quinta-feira, 25 de junho de 2020

Filmes ruins de HQs - Parte 4 (Diversos)

R.I.P.D - Agentes do Além: Trata-se de uma brigada de policiais mortos, cuja tarefa é prender almas que fugiram do julgamento final e decidiram permanecer na Terra. Com efeitos especiais a todo vapor, montagem acelerada e animações pop, o espectador pode achar que já compreendeu tudo o que precisava ser entendido, e a partir deste momento é só aproveitar as aventuras de Nick (Ryan Reynolds) e Roy (Jeff Bridges), novos parceiros na unidade R.I.P.D.
Mero engano: a narrativa tenta incluir tantos detalhes e reviravoltas que o filme é obrigado a passar o tempo inteiro explicando suas novas regras. Ou seja, depois de apresentar os “desmortos”, descobre-se que eles têm um cheiro ruim. Mais tarde, no entanto, fala-se na existência de um “desodorante da alma”, que mascara o odor. Ou então explica-se que os mortos são transportados ao céu por uma espécie de túnel. Mas quando é preciso introduzir um perigo na trama, surge um cetro mágico, a possibilidade de reverter o túnel e várias outras estripulias que invalidam a estrutura inicial. O filme lembra um jogo, do tipo que sempre pode ser continuado, com novos níveis e novos desafios, sem uma finalidade precisa. Talvez esse universo fizesse mais sentido nos traços criativos da graphic novel original do que num filme que pretende ser comercial e palatável tanto às famílias (a classificação etária é PG-13) quanto ao público adolescente e geek.
Juiz Dredd: No terceiro milênio, o mundo mudou. O clima, as nações, tudo entrou em revolta e o planeta se transformou em um deserto insalubre e desolado, conhecido como "A Terra Maldita." Milhões de pessoas habitavam as escassas "megacidades", onde bandos errantes e selvagens urbanos geravam tamanha violência que o sistema judiciário não podia controlá-los. A lei como conhecemos entrou em colapso. Da decadência surgiu uma nova ordem, uma sociedade regida por uma nova força de elite da polícia, que atua como juiz, júri e carrasco, que são conhecidos como "Os Juizes". Dredd (Sylvester Stallone), o mais lendário dos juizes, é vítima de um plano que o incrimina como assassino e acaba banindo-o da cidade onde vive.
O filme é ruim. Pois além de ser mais uma tentativa de querer mostrar que Stallone não era uma ator de poucos personagens (Rocky Balboa e Rambo) que ele era bom na arte de atuar. O que não conseguiu. Mais um filme entre aqueles que amargaram o insucesso.
O Procurado: Uma das grandes curiosidades do filme é que ele é baseado na HQ Wanted, de Mark Millar e J.G. Jones. A série limitada foi publicada entre 2003 e 2004 e faz parte do Millarworld. A trama é praticamente a mesma: o protagonista Wesley Gibson tem uma vida medíocre até descobrir que seu pai era um assassino profissional e fazia parte da Fraternidade, um grupo de supervilões que controla o mundo. No Brasil, o quadrinho foi publicado com o nome de Wanted - O Procurado.
Chega a ser impressionante o fato de que, às vezes, tudo o que as pessoas buscam é o descartável, o desnecessário, o desperdício. Pois tudo isso se encontra em O Procurado, longa que inacreditavelmente recebeu boas críticas no seu lançamento dos Estados Unidos e se confirmou como uma das maiores bilheterias do ano, faturando quase o dobro do seu orçamento, que foi de US$ 75 milhões. Tolo, previsível, exagerado, clichê e remendado de várias outras produções recentes, o filme simplesmente não possui alma própria, certificando que por ali há de tudo, menos originalidade.
O protagonista é um contador infeliz que leva uma vida miserável até o dia em que é recrutado para fazer parte deste grupo. Ali ele descobre que o pai que nunca conheceu, e que era o melhor destes profissionais, fora assassinado no dia anterior e que será ele, o filho, que deve assumir o lugar vago. Após terríveis treinamentos que mais parecem sessões de tortura, o garoto fica pronto para sua maior missão: matar o homem que teria eliminado seu pai. Quanta criatividade, não?
Sin City 2: A Dama Fatal: Após a morte de John Hartigan (Bruce Willis), Nancy Callahan (Jessica Alba) só pensa em vingança. Ela passa suas noites dançando no mesmo bar, mas agora na companhia de uma garrafa de bebida, enquanto toma coragem para enfrentar o poderoso Senador Roark (Powers Boothe). Ao mesmo tempo, Dwight (Josh Brolin) tenta ajudar a enigmática Ava (Eva Green) apenas para se ver traído mais uma vez por esta dama fatal. Praticamente destruído, ele buscará a ajuda de Gail (Rosario Dawson) e sua turma para enfrentar a amada, enquanto que Nancy contará com o apoio do gigante Marv (Mickey Rourke).
Nove anos após realizarem Sin City - A Cidade do Pecado, Robert Rodriguez e Frank Miller retornam para uma continuação. A razão para o longo intervalo seria a necessidade de encontrar uma grande e nova história. Por sinal, a justificativa acaba parecendo apenas uma desculpa, afinal se fosse para apresentar algo novo, eles teriam que esperar ainda mais tempo. Sin City: A Dama Fatal é o mesmo filme que o anterior.
Agora, continua legal, mas não é mais novo. Assim, toda tolerância que o espectador tinha com problemas narrativos e fracas atuações vai diminuindo.
Elektra: Talvez eu seja o único sujeito no universo que gostou de Demolidor: O Homem Sem Medo. O filme é ruim? Não. Ao menos na minha visão. Talvez a maior falha foi dar um ar mais heroico ao personagem que está mais para um vigilante. Mesmo que a ideia fosse retratar Matt Murdock como um "Batman da Marvel" (o que ele é!), ele não tem os recursos financeiros do mesmo.
Ben Affleck atua bem, para um Ben Affleck atuando... E os atores que fazem Elektra... Cara, quando eu vi Stick comentei "agora sim". Quando terminou disse "agora não". Eu não sou um exímio conhecedor das histórias da Elektra, mas desde o Demolidor, ela não tinha um ar das histórias, nem de força através do filme. Especialmente depois da ressurreição da ninja grega. 
Os vilões não dariam medo nem em uma criança.

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