terça-feira, 28 de julho de 2020

Na Mira da Morte: Uma crítica nos filmes aos Estados Unidos (Até atualmente)

Muitas pessoas pensam que Corra! revolucionou o gênero de terror. O que faz certo sentido, se nós notarmos quando ele trata aqui sobre o racismo. Entretanto, Na Mira da Morte (Targets, no original) é uma crítica a incontrolável vontade norte-americana por armas, além de não dar suporte psicológico a veteranos de guerra. Vamos ao enredo.
Esse longa foi lançado em 1968. O filme começa como se fosse um daqueles clássicos filmes de terror da Universal, entretanto, corta e mostra o ator do filme de forma mais pessoal. O filme que tinha sido exibido antes é o Sombras do Terror (The Terror) e o ator que faz ambos os filmes é Boris Karloff. Que aqui se chama Byron Orlok, e estava assistindo seu próprio filme. O personagem decide que vai se aposentar desse mundo de cinema.
Os produtores e os diretor de filme Sammy Michaels (feito por Peter Bognadovich, também diretor e co-roteirista desse filme) ficam apavorados. Pois o diretor escreveu um filme pensando em Byron. Ambos até conversam, onde Byron explica que o terror de antigamente não é mais o mesmo daquela década. Mostrando uma reportagem em que um jovem mata 6 pessoas em um supermercado. Pois as pessoas não tinham medo de um monstro feito de fantasia, mas da realidade sombria que o mundo sofria. 
Na outra parte do filme, nós temos Bobby Thompson. Um jovem que saiu do exército, que tenta ter uma vida tranquila com a família e a esposa. Ele, do nada, compra um rifle. Era um fascinado por armas. E desde o começo, ele diz que tinha algo errado com ele. 
No dia seguinte, ele mata sua mulher, sua mãe e o garoto de entregas. Antes disso, ele escreve uma carta confessando que mataria pessoas, incluindo sua mulher e mãe. Bobby pega suas armas e vai próximo a uma rodovia e começa a atirar em pessoas nos carros. A polícia chega e ele foge. 
Eles os despista em um drive-in, onde ocorrerá a última aparição de Byron Orlok. 
Essa história é levemente inspirada em uma história real. Onde em, 25 de Abril de 1965, um garoto de 16 anos, cometeu assassinatos do mesmo modo que do Bobby.  O garoto matou 3 pessoas e machucou outras 10. Após isso, ele se suicidou e também deixou uma carta. A família dele foi processada por duas das famílias que perderam entes queridos, por não criarem seu filho de forma correta e negligência por dar acesso a um rifle de caça. 
Isso nos lembra do massacre em Columbine, entretanto, em 1965 video games violentos (exemplos como Doom ou Mortal Kombat), tecnologia mais aproximada a real em diversas mídias e outros fatores que são usados hoje em dia para justificar massacres não existiam. Sempre existiram obras com teor mais bizarros, mas ai cairíamos na ideia de Wertham de A Sedução dos Inocentes que obras como HQs tornam pessoas violentas ou homossexuais. Notam como essas argumentações nunca fizeram sentido desde o começo? A verdade é que aqui vemos um claro problema psicológico que nunca foi reparado, por serem cidadãos que jamais acreditavam em doenças de ordem mental. 
Boris Karloff amou o roteiro desse filme, mesmo sendo um ícone do terror. Apesar de sua saúde estar bastante debilitada no longa. Tinha enfisema, além de artrite reumatoide, sem contar que so tinha metade de um dos pulmões. 
Uma crítica, com teor de despedida de um grande ator do terror. Alertando sobre um terror maior do que dos filmes clássicos. 

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