quinta-feira, 23 de julho de 2020

Obras de ficção que mostram um futuro distópico (Livros e HQs)

Liberdade é escravidão
-Lema político de 1984-
1984: Falar sobre o livro é a mesma coisa que falar sobre o fenômeno Big Brother (sim o reality show), mas não é só isso, obviamente. O autor, George Orwell, vivia um período de pós-guerra. Notamos isso através da época em que foi lançado, em 1949 (ou seja, depois da Segunda Guerra Mundial e pouco antes da morte do autor) usando um futuro não tão distante.
Esse livro consegue ser desesperançoso, até em seu final, diferente de Fahreint 451. O totalitarismo mostrado aqui usa de políticas tanto de Esquerda quando da Direita. Mesmo se considerando um socialista democrático, ele faz críticas ao socialismo, assim como ao capitalismo de forma verdadeira. Apesar de ser confuso as vezes.
O mundo dentro da obra é dividido em três grande regiões. Sem mais países como conhecemos, na verdade eles não existem. Seriam a Eurásia, Lestásia e Oceania que vivem sempre em guerra, mas que não é o foco principal desse mundo.
Acompanhamos Winston Smith pode ter problemas por conta da Polícia do Pensamento. Ele quer conexão com alguém, mas não pode. Além de desejar privacidade, porém, não consegue devido ao Grande Irmão. Um mecanismo que observa todos os cidadãos, mas que persegue aqueles contra os governos. Não somente para controlar as pessoas, mas seu modo de pensar. 
Apesar disso, há sim uma moral por de trás disso: a procura da verdade universal. Água molha, fogo queima e totalitarismo é ruim.
Admirável Mundo Novo: Já imaginou viver em um mundo extremamente "feliz" (coloca ASPAS nisso) vivendo sempre contente, mas mesmo assim algo parece errado? Com um governo que sempre se preocuparia com uma única coisa, que seu povo seja feliz? Impedindo as pessoas desse povo sofresse qualquer problema ou empecilho, para que não estragasse a "vida" deles? Parece perfeito...
Só que esse mesmo governo diz que eles não tem opção? Eles só podem ser felizes! Você não tem direito a ficar triste, ressentido, magoado ou apático.
Aldous Huxley pega muitos dos valores que conhecemos e os subverte nessa que é sua obra. Publicado em 1932, e se passa em mais um futuro distópico... Mesmo que não pareça tanto pela sinopse. Ainda assim, talvez seja uma das primeiras distopias modernas que conhecemos hoje em dia.
As pessoas, ao invés de nascerem em famílias, são fabricadas. Em usinas de inseminação artificial, acredita? Sendo que a inseminação artificial como conhecemos só surgiria muitos anos depois.
Além de não poderem se expressar além da alegria, e serem fabricados, eles também eram divididos em castas. Mesmo ficar sozinho em casa ou só ser contrário a algo pode ser visto com desconfiança. Para impedir qualquer problema, o governo cria uma droga sintética chamada Soma. Ela é entregue gratuitamente e deixa as pessoas com uma sensação de felicidade.
Para o personagem principal, que foi educado de forma diferente da maioria, esse novo mundo é um inferno em vida.
V de Vingança: Essa obra escrita por Alan Moore, nos demonstra uma Inglaterra totalitária em um futuro não muito distante. Entretanto, aqui poderíamos colocar Watchmen também, do mesmo autor. Só que como essa obra foi utilizada pela DC em suas sagas O Relógio do Juízo Final e Death Metal, eu preferi deixar para falar de Watchmen de uma forma em separado. E enquanto Watchmen tem uma mensagem final ruim, aqui, a moral é mais libertadora. 
Lembrando que ela foi feita no contexto da Guerra Fria. Depois de uma Guerra Nuclear, um partido fascista toma o poder dentro do país. Criando uma ditadura militarista. Incluindo presos políticos, ou seja, pessoas que eram contrárias ao sistema atual.
Nela, acompanhamos dois personagens: 
  • Evey uma jovem que se vê envolvida nas tramas dessa figura usando uma máscara de Guy Fawkes, um notório anarquista que tentou fazer uma atentado;
  • E V que teria sido criado por um desses campos de concentração. Depois de fugir dali ele planeja se vingar, não só dos que lhe fizeram mal, mas a todo o sistema fascista.
Alan Moore mostra como isso é possível, ao nos falar que muitas coisas foram censuradas como a música e o teatro (Beatles foi um dos sons censurados). Indo contra até mesmo a homossexualidade, ao qual o próprio autor comparou ao governo de Margareth Tatcher. O que é engraçado, pois V é performático até mesmo em seu senso de justiça. 
Mostrando que alguns homens se atraem quase de um modo sexual pelo fascismo. Há até mesmo trechos em que um personagem declara seu amor a máquina que controla os dados daquela ditadura.

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