segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Charlie Schulz, Charlie Brown e Snoopy: Peanuts

Charlie Schulz é o criador dos Peanuts (ou como ficou conhecido no Brasil, A Turma do Charlie Brown). Ele é filho de imigrantes alemães, vivendo em uma cidade pequena no Sul dos Estados Unidos. Nascido em novembro de 1922.
Ele é filho único do dono de uma barbearia, e aqui já podemos ver como o personagem principal de Peanuts é muito inspirado na vida de seu autor. Pois Charlie Brown também é filho de um barbeiro. Ele mesmo se descreve, quando jovem, como uma pessoa desajeitada e até azarada. Tecnicamente falando, o seu protagonista é claramente inspirado nele mesmo.
Entre alguns dos fatos que ocorreram com ele e que podemos ver nas tiras são: se apaixonar por uma garota ruiva, ser péssimo jogador de baseball e futebol americano, entre outros.
Ainda bem jovem, ele deve um cão chamado Spike, que seria uma das principais ideias para Snoopy. Traços que o autor notava no cão é que ele era um tanto quanto independente e inteligente. Características que podemos notar com muita clareza na criação de Schulz para os quadrinhos.
Quando jovem ele tenta entrar em uma academia de artes, além de estudar por conta própria. 
Em 1943, Schulz foi convocado para o Exército dos Estados Unidos, que ele serviu como sargento na 20ª Divisão Blindada, na Europa. Durante seu período no Exército, ele foi líder de esquadrão em uma equipe que operava uma metralhadora calibre .50.
Mas a unidade não se envolveu em muitos combates e Schulz explicou mais tarde que, durante a única oportunidade que teve para disparar sua metralhadora, ele havia esquecido de carregá-la.
O nome do personagem mais famoso de Schulz -- Charlie Brown -- apareceu pela primeira vez em uma das primeiras tiras de autoria do criador Peanuts.
Intitulada Li'l Folks , ela foi publicada entre 1947 e 1950. Essa mesma série também contava com um cão parecido com Snoopy.
Em 1950, Schulz apresentou a tira Lil’ Folks para a United Feature Syndicate, uma empresa que distribuía conteúdo para jornais de todo o país. A empresa aceitou distribuir o trabalho de Schulz, mas decidiu que o nome era parecido demais com os de duas tiras da época: Li'l Abner, de Al Capp, e uma tirinha intitulada Little Folks.
Para evitar confusão, a United Feature Syndicate escolheu o nome Peanuts, uma referência ao programa de TV Howdy Doody. No fim das contas, não foi Schulz quem batizou seu trabalho mais famoso. Mas ele mesmo nunca gostou desse título para suas tiras.
Os nomes de seus personagens, em boa parte foram inspirados em amigos e familiares. Exemplos claros são Linus, Shermy, Patty Pimentinha, entre outros.
Schulz era um cristão bem apegado. A ponto te fazer muitos especiais para a televisão nos Estados Unidos, para datas religiosas como o Natal e a Ação de Graças. Tanto que o seu especial O Natal de Charlie Brown possuiu uma grande polêmica. Os executivos da rede de TV CBS tinham receio sobre um momento em que Linus recitava a história do nascimento de Cristo. Mas em um documentário sobre o making of do programa, Schulz afirma: "Se nós não contarmos o verdadeiro significado do Natal, quem o fará?" e a cena permaneceu.
Quando ele estava programando sua última tira para o jornal de domingo, já que iria se aposentar completamente, ele falece naquela madrugada. Tanto que a última das frases de sua biografia Schulz e Peanut - A Biografia é, "Schulz deixou de existir no mesmo momento que suas tirinhas deixaram de existir".
Ele tinha se aposentado dos desenhos depois de descobrir que tinha câncer. Contudo, pelo que se sabe ele não permitiu o uso de seus personagens após parar de trabalhar. Ainda assim, muitos produtos com a marca Peanuts estão sendo vendidos até hoje. O que fere os direitos legais sobre a obra.
De acordo com Robert Thompson, da Universidade de Syracuse, Schulz criou "sem dúvida, a história mais longa jamais contada por um ser humano". No total, Schulz produziu 17.897 tiras, publicadas por 50 anos. E elas são republicadas até hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário