker de Stan Lee e Steve Ditko de forma magistral nos faz até mesmo esquecer que ele estão em uma Nova Iorque recheada de super bandidos. Nada que comprometa o enredo principal. Em que Peter é o Homem-Aranha a um ano. Então começam a pipocar vilões.
Talvez, uma das coisas que mais gostei da série foi sua referência aos quadrinhos. Com finais mostrando a máscara do Aranha, ou quando se tratava do Venom, a imagem era coberta por uma gosma negra. Ainda assim, não é só de HQs que vive uma boa série. Existem episódios que começam perto do final, mas que mostra o que aconteceu antes. Ou citações a Shakespeare usadas de uma forma bem bacana. 
Ah e as piadas do Homem-Aranha. Que se aproveita de seu alter-ego para zoar de J. Jonah Jameson e Flash Thompson. Além de mostrar de forma perfeita como ele deve amores por Mary Jane Watson, Liz Allen, Betty Brant e (que não poderia faltar) Gwen Stacy. 
Mas a melhor cena, para comprovar o quão boa essa série é, está em um dos episódios do uniforme negro. Como devem saber, o simbionte (ainda não Venom), muda o comportamento de Peter. Algo mais das mídias audio-visuais, do que das HQs, mas que é boa demais para uma história. E a Tia May passa mau.
Ao ir visitar sua tia no hospital, ainda usando o simbionte ao invés de o entregar a órgãos competentes, é grosso com seus amigos. Mas Flash Thompson o confronta, não em combate mas através da razão. Pois ele diz que era engraçado um perdedor que não nota quando o querem ajudar. Flash também nas HQs nunca foi um cara mal, talvez até tenha se tornado melhor graças ao Homem-Aranha. E isso demonstra, que Peter precisa se livrar do simbionte. Encaixando de forma perfeita.
Teenage Mutants Turtles Ninja: Já foram feitas muitas adaptações das Tartarugas Ninjas. Mas em animação 3D pela Nickelodeon me conquistou pelos motivos mais bem feitos.
Apesar de não ter uma relação tão bem estruturada a das HQs (que admito, é bem bizarrenta) ela consegue ser mais bem trabalhada e até mais realista. Apesar de ser jogado quase que na nossa cara coisas como os Krancs.
Nela temos as tartarugas que foram criadas por um composto químico de outra dimensão, além de seu mestre e pai adotivo Splinter, um homem rato. Cada um deles tem um nome baseado nos antigos mestres renascentistas: Miguelangelo, o mais descontraído e distraído, possuidor de uma fome tremenda por pizza (mais que os outros três), usuário de dois nunchakus; Donatello, um estudioso em diversas áreas da robótica e ciências em geral, usa um bastão bo que também pode virar uma lança; Rafael, o mais esquentado e mais bom de briga, quase sempre causando problemas ao grupo, apesar de ser nobre em seus ideais que porta duas sais; e Leonardo, o líder, que tenta ser o mais imparcial possível, mas sempre lida no combate com duas katanas.
Além de enfrentar o perigo extradimensional dos Krancs, eles tem que combater o Destruidor, que tem um passado cheio de feridas contra Splinter.
Uma das melhores cenas é quando as tartarugas combatem outros dois mutantes. E o Raphael tomou uma mordida venenosa. O Miguelangelo notou que ele estava muito mal quando o Rapha disse "eu te amo". Quando ele liga para o Donatello, Mikey diz que ele foi picado. Em seguida, Donnie o corrige falando que ele só poderia ser mordido, pois era um peixe. A tartaruga mais extrovertida ironiza isso mas pede que o CDF corresse para onde eles estavam combatendo.
A história pode ser para crianças, mas tem uma atmosfera melhor, mais séria e mais bonita que muitas obras baseadas em HQs.
Batman - The Animated Series: Falar da BTAS é chover no molhado. Graças a ele tivemos obras baseadas nos trabalhos de Bruce Timm e Paul Dini, e até hoje isso acontece. Como o próprio Batman - The Animated Series, The Adventures of Batman & Robin, Batman, Superman, League of Justice, League of Justice Unlimited, Static Shock, Batman Beyond e Project ZETA. Além dos filme de animações A Máscara do Fantasman, Abaixo de Zero, Batman e Arlequina, Batman do Futuro: O Retorno do Coringa, Liga da Justiça vs Cinco Fatais, entre outros filmes.
Não há muito o que falar. É a história clássica. Mas a morte dos pais de Bruce não é jogada na nossa cara a todo o tempo. Tudo é sugerido de forma bem simples em uma Gotham noir, soturna, com pouca esperança e cheia de terrores. Não só de maníacos loucos em Arkham.
Muita gente fala que a Arlequina foi uma das criações da série, mas outras personagens como Renee Montoya, surgiram aqui.
Uma das cenas mais belas cenas dessa série, é quando o Batman (não Bruce Wayne, mas o cara usando a roupa do Cruzado Encapuzado) vai ao beco do crime, chorar junto da médica que o ajudou na noite do crime que ceifou a vida dos seus pais. E descobrimos que aquele era o dia da morte dos Wayne. 
Sem contar que foi em um episódio com o Espantalho que surgiu a frase "Eu sou a noite. Eu sou a vingança. Eu... Sou... O Batman!"

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